5 temas de Espanhol que mais caem no Enem
Descubra os 5 temas de Espanhol que mais aparecem no Enem e aprenda a interpretar textos com mais precisão, agilidade e confiança na prova.
No Enem, o Espanhol é avaliado quase inteiramente pela capacidade de leitura e interpretação. Isso significa que, mais do que dominar regras, o importante é entender como a língua funciona dentro do texto. A gramática aparece como uma ferramenta de compreensão, ajudando a identificar o sentido, o tom e o tipo de linguagem que o autor utiliza.
Os cinco tópicos a seguir, sempre cobrados de forma contextualizada, são essenciais para desenvolver rapidez e precisão na leitura, habilidades que fazem toda a diferença na prova de Linguagens. Bora entender como eles funcionam?
Interpretação de texto e gêneros textuais em Espanhol
Esse é o ponto central da prova. A Habilidade 5 da matriz de Linguagens (que pede para associar vocábulos e expressões ao tema principal do texto) é a mais recorrente. Para se sair bem, é importante desenvolver uma leitura estratégica e adaptável.
A diversidade de gêneros textuais
Uma das principais características da prova é a variedade de textos. Em uma mesma edição, o estudante pode encontrar uma letra de música (como de Los Tigres del Norte), um texto informativo, uma reportagem (El País, La Nación) ou até um conto (como os de Eduardo Galeano).
Essa diversidade testa a capacidade de reconhecer e se adaptar a diferentes registros e intenções comunicativas. Por isso, é recomendável praticar com fontes autênticas, como sites de notícias e revistas em espanhol.
Otimização da leitura e conectores
A agilidade na prova de Linguagens exige que o estudante vá além da tradução literal. Técnicas de leitura focada envolvem:
- Identificação da ideia central: é o primeiro passo para evitar a perda de tempo com detalhes, concentrando-se no propósito maior do texto.
- Análise de conectores: o exame frequentemente avalia a compreensão das relações lógicas dentro do texto. Palavras como mientras (enquanto), aunque (embora), por lo tanto (portanto) ou porque (porque) são cruciais, pois estabelecem relações de tempo, contraste ou causa e efeito, definindo a progressão do argumento.
Falsos cognatos
O espanhol é uma língua próxima do português, o que facilita a leitura, mas também pode enganar.
Os falsos cognatos (ou falsos amigos) são palavras que se parecem com o português, mas têm significados diferentes. Eles podem mudar completamente o sentido de uma frase.
A melhor forma de evitar esse erro é ler de forma contextualizada e memorizar as palavras mais recorrentes.
Abaixo, segue uma lista com os falsos cognatos mais comuns:
| Palavra em Espanhol | Significado em Português | Tradução Enganosa (Erro Comum) | 
|---|---|---|
| Taza | Xícara | Taxa | 
| Vaso | Copo | Vaso (de planta/flor) | 
| Luego | Depois/Em seguida | Logo (rapidamente) | 
| Rato | Período de tempo (momento) | Rato (animal) | 
| Embarazada | Grávida | Envergonhada/Embaraçada | 
| Exquisito | Delicioso/Excelente | Esquisito (estranho) | 
| Mala | Má | Mala (de viagem) | 
| Todavía | Ainda | Todavia (mas, porém) | 
| Oficina | Escritório | Oficina (mecânica) | 
| Cena | Jantar | Cena (ato) | 
Pretéritos no Espanhol
Dominar os tempos verbais do passado é essencial para interpretar textos narrativos e jornalísticos em espanhol. O Enem costuma explorar especialmente a diferença entre o Pretérito Simples (Indefinido) e o Pretérito Composto (Perfecto).
O que distingue um do outro é o modo como a ação se relaciona com o tempo: se está completamente encerrada ou se ainda tem alguma ligação com o presente.
Pretérito Simples (Indefinido): tempo fechado
O Pretérito Simples é usado para descrever ações que aconteceram em um tempo passado totalmente concluído, sem conexão com o presente.
Os marcadores temporais mais comuns desse tempo verbal indicam períodos já encerrados, como:
- ayer (ontem)
- anoche (ontem à noite)
- el año pasado (ano passado)
- ou datas específicas, como en 1995
Por exemplo: Yo nací en 1995.
Nesse caso, o ano de 1995 já terminou, por isso usamos o Pretérito Simples.
Pretérito Composto (Perfecto): tempo aberto
O Pretérito Composto é usado para ações que aconteceram em um passado ainda conectado ao presente ou que têm relevância direta no momento da fala.
Ele é formado pelo verbo auxiliar haber (no presente) + o particípio passado do verbo principal.
Alguns marcadores temporais típicos desse tempo indicam que o período ainda está em curso, como:
- hoy (hoje)
- esta semana
- este mes
- durante mi vida
Por exemplo: Esta semana he visto esa película.
Como a semana ainda não acabou, usa-se o Pretérito Composto.
O que isso muda na interpretação de texto
A escolha entre os dois pretéritos é uma pista deixada pelo autor.
Se o texto utiliza com frequência o Pretérito Composto (ha ocurrido), ele está destacando a atualidade ou a relevância da ação em relação ao presente. Já o uso do Pretérito Simples (ocurrió) mostra que a ação é tratada como um fato histórico, totalmente separado do agora.
Perceber essa nuance é essencial para compreender a intenção do autor e o contexto temporal da narrativa, algo muito valorizado nas questões interpretativas do Enem.
Artigos definidos do Espanhol
Os artigos definidos em Espanhol (El, Los, La, Las) parecem simples à primeira vista, mas escondem duas grandes armadilhas que costumam confundir quem fala português.
A Base e a Regra Geral
Assim como no português, os artigos definidos concordam em gênero e número com os substantivos:
- Masculino Singular: El
- Masculino Plural: Los
- Feminino Singular: La
- Feminino Plural: Las
A diferença funcional: Lo (Neutro) vs. El (Masculino)
O erro mais comum é confundir o artigo masculino El com a forma neutra Lo. Muitos estudantes, ao traduzir o artigo “o” do português, usam Lo por engano, mas ele tem uma função completamente diferente.
- Uso correto: El é o artigo que acompanha substantivos masculinos singulares. Exemplo: El libro (O livro).
- Jamais use Lo antes de substantivos.
O Lo é um artigo neutro que transforma adjetivos, advérbios ou particípios em substantivos de sentido abstrato ou geral. Exemplo: Lo bueno de esto es… (O bom disso é…).
Quando aparece em construções como Lo difícil, Lo bello, ou Lo justo, ele indica que o texto trata de conceitos abstratos, não de coisas concretas.
Em perguntas sobre tema ou tese, identificar a palavra substantivada por Lo (como em lo justo = “a justiça”) pode ajudar a compreender a ideia central do texto.
A exceção fonética
Outra pegadinha é a exceção fonética: usa-se o artigo El (masculino singular) antes de substantivos femininos que começam com a ou ha tônicas, ou seja, com som forte na primeira sílaba.
Isso serve apenas para evitar uma cacofonia, como aconteceria em “la agua”.
Exemplos: El agua (a água), El águila (a águia), El hacha (o machado).
Mas atenção: a palavra continua sendo feminina. Prova disso é que os adjetivos concordam no feminino (la fría agua) e, no plural, o artigo volta à forma feminina: Las águilas.
Pronomes de complemento de objeto direto e indireto
Os pronomes clíticos (também chamados de pronomes de complemento) são fundamentais para manter a fluidez e a coesão de um texto. Eles substituem substantivos, evitando repetições e tornando as frases mais naturais. No Enem, é comum que as questões cobrem justamente a identificação do referente e a aplicação correta das regras de substituição.
Formas básicas e função
A diferença entre os pronomes de complemento depende da função que eles exercem na frase:
- Objeto Direto (CD): responde a “O quê?” ou “Quem?”.
 Formas da 3ª pessoa: lo, la, los, las
- Objeto Indireto (CI): responde a “Para quem?” ou “A quem?”, sempre com a preposição a implícita.
 Formas da 3ª pessoa: le, les
As formas me, te e nos são mais neutras e podem funcionar tanto como objeto direto quanto indireto.
A substituição de Le/Les por Se
Existe uma regra de eufonia (ou seja, de boa sonoridade) que obriga uma mudança importante quando dois pronomes de complemento aparecem juntos na 3ª pessoa.
Se um pronome de objeto indireto (le ou les) vier antes de um pronome de objeto direto (lo, la, los, las), o le/les deve obrigatoriamente ser substituído por se.
- Forma incorreta: Le lo di. (Eu o dei a ele.)
- Forma correta: Se lo di. (Eu o dei a ele/ela/você.)
Nesse caso, o se não tem valor reflexivo nem passivo: ele serve apenas como pronome de objeto indireto, representando “a ele”, “a ela”, “a você” ou “a eles”. Em textos mais densos, se você encontrar a estrutura Se + Lo/La/Los/Las, pode ter certeza de que o se faz referência a uma terceira pessoa mencionada anteriormente no texto.
Pronomes de sujeito (formalidade e informalidade)
A forma como nos dirigimos a alguém (com proximidade ou respeito) é uma escolha sociolinguística que revela o tom e o contexto de um texto. No espanhol, essa escolha impacta diretamente a gramática e pode ser explorada pelo Enem para avaliar a relação entre personagens e o grau de formalidade do discurso.
Tú vs. Usted
O sistema de tratamento em espanhol é bastante definido e reflete distância, hierarquia ou intimidade entre os interlocutores:
- Tú (tuteo): usado em situações informais, com amigos, familiares ou pessoas próximas. O verbo é conjugado na 2ª pessoa do singular.
 Exemplo: Tú hablas muy bien español.
- Usted (ustedeo): empregado em contextos formais ou quando há respeito e distância social (equivalente a “o senhor / a senhora”). Apesar de ser o pronome da 2ª pessoa, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular.
 Exemplo: Usted habla muy bien español.
Armadilha comum: esquecer que usted muda a estrutura verbal da frase inteira. Mesmo sendo o interlocutor, ele puxa o verbo para a 3ª pessoa, o que é um detalhe essencial em provas e leituras interpretativas.
Diferença morfológica no Presente do Indicativo
Para verbos regulares, a diferença morfológica é o indicador mais claro do registro, especialmente no Presente do Indicativo. A forma tú termina com a desinência -s, enquanto a forma usted (3ª pessoa) não possui essa desinência (desinência nula).
- Verbos -AR: Tú cantas vs. Usted canta.
- Verbos -ER/-IR: Tú comes vs. Usted come.
O tratamento como pista social
A escolha entre tú e usted é um sinal social e interpretativo. Nos textos do Enem, observar quem usa qual forma ajuda a entender relações de poder, distância ou respeito entre os personagens.
Exemplo: se um diálogo apresenta um personagem que usa usted e outro que responde com tú, isso indica assimetria social: talvez um chefe e um funcionário, um cliente e um atendente, ou alguém tentando manter a formalidade em uma relação distante.
Assim, reconhecer a conjugação e o tratamento permite compreender o tom, o contexto e o vínculo social que o texto quer transmitir.
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