Teste seus conhecimentos em Literatura para o Enem e vestibulares com o Simulado de Terceira Geração do Romantismo. São 10 questões gratuitas com gabarito na hora. E se você errar, tem aula para poder revisar o conteúdo.
Entenda melhor a terceira geração do romantismo no Brasil com uma aula em vídeo sobre o assunto. O conteúdo da professora Camila vai lhe ajudar a se sair melhor no simulado e a estudar para o Enem:
Curtiu a aula? Aproveite a memória fresca para encarar os exercícios do simulado e fixar melhor seus conhecimentos!
Terceira Geração do Romantismo no Brasil – Simulado de Literatura
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(FACESG – Faculdade Cesgranrio RJ/2019)
Crítica: ‘O crime do Cais do Valongo’ é literatura da melhor qualidade
Segundo romance de Eliana Alves Cruz reafirma autora como voz poderosa e contundente
1 O início de “O crime do Cais do Valongo”, 2 segundo romance de Eliana Alves Cruz, autora do 3 premiado “Água de barrela”, é um clássico das tramas 4 policiais. Nos tempos de Dom João VI, o corpo de um 5 próspero negociante da região do Valongo é achado 6 em uma ruela carioca. A partir daí, a história se 7 desenvolve, pistas vão sendo deixadas e a narrativa, 8 habilmente construída, circula naquela encruzilhada 9 entre a História e a ficção que pode nos fazer cair 10 na tentação de enquadrar o livro como um romance 11 histórico-policial. Acontece que “O crime do Cais do 12 Valongo” é muito mais do que isso.
13 Narrado a partir das vozes de dois personagens, 14 o livreiro mestiço Nuno Alcântara Moutinho e a 15 moçambicana escravizada Muana Lomué, o romance 16 apresenta um relato poderoso, cheio de sutilezas. 17 É o cotidiano de um Rio marcado pelo horror da 18 escravidão e, ao mesmo tempo, pela potência da 19 cultura das ruas e da incessante reconstrução de 20 sociabilidades produzidas pelas descendentes de 21 africanas e africanos sequestrados do lado de lá do 22 Atlântico.
23 Há quem possa ver no romance influência do 24 realismo fantástico. Parece-me limitado ler o livro a 25 partir dessa referência. O que a autora faz é dominar 26 com maestria os códigos de percepção de mundo 27 dos subalternizados, entendendo a ancestralidade, 28 o corpo mítico como modelador de condutas e os 29 procedimentos de ligação entre o visível e o invisível, 30 expressos em toda a sorte de mandingas, como 31 componentes da sofisticada cosmogonia e dos 32 modos de invenção da vida dos povos saídos das 33 Áfricas. A tragédia da diáspora, afinal, também é um 34 empreendimento inventivo de rara potência.
35 Outro mérito poderoso do livro reside na 36 apresentação de uma África pouquíssimo vista nas 37 nossas letras: aquela da parte oriental do continente. 38 A unidade portuguesa já é uma ficção. Minhotos, 39 trasmontanos, beirões, alentejanos, algarvios, 40 estremenhos, ribatejanos, açorianos e madeirenses 41 — que normalmente não se encontrariam nem 42 em Portugal — aqui se encontram e redefinem 43 dinamicamente suas culturas, entre violências tantas 44 e afetos vários, no contato conflituoso e/ou negociado 45 com negros que não se viam como africanos, mas 46 como membros de sua aldeia: mandingas, bijagós, 47 fantes, achantis, gãs, jalofos, fons, guns, baribas, 48 gurúnsis, quetos, ondos, ijebus, oiós, ibadãs, benins, 49 hauçás ibos, ijós, calabaris, teques, bamuns, ijexás, 50 anzicos, congos, andongos, songos, pendes, lenjes, 51 ovimbundos, nupês, ovambos, macuas, mangajas, e 52 outros tantos.
53 Não se imagine, todavia, que o livro caia no 54 didatismo rasteiro que prende a narrativa com âncoras 55 pesadas. A história é fluente, extremamente bem 56 contada, mescla figuras reais — como o Intendente 57 Geral e a cantora lírica Joaquina Lapinha — com 58 inventadas, mergulha nas notícias da “Gazeta do Rio 59 de Janeiro” e transforma a cidade em personagem 60 fundamental da trama.
61 A cidade cindida pela Pedra do Sal, que tentou 62 afastar da Corte o horror do comércio negreiro feito 63 pelas bandas do Valongo, é também a cidade cerzida 64 por aqueles que tiveram a sua humanidade negada 65 pela coisificação e o sequestro.
66 Um livro escrito por uma autora negra, com 67 protagonistas negros e contado a partir dos saberes 68 afro-cariocas, já seria importante em um país em que 69 o mercado editorial reproduz nossa desigualdade 70 gritante. Além disso, “O crime do Cais do Valongo” 71 é literatura da melhor qualidade e firma Eliana 72 Alves Cruz como uma voz poderosa e contundente 73 da literatura brasileira. Como diz em certo trecho a 74 protagonista Muana, “uma mulher do meu povoado 75 jamais poderia deixar seus antepassados de lado”. A 76 literatura de Eliana faz exatamente isso.
SIMAS, L.A. Crítica: ‘O crime do
Cais do Valongo’ é literatura da
melhor qualidade. O Globo, Rio
de Janeiro, 2 jun. 2018. Disponível
em: https://oglobo.com/cultura/
livros/critica-crime-do- -cais-do-
valongo-literatura-da-melhor-
qualidade-22739683>. Acesso
em: 23 jul. 2018. Adaptado.O cenário da narrativa de “O crime do cais do Valongo” é o Brasil da época do primeiro império, na vigência da escravatura. No percurso literário brasileiro, a estética literária que claramente levantou a voz contra essa prática foi o Romantismo.
O seguinte trecho de um poema romântico aborda esse tema:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(PUCCamp SP/2019)
Em fins da década de 1780, navios negreiros haviam cruzado o Atlântico aos milhares, transportando milhões de escravos para plantations do Novo Mundo e ajudando a criar uma nova e pujante economia capitalista atlântica. De repente, em 1788-9, todos eles foram chamados de volta para casa por assim dizer, por abolicionistas, que tomaram consciência de que o que se passava nesses navios era moralmente indefensável e que a violência do tráfico devia ser conhecida em seus portos de origem, em Londres, Liverpool, Bristol – na Inglaterra; em Boston, Nova York e Filadélfia – nos Estados Unidos.
(REDIKER, Marcus. O Navio negreiro: uma história humana.
São Paulo, 2011, p. 314)A existência de navios negreiros, uma das marcas trágicas da escravidão, deduz-se destas imagens de um célebre poema de Castro Alves:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(PUCCamp SP/2018)
Além de Castro Alves, que se destacou no período romântico
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(PUCCamp SP/2017)
As colônias que se formaram na América portuguesa tiveram, desde o século XVI, o caráter de sociedades escravistas. Com o passar do tempo, consolidaram-se em todas elas algumas práticas relacionadas à escravidão que ajudaram a cimentar a unidade e a própria identidade dos colonos luso-brasileiros. Dentre essas práticas, ressalta-se a combinação entre um avultado tráfico negreiro gerido a partir dos portos brasileiros e altas taxas de alforria.
(BERBEL, Márcia; MARQUESE, Rafael e PARRON, Tâmis.
Escravidão e política. Brasil e Cuba, c. 1790-1850.
São Paulo: Hucitec/Fapesp. 2010. p. 178-179)As práticas escravistas encontraram fortes opositores entre artistas e intelectuais do século XIX, entre eles Castro Alves, cuja poesia de cunho abolicionista manifestou-se por meio de uma linguagem
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(ESCS DF/2015)
O livro e a América
Talhado para as grandezas,
Pra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
— Estatuário de colossos —
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
“Vai, Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina…”
“Tira a América de lá”.
(…)
Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O sec’lo que viu Colombo
Viu Guttenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
A ave da imprensa gerou…
O Genovês salta os mares…
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou…Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber…
Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.
Castro Alves. Espumas flutuantes.
Cotia: Ateliê Editorial, 2005, p. 75.No fragmento do poema O livro e a América, de Castro Alves, a América é apresentada como espaço de
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UEPA/2015)
(…)
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!
Meu Deus! meu Deus! Mas que bandeira é esta
Que impudente na gávea tripudia?!…
Silêncio!…Musa chora, chora tanto,
Que o pavilhão se lave no teu pranto!…A escravidão no Brasil representou uma cruel forma de degradação social e moral, marcada, principalmente, pela exploração da mão de obra negra trazida do continente africano. Castro Alves, ao registrar a escravidão, produziu imagens de grande valor estético, como a que se verifica na metáfora “manto impuro de bacante fria”, na qual ele:
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(PUC GO/2014)
O Livro e a América
Talhado para as grandezas,
P’ra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
– Estatuário de colossos –
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
“Vai, Colombo, abre a cortina
“Da minha eterna oficina…
“Tira a América de lá.”Molhado inda do dilúvio,
Qual Tritão descomunal,
O continente desperta
No concerto universal.
Dos oceanos em tropa
Um – traz-lhe as artes da Europa,
Outro – as bagas de Ceilão…
E os Andes petrificados,
Como braços levantados,
Lhe apontam para a amplidão.Olhando em torno então brada:
“Tudo marcha!… Ó grande Deus!
As cataratas – p’ra terra,
As estrelas – para os céus
Lá, do pólo sobre as plagas,
O seu rebanho de vagas
Vai o mar apascentar…
Eu quero marchar com os ventos,
Com os mundos… co’os firmamentos!!!”
E Deus responde – “Marchar!”[…]
(ALVES, Castro. Melhores poemas de Castro Alves.
São Paulo: Global, 2003. p. 15-16.)Castro Alves, o poeta condoreiro e da liberdade, abraçou a abolição da escravatura e a crença num futuro progressista da América; buscou inspiração e foi influenciado pelo poeta francês Victor Hugo (que dedicou sua poesia às causas sociais); tornou-se o poeta dos escravos e, sem o subjetivismo dos ultra-românticos, construiu uma poesia com traços realistas, vigorosa, retumbante, de voos altos e expressiva. Sobre o texto, fragmento do poema “ O livro e a América”, de Castro Alves, marque a alternativa falsa:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UEPA/2014)
A poesia social de Castro Alves, por meio da denúncia da situação dos escravos, muitas vezes comunica a ânsia de liberdade. Marque a alternativa em que os versos demonstrem este tom denunciante de sua linguagem literária.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UCS RS/2015)
Leia o excerto abaixo, da autoria de Castro Alves.
Mocidade e morte
[…] Morrer… quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:
Não! O seio da amante é um lago virgem…
Quero boiar à tona das espumas.
Vem! formosa mulher – camélia pálida,
Que banharam de pranto as alvoradas.Minh’alma é a borboleta, que espaneja
O pó das asas lúcidas, douradas… […]
Fonte: ALVES, Antônio Frederico de Castro. Mocidade e Morte. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_
action=&co_obra=86840>. Acesso em: 13 fev. 15.A respeito do trecho lido, é correto afirmar que
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(PUC GO/2014)
[…]
Eu sei que ao longe na praça.
Ferve a onda popular,
Que às vezes é pelourinho,
Mas poucas vezes – altar.
Que zombam do bardo atento,
Curvo aos murmúrios do vento
Nas florestas do existir,
Que babam fel e ironia.
Sobre o ovo da utopia
Que guarda a ave do porvir.Eu sei que o ódio, o egoísmo,
A hipocrisia, a ambição,
Almas escuras de grutas,
Onde não desce um clarão,
Peitos surdos às conquistas,
Olhos fechados às vistas,
Vistas fechadas à luz,
Do poeta solitário
Lançam pedras ao calvário,
Lançam blasfêmias à cruz.
[…]
(ALVES, Castro. Melhores poemas de Castro Alves.
São Paulo: Global, 2003. p. 111.)O texto é um fragmento do poema “Adeus, Meu Canto” que elucida bem o Condoreirismo de Castro Alves, cuja poesia social e libertária reflete as lutas internas da segunda metade do reinado de D. Pedro II e tem como marca o estilo vibrante, em que predominam comparações, metáforas, antíteses, hipérboles, apóstrofes, e um forte apelo social. O poeta se realiza como condutor do povo, capaz de predizer o futuro através de seus textos poéticos e parece conviver no meio dos problemas sociais. Sobre esse poema condoreiro, com base no fragmento lido, marque a alternativa correta:
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