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Após o lançamento do filme Pantera Negra, em fevereiro de 2018, muito se falou sobre a diversidade étnico-cultural do território africano. Uma ideia errônea geralmente repassada é de que a África é uma só e que seus costumes sejam homogêneos. Isto é um grande erro.
A África é um continente e dentro do território africano existem diversas etnias diferentes, como o reino de Axum, de Sahel, de Gana, do Mali a civilização Iorubá, dentre muitos outros.
O filme Pantera Negra contribui para que nossa visão estreita sobre como é a história cultural africana não se limite a alguns conceitos e estereótipos. Neste post tentaremos abordar algumas dessas culturas para que você aí arrase no Enem.
Antes de tudo, devemos pensar em como é o continente africano na questão geográfica. A África é dividida pelo deserto do Saara, o maior e mais quente deserto do mundo. A região que se encontra acima do deserto, ao norte, é chamada de África Setentrional.
Já a região que se encontra abaixo, ao sul, é chamada de África Subsaariana. Esta divisão natural ocasionou em consequências na formação cultural destes povos. Por exemplo, na África Setentrional formou-se a civilização egípcia, enquanto a ocupação da África Subsaariana foi dificultada pela pouca fertilidade do solo e a vasta área florestal.
Alguns grupos étnicos africanos cresceram a ponto de tornaram-se impérios, já outros permaneceram como nômades caçadores coletores em números bem reduzidos, entretanto todos possuíam uma conexão com a questão da fidelidade ao chefe e às relações de parentesco.
A forma mais comum de organização social eram as aldeias. Cada aldeia possuía um chefe, embora as famílias possuíssem líderes próprios, todos eram subordinados a este líder tribal e ele era responsável pelo bem de todos. Notou alguma semelhança com o filme Pantera Negra?
Para cumprir a função de salvaguardar todos os membros da aldeia, um conselho de líderes familiares auxiliava o chefe tribal, que também recebia parte da produção de cada família. Várias aldeias possuíam uma organização similar a esta e, muitas vezes, elas articulavam negociações entre si, em uma espécie de confederação.
Além de confederações, existiam os reinos, organizações sociais mais complexas, possuindo até mesmo capitais comandadas por chefes menores que centralizavam riquezas e algumas outras demandas, como alimentos e serviços.
A cultura Bantu no território africano
Devido à multiplicidade de culturas dentro de um continente só, é difícil não deixarmos alguma coisa de lado. Entretanto, cabe aqui ressaltarmos a importância do tronco linguístico bantu.
É isto mesmo, a cultura bantu não é designada a uma etnia, mas sim a um grupo de diversos povos africanos que possuíam um idioma de origem comum. Este tronco linguístico teria surgido na região dos atuais Camarões e Nigéria.
Por volta do século XIII os povos de idiomas originários da cultura bantu já ocupavam quase dois terços de todo o território africano. Muitos destes povos viviam a base de caça e coleta de alimentos, assim como utilizavam a domesticação de animais e a agricultura de coivara, técnica que utiliza o fogo para limpar o solo. Em outros lugares os bantus se organizaram em forma de comunidades independentes e até mesmo estados.
Com a ocupação do território africano pela cultura bantu, este grupo linguístico alcançou diversas áreas do continente. Alguns Estados de povos que falavam idiomas de origem bantu acabaram se destacando, como o Grande Zimbábue e o reino do Manicongo.
Hoje em dia, uma imensa quantidade de países africanos fala línguas de origem banta, por exemplo: Camarões, Gabão, Congo, República Democrática do Congo, Uganda, Quênia, Tanzânia, Moçambique, Malauí, Zâmbia, Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Suazilândia, Lesoto, África do Sul.
Na época de colonização das Américas pelos europeus, diversos povos bantus foram levados ao “novo mundo” privados de liberdade para trabalhos forçados, principalmente nas lavouras de cana de açúcar. Diversas características da cultura bantu foram trazidas juntamente com os africanos escravizados e até hoje compõe a cultura afro-brasileira.
Quer aprofundar seus conhecimentos na cultura bantu? Assista a videoaula do canal Saber em Foco:
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(IFPE/2016)
Leia o texto abaixo:
Postura europeia em relação a migrantes africanos é escandalosa
por Emir Sader
A relação dos europeus com os náufragos nas suas costas expressa, da forma mais radical, a concepção predominante no Velho Continente, conforme o antigo adágio: civilização ou barbárie. A preocupação dos governos europeus é apenas a proteção do seu território, para que episódios dramáticos, como os que vêm acontecendo há tempos e se agudizando nas últimas semanas, deixem de ocorrer ou diminuam. Não há nenhuma posição em relação às causas da imigração.
É de tal forma escandalosa a postura europeia, que nenhum governo ou instância africana participa das reuniões que buscam soluções para os problemas. […]
O que significa que os governos europeus nem cogitam atacar a raiz dos problemas, os que geram a imigração maciça para a Europa desde a África. As condições econômicas e sociais dos países africanos estão inquestionavelmente na origem do problema. E estas condições, por sua vez, têm raízes históricas diretamente vinculadas à Europa. […]
SADER, Emir. Postura europeia em relação a migrantes africanos é escandalosa.
Disponívelem:http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2015/04/a-europa-como-fortaleza3815.html>.
Acesso em: 21 set. 2015.O autor do texto considera que as raízes históricas dos problemas africanos estão vinculadas ao continente europeu. Sobre as relações estabelecidas entre a Europa, sobretudo sua parte ocidental, e a África, analise as afirmações abaixo:
I. No século XV, os europeus que chegaram à costa ocidental africana encontraram populações esparsas, Estados desorganizados e exércitos pequenos, características que facilitaram a penetração ao interior do continente. Os produtos africanos mais explorados foram: marfim, ouro, pimenta-malagueta, pele, corante, âmbar, cera, almíscar, couro, goma-arábica, noz-decola e cobre.
II. Por volta do século XV, os europeus introduziram a escravidão no continente africano, antes desconhecida na região. Os escravos foram inseridos num sistema comercial de grande escala e transferidos para minas e lavouras do outro lado do Atlântico.
III. Ao apoderar-se de regiões da África, no final século XIX, as potências europeias tinham por objetivo extrair delas riquezas naturais e fazer, das populações nativas, consumidores de seus produtos industrializados. Nada fizeram para desenvolver efetivamente essas regiões.
IV. No plano ideológico, os europeus buscavam legitimar suas ações no continente africano, a partir do final do século XIX, como uma “missão civilizadora”. Assim, no momento em que teorias racistas e etnocentristas começaram a penetrar profundamente na ciência e na cultura europeia, a dominação de outros povos era apresentada como uma contribuição para o progresso da humanidade.
V. Nos séculos XX e XXI, umas das causas de conflitos entre alguns países africanos, ou até mesmo entre grupos dentro de um mesmo país, foram as linhas de fronteira estabelecidas de forma arbitrária pelos europeus durante a colonização, abrigando em uma mesma região, com mesmo governo, diferentes etnias, com culturas e costumes diferentes.Estão corretas apenas as proposições:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(Fac. Santo Agostinho BA/2016)
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a África é o continente com o maior número de conflitos duradouros em todo mundo.
Sobre os conflitos africanos, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas as falsas.
( ) Os diferentes espaços da África Subsaariana, em que se registram guerras e conflitos violentos, experimentam, simultaneamente, crise econômica e financeira do Estado, divisões profundas nas elites dominantes e mobilização dos grupos sociais inferiores, que transformam a etnicidade em estratégia de confronto.
( ) Na região do Magreb, os conflitos se configuram nas revoltas populares da Primavera Árabe, lideradas por grupos separatistas e facções criminosas que lutam contra as políticas ditatoriais instaladas nos países dessa região.
( ) Apesar da Libéria e da Etiópia não terem sido vítimas do neocolonialismo, não escaparam de fazer parte das estatísticas dos conflitos do continente.
( ) De modo geral, as guerras africanas acontecem entre países e têm como principais causas as disputas territoriais pela posse de riquezas minerais e a luta por autonomia de grupos étnicos.
( ) Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética (URSS, visando aumentar sua influência ideológica nesse continente, contribuíram para o confronto entre diferentes etnias dentro de um mesmo país.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UFJF MG/2016)
Na segunda metade do século XIX, muitos povos africanos e asiáticos viram seus territórios serem ocupados pelas potências europeias. Sobre o imperialismo e neocolonialismo europeu na África e na Ásia, leia atentamente as afirmações abaixo:
I. O desenvolvimento industrial das grandes potências europeias levou ao empreendimento de um novo modelo de colonização. O aumento da produção e o acúmulo de capitais fizeram com que essas potências buscassem ampliar seus mercados e adquirir matéria-prima a custos mais baixos.
II. Durante a Conferência de Berlim, ocorrida entre os anos de 1884-1885, as potências europeias estabeleceram regras para a exploração e ocupação da África, levando em consideração a diversidade cultural e as identidades étnico-territoriais.
III. Os povos africanos e asiáticos não aceitaram passivamente o domínio dos europeus, o que gerou diferentes formas de resistência em ambos os continentes. Muitos nativos utilizaram várias técnicas e táticas militares para defenderem-se contra a ocupação e exploração dos europeus.
IV. O discurso ideológico que procurou legitimar o domínio e exploração europeia nos continentes africano e asiático foi baseado nas teorias raciais. Difundiu-se a ideia de que os europeus constituíam a raça branca e superior, cuja missão era levar a civilização para lugares habitados por raças inferiores, primitivas e bárbaras.Assinale a alternativa CORRETA:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(FGV/2015)
(…) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades africanas do século VII ao século XV?
(…)
Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(PUC RS/2015)
Considere as afirmativas abaixo, sobre o processo de descolonização na África, tal como este se apresentava nos anos 1950-1960.
I. A divisão política determinada pelo reconhecimento formal de novas soberanias, que correspondiam às unidades territoriais da África colonial, promovia a separação de etnias idênticas em diferentes Estados, dificultando o processo de cooperação continental preconizado pela Conferência dos Povos da África, de 1958.
II. As independências formais outorgadas por algumas das principais potências metropolitanas no período não impediram estas de preservar muitos de seus interesses culturais, militares e econômicos nos novos países, reproduzindo laços de dependência por vezes expressos em programas de ajuda ao desenvolvimento.
III. A fundação da Organização para a Unidade Africana, em 1963, foi uma iniciativa da África do Sul e buscava defender a soberania de seus membros, bem como contribuir para a completa erradicação do colonialismo no continente.Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UFRGS/2017)
Assinale a alternativa correta sobre a história das diferentes sociedades africanas até o século XVI.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UCS RS/2017)
Engana-se quem acredita que as teorias da Evolução e da Seleção Natural limitaram-se à área da Biologia. Alguns pensadores do século XIX, como o inglês Herbert Spencer, recorreram às ideias de Darwin para elaborar esquemas filosóficos que acabaram sendo utilizados para classificar as sociedades humanas em atrasadas e avançadas; primitivas e modernas; bárbaras e civilizadas. Eles defendiam a tese de que existiam raças superiores e inferiores, a qual foi amplamente utilizada por alguns governos europeus para justificar seus domínios na Ásia e na África no período do Imperialismo, contribuindo para o aumento do preconceito contra os povos desses continentes. Mas é necessário destacar que essas concepções jamais foram criadas ou aceitas por Darwin, que, aliás, era um antiescravocrata declarado.
Disponível em: <http://www.educacional.com.br/reportagens/
Darwin>. Acesso em: 20 ago. 16. (Adaptado.)O Imperialismo Europeu (Neocolonialismo) exercido sobre os continentes Africano e Asiático estava relacionado à ideia
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(PUC SP/2016)
“No primeiro quartel do século XX, o intercâmbio entre africanos e negros da diáspora ocorreu de diversas formas. De um lado, por meio do retorno de afrodescendentes, principalmente da América do Norte, para a Libéria, mas também das Antilhas e Brasil para diversas regiões da África. De outro, através da saída de jovens pertencentes à elite africana para ingressar nas universidades dos Estados Unidos e da Europa.”
Regina Claro. Olhar a África. Fontes visuais para a sala de aula.
São Paulo: Hedra, 2012, p. 151.O impacto do fenômeno apresentado no texto manifestou-se, entre outros fatores, no
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNESP SP/2016)
Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização de suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o uso de sua força de trabalho nas plantations da América.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
A partir do texto, é correto afirmar que a dominação europeia da África, entre os séculos XV e XVIII,
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UEA AM/2016)
A colonização da África pelos países europeus transformou, em muitos aspectos, a sociedade africana tradicional. Um conjunto de modificações materiais, como estradas, vias férreas, portos, barragens, explorações do solo e dos subsolos, foi incorporado ao curso da penosa prova da dominação colonialista e é, atualmente, racionalmente empregado pelas sociedades locais.
(Fernand Braudel. Gramática das civilizações, 1987. Adaptado.)
O excerto descreve uma espécie de contradição do domínio capitalista nas regiões africanas, considerando que
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