O que é a Internet? O que é a Exclusão Digital?

Entenda os conceitos básicos para dominar os temas da Inclusão e da Exclusão Social a partir das condições de acesso ao mundo digital.

Hoje em dia, todas as nossas tarefas e interações acontecem na Internet ou pelo menos passam por ela. Mas você já parou para se perguntar o que é a Internet? No primeiro módulo do Curso Conectados e Ligados, o pessoal do Instituto Vero explica como surgiu a computação, como a internet funciona e o que podemos esperar dela nos próximos anos!

Os conteúdos desse módulo foram elaborados pela equipe do Instituto Vero, que é a instituição idealizadora do Conectados e Ligados em parceria com o Curso Enem Gratuito! Para aproveitar todo o conteúdo desse módulo, assista ao vídeo, baixe o e-book e responda as perguntas do quiz no final dessa página! Vamos começar?

Vídeo: o que é a Internet?

Deixa eu dar um spoiler: a Internet vai muito além dos aplicativos e redes sociais que eu e você usamos todos os dias! Para entender direitinho como a Internet funciona e tudo que dá pra fazer com ela, assista ao vídeo abaixo, apresentado pela Beatrice Bonami, pelo Caio Machado e pelo Victor Vicente, do Instituto Vero.

E aí? Deu pra perceber que a Internet está em constante evolução desde que foi criada e que estará cada vez mais presente em nossas vidas, né? Agora que você já assistiu ao vídeo do Módulo 1 do Curso Conectados e Ligados, faça o download do e-book e, ao final, responda as perguntas do quiz.

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Pra se aprofundar na história da computação e da Internet, faça o download do e-book do Módulo 1! Se você não quiser ou não puder baixar o e-book, leia o texto a seguir e confira as recomendações de conteúdos complementares feitas pelo pessoal do Instituto Vero.

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A Origem da Internet

Criado em 1939 e do tamanho de um quarteirão inteiro, o Electronic Numerical Integrator and Computer (ENIAC) – no português, Computador e Integrador Numérico Eletrônico – foi o primeiro computador a surgir, inaugurando uma corrida tecnológica que acontece até a atualidade. Seus propósitos eram voltados para a Guerra Fria, guardando informações do Governo dos Estados Unidos, o qual, naquela época, se encontrava em constantes tensões com a União Soviética.

Para evitar que os dados ali armazenados fossem destruídos em algum possível bombardeamento, os Estados Unidos decidiu fragmentar o ENIAC, criando vários outros computadores ao redor do território norte-americano. Sentiu-se, ademais, a necessidade de interconectar esses computadores, de modo a poderem compartilhar informações, conectando um emissor a um receptor.

Para tanto, criou-se a ARPANET, uma interligação entre esses computadores por meio da “comutação por pacotes” – o envio de mensagens pela rede mas de forma “fragmentada”. A primeira rede de computadores ligava 4 universidades norte-americanas: Universidade da Califórnia, Stanford Research Institute, Universidade de Utah e Universidade da Califórnia.

Os estudantes dessas quatro universidades, então, criaram o Network Working Group (NWG) – no português, Grupo de Trabalho de Rede – sendo um deles, Vint Cerf, hoje conhecido como o “pai” da Internet.

Essa rede continuou avançando até ser propriamente denominada de Internet, pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América. Além disso, com sua grande expansão em todo o território, criou-se o www – World Wide Web, na década de 1990, que permitiu que diversas pessoas se interconectassem ao redor do mundo.

Quanto aos seus aspectos técnicos, a Internet possui algumas questões importantes a serem compreendidas. Uma delas é o denominado IP (Internet Protocol – no português, Protocolo da Internet), um conjunto de regras para que os computadores e outros dispositivos possam se comunicar entre si.

Cada dispositivo conectado à Internet possui um endereçamento numérico único, para que possa ser identificado. Por exemplo, para acessar o site do Google, é possível fazê-lo através de seu protocolo IP 142.250.80.110.

No entanto, percebeu-se a grande dificuldade para o usuário decorar cada um dos protocolos de cada site que quer acessar. Para solucionar esse problema surgiu o Sistema de Nomes e Domínios (DNS), uma “tabela” distribuída entre os servidores que associam um nome de domínio com o seu respectivo IP. Ou seja, ao invés de digitar todo o IP do site do google, é possível escrever www.google.com.br. O servidor irá associar diretamente com a sua numeração específica e direcionar para o site correspondente.

Todas as mensagens e conteúdos que são enviados para a Internet, por sua vez, são enviados através de pacotes de informação. Em outras palavras, quebra-se toda a mensagem e a envia em fragmentos que são unidos e interpretados pelo respectivo receptor. Ainda que esses pacotes cheguem fora de ordem, o Protocolo TCP é responsável pela confiabilidade na comunicação entre nós na rede, possibilitando a entrega na sequência correta e verificação de erros dos pacotes de dados.

Saindo dessas questões técnicas, há também as questões sociais que envolvem o uso da Internet. Apesar da popularização da Internet ao redor do mundo, ainda há aqueles que se encontram em verdadeiros blackouts tecnológicos, sem qualquer conexão.

Apesar dos conceitos de universalização e democracia estarem interligados quando falamos do acesso à internet, ainda há uma grande parcela populacional brasileira que não tem a oportunidade de participar no mundo online. Para ser mais específico, 47 milhões de brasileiros – 26% da população – estão totalmente desconectados.

Das pessoas que têm acesso à Internet no Brasil, 58% acessam exclusivamente pelo celular. Quando visto a partir da perspectiva de classes, a D e a E atingem o percentual de 85%, o que é extremamente preocupante, principalmente diante de um contexto de pandemia, criando-se oportunidades desiguais para o acesso à Internet que deveriam, em tese, ser igualitárias a todos.

Já quanto às mídias sociais, sua popularidade é indiscutível na atualidade. Segundo a pesquisa TIC COVID-19 do CETIC.br, a atividade mais realizada na Internet pelos usuários é a utilização das redes sociais, sendo seu percentual acima de 90% em todas as pesquisas realizadas levando em consideração região, sexo, grau de instrução, faixa etária e classe social.

Contudo essa é uma mudança muito recente. Na década de 1990, a Internet era dominada por sites estáticos de empresas, onde não havia formas de interação e produção de conteúdo. Tal momento era conhecido como web 1.0.

Já nos anos 2000 o cenário se alterou. Além de consumir conteúdos, os usuários foram capazes de também interagir e produzir. Surgiram plataformas como Orkut, Facebook e YouTube que alteraram a nossa forma de usar e ver a Internet. Assim, esse momento é denominado como web 2.0.

A partir disso, a tecnologia teve uma crescente ascensão, popularização e desenvolvimento. Popularizou-se os celulares, permitindo as conexões remotas, surgindo novos sistemas operacionais e novos aplicativos. Diante de tudo isso, os avanços tecnológicos serão cada vez mais rápidos e trarão novas mudanças e possibilidades dentro do mundo online, mas a certeza é que a Internet continuará presente e dominante nas vidas das pessoas ao redor mundo.

Quer se aprofundar?

Para se aprofundar ainda mais no tema desse módulo, confira as recomendações de conteúdos feitas pelo pessoal do Instituto Vero! Tem documentários, textos e pesquisas muito interessantes que contam a história da Internet e propõem reflexões sobre como ela é usada hoje em dia.

História da Internet

Como a funciona a Internet

Exclusão digital

E aí, curtiu? Então clique aqui para fazer o download do e-book e guardar esse material nos seus arquivos! Depois, não se esqueça de responder o quiz sobre o Módulo 1 do Conectados e Ligados.

Responda o quiz

Agora, responda às questões abaixo e verifique se você realmente entendeu tudo sobre como funciona a Internet!

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Sobre o(a) autor(a):

Somos pesquisadores e influenciadores digitais comprometidos com a proteção da democracia, a promoção do discurso online e a construção de soluções para o combate à desinformação. Juntos, formamos um instituto de nativos da internet que tem o objetivo de estabelecer um ambiente digital saudável para o desenvolvimento individual e coletivo.

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