Estude História para o Enem com o simulado sobre povos indígenas. São 10 questões sobre o assunto e o gabarito sai na hora! Você confere seu desempenho e ainda pode estudar de graça com a aula sobre o tema 🙂
Veja agora como gabaritar nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio. Veja um resumo com Simulado de Povos Indígenas. Confira agora com o professor Alan Ghedini, do canal do Curso Enem Gratuito, os diversos aspectos da Questão Indígena no Brasil.
Os temas ligados à pauta Indígenas que vêm sendo mais discutidos são estes: Apropriação cultural, demarcação de territórios, religião: todos esses tópicos estão relacionados com a cultura indígena e sua relação com o espaço territorial brasileiro.
É muito importante analisar e compreender esse tema através de um viés filosófico, sociológico e histórico (olha aí esse combo de humanas que a gente tanto ama), para poder refletir e se posicionar sobre o que está acontecendo no Brasil.
Os Povos Indígenas
De fato, a questão indígena é um tema muito delicado a ser discutido e que passa por uma série de outros fatores, como a questão ambiental, presidência da república, ONU, Igreja Católica… então veja você que esse é um tema bastante polêmico. Vamos começar, então, fazendo algumas reflexões sobre ele. Podemos pensar sobre a história da catequese em relação aos índios. Ou seja, você já tem a ideia da cristianização desde a colonização do Brasil. Na ideia cristã, o índio precisava ser apresentado a Cristo.
Existe um autor famoso chamado Tzvetan Todorov, autor do livro A conquista da América, que cita a frase um indígena que dizia: “Sou um bom cristão, pois já sei mentir. E vou aprender a mentir cada vez mais e logo serei um excelente cristão”. Olha essa frase, pessoal, emblemática, não? Profundamente polêmico. Quer dizer, o índio associava ser cristão com o ato de mentir. Perceba que a tradição das religiões em relação aos povos nativos nunca foi uma relação pacífica.
Mesmo nas missões jesuíticas, tinha-se a presença de milhares de índios Guaranis sendo catequizados por padres católicos. Isso faz com que existisse um processo de aculturação. Ou seja, perdia-se a matriz original dessas culturas em favor de uma nova cultura ocidental cristã. O índio vai passar a usar roupas, carregar uma cruz e ler a bíblia.
Os conflitos pela terra
Confira com o profesor Raphael Carrieri os principais aspectos relacionados à territorialidade,na disputa pela terra, na temática do resumo e do Simulado de Povos Indígenas.
As dicas do professor Carrieri:
- Segundo dados do ano de 2015 da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), por volta de 460 mil índios residem em terrar indígenas, que estão em sua maior parte concentradas no norte do país.
- Esta concentração maior no norte do país, mais especificamente no estado do Amazonas, é um indício da fuga dos povos durante o período de colonização para o interior do país.
- Fora de terras indígenas vivem mais 100 mil índios, totalizando então 560 mil indígenas no país, ou seja, somente 0,25% da população brasileira. Todos estes dados são já ultrapassados, considerando que nos últimos 2 anos o genocídio dos povos indígenas só vem aumentando.
- Em relação ao número de etnias são aproximadamente 225, totalizando 185 dialetos.
Cristianismo e Eurocentrismo
A própria nominação “índio” é muito reducionista. Porque não existe “o índio”. Existem diversas tribos e ramificações e grupos. É como chegar na Europa e falar “o europeu”. Poxa, a Europa fez duas guerras mundiais para deixar bem claro quem que é quem! Para deixar bem claro que um francês não é igual um alemão que não é igual um italiano e por aí vai. Então porque você acha que o índio é só “índio”?
E quando você passa por um indígena vendendo seu artesanato em uma grande cidade brasileira. Você passa por ele e pensa “coitado, olha como terminaram, que dó”. Quem falou que esse indígena se sente pobre e coitado? Quem está achando ele miserável é ele ou é você? Pessoal, boa parte das culturas nativas do Brasil (como a indígena) tem uma visão de bem estar completamente diferente da nossa.
Em nossa visão ocidental, o conceito de riqueza passa por ter uma boa casa, bom carro, acumulação de capital, etc. Para os indígenas, para boa parte deles isso não importa. Podemos usar um exemplo: uma pessoa passa por uma grande reserva indígena, com muito espaço de terra.
Ela pensa: “por que esses caras não plantam soja aqui e ficam ricos? Latifundiários indígenas, olha que beleza”. Só tem um pequeno detalhe: para a ótica desse indígena, não passa pela cabeça dele essa ideia.
Outro exemplo: o índio está lá no espaço de terra dele. Por conta disso, parte-se da ideia de que ele está cuidando da natureza, dos animais e de tudo que o cerca. Esse é outro erro: achar que o índio é membro do Greenpeace. Ele não é um ambientalista por definição! Pensa comigo: o indígena mora na floresta, então faria sentido ele colocar fogo nela? Não, né? Seria como você chegar na sua casa e colocar fogo nela.
Simulado de Povos Indígenas
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Mackenzie SP/2019)
“ A grande lavoura açucareira na colônia brasileira iniciou-se com o uso extensivo da mão de obra indígena (…) Do ponto de vista dos portugueses, no período de escravidão indígena, o sistema de relações de trabalho era algo que fora pormenorizadamente elaborado. Tal período foi também aquele em que o contato entre os europeus e o gentio começou a criar categorias e definições sociais e raciais que caracterizaram continuamente a experiência colonial.”
(Schwartz, Stuart B. Segredos Internos:
Engenhos e escravos na sociedade colonial.
São Paulo: Cia das Letras, 2005, p. 57)Sobre o trabalho escravo durante o período colonial é correto afirmar que
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UNICAMP SP/2019)
Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se tornou a língua de comunicação interétnica falada por diversos povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os carmelitas e os franciscanos a capacitarem seus missionários a falarem esta língua geral amazônica tão fluentemente como os jesuítas, já que em 1689 havia determinado seu ensino aos filhos de colonos.
(Adaptado de José Bessa Freire,
Da “fala boa” ao português na
Amazônia brasileira. Amerín-
dia, Paris, n. 8, 1983, p.25.)Com base na passagem acima, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UNCISAL AL/2019)
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
Círio de Nossa Senhora de Nazaré
Pintura corporal e arte gráfica do povo indígena Wajãpi
O Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, de acordo com a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (UNESCO, 2003), é composto pelas práticas, pelas representações, pelas expressões, pelos conhecimentos e pelas técnicas que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.
Transmitido de geração a geração, o Patrimônio Cultural Imaterial é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, o que gera um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br.
Acesso em: 24 nov. 2018 (adaptado).As imagens anteriores se referem ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que ocorre em Belém (Pará), e à pintura corporal e arte gráfica do povo indígena Wajãpi (Amapá), duas manifestações culturais que constam da Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade no Brasil. Considerando-se as imagens e as informações do texto, conclui-se que o critério que justifica a inclusão tanto do Círio quanto da Arte Wajãpi nessa lista consiste no(a)
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2019)
Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos europeus, um grande movimento de migração parece ter se iniciado no sul da floresta amazônica. Os povos que se moviam falavam línguas aparentadas, de uma grande família de línguas que denominamos tupi-guarani. Praticavam a coivara e eram bons caçadores e pescadores.
(Norberto Luiz Guarinello.
Os primeiros habitantes do Brasil, 2009. Adaptado.)
A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que os referidos povos
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UNESP SP/2018)
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520:
as origens da globalização, 1999. Adaptado.)“A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones” contribuiu para a dominação espanhola e portuguesa da América, uma vez que os religiosos
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(PUCCamp SP/2019)
Esta virtude estrangeira
Me irrita sobremaneira.
Quem a teria trazido,
com seus hábitos polidos
estragando a terra inteira?
Só eu
permaneço nesta aldeia
como chefe guardião.
Minha lei é a inspiração
que lhe dou, daqui vou longe
visitar outro torrão.
Quem é forte como eu?
Como eu, conceituado?
Sou diabo bem assado.
A fama me precedeu;
Guaixará sou chamado.
(Adaptado de: ANCHIETA, José de. Segundo Ato do “Auto de São Lourenço”. p. 5.
Disponível em: http://www.virtualbooks.com.br)[Peça destinada à catequese, traz como um dos personagens o chefe tamoio Guaixará, que realmente existiu e lutou ao lado dos franceses em 1560, na guerra da Guanabara.]
Durante o Segundo Reinado, diferentemente da extrema valorização da virtude estrangeira, muito comum na história colonial, buscou-se a construção de uma brasilidade no campo cultural, utilizando-se, entre outros elementos simbólicos, da figura do
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(ENEM/2010)
Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta tropical e subtropical.
PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar. Editor, 2005.
Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani, destacava-se
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(ENEM/2017)
No primeiro semestre do ano de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte judicial brasileira, prolatou decisão referente ao polêmico caso envolvendo a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, onde habitam aproximadamente dezenove mil índios aldeados nas tribos Macuxi, Wapixana, Taurepang, Ingarikó e Paramona — em julgamento paradigmático que estabeleceu uma série de conceitos e diretrizes válidas não só para o caso em questão, mas para todas as reservas indígenas demarcadas ou em processo de demarcação no Brasil.
SALLES, D. J. P. C. Disponível em: www.
ambito-juridico.com.br. Acesso em:
30 jul. 2013 (adaptado).A demarcação de terras indígenas, conforme o texto, evidencia a
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(ENEM/2016)
TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(ENEM/2015)
A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da
província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a
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