Veja o que sabe sobre Manoel de Barros com o simulado de Literatura do Curso Enem Gratuito. São apenas 10 questões para você aprender ou relembrar o que sabe. Se errar, tem dicas para estudar e garantir o sucesso na hora da prova.
Manoel de Barros é um autor tão importante em nossa literatura que temos toda uma aula em vídeo dedicada a ele. Confira o conteúdo abaixo para se preparar melhor para o simulado!
Muito bem. Agora é só fazer a prova com atenção para fixar seus conhecimentos na memória e treinar para o Enem!
Manoel de Barros – Simulado de Literatura
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UECE/2018)
Retrato do artista quando coisa
110 A maior riqueza
111 do homem
112 é sua incompletude.
113 Nesse ponto
114 sou abastado.
115 Palavras que me aceitam
116 como sou
117 — eu não aceito.
118 Não aguento ser apenas
119 um sujeito que abre
120 portas, que puxa
121 válvulas, que olha o
122 relógio, que compra pão
123 às 6 da tarde, que vai
124 lá fora, que aponta lápis,
125 que vê a uva etc. etc.
126 Perdoai. Mas eu
127 preciso ser Outros.
128 Eu penso
129 renovar o homem
130 usando borboletas.BARROS, Manoel. O retrato do Artista
Quando Coisa. Rio de Janeiro: Record, 1998.Levando em conta as relações de sentido presentes no texto de Manoel de Barros acima, é correto afirmar que o conteúdo temático geral do poema se estabelece na seguinte oposição semântica:
CorretoResposta correta!
-
Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UNIFOR CE/2017)
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
(BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa.
Antologia comentada da poesia brasileira do século 21.
São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74)A leitura do poema acima sugere que a palavra do poeta serve especialmente para
CorretoResposta correta!
-
Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UFGD MS/2017)
Leia o trecho da obra Águas de Manoel de Barros, abaixo transcrito.
Porque as águas deste lugar ainda são espraiadas para o alvoroço dos pássaros.
Prezo os espraiados destas águas com as suas beijadas garças.
Nossos rios precisam de idade ainda para formar os seus barrancos Para pousar em seus leitos.
Penso com humildade que fui convidado para o banquete destas águas.
Porque sou de bugre. Porque sou de brejo.
Acho que as águas iniciam os pássaros
Acho que as águas iniciam as árvores e os peixes E acho que as águas iniciam os homens. Nos iniciam.
E nos alimentam e nos dessedentam.
Louvo esta fonte de todos os seres, de todas as plantas, de todas as pedras.
Louvo as natências do homem do Pantanal.
Todos somos devedores destas águas.
Somos todos começos de brejos e de rãs.
E a fala dos nossos vaqueiros carrega murmúrios destas águas.
Parece que a fala de nossos vaqueiros tem consoantes líquidas
E carrega de umidez as suas palavras.
Penso que os homens deste lugar são a continuação destas águas.
BARROS, Manoel. Águas.
Campo Grande: Sanesul, 2001 (Fragmento).Considerando no contexto das tendências dominantes da poesia de Manoel de Barros, no livro Águas, pode-se afirmar que:
CorretoResposta correta!
-
Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(IFPE/2016)
Leia o poema e observe os termos destacados. Assinale a alternativa INCORRETA com relação às classes gramaticais desses termos e suas respectivas funções.
O fotógrafo
Manoel de BarrosDifícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada a minha aldeia estava morta.
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa.
Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão. (…)
BARROS, M. de. Meu quintal é maior do que o mundo:
antologia. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2015.CorretoResposta correta!
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFU MG/2016)
I
(…)
O menino tinha no olhar um silêncio de chão
e na sua voz uma candura de Fontes.
O Pai achava que a gente queria desver o mundo
para encontrar nas palavras novas coisas de ver
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do
rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão
de uma pedra.
(…)
BARROS, Manoel de. Menino do mato. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2015. p.13Em Menino do mato, um eu lírico menino tem o desejo de apreender, sem se preocupar com explicações, as coisas do mundo, criar novidades por meio das palavras e de sua inocência pueril. Essa mesma ideia perpassa o fragmento:
CorretoResposta correta!
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(FPS PE/2015)
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios
Não gosto das palavras
fatigadas de informar,
dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das gias
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
(Manoel de Barros. In: PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada
da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006, p. 73-74.)Analise o poema de Manoel de Barros, transcrito acima. Seus versos revelam que a função primordial da Literatura corresponde ao desejo do homem de:
CorretoResposta correta!
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNEMAT MT/2015)
TEXTO I
A menina de láNão que parecesse olhar ou enxergar de propósito. Parava quieta, não queria bruxas de pano, brinquedo nenhum, sempre sentadinha onde se achasse, pouco se mexia. – “Ninguém entende muita coisa que ela fala…” – dizia o Pai, com certo espanto. Menos pela estranhez das palavras, pois só raro ela perguntava, por exemplo: – “Ele xurugou?” – e, vai ver, quem e o quê, jamais se saberia. Mas, pelo esquisito do juízo ou enfeitado do sentido. Com riso imprevisto: – “Tatu não vê a lua…” – ela falasse. Ou referia estórias, absurdas, vagas, tudo muito curto: da abelha que se voou para uma nuvem; de uma porção de meninas e meninos sentados a uma mesa de doces, comprida, comprida, por tempo que nem se acabava; ou da precisão de se fazer lista das coisas todas que no dia por dia a gente vem perdendo. Só a pura vida.
[…]
Dizia que o ar estava com cheiro de lembrança. – “A gente não vê quando o vento se acaba…” Estava no quintal, vestidinha de amarelo. O que falava, às vezes era comum, a gente é que ouvia exagerado: – “Alturas de urubuir…” Não, dissera só: – “altura de urubu não ir”. O Dedinho chegava quase no céu. Lembrouse de: – “Jabuticaba de vem-me-ver…” Suspirava, depois: – “Eu quero ir pra lá”. – Aonde? – “Não sei”. Aí observou: – “O passarinho desapareceu de cantar…”
(ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001)TEXTO II
[…]
A gente não gostava de explicar as imagens porque explicar afasta as falas da imaginação.
A gente gostava dos sentidos desarticulados como a conversa dos passarinhos no chão a comer pedaços de mosca.
Certas visões não significavam nada, mas eram passeios verbais.
A gente sempre queria dar brazão às borboletas.
A gente gostava bem das vadiações com as palavras do que das prisões gramaticais.
Quando o menino disse que queria passar para as palavras suas peraltagens até os caracóis apoiaram.
A gente se encostava na tarde como se a tarde fosse um poste.
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam os sentidos normais da fala.
Esses meninos faziam parte do arrebol como os passarinhos.
(BARROS, Manoel de. Menino do mato.
Leya: São Paulo, 2010)Observando-se os textos, percebe-se o uso diferenciado da linguagem verbal, que se deve ao fato de que:
CorretoResposta correta!
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNISC RS/2015)
Leia atentamente o poema Auto-retrato falado, de Manoel de Barros e, depois, analise as afirmativas a seguir.
“Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas
[entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde
[nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do
[chão, aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de
[estar entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me
[sinto meio desonrado e fujo para o Pantanal onde
[sou abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei — pelo que
fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de
[gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.”
(BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças.
4. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 103)I. Os versos de Auto-retrato falado apontam para uma identificação profunda entre o eu lírico e a natureza.
II. Nos versos apresentados, observa-se a reelaboração do espaço regional como um espaço de memória afetiva.
III. Pode-se dizer que a voz que se manifesta em Auto-retrato falado é de um sujeito que faz uma espécie de balanço do que viveu.Assinale a alternativa correta.
CorretoResposta correta!
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(IBMEC SP/2015)
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de
fazer nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.
(Manoel de Barros, O livro das ignorãças)Nos versos, o eu lírico
CorretoResposta correta!
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UNISC RS/2014)
“O POETA (por trás de uma rua minada de seu rosto andar perdido nela)
– Só quisera trazer pra meu canto o que pode ser carregado como papel pelo vento” (BARROS, Manoel. “A máquina de chilrear e seu uso doméstico” In: Gramática expositiva do chão. Rio de Janeiro: Record, 1999.)
Sobre o fragmento do poema, podemos afirmar que
I. o poema fala do fazer poético ao associar o “canto” à poesia.
II. o poema expõe o contexto de uma guerra civil, espaço urbano onde o POETA se perde.
III. o “papel” ao “vento” pode ser tomado como metáfora das palavras que o poeta recolhe e traz para o poema.
IV. há a presença de metalinguagem no poema, pois ele fala do fazer poético.Assinale a alternativa correta.
CorretoResposta correta!