Toy Story de volta aos cinemas: como isso te ajuda no Enem?
Descubra como o relançamento de Toy Story oferece repertório cultural atual e relevante para turbinar sua redação do Enem.
Em setembro, Toy Story volta às telonas brasileiras, e não é só uma chance de matar a saudade da infância: é a prova de que a animação que revolucionou o cinema continua totalmente atemporal. O relançamento celebra os 30 anos do filme, que chegam em 2025, e mostra que, mesmo depois de três décadas, a história de Woody e Buzz Lightyear ainda cativa e inspira pessoas de todas as idades.Com quatro filmes, o spin-off Lightyear e uma nova sequência prevista para 2026, a franquia se mantém como um repertório sociocultural cheio de relevância. E o melhor: o relançamento é o gancho perfeito para trazer o filme para a redação do Enem, mostrando que você está ligado tanto na cultura pop quanto nos debates atuais.
Por que Toy Story foi um marco no cinema?
Toy Story revolucionou o cinema ao ser o primeiro longa-metragem totalmente feito em computação gráfica 3D (CGI). Na época, a Pixar ainda era um estúdio independente, e para dar vida a Woody, Buzz e todo o universo dos brinquedos, criou o software RenderMan. Ele trouxe novidades incríveis: luzes e sombras realistas, texturas detalhadas e capacidade de lidar com milhões de polígonos, algo inédito nos anos 90.
Ou seja: o filme é, ao mesmo tempo, uma revolução tecnológica e uma fábula atemporal sobre amizade e propósito. Essa combinação faz de Toy Story um repertório versátil: pode aparecer tanto em discussões sobre avanços tecnológicos e inteligência artificial quanto em temas ligados às relações humanas e à busca por sentido.
O que é repertório sociocultural produtivo?
Repertório sociocultural é tudo aquilo que você acumula de conhecimento ao longo da vida: literatura, história, filosofia, artes, ciência e eventos atuais. Filmes, séries, músicas e cultura pop também entram nessa conta. E não só entram, como são altamente recomendados, porque mostram que você tem um conhecimento amplo e conectado ao mundo.
Mas não basta só citar a obra. Para ser produtivo, o repertório precisa ser usado estrategicamente, como uma evidência que fortalece seus argumentos. Ou seja, é essencial analisar como a obra se conecta ao tema da redação e mostrar que você entende o que ela representa, em vez de apenas mencioná-la.
Como usar Toy Story na redação?
Para que a referência a Toy Story seja realmente produtiva, é recomendado seguir uma estrutura simples em três etapas, especialmente eficaz na introdução:
- Narrar: descreva rapidamente uma cena, personagem ou detalhe do filme que seja relevante. Não precisa resumir tudo; foque no que realmente importa para o argumento.
- Interpretar: explique o significado do trecho narrado. Conecte-o a conceitos mais amplos, como contextos sociológicos, filosóficos, econômicos ou culturais. Essa etapa mostra que você sabe analisar criticamente o conteúdo.
- Conectar à tese: faça a ponte entre a história do filme e a realidade. Use conectivos como “analogamente”, “de forma semelhante” ou “fora da ficção, é fato que” para introduzir a ideia que você vai defender no texto.
Seguindo esses passos, Toy Story deixa de ser apenas uma referência divertida e se torna um recurso estratégico que reforça sua argumentação, mostrando conhecimento, análise crítica e conexão com o presente.
Temas presentes em Toy Story que podem ser usados no Enem
Obsolescência programada
Woody, o vaqueiro de corda, é o brinquedo antigo, querido e confiável de Andy. A chegada de Buzz Lightyear, com seu design futurista e recursos de última geração, ameaça seu lugar de destaque. Esse confronto é uma metáfora perfeita para a obsolescência programada: o que é novo tende a substituir o que já existe, mesmo que o antigo ainda funcione perfeitamente.
Essa história também se conecta bem com o conceito de modernidade líquida, de Zygmunt Bauman. Woody representa o que é sólido e duradouro, valores de uma era em que relações e objetos tinham uma vida mais longa. Buzz, por outro lado, mostra a rapidez da sociedade moderna, em que tudo parece efêmero, do consumo às relações. O filme sugere que, mesmo num mundo tão veloz, amizade e propósito podem ser uma forma de se manter “ancorado”.
E não é só na história que isso acontece: a própria evolução da franquia espelha essa ideia. De 1995 até Toy Story 4 em 2019, os efeitos visuais evoluíram muito, incluindo partículas de poeira e luzes realistas, mostrando como a tecnologia e o consumo mudam rapidamente e como o novo muitas vezes ofusca o antigo.
A crise de identidade de Buzz
Buzz acredita ser um verdadeiro patrulheiro espacial até ver um comercial revelando que é apenas um brinquedo produzido em série. Esse momento provoca uma crise existencial, que lembra o conceito de “má-fé” de Jean-Paul Sartre: quando alguém se engana sobre sua própria liberdade e papel no mundo, se escondendo atrás de uma identidade que não é sua.
Ao longo da história, Buzz aprende a aceitar sua verdadeira natureza e encontra sentido em ser um bom amigo de Andy. Esse contraste com Woody, que sempre soube seu propósito, mostra que a modernidade e a cultura do consumo prometem muito, mas também podem gerar frustração e angústia. Além disso, a cena do comercial permite discutir o poder da publicidade, que cria expectativas irreais, especialmente para crianças, moldando desejos e frustrações.
O vilão Sid Phillips

Sid, o garoto que destrói brinquedos, é normalmente visto como vilão. Mas olhando mais de perto, ele reflete carência afetiva e falta de atenção dos pais. Seus atos de crueldade são sintomas de um problema maior: um ambiente familiar negligente.
Essa interpretação permite discutir temas sociais e psicológicos. O contraste entre a casa de Sid e a família de Andy mostra como a atenção e o cuidado são fundamentais para o desenvolvimento infantil. A cena final, em que os brinquedos o assustam, funciona como aprendizado: mesmo de forma extrema, é um sinal de que mudanças são possíveis, e reforça a ideia de que problemas sociais e familiares têm impactos reais no comportamento.
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