10 temas de Biologia que mais caem no Enem
Confira os 10 temas de Biologia mais cobrados no Enem e revise com conteúdo leve, direto e cheio de dicas para a prova.
Se você já se perguntou em que partes da Biologia focar para não dar aquele branco no Enem, calma aí! A prova pode até parecer um universo sem fim, mas o Enem tem seus queridinhos… e a gente te mostra quais são.
Este guia é o seu mapa do tesouro nas Ciências da Natureza: os 10 temas de Biologia que mais caem na prova. De metabolismo energético e genética até ecologia, tudo explicado de um jeito direto e fácil de entender.
Bora focar no que realmente importa?
Estrutura celular
As células são as unidades básicas da vida: tudo o que vive (menos os vírus) é formado por elas. Mesmo com diferenças entre procariontes (sem núcleo definido, ou seja, com DNA disperso no citoplasma) e eucariontes (com núcleo verdadeiro e delimitado pela carioteca), toda célula tem a mesma missão: gerar energia, metabolizar, crescer, se reproduzir e reagir ao ambiente.
Núcleo
O núcleo é o “cérebro” da célula eucarionte. Ele guarda o DNA, que contém as instruções de funcionamento celular, e comanda processos como crescimento, metabolismo e reprodução. É protegido pela carioteca, uma membrana dupla com poros que controlam o que entra e sai.
Membrana plasmática
A membrana plasmática é o “portão inteligente” da célula. Ela delimita o espaço celular e controla o que entra e sai, mantendo o equilíbrio interno (homeostase).
- Transporte passivo: sem gasto de energia (ex.: difusão e osmose).
- Transporte ativo: usa energia (ATP) para mover substâncias contra o gradiente (ex.: bomba de sódio e potássio).
Parede celular
Presente em plantas, fungos e bactérias, a parede celular é como uma armadura: dá forma, rigidez e proteção. Sua composição varia:
- Celulose → plantas
- Peptidoglicano → bactérias
- Quitina → fungos
Citoplasma
É o meio gelatinoso (citosol) que preenche o espaço entre a membrana plasmática e o núcleo. É o local onde a maior parte das reações metabólicas acontece, servindo como o palco onde todas as estruturas celulares (incluindo as organelas e o citoesqueleto) estão imersas e operando.
Endoesqueleto celular
Também conhecido como citoesqueleto, o endoesqueleto celular é uma rede dinâmica de filamentos e túbulos proteicos que se estende por todo o citoplasma.
Ele é responsável por conferir forma e sustentação à célula, atuando como o “esqueleto interno” e, de forma ativa, participa do movimento celular, do transporte de organelas e é fundamental na separação dos cromossomos durante a divisão celular.
Organelas
As organelas são compartimentos e estruturas especializadas dispersas no citoplasma, funcionando como pequenos “órgãos” que executam tarefas essenciais.
A tabela a seguir resume as principais funções das organelas de maior relevância na prova:
| Organela | Função essencial | Localização |
|---|---|---|
| Mitocôndria | Produção de energia (ATP) via respiração celular aeróbica. | Citosol (eucariotos) |
| Cloroplasto | Realiza a fotossíntese (produção de glicose). | Células vegetais e algas. |
| Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) | Síntese de proteínas de exportação (associado a ribossomos). | Citoplasma. |
| Complexo de Golgi | Processamento, empacotamento e secreção de substâncias. | Citoplasma. |
| Lisossomos | Digestão intracelular de macromoléculas e organelas velhas. | Citoplasma. |
| Ribossomos | Síntese de todas as proteínas celulares (não-membranoso). | Citoplasma e RER. |
Metabolismo energético
O metabolismo energético refere-se aos mecanismos pelos quais as células obtêm, armazenam e utilizam energia. A molécula de ATP (Adenosina Trifosfato) é a “moeda” universal que armazena e transporta essa energia para todas as reações metabólicas. O tema se concentra em dois processos complementares: a fotossíntese e a respiração celular.
Fotossíntese (anabolismo)
A fotossíntese é o processo de produção de alimento pelos organismos que contêm clorofila, como plantas, algas e algumas bactérias. Acontece nos cloroplastos das células vegetais.
Usando a energia da luz solar, eles transformam gás carbônico (CO₂) e água (H₂O) em glicose (C₆H₁₂O₆), liberando oxigênio (O₂) como “sobrinha” da reação.
Ou seja: é uma reação de construção (anabólica), responsável por gerar a matéria orgânica que sustenta praticamente toda a vida na Terra.
Respiração celular (catabolismo)
É o processo que quebra o alimento (glicose) para liberar a energia (ATP) guardada em suas ligações químicas, permitindo que a célula realize suas funções. É uma reação de quebra (degradação).
Respiração aeróbica
É a forma mais eficiente de produzir energia. Ocorre em três etapas principais:
| Fase | Onde ocorre | O que acontece | Produção de ATP (L=líquida) |
|---|---|---|---|
| Glicólise | Citoplasma | A glicose é quebrada em duas moléculas de piruvato. | 2 ATP |
| Ciclo de Krebs | Matriz M=mitocondrial | O piruvato é processado, liberando CO2 e criando “carregadores” de elétrons (NADH e FADH2). | 2 ATP |
| Fosforilação Oxidativa | Cristas mitocondriais | Os elétrons dos “carregadores” são passados por uma cadeia, liberando energia massiva para criar ATP. O O2 é o receptor final, formando H2O. | Grande produção (~34 ATP) |
Fermentação (Respiração anaeróbica – sem oxigênio)
Quando o oxigênio não está disponível, algumas células recorrem à fermentação, um processo menos eficiente, mas rápido, para gerar energia.
Exemplos clássicos incluem a fermentação lática (como nos músculos e em bactérias do iogurte) e a fermentação alcoólica (realizada por fungos e leveduras).
Ecologia
A ecologia é um dos pilares mais estáveis do Enem, com alta incidência nas provas de Ciências da Natureza. O tema enfatiza a compreensão do ecossistema como um sistema interligado, onde a matéria se transforma, se movimenta e se recicla.
Relações ecológicas e dinâmica comunitária
As interações entre os organismos vivos são classificadas em:
- Intraespecíficas (entre a mesma espécie)
- Interespecíficas (entre espécies diferentes)
Essas relações podem ser harmônicas (benefício ou neutralidade) ou desarmônicas (prejuízo para uma das partes).
Alguns exemplos importantes:
- Mutualismo: associação obrigatória em que ambos se beneficiam (ex.: líquens).
- Comensalismo: um se beneficia, e o outro não é afetado (ex.: rémoras e tubarões).
- Parasitismo: um se beneficia e o outro é prejudicado (ex.: pulgas e mamíferos).
Um conceito relacionado é o mimetismo, quando uma espécie imita outra para obter vantagem, como proteção contra predadores.
Fluxo de energia e matéria
Nos ecossistemas, a energia e a matéria têm rotas bem diferentes:
Fluxo de energia (Unidirecional)
A energia capturada do Sol pelos produtores flui em uma única direção (unidirecional) pelos níveis tróficos (produtores, consumidores…).
Em cada passagem, a maior parte da energia é perdida como calor. A regra dos 10% estabelece que apenas cerca de 10% da energia é transferida para o nível seguinte. Isso explica porque as pirâmides de energia são sempre diretas e limitam o número de predadores de topo.
Fluxo de matéria (Cíclico)
A matéria, diferente da energia, se recicla.
Quando seres vivos morrem, decompositores como fungos e bactérias decompõem seus restos e devolvem os nutrientes ao ambiente, permitindo que os produtores usem esses elementos novamente.
É esse ciclo que mantém os ecossistemas funcionando.
Sucessão ecológica
A sucessão ecológica é o processo de mudança gradual nas espécies de um ecossistema até atingir um estado estável chamado comunidade clímax.
- Sucessão primária: ocorre em locais sem vida prévia, como rochas nuas ou dunas.
- Sucessão secundária: acontece em áreas que já tiveram vida, mas foram perturbadas (como um campo abandonado ou uma floresta queimada).
Esse processo mostra a capacidade da natureza de se regenerar e se equilibrar com o tempo.
Biorremediação
A biorremediação é um exemplo prático de como a ecologia e a biotecnologia podem caminhar juntas.
Ela usa microrganismos ou plantas para remover poluentes e descontaminar ambientes, como em casos de vazamentos de petróleo ou solos contaminados.
Na prática, é como colocar os decompositores para trabalhar a favor do meio ambiente.
Evolução
O estudo da evolução aborda as transformações e a diversificação dos seres vivos ao longo do tempo.
Teorias
A teoria mais aceita atualmente é o neodarwinismo (ou Teoria Sintética da Evolução). Ela uniu o conceito de seleção natural (proposto por Charles Darwin) com a genética (de Gregor Mendel).
O mecanismo principal é a seleção natural, que atua escolhendo os indivíduos mais adaptados. As fontes de variabilidade sobre as quais a seleção natural pode atuar são a mutação (mudança no DNA) e a recombinação gênica (mistura de genes durante a reprodução sexual).
Evidências evolutivas
A teoria da evolução é sustentada por diversas provas científicas, sendo as mais importantes:
- Órgãos homólogos: estruturas que têm a mesma origem embrionária, mas que evoluíram para ter funções diferentes (ex: o braço humano, a nadadeira da baleia e a asa do morcego). Indicam que os organismos vieram de um ancestral comum (evolução divergente).
- Órgãos análogos: estruturas que têm funções semelhantes, mas origens embrionárias distintas (ex: asa de inseto e asa de ave). Indicam que os organismos se adaptaram a pressões ambientais semelhantes (evolução convergente), sem parentesco próximo.
- Análises genéticas: quanto mais recentes a separação evolutiva entre dois grupos, maior a semelhança em suas sequências de DNA e proteínas. O estudo do genoma é a evidência mais precisa hoje.
Como ler cladogramas (árvores de parentesco)
Os cladogramas são diagramas que representam a história evolutiva e o parentesco entre os grupos.
- Nós (Nodes): são os pontos de bifurcação, e representam os ancestrais comuns dos grupos que se separam ali. A bifurcação marca o momento da separação evolutiva.
- Análise de Proximidade: dois organismos que compartilham um nó mais recente (mais próximo ao topo/presente do diagrama) são evolutivamente mais próximos e, portanto, compartilham maior semelhança genética. Por exemplo, em uma análise com peixes, anfíbios, répteis e aves, répteis e aves se separaram mais recentemente, indicando maior parentesco entre si.
Classificação na cladística
Na cladística (método moderno de classificação biológica), um grupo só é considerado monofilético (ou “verdadeiro”) se incluir o ancestral comum e todos os seus descendentes.
Um exemplo clássico: o grupo dos répteis é considerado artificial, pois geralmente exclui as aves, que são descendentes diretas dos dinossauros (que eram répteis). Assim, para a biologia evolutiva moderna, aves e répteis fazem parte da mesma linhagem.
Ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos mostram como os elementos essenciais à vida circulam entre os seres vivos (bio) e o ambiente não vivo (geo), como o solo, a água e o ar. São eles que mantêm o equilíbrio da vida na Terra.
Classificação dos ciclos
Os ciclos são classificados de acordo com seu principal reservatório no ambiente:
- Gasosos: o principal reservatório é a atmosfera (ex: nitrogênio, carbono).
- Sedimentares: o principal reservatório é a crosta terrestre/rochas (ex: Fósforo).
- Ciclo da Água: embora seja primariamente gasoso/líquido, é frequentemente tratado à parte devido à sua importância fundamental.
Vale lembrar: as ações humanas (como poluição, agricultura e indústria) alteram diretamente o equilíbrio desses ciclos.
Ciclo do Nitrogênio
O nitrogênio (N2) é o gás mais abundante na atmosfera (78%), mas não pode ser usado diretamente pela maioria dos seres vivos. Sua assimilação depende da ação especializada de bactérias:
- Fixação: bactérias fixadoras absorvem o N2 atmosférico e o transformam em amônia.
- Nitrificação: outras bactérias oxidam a amônia, convertendo-a em nitrito e, por fim, em nitrato (a forma que as plantas conseguem absorver).
- Desnitrificação: bactérias desnitrificantes finalizam o ciclo, degradando compostos nitrogenados e liberando N2 de volta para a atmosfera.
Ciclo do Carbono
O carbono é o elemento principal que constitui todas as moléculas orgânicas. O ciclo se baseia em dois processos opostos:
- Fixação: seres autótrofos (plantas, algas) usam a fotossíntese para capturar o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e transformá-lo em matéria orgânica (glicose).
- Retorno: o CO2 é liberado de volta ao ambiente pela respiração celular, pela decomposição e, criticamente, pela queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural).
A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento aumentam drasticamente a concentração de CO2 na atmosfera. Esse excesso intensifica o efeito estufa, resultando no aquecimento global.
Ciclo do Fósforo
Por ser sedimentar, o fósforo vem principalmente da erosão de rochas.
Sua grande relevância ambiental está ligada à eutrofização: O uso excessivo de fertilizantes (ricos em fósforo e nitrogênio) em plantações faz com que o excesso escoe para rios e lagos. Isso provoca um crescimento descontrolado de algas na água. Quando essas algas morrem, a decomposição consome todo o oxigênio dissolvido na água, prejudicando e levando à morte de peixes e outras formas de vida aquática.
Doenças
No Enem, o tema doenças aparece com foco em saúde pública, ou seja, mais nas causas sociais e ambientais do que na memorização de sintomas. Questões costumam relacionar falta de saneamento, urbanização desordenada e condições ambientais à proliferação de vetores.
O segredo é lembrar sempre da tríade essencial:
- Agente etiológico (quem causa),
- Vetor (quem transmite)
- Profilaxia (como prevenir).
A persistência das doenças tropicais
Doenças tropicais infecciosas, como leishmaniose e malária, são graves preocupações de saúde pública, frequentemente associadas a alta incidência e mortalidade. A sua persistência no Brasil é um reflexo direto da interação entre fatores biológicos (o agente e o vetor) e fatores sociais (como a ausência de saneamento básico e as condições de moradia inadequadas).
| Doença | Agente etiológico | Vetor | Profilaxia principal |
|---|---|---|---|
| Dengue, Zika, Chikungunya | Vírus | Mosquito Aedes aegypti | Eliminação de criadouros de água parada. |
| Doença de Chagas | Trypanosoma cruzi (Protozoário) | Barbeiro (Inseto) | Melhoria habitacional e combate ao vetor. |
| Leishmaniose | Leishmania spp. (Protozoário) | Mosquito-palha (Flebotomíneo) | Combate ao vetor e diagnóstico precoce. |
| Malária | Plasmodium spp. (Protozoário) | Fêmea do mosquito Anopheles | Combate ao mosquito, uso de telas e repelentes. |
Genética e hereditariedade
A genética é a ciência que estuda como as características biológicas são transmitidas (hereditariedade) e como ocorre a variação entre os seres vivos. Para o Enem, é crucial dominar os conceitos básicos de como as características são codificadas e expressas.
Conceitos de hereditariedade
- Genes: são as sequências de DNA que funcionam como “receitas”, pois codificam proteínas e determinam uma característica (ex: a cor dos olhos).
- Cromossomos: são as estruturas filamentosas, feitas de DNA e proteínas, que contêm os genes organizados.
- Alelos: são as diferentes versões de um mesmo gene (ex: o gene da cor dos olhos pode ter o alelo para azul e o alelo para castanho).
- Genótipo: é a composição genética de um indivíduo (ex: AA ou Aa). É a “receita” interna.
- Fenótipo: é a expressão da característica que podemos observar (ex: olhos castanhos). É o resultado da interação entre o genótipo e o ambiente.
Expressão dos Alelos
- Homozigoto: indivíduo com alelos iguais para uma característica (AA ou aa).
- Heterozigoto: indivíduo com alelos diferentes (Aa).
- Dominante: o gene se manifesta mesmo em heterozigose (basta uma cópia, A_).
- Recessivo: o gene só se manifesta em homozigose (aa).
O dogma central e a tecnologia genética
A informação genética segue sempre o mesmo caminho dentro das células:

- Replicação: O DNA se duplica (cria cópias) antes da divisão celular.
- Transcrição: O DNA é usado como molde para a síntese de RNA.
- Tradução: O RNA é usado nos ribossomos para sintetizar proteínas.
PCR: a “fotocópia molecular”
A PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica essencial da engenharia genética. Ela multiplica pequenas amostras de DNA, criando cópias suficientes para estudo.
Ela é usada no diagnóstico de doenças (testes de COVID-19 ou HIV), na análise forense (identificação de suspeitos) e na pesquisa científica.
Biotecnologia e transgenia
A biotecnologia aplica o uso de organismos vivos ou partes deles para criar produtos e processos inovadores, de remédios e vacinas a cultivos agrícolas mais eficientes.
Dentro dela, estão os organismos transgênicos (OGMs): seres que tiveram seu DNA modificado pela inserção de genes de outras espécies, por meio da técnica do DNA recombinante.
Os principais objetivos da transgenia são:
- Aumentar a produtividade agrícola (criando plantas resistentes a pragas ou herbicidas).
- Aprimorar produtos (aumentando a durabilidade ou o valor nutritivo, como o arroz dourado, rico em vitamina A).
- Desenvolver substâncias úteis à saúde humana (como a produção de insulina por bactérias e a terapia gênica).
O debate ético, ambiental e social
O Enem valoriza a capacidade de analisar o debate complexo em torno da transgenia, que envolve prós e contras:
| Argumentos favoráveis | Argumentos contrários |
|---|---|
| Segurança alimentar: aumento da produção e durabilidade, combatendo a fome global. | Ambiental: risco de contaminação genética de espécies nativas, reduzindo a biodiversidade. |
| Saúde: produção de alimentos mais nutritivos e de substâncias úteis (vacinas, medicamentos). | Ecológico: possível aumento da resistência de pragas, levando ao maior uso de pesticidas a longo prazo. |
| Econômico: redução de perdas na lavoura. | Saúde: incapacidade de prever os efeitos a longo prazo no organismo humano (alergias, intolerâncias). |
| Socioeconômico: risco de monopolização da agricultura por empresas detentoras das patentes das sementes. |
Devido à incerteza sobre os impactos a longo prazo, exige-se cautela máxima na liberação de OGMs quando não há evidências conclusivas sobre sua segurança.
Vacinas
As vacinas representam um dos maiores avanços da biotecnologia moderna. Elas treinam o sistema imunológico para reconhecer e combater agentes causadores de doenças sem causar a doença em si.
A inovação mais recente são as vacinas de DNA ou RNA, como as usadas contra a COVID-19. Nesse tipo de imunização, um pequeno trecho do material genético do vírus é injetado no corpo, fazendo com que as próprias células produzam a proteína do patógeno (antígeno). Essa proteína estimula uma resposta imune potente e duradoura, protegendo o organismo de futuras infecções.
Plantas
A botânica estuda as plantas em seus diferentes aspectos (evolução, anatomia e fisiologia) e costuma aparecer nas provas do Enem especialmente em temas sobre adaptações ao ambiente terrestre, fotossíntese e funções vitais.
Evolução vegetal
A conquista do ambiente terrestre pelas plantas aconteceu de forma gradual, marcada por adaptações evolutivas que garantiram a sobrevivência fora da água.
| Grupo vegetal | Características | Exemplos |
|---|---|---|
| Briófitas | Não possuem vasos (avasculares). Dependem da água para reprodução. | Musgos |
| Pteridófitas | Primeiras a ter vasos condutores (vasculares). Ainda dependem da água para reprodução. | Samambaias, Cavalinhas |
| Gimnospermas | Vasculares. Primeiras a ter sementes (“sementes nuas”, sem proteção de fruto). A semente foi um marco evolutivo, pois protege o embrião e facilita a dispersão da espécie. | Pinheiros, Sequoias |
| Angiospermas | Vasculares e com sementes. Possuem flores e frutos. Dominam o planeta porque as flores otimizam a reprodução e os frutos protegem as sementes, ajudando na sua dispersão por animais, vento ou água. | A maioria das plantas |
Anatomia e fisiologia
Para crescer e sobreviver, as plantas desenvolveram tecidos e sistemas especializados:
Tecidos
- Meristemáticos: responsáveis pelo crescimento da planta.
- Permanentes: desempenham funções específicas, como o Parênquima (responsável pela fotossíntese) ou o Esclerênquima (responsável pela sustentação e suporte).
Vasos Condutores
Funcionam como o “sistema circulatório” da planta:
- Xilema: transporta a seiva bruta (água e sais minerais) das raízes para as folhas.
- Floema: transporta a seiva elaborada (açúcares/matéria orgânica, produzida na fotossíntese) das folhas para o restante da planta.
Fitormônios (Hormônios Vegetais)
São moléculas que regulam o desenvolvimento. A auxina está diretamente ligada ao crescimento da planta e ao fototropismo (crescimento em direção à luz). O etileno é o hormônio responsável por regular o amadurecimento dos frutos.
Histologia animal
A Histologia é a área da Biologia que estuda os tecidos, que são conjuntos de células especializadas que trabalham de forma coordenada. Nos animais vertebrados, quatro tipos principais de tecidos se organizam para formar todos os órgãos e sistemas do corpo:
Tecido epitelial
É como um “revestimento” do corpo. Suas células ficam bem juntinhas, quase sem espaço entre si, e não têm vasos sanguíneos próprios: elas recebem nutrientes dos tecidos vizinhos.
O epitélio tem duas grandes funções:
- Proteger o corpo (como a pele e o interior dos órgãos);
- Secretar substâncias, formando as glândulas, que produzem suor, enzimas, hormônios etc.
Tecido conjuntivo
É o tecido mais variado do corpo e serve como base e sustentação para os outros. Diferente do epitelial, ele tem bastante matriz extracelular (a “cola” entre as células).
Veja alguns tipos importantes:
- Conjuntivo propriamente dito: preenche espaços e conecta estruturas.
- Adiposo: armazena energia e ajuda no isolamento térmico.
- Cartilaginoso e ósseo: dão sustentação e permitem o movimento.
- Sanguíneo: transporta nutrientes, gases e defende o organismo.
Tecido muscular
Responsável por todos os movimentos, desde piscar até o batimento do coração. Suas células contêm proteínas contráteis, como actina e miosina, que permitem a contração.
Tipos principais:
- Estriado esquelético: contração rápida e voluntária (exige comando consciente do sistema nervoso, como mover o braço ou falar).
- Estriado cardíaco: contração rítmica e involuntária (automática), encontrado apenas no coração.
- Liso: contração lenta e involuntária (movimentos automáticos), presente nas paredes de órgãos internos (como intestino, estômago e vasos sanguíneos).
Tecido nervoso
É o sistema de comunicação do corpo. Ele capta estímulos, processa informações e envia respostas por meio dos impulsos nervosos.
Principais componentes:
- Neurônios: são as células especializadas na transmissão da informação.
- Células da Glia: fornecem suporte, nutrição e proteção aos neurônios.
A troca de informações entre os neurônios acontece nas sinapses, pequenas conexões químicas ou elétricas que garantem o funcionamento do sistema nervoso.
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