Saiba como se deu a migração humana pelo mundo e o que o Brasil perdeu em termos de pesquisa e de história com o incêndio no museu do Rio de Janeiro, ocorrido em 2018. Estude um pouco mais sobre o tema e fique preparado para o Enem!
As origens da ocupação humana na América até hoje não são conhecidas com exatidão. A teoria mais aceita e difundida é a da chegada do Homo sapiens sapiens através de migração pelo Estreito de Bering. Entenda mais sobre a chegada e expansão dos povos da América ao longo do continente.
Teorias sobre a chegada dos povos da América
As origens da ocupação humana na América até hoje não são conhecidas com exatidão. Embora existam teorias e estudiosos que defendam possibilidades de existência de hominídeos “pré-sapiens” no continente americano (FUNARI e NOELLI, 2009), a teoria mais aceita e difundida é a da chegada do Homo sapiens sapiens através de migração pelo Estreito de Bering, que em períodos de glaciação constituiu uma verdadeira ponte entre o nordeste asiático e o noroeste norte-americano, devido ao rebaixamento no nível do mar.
Teorias sobre a evolução dos seres humanos
A teoria mais aceita sobre a origem da nossa espécie faz a defesa de seu surgimento na África, com migrações subsequentes que consolidaram a diáspora mundo afora. Essa ideia – sustentada por pesquisas nas áreas da genética e paleontologia – é oposta a uma outra visão que defendia que os seres humanos de hoje teriam evoluído de modo independente, em diferentes localidades da África e Eurásia.
Funari e Noelli (2009) mencionam que pesquisas feitas com material genético (DNA mitocondrial) trazem fortes indícios para justificar a origem africana do Homo sapiens sapiens que, segundo esses autores, não teria surgido muito antes de 130 mil anos A.P. (O termo A.P. significa “Antes do Presente”, tendo como referência o ano de 1950, em referência à descoberta da datação por carbono-14, em 1952), e já teria sido encontrado na região da atual Palestina há cerca de 92 mil anos.
Em termos de vestígios concretos, as grutas de Lagoa Santa, encontradas pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhem Lund em 1840, configuram achados dentre os mais extraordinários em nosso continente. Foi a primeira vez que alguém encontrou ossos humanos associados a fósseis de animais extintos. Atualmente, sabe-se por meio de datações pelo Carbono 14 que os esqueletos de Lagoa Santa possuem mais de 10 mil anos.
Quem é Luzia
Essa coleção originou a reconstrução facial de uma mulher – feita através de seu crânio, por pesquisadores da Universidade de Manchester, Inglaterra – com idade de cerca de 11.680 anos. Luzia foi o nome escolhido para a mulher pré-histórica que levou muitos pesquisadores a repensarem as teorias sobre a ocupação humana no território americano. Isso ocorreu porque os estudos morfológicos dos ossos de Luzia e outros seres humanos, relativamente contemporâneos, demonstraram características não-mongoloides.
No entanto, a teoria que defendia a ideia de migração humana para o continente pelo Estreito de Bering era sustentada pela semelhança das populações ameríndias com as norte-asiáticas, ambas mongoloides. Essa ocupação teria ocorrido em algum dos últimos períodos de glaciação, provavelmente há poucos milhares de anos, tendo em vista que as características físicas mongoloides surgiram, segundo a maioria dos pesquisadores, há 20 mil anos no máximo (FUNARI e NOELLI, 2009).
A descoberta de Luzia (entre 1974 e 1975) possibilitou o fortalecimento de outras teorias sobre a colonização humana no continente. Na década de 80, o professor Walter Neves sugeriu uma origem africana dos primeiros habitantes americanos, que teriam vindo em uma primeira corrente migratória até o Brasil, após atravessar a Ásia e passar pelo Estreito de Bering, há 14.000 anos.
Isso se deu por causa dos traços africanos e australianos apresentados por Luzia e seus contemporâneos. A outra leva de migrantes, com traços asiáticos (mongoloides) como os dos ameríndios que estavam espalhados pelo continente no período da invasão europeia, teria chegado há cerca de 12.000 anos, pela mesma trajetória.
Principais povos da América
Alguns grandes grupos entre os povos que se espalharam pelo continente merecem destaque, como: esquimós, nadenes, sioux, apaches e iroqueses, na América do Norte; astecas no México e maias entre o atual território mexicano e arredores da Península de Iucatã; incas nos Andes; além de chibchas, aruaques, jês, tupis, guaranis e araucanos nas áreas menos elevadas da América do Sul.
Entre 5.000 e 4.000 a.C, no México e América Central, algumas civilizações desenvolveram a agricultura a ponto de tornarem-se sedentárias. Em algum momento próximo de 2.000 a.C. surgiram centros urbanos onde se realizava a pesca, a caça e variados tipos de cultivo. Nessas sociedades, os sacerdotes, “detentores da sabedoria”, ficavam com o excedente agrícola, tornando-se a classe dominante.
Novas técnicas, como barragens e canais, multiplicaram a produtividade agrícola possibilitando crescimento populacional e desenvolvimento da política, diplomacia, comércio e conflitos. Em 1.500 a.C., aproximadamente, surgiria a civilização agrícola (com destaque ao milho) dos olmecas.
Suas técnicas de cultivo, sistema de escrita e numeração, calendário, religiosidade, arte, arquitetura e até mesmo um jogo de bola foram o legado deixado para as sucessivas civilizações que se constituiriam naqueles territórios e proximidades posteriormente – teotihuacanos (700 a.C. a 600 d.C.), maias (500 d.C. a 1300 d.C.), entre outros.
Dentre esses outros estão os astecas, descendentes dos mexicas, que povoaram em 1345 os arredores do lago Texcoco, no Vale do México, desenvolvendo as chinampas (canteiro flutuante construído de madeira trançada sobre áreas alagadas), avançada técnica agrícola para a época. Na virada do século XV para o XVI, sob o comando de Montezuma II, dominavam a região. Entretanto, sucumbiram ao poderia bélico espanhol sendo derrotados por volta de 1521.
Videoaula sobre as civilizações pré-colombianas
Quer aprender ainda mais sobre o povos da América? Então assista à videoaula a seguir, em que o professor Carrieri, de Geografia, explica tudo sobre as civilizações pré-colombianas!
O incêndio no Museu Nacional
O incêndio que iniciou no dia 2 de setembro de 2018 e se estendeu para a madrugada do dia 3, destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O museu possuía, na data, 200 anos de existência e contava com mais de 20 milhões de peças. Entre elas, esqueletos com importantes pesquisas ainda em andamento ou a serem desenvolvidas.
A parte mais importante do material coletado no sítio arqueológico de Lagoa Santa, em Minas Gerais – que revolucionou os estudos das origens dos povos americanos pré-históricos –, estava presente no acervo e pode ter sido perdida para sempre.
Duzentos indivíduos fossilizados, que faziam parte do “grupo de Luzia” (ser humano mais antigo encontrado nas Américas), encontram-se entre os escombros da tragédia que, segundo muitos pesquisadores, já era anunciada, em decorrência do descaso e falta de investimento do poder público na manutenção do Museu.
Exercícios sobre os povos da América
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Mackenzie SP/2019)
As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas na noite do último domingo, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros. O museu abrigava entre suas mais de 20 milhões de peças os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas —ou sequer feitas— por pesquisadores brasileiros. E pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de línguas que não existem mais no mundo.
Uma das maiores preocupações é com o material coletado no sítio arqueológico de Lagoa Santa, no Estado de Minas Gerais, considerado de fundamental importância para entender as origens dos povos americanos pré-históricos. O museu abrigava o maior acervo do mundo coletado no Estado: são cerca de 200 indivíduos fossilizados que integram o que os pesquisadores chamam de “o grupo de Luzia”, em referência ao nome dado ao mais antigo esqueleto já encontrado nas Américas, descoberto em 1974, e com idade aproximada de 11.500 anos.
A ciência perdida no incêndio
do Museu Nacional (Adaptado) https://brasil.elpais.com/ brasil/2018/09/05/politica/1536160858_009887.html – Acessado em 15/09/2018
Sobre o incêndio que destruiu o Museu Nacional e a importância do fóssil Luzia, é correto afirmar que
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UNIRG TO/2019)
Uma das grandes perdas com o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo do País. A repórter Ana Lúcia Azevedo escreveu: “Luzia emergiu da tragédia do Museu Nacional para ser lembrada como um dos maiores símbolos do País. É a principal perda entre os 20 milhões de peças consumidas pelo fogo. Com cerca de 11.500 anos, ela já era reconhecida como o mais antigo ser humano já descoberto, não apenas no Brasil, mas nas Américas. De direito, era a mãe da pátria, ainda que, até agora pouco valorizada, andasse esquecida, como de resto o patrimônio destruído.”
AZEVEDO, Ana Lúcia. O crânio de Luzia, a mais antiga habitante das Américas… Época. 6 set. 2018.
Disponível em: https://epoca.globo.com/o-cranio-de-luzia-mais-antiga-habitante-das-americas-pode-ter-desaparecido-no-incendio-do-museu-nacional23045647#ixzz5SX4rK8ei. Acesso em: 2 out. 2018.
Sobre o povoamento do continente americano, assinale a alternativa correta:
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UECE/2019)
No que diz respeito aos Maias, Astecas e Incas, considere as seguintes afirmações:
I. Tendo a elite formada por nobres e sacerdotes, a sociedade maia caracterizava-se pela hierarquia.
II. A cidade asteca Tecnochtitlán resistiu aos espanhóis e manteve a sua autonomia até 1521.
III. A capital inca ficou famosa por suas construções planejadas e seus templos decorados.
É correto o que se afirma em
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFT TO/2019)
Em 1532, na cidade quéchua de Cajamarca, atual Peru, ocorreram os fatos descritos no fragmento de documento que segue:
“… como sabia o frade que seu Deus dos Cristãos havia criado o mundo? Frei Vicente respondeu que o dizia aquele livro, e deu-lhe seu Breviário. Atahualpa abriu-o, folheou-o e dizendo-lhe que a ele nada lhe dizia daquilo, atirou-o ao chão.”
Fonte: GOMORA, F. L. História general de las índias y vida de Hernán Cortés. Caracas: Biblioteca Ayacucho, 1979. Tradução nossa.
Por causa desse ato, o frade conclamou os soldados espanhóis à guerra. Eles invadiram o recinto, prenderam o Inca Atahualpa e a conquista espanhola dos Andes teve início.
A situação descrita no excerto do documento mostra
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UNESP SP/2019)
Outra prática comum aos povos mesoamericanos foi a construção de cidades. […] As cidades mesoamericanas também serviam para dar identidade grupal aos seus habitantes, ou seja, as pessoas se reconheciam como pertencentes a tal cidade e não como “indígena”, termo que começou a ser utilizado pelos espanhóis para referir-se aos milhares de grupos que se […] autodenominavam mexicas, cholutecas, tlaxcaltecas, dependendo da cidade que habitavam.
(Eduardo Natalino dos Santos. Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.)
As cidades existentes na América Central e no México no período pré-colombiano
Correto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UniCESUMAR PR/2018)
A arquitetura militar ocupava, naturalmente, um extenso domínio da arte monumental asteca. Fortalezas e redutos fortificados, guarnecidos de torres, defendiam pontos de passagem, como, por exemplo, os acessos que permitiam atravessar o lago.
(In: SOUSTELLE, Jacques. A civilização asteca. Rio de Janeiro: Zahar, 1987)
A partir do texto e do conhecimento histórico, pode-se afirmar que, para a civilização asteca,
Correto
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Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UFU MG/2018)
“No momento de sua descoberta, a América apresentava uma grande heterogeneidade etnográfica. A escala civilizatória era muito variada desde as sociedades organizadas política e economicamente com um forte e bem estruturado aparelho estatal até as tribos de pescadores.”
BRUIT, H. H. Bartolomé de Las Casas e a Simulação dos Vencidos: Ensaio sobre a conquista hispânica da América. Campinas-SP: Editora Unicamp, 1995, p.42.
Há um consenso de que dentre as sociedades pré-colombianas de maior avanço estavam maias, astecas e incas.
Sobre as características socioculturais dos incas, é correto afirmar que
Correto
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UEA AM/2017)
A chegada dos espanhóis parece uma libertação para os povos submetidos pelos astecas. Diversos estados- -cidades se aliam aos conquistadores ou observam com indiferença, quando não com alegria, a queda de cada um dos seus rivais […].
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 2014.)
O excerto traz informações essenciais sobre as sociedades pré-colombianas da Mesoamérica, a saber:
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNESP SP/2017)
Os deuses disseram entre si depois de criar o homem: “O que os homens comerão, oh deuses? Vamos já todos buscar o alimento.” Enquanto isso, as formigas vermelhas estavam colhendo e carregando os grãos de milho que traziam de dentro do Tonacatepetl (Montanha do Sustento). O deus Quetzalcoatl encontrou as formigas e lhes disse: “Digam-me, onde vocês colheram os grãos de milho?”. Muitas vezes lhes perguntou, mas as formigas não quiseram responder. Algum tempo depois, as formigas disseram a Quetzalcoatl: “Lá.” E apontaram o lugar. Quetzalcoatl se transformou em formiga negra e as acompanhou. Desse modo, Quetzalcoatl acompanhou as formigas vermelhas até o depósito, arranjou o milho e em seguida o levou a Tamoanchan (moradia dos deuses e onde o homem havia sido criado). Ali os deuses o mastigaram e o puseram na nossa boca para nos robustecer.
(Apud Eduardo Natalino dos Santos. Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.)
O texto asteca
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(FATEC SP/2017)
As misteriosas cidades e edificações da civilização maia que resistiram ao tempo incluem obras reconhecidas como patrimônio mundial. Tais achados vêm intrigando pesquisadores até a atualidade, já que pouco se sabe sobre as origens, a organização social e as causas do fim dessa civilização, no século X.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as principais características da civilização maia.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Referências:
ARRUDA, José Jobson de A. e PILETTI, Nelson. Toda a História. 4. ed. São Paulo: Ática, 1996.
FUNARI, Pedro Paulo Abreu; NOELLI, Francisco Silva. Pré-história do Brasil. 3.ed. São Paulo: Contexto, 2009.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2010.
WINKLER, J. C. Geografia 8º ano v. 4. Livro do Professor. 1. ed. Curitiba: Editora Positivo, 2013.
O texto acima foi preparado pelo professor João Marcelo Vela para o Curso Enem Gratuito. João é licenciado e mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Dá aulas de Geografia e Filosofia em escolas da Grande Florianópolis desde 2015, além de atuar como articulador de Ciências Humanas. E-mail para contato: [email protected]
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