Colisões ocasionam trocas de forças que ocorrem em intervalos de tempo muito pequenos e modificam as características iniciais dos objetos envolvidos.
Você já jogou sinuca ou bola de gude? Ou ainda, viu ou presenciou (tomara que não) um acidente de trânsito onde houve uma colisão? Tanto nos jogos, quanto na colisão entre carros no trânsito, o princípio de conservação de quantidade de movimento é utilizado. E em específico as colisões.
No jogo de sinuca, o jogador deve bater com o taco em uma bola branca que irá acertar as demais bolas. Ao serem atingidas, essas bolas são direcionadas até as caçapas. No jogo de bola de gude, o jogador deve tentar tirar as bolas do adversário. Ele faz isso arremessando a sua bola na direção das primeiras. E em batidas de carros… Bom, isso depende muito da prudência dos motoristas.
Mas o que isso tudo tem a ver com as colisões dentro de aceleradores de partículas? Saiba mais sobre esses fenômenos nessa aula de Física.
Fases das colisões: deformação e restituição
Nos exemplos citados (sinuca, jogo de bola de gude e batidas entre automóveis no trânsito) acontecem colisões entre os corpos. Essas colisões ocasionam trocas de forças que ocorrem em intervalos de tempo muito pequenos e modificam as características iniciais dos objetos envolvidos. Nesses e em outros casos, onde ocorrem colisões entre corpos, é possível dividir o evento em duas fases distintas: deformação e restituição. Vamos analisá-las.
Deformação
Esta fase se inicia quando ocorre o primeiro contato entre os corpos no momento da colisão. Aqui a energia cinética que os corpos possuíam anteriormente à colisão pode ser transformada, totalmente ou parcialmente, em energia elástica.
No instante em que ocorre esta transformação de energia, os corpos que colidem param instantaneamente. Assim, a energia potencial elástica é armazenada, e convertida novamente em energia cinética na fase de restituição.
Restituição
Em uma situação ideal, toda a energia potencial elástica armazenada nos corpos durante a colisão irá ser transformada em energia cinética. Além disso, ela será igual à energia cinética dos corpos antes da colisão. Nesse caso, os corpos não sofrem deformação permanente, apenas durante o choque.
Porém, nas colisões reais, como em uma batida entre automóveis, a deformação, pelo menos em partes, é permanente e perceptível. Com isso, parte da energia cinética é transformada em energia térmica, sonora ou mesmo em trabalho, que causa as deformações permanentes nos corpos envolvidos.
Classificação das colisões
Ao considerar essas características distintas entre as colisões, é possível classifica-las em: colisões elásticas, parcialmente elásticas e inelásticas. Vamos a definição de cada uma:
Colisões elásticas
Nesta situação os corpos envolvidos na colisão não sofrem deformações permanentes, e a energia mecânica total do fenômeno é conservada. Pense que toda a energia cinética anterior ao choque é restituída após o mesmo.
Exemplo: digamos bem próximo a tal característica é o próprio jogo de sinuca, ou mesmo o de bola de gude. Pois não deformação perceptível, e com isso podemos considerar (quase) um caso ideal.
Colisões parcialmente elásticas
Nesse caso, a colisão que acontece entre os corpos é permanente, podendo ainda não ser perceptível. Então, o que diferencia de uma colisão elástica? A conservação da energia mecânica! Na colisão parcialmente elástica, a energia mecânica do sistema de corpos envolvidos não é conservada. Logo, ela é transformada em outras formas de energia (térmica, sonora, etc).
Um exemplo de colisão parcialmente elástica é uma bola de tênis quicando livremente. Ela vai diminuindo sua altura de pulo, conforme o tempo vai passando. Isso porque está perdendo energia mecânica para outras formas, como térmica e sonora.
Colisões inelásticas
Nesse caso, os corpos envolvidos se movem juntos após a colisão e para essa situação não há restituição.
Exemplo 1: imagine uma bolinha de massa de modelar atirada contra uma bola de bilhar. É bem provável que primeira se fixe à segunda e siga em movimento junto a ela.
Exemplo 2: imagine uma colisão traseira no trânsito. Nessa situação, o carro de trás fica junto com o carro da frente, empurrando-o.
Nas colisões inelásticas, a energia mecânica final é bem menor do que a energia mecânica inicial, também havendo transformação em energia térmica, sonora e outras mais.
Como funciona um acelerador de partículas?
Agora que você já sabe tudo sobre colisões, voltamos à pergunta no início. O que um jogo de sinuca, uma batida entre automóveis e as colisões entre partículas em aceleradores tem em comum?
Na busca pelos constituintes básicos da matéria, os físicos utilizam máquinas enormes chamadas aceleradores de partículas. Nelas, esses estudiosos aceleram e colidem feixes de partículas com velocidades próximas à da luz em máquinas enormes. O mais famoso e extenso acelerador de partículas é o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider – LHC). Ele possui uma circunferência de 27 km. O LHC está situado entre os países da Suíça e França, a 175 metros abaixo do nível do solo.
Após as colisões das partículas, no interior dos aceleradores, aparecem fragmentos que fornecem informações sobre partículas ainda menores. Fornecem, também, informações sobre as forças envolvidas em suas composições. É com isso que os cientistas conseguem avançar nos estudos sobre Física Moderna.
Videoaula sobre colisões
Para terminar, assista à videoaula abaixo, em que o professor Rossetto, de Física, explica o teorema do Impulso e as colisões!
Exercícios sobre colisões
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Famerp SP/2022)
Uma pessoa e um bloco, de 80 kg e 200 kg, respectivamente, estão posicionados no centro de uma placa de gelo uniforme e em equilíbrio, que flutua sobre a água parada e calma de um lago, conforme representado na figura.
A pessoa empurra o bloco e, como consequência, esse bloco começa a deslizar para a esquerda e a pessoa para a direita. Considerando que não há forças de atrito envolvidas entre os corpos, enquanto o bloco e a pessoa estiverem se movendo sobre a placa de gelo, esta
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ENEM MEC/2021)
Foi realizada uma perícia técnica de um acidente de trânsito em que um carro colidiu com uma van em um cruzamento a 90º, como esquematizado na figura. A van tem massa duas vezes maior que o carro. Depois da colisão, os dois veículos permaneceram “grudados” um ao outro e deslocaram-se a um ângulo de 45º com a direção de suas velocidades iniciais. Um radar mediu o módulo da velocidade da van, imediatamente antes da colisão, encontrando 40 km/h.
Qual o valor do módulo da velocidade do carro, em quilômetro por hora (km/h), imediatamente antes da colisão?
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM MEC/2014)
Durante um reparo na estação espacial internacional, um cosmonauta, de massa 90 kg, substitui uma bomba do sistema de refrigeração, de massa 360 kg, que estava danificada. Inicialmente, o cosmonauta e a bomba estão em repouso em relação à estação. Quando ele empurra a bomba para o espaço, ele é empurrado no sentido oposto. Nesse processo, a bomba adquire uma velocidade de 0,2 m/s em relação à estação.
Qual é o valor da velocidade escalar adquirida pelo cosmonauta, em relação à estação, após o empurrão?
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ENEM MEC/2017)
Em uma colisão frontal entre dois automóveis, a força que o cinto de segurança exerce sobre o tórax e abdômen do motorista pode causar lesões graves nos órgãos internos. Pensando na segurança do seu produto, um fabricante de automóveis realizou testes em cinco modelos diferentes de cinto. Os testes simularam uma colisão de 0,30 segundo de duração, e os bonecos que representavam os ocupantes foram equipados com acelerômetros. Esse equipamento registra o módulo da desaceleração do boneco em função do tempo. Os parâmetros como massa dos bonecos, dimensões dos cintos e velocidade imediatamente antes e após o impacto foram os mesmos para todos os testes. O resultado final obtido está no gráfico de aceleração por tempo.
Qual modelo de cinto oferece menor risco de lesão interna ao motorista?
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(ENEM MEC/2009)
“Quatro, três, dois, um… Vá!” O relógio marcava 9h32min (4h32min em Brasília) na sala de comando da Organização Européia de Pesquisa Nuclear (CERN), na fronteira da Suíça com a França, quando o narrador anunciou o surgimento de um flash branco nos dois telões. Era sinal de que o experimento científico mais caro e mais complexo da humanidade tinha dado seus primeiros passos rumo à simulação do Big Bang, a grande explosão que originou o universo. A plateia, formada por jornalistas e cientistas, comemorou com aplausos assim que o primeiro feixe de prótons foi injetado no interior do Grande Colisor de Hadrons (LHC – Large Hadrons Collider), um túnel de 27 km de circunferência construído a 100 m de profundidade. Duas horas depois, o segundo feixe foi lançado, em sentido contrário. Os feixes vão atingir velocidade próxima à da luz e, então, colidirão um com o outro. Essa colisão poderá ajudar a decifrar mistérios do universo.
CRAVEIRO, R. “Máquina do Big Bang” é ligada. Correio Braziliense, Brasília, 11 set. 2008, p. 34. (com adaptações).
Segundo o texto, o experimento no LHC fornecerá dados que possibilitarão decifrar os mistérios do universo. Para analisar esses dados provenientes das colisões no LHC, os pesquisadores utilizarão os princípios de transformação da energia. Sabendo desses princípios, pode-se afirmar que
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(ENEM MEC/2019)
Em qualquer obra de construção civil é fundamental a utilização de equipamentos de proteção individual, tal como capacetes. Por exemplo, a queda livre de um tijolo de massa 2,5 kg de uma altura de 5 m, cujo impacto contra um capacete pode durar até 0,5 s, resulta em uma força impulsiva média maior do que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração gravitacional seja 10 m s–2 e que o efeito de resistência do ar seja desprezível.
A força impulsiva média gerada por esse impacto equivale ao peso de quantos tijolos iguais?
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(ENEM MEC/2018)
Em desenhos animados é comum vermos a personagem tentando impulsionar um barco soprando ar contra a vela para compensar a falta de vento. Algumas vezes usam o próprio fôlego, foles ou ventiladores. Estudantes de um laboratório didático resolveram investigar essa possibilidade. Para isso, usaram dois pequenos carros de plástico, A e B, instalaram sobre estes pequenas ventoinhas e fixaram verticalmente uma cartolina de curvatura parabólica para desempenhar uma função análoga à vela de um barco. No carro B inverteu-se o sentido da ventoinha e manteve-se a vela, a fim de manter as características físicas do barco, massa e formato da cartolina. As figuras representam os carros produzidos. A montagem do carro A busca simular a situação dos desenhos animados, pois a ventoinha está direcionada para a vela.
Com os carros orientados de acordo com as figuras, os estudantes ligaram as ventoinhas, aguardaram o fluxo de ar ficar permanente e determinaram os módulos das velocidades médias dos carros A (VA) e B (VB) para o mesmo intervalo de tempo.
A respeito das intensidades das velocidades médias e do sentido de movimento do carro A, os estudantes observaram que:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(ENEM MEC/2014)
Para entender os movimentos dos corpos, Galileu discutiu o movimento de uma esfera de metal em dois planos inclinados sem atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de inclinação, conforme mostra a figura. Na descrição do experimento, quando a esfera de metal é abandonada para descer um plano inclinado de um determinado nível, ela sempre atinge, no plano ascendente, no máximo, um nível igual àquele em que foi abandonada.
Galileu e o plano inclinado. Disponível em: http://www.fisica.ufpb.b. Acesso em: 21 ago. 2012 (adaptado).
Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero, a esfera
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(FGV/2020)
Uma criança de massa 40 kg estava em pé no centro de uma prancha plana, de massa 12 kg, que flutuava em repouso na superfície da água de uma piscina. Em certo instante, a criança saltou, na direção do comprimento da prancha, com velocidade horizontal constante de 0,6 m/s em relação ao solo, ficou no ar por 1,0 s e caiu na piscina a 1,7 m da extremidade da prancha.
(www.efdeportes.com. Adaptado.)
De acordo com as informações e desprezando as perdas de energia, o comprimento dessa prancha é
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(Fatec SP/2019)
Navio autônomo e elétrico
O primeiro navio autônomo — e, além disso, totalmente elétrico — já tem data marcada para começar a navegar. O Yara Birkeland (homenagem ao cientista norueguês Kristian Birkeland) deverá começar a operar na segunda metade de 2018, levando produtos da fábrica de fertilizantes da Yara, em Porsgrunn, até as cidades de Brevik e Larvik — todas na Noruega.
O navio elétrico e autônomo deverá substituir 100 caminhões que fazem 40 000 viagens por ano. Ele operará exclusivamente nessa rota, um trajeto de 12 milhas náuticas, pouco mais de 22 km. Com 70 metros de calado1 e 4 500 toneladas de porte bruto, o navio autônomo poderá atingir até 18,5 km/h (10 nós), mas deverá operar em velocidade de cruzeiro de 11 km/h (6 nós).
Ele será impulsionado por dois mecanismos azimutais, em que o motor inteiro se movimenta para fazer o navio virar. Seu conjunto de baterias pode prover até 4 MWh.
A navegação autônoma se baseará em um extenso conjunto de sensores redundantes, incluindo câmeras no visível e no infravermelho, RADAR (Radio Detection And Ranging), LIDAR (Light Detection And Ranging) e AIS (Automatic Identification System), um sistema de monitoramento de curto alcance já utilizado em navios e serviços de tráfego de embarcações.
<https://tinyurl.com/yapk5b5f> Acesso em: 10.10.2018. Adaptado.
1Calado – distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio naquele ponto.
Se o navio, considerado estável, percorre um trecho qualquer em velocidade de cruzeiro, podemos concluir que a quantidade de movimento, em kgm/s, nesse trecho especificado é, aproximadamente,
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Sobre o(a) autor(a):
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Tairine Favretto para o Blog do Enem. Tairine é formada em Física – Licenciatura na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e é Mestra em Educação Científica e Tecnológica também pela UFSC. Ministra aulas de Física e Ciências da Natureza em escolas da Grande Florianópolis desde 2014. Facebook: https://www.facebook.com/tairine.favretto Instagram: @proftaifisica