Como o futebol já caiu no Enem?
O futebol já caiu no Enem em várias áreas do conhecimento. Entenda como o tema aparece nas provas e veja exemplos para mandar bem no exame!
Pra muita gente, o futebol vai muito além das quatro linhas. É paixão, identidade, cultura — e, sim, também pode cair na prova do Enem. Mas não é só como um “tema de texto”. O exame usa o futebol como um verdadeiro laboratório para testar seus conhecimentos em várias áreas: história, literatura, biologia, matemática e muito mais.
Ao trazer um assunto tão próximo do dia a dia, o Enem quer saber se você consegue analisar o mundo com um olhar crítico, fazendo conexões entre conteúdos escolares e temas atuais. E o futebol, por ser tão presente na vida dos brasileiros, é o gancho perfeito pra isso.
Neste texto, você vai entender como o futebol já apareceu em diferentes áreas da prova e como ele pode ajudar (e muito!) na sua preparação. Bora?
Questão 1 – Enem 2021
A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas. Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma chibata moral, eis a a sentença proferida no tribunal do brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como “jogador – problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa suportaram o linchamento moral na derrota 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente” revelou a imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na seleção Brasileira”. Sua ousadia constituiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial.
Disponível em: https://observatorioracialfutebol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado)
O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à:
a) responsabilização dos jogadores negros pela derrota na final da Copa de 1950.
b) projeção mundial da nação por um esporte antes destinados aos pobres.
c) depreciação de um esporte associado a marginalidade.
d) interdição da palavra “racismo” no contexto esportivo.
e) atitude contestadora de um “jogador-problema”.
Comentário
A alternativa e) atitude contestadora de um “jogador-problema” é a correta porque sintetiza o cerne do argumento do texto.
O enfraquecimento do mito da democracia racial não se deu apenas pela existência do racismo (que sempre esteve presente, como no caso de Barbosa e Bigode), mas pela reação e denúncia ativa de Paulo César Lima.
Ele quebrou o silêncio e confrontou a narrativa oficial ao proferir a palavra “racismo”, uma ação que o texto descreve como “ousadia” e que efetivamente abalou a ideia de que o Brasil vivia uma harmonia racial no futebol. A sua figura de “jogador-problema” é justamente definida pela recusa em aceitar passivamente o preconceito e pela iniciativa de expô-lo, o que contrariava a imagem idealizada de uma sociedade sem conflitos raciais.
Questão 2 – Enem 2013 PPL
TEXTO I
É notório que o universo do futebol caracteriza-se por ser, desde sua origem, um espaço eminentemente masculino; como esse espaço não é apenas esportivo, mas sociocultural, os valores nele embutidos e dele derivados estabelecem limites que, embora nem sempre tão claros, devem ser observados para a perfeita manutenção da “ordem”, ou da “lógica’” que se atribui ao jogo e que nele se espera ver confirmada. A entrada das mulheres em campo subverteria tal ordem, e as reações daí decorrentes expressam muito bem as relações presentes em cada sociedade: quanto mais machista, ou sexista, ela for, mais exacerbadas as suas réplicas.
FRANZINI, F. Futebol é “coisa pra macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol. Revista Brasileira de História, v. 25, n. 50, jul.-dez. 2005 (adaptado).
TEXTO II
Com o Estado Novo, a circularidade de uma prática cultural nascida na elite e transformada por sua aceitação popular completou o ciclo ao ser apropriada pelo Estado como parte do discurso oficial sobre a nacionalidade.
A partir daí, o Estado profissionalizou o futebol e passou a ser o grande promotor do esporte, descrito como uma expressão da nacionalidade. O futebol brasileiro refletiria as qualidades e os defeitos da nação.
SANTOS, L. C. V. G. O dia em que adiaram o carnaval: política externa e a construção do Brasil. São Paulo: EdUNESP, 2010.
Os dois aspectos ressaltados pelos textos sobre a história do futebol na sociedade brasileira são respectivamente:
a) Simbolismo político — poder manipulador.
b) Caráter coletivo — ligação com as demandas populares.
c) Potencial de divertimento — contribuição para a alienação popular.
d) Manifestação de relações de gênero — papel identitário.
e) Dimensão folclórica — exercício da dominação de classes.
Comentário
A alternativa d) Manifestação de relações de gênero — papel identitário é a correta porque capta com precisão os dois pontos centrais de cada texto.
O Texto I, ao discutir a exclusão feminina e a “ordem” masculina no futebol, claramente aborda as relações de gênero e como elas se manifestam nesse esporte.
Por sua vez, o Texto II descreve a forma como o Estado utilizou o futebol para construir uma identidade nacional, transformando-o em um símbolo que refletia a própria nação. Assim, o futebol assumiu um papel identitário, reforçando a coesão social e a imagem do Brasil.
Questão 3 – Enem 2012
Aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
[…]
No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora
SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em: www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento).
Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de
a) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.
b) ser apresentado como uma atividade de lazer.
c) ser identificado com a alegria da população brasileira.
d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol.
e) ser associado ao desenvolvimento do país.
Comentário
A alternativa d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol é a mais adequada.
A letra da música, ao listar repetidamente “tudo fica lá fora”, vai além de apenas descrever o futebol como um lazer ou fonte de alegria. Ela enfatiza como o esporte se torna um refúgio que permite esquecer, ainda que temporariamente, as dificuldades e os problemas sociais e pessoais (“a casa e o trabalho”, “a fome”, “o salário”).
Essa fuga total da realidade aponta para um fenômeno de alienação, onde a paixão pelo jogo leva a uma desconexão com as questões mais urgentes da vida. A crítica reside justamente nessa capacidade do futebol de desviar a atenção da população de seus problemas reais, criando uma espécie de bolha de escape.
Questão 4 – Enem 2010
O quadro seguinte mostra o desempenho de um time de futebol no último campeonato. A coluna da esquerda mostra o número de gols marcados e a coluna da direita informa em quantos jogos o time marcou aquele número de gols.
Se X, Y e Z são, respectivamente, a média, a mediana e a moda desta distribuição, então
a) X = Y < Z.
b) Z < X = Y.
c) Y < Z < X.
d) Z < X < Y.
e) Z < Y < X.
Comentário
A alternativa e) Z < Y < X é a correta.
Após calcular os três valores: a moda (Z) é 0, pois 0 gols foi o resultado mais frequente (5 vezes); a mediana (Y) é 2, que é o valor central quando os resultados são ordenados (sendo a média do 10º e 11º termos em um total de 20 partidas); e a média (X) é 2,25, obtida pela soma de todos os gols dividida pelo número total de partidas. Comparando esses valores (0 < 2 < 2,25), a ordem correta é Z < Y < X.
Questão 5 – Enem 2013
Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”
Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos
Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:
— Homem livre no futebol só conheço um: o Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais. O resto é conversa.
Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, o Atleta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.
Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.
ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 19 ago. 2011.
O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:
a) “[…] o Atleta do Século acertou.”
b) “O Rei respondeu sem titubear […]”.
c) “E provavelmente acertaria novamente hoje.”
d) “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez […]”.
e) “Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano.”
Comentário
A alternativa d) “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez […]” é a que contém uma marca linguística de informalidade.
A expressão “pra valer” é uma contração da preposição “para” com o verbo “valer”, resultando em uma forma coloquial e típica da linguagem oral brasileira. Em um registro mais formal ou na escrita mais elaborada, seria esperado o uso de “para valer”. A escolha por “pra valer” confere ao texto um tom mais descontraído e próximo ao linguajar cotidiano, cumprindo o objetivo de dar um caráter informal à narrativa.
Questão 6 – Enem PPL 2022
Bola na rede
Futebol de várzea, pelada, baba, racha, rachão. Os nomes podem ser diferentes em cada pedaço do Brasil, mas bater uma bolinha é mesmo uma paixão nacional. Os dados do suplemento de esporte da PNAD 2015 mostraram que o futebol foi a principal modalidade esportiva praticada no Brasil, com 15,3 milhões de adeptos.
É claro que o fato de o nosso país ter um futebol profissional consagrado, com times que arrebatam torcidas e revelam jogadores, é uma influência positiva, mas a maioria dessa galera que gosta de correr atrás da bola não tem nenhuma pretensão profissional com o esporte. Para eles, tão bom quanto marcar um gol é juntar velhos amigos, fazer novas amizades e se divertir muito.
BENEDICTO, M.; MARLI, M. Retratos: a revista do IBGE, n. 2, ago. 2017 (adaptado).
Ao abordar a temática do futebol no Brasil, o texto apresenta diferentes nomes para uma partida do esporte. Ao fazer isso, fica evidente que
a) os torcedores enaltecem seus times favoritos.
b) o futebol é um esporte presente em todo o Brasil.
c) a linguagem do futebol reaproxima pessoas distantes.
d) os campeonatos da modalidade propiciam a integração do Brasil.
e) as regiões do país imprimem um estilo próprio para o jogo de futebol.
Comentário
A alternativa b) o futebol é um esporte presente em todo o Brasil é a que melhor se encaixa na evidência apresentada pelo texto.
A diversidade de nomes como “futebol de várzea, pelada, baba, racha, rachão” é explicitamente vinculada à ideia de que “Os nomes podem ser diferentes em cada pedaço do Brasil”.
Essa variação terminológica para a mesma prática informal do futebol é um indicativo claro de que o esporte está profundamente enraizado e amplamente difundido em todas as regiões do país, adaptando-se às nuances linguísticas e culturais de cada localidade, mas mantendo a essência de ser uma “paixão nacional” praticada em todos os cantos.
Questão 7 – Enem 2018
A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. […] O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte ainda aparece nos campos, […] algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade.
GALEANO, E. Futebol ao sol e e sombra. Porto Alogro L8Phl Pockels. 1995 (adaptado)
O texto indica que as mudanças nas práticas corporais, especificamente no futebol,
a) fomentaram uma tecnocracia, promovendo uma vivência mais lúdica e irreverente.
b) promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos, para que fossem inovadores.
c) incentivaram a associação dessa manifestação à fruição, favorecendo o improviso.
d) tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa.
e) contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem como acompanhado de torcedores.
Comentário
A alternativa d) tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa é a que melhor resume a crítica de Eduardo Galeano no texto.
O autor lamenta a “triste viagem do prazer ao dever”, onde o futebol se converteu em “espetáculo” e “um dos negócios mais lucrativos do mundo”, priorizando o consumo (ser “futebol para olhar”) em vez da prática espontânea e lúdica.
Essa transformação, imposta pela “tecnocracia do esporte profissional“, resultou na supressão da alegria, da fantasia e da ousadia, elementos que constituem a dimensão criativa do jogo. A exceção, mencionada no final, dos jogadores que ainda “driblam” o sistema, apenas reforça a ideia de que a criatividade é algo que precisa ser resgatado de um modelo que a nega.
Questão 8 – Enem 2019
Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar?
No caso do esporte, a mediação efetuada pela câmera de TV construiu uma nova modalidade de consumo: o esporte telespetáculo, realidade textual relativamente autônoma face à prática “real” do esporte, construída pela codificação e mediação dos eventos esportivos efetuados pelo enquadramento, edição das imagens e comentários, interpretando para o espectador o que ele está vendo. Esse fenômeno tende a valorizar a forma em relação ao conteúdo, e para tal faz uso privilegiado da linguagem audiovisual com ênfase na imagem cujas possibilidades são levadas cada vez mais adiante, em decorrência dos avanços tecnológicos. Por outro lado, a narração esportiva propõe uma concepção hegemônica de esporte: esporte é esforço máximo, busca da vitória, dinheiro… O preço que se paga por sua espetacularização é a fragmentação do fenômeno esportivo. A experiência global do ser-atleta é modificada: a sociabilização no confronto e a ludicidade não são vivências privilegiadas no enfoque das mídias, mas as eventuais manifestações de violência, em partidas de futebol, por exemplo, são exibidas e reexibidas em todo o mundo.
BETTI, M. Motriz, n. 2, jul.-dez. 2001 (adaptado).
A reflexão trazida pelo texto, que aborda o esporte telespetáculo, está fundamentada na
a) distorção da experiência do ser-atleta para os espectadores.
b) interpretação dos espectadores sobre o conteúdo transmitido.
c) utilização de equipamentos audiovisuais de última geração.
d) valorização de uma visão ampliada do esporte.
e) equiparação entre a forma e o conteúdo.
Comentário
A alternativa a) distorção da experiência do ser-atleta para os espectadores é a que melhor resume a fundamentação da reflexão do texto.
O autor argumenta que a mediação da TV, através de enquadramentos, edições e comentários, não apresenta a prática “real” do esporte nem a “experiência global do ser-atleta”, que envolve sociabilização e ludicidade.
Em vez disso, ela constrói um “telespetáculo” focado na forma, na busca pela vitória, no dinheiro e, paradoxalmente, na violência, em detrimento do conteúdo e das dimensões mais genuínas do esporte. Essa construção midiática, portanto, distorce a percepção do espectador sobre o que é o esporte e a vivência do atleta, moldando uma realidade artificial que serve aos interesses da espetacularização e do consumo.
Questão 9 – Enem 2000
A adaptação dos integrantes da seleção brasileira de futebol à altitude de La Paz foi muito comentada em 1995, por ocasião de um torneio, como pode ser lido no texto abaixo.
“A seleção brasileira embarca hoje para La Paz, capital da Bolívia, situada a 3.700 metros de altitude, onde disputará o torneio Interamérica. A adaptação deverá ocorrer em um prazo de 10 dias, aproximadamente. O organismo humano, em altitudes elevadas, necessita desse tempo para se adaptar, evitando-se, assim, risco de um colapso circulatório”.
(Adaptado da revista Placar, edição fev.1995)
A adaptação da equipe foi necessária principalmente porque a atmosfera de La Paz, quando comparada à das cidades brasileiras, apresenta:
a) menor pressão e menor concentração de oxigênio.
b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio.
c) maior pressão e maior concentração de gás carbônico.
d) menor pressão e maior temperatura.
e) maior pressão e menor temperatura.
Comentário
A alternativa a) menor pressão e menor concentração de oxigênio é a correta, pois descreve com precisão as condições atmosféricas que justificam a necessidade de adaptação em La Paz.
Em altitudes elevadas, a camada de ar sobre o local é menor, o que acarreta uma menor pressão atmosférica. Embora a porcentagem de oxigênio no ar seja constante, a menor pressão faz com que cada volume de ar inalado contenha um número reduzido de moléculas de oxigênio, resultando em uma “menor concentração” ou, mais precisamente, menor pressão parcial de oxigênio disponível para o organismo. É essa menor disponibilidade de oxigênio que impõe um desafio fisiológico significativo ao corpo humano, exigindo um período de aclimatação para evitar problemas circulatórios e respiratórios, como o mencionado “colapso circulatório”.
Questão 10 – Enem 2023
Uma pessoa pratica quatro atividades físicas — caminhar, correr, andar de bicicleta e jogar futebol — como parte de seu programa de emagrecimento. Essas atividades são praticadas semanalmente de acordo com o quadro, que apresenta o número de horas diárias por atividade.
Ela deseja comemorar seu aniversário e escolhe o dia da semana em que o gasto calórico com as atividades físicas praticadas for o maior. Para tanto, considera que os valores dos gastos calóricos das atividades por hora (cal/h) são os seguintes:
O dia da semana em que será comemorado o aniversário é
a) segunda-feira.
b) terça-feira.
c) quarta-feira.
d) quinta-feira.
e) sexta-feira.
Comentário
A alternativa c) quarta-feira é a correta.
Para determinar o dia do aniversário, foi necessário calcular o gasto calórico total para cada um dos cinco dias da semana, multiplicando o tempo dedicado a cada atividade pelo seu gasto calórico por hora e, em seguida, somando os valores por dia. Os cálculos revelaram que a Quarta-feira apresentou o maior gasto calórico total (1748 cal), superando os valores de Segunda-feira (1614 cal), Terça-feira (1558 cal), Quinta-feira (1528 cal) e Sexta-feira (1612 cal). Portanto, o aniversário será comemorado na Quarta-feira, conforme a condição de maior gasto calórico.