Teste o seu desempenho e conhecimentos sobre a literatura de cordel no Brasil com um simulado de 10 questões. Bons estudos!
Revise a origem, autores e estilo da literatura de cordel no Brasil para responder ao simulado que preparamos com 10 questões sobre o assunto. O resultado sai na hora!
A Literatura de cordel no Brasil é um gênero literário popular normalmente feito em versos rimados, com estrofes de dez, oito ou seis versos, divididos em variáveis de seis, sete, oito ou dez sílabas poéticas.
Podem ser criados primeiramente de forma oral, onde se incluem improvisos, e depois impressos em folhetos ou panfletos, para serem pendurados ou encadernados com fios de barbante (“cordéis” em Portugal, e daí o nome).
Alguns cordéis são também ilustrados com xilogravuras, por artistas que ficariam famosos no ramo como José Francisco Borges.
A origem dessa literatura remonta à tradição oral da poesia, desde o Trovadorismo, na Idade Média do século XI, até o Renascimento, em meados do século XVI, onde se popularizaram os folhetos contendo relatos orais em versos.
Desse modo, os cordelistas representam os seus versos cantando, acompanhados de instrumentos (como a sanfona, viola ou o pandeiros) ou declamam os seus poemas de forma exaltada e irreverente, para atrair o público das praças e feiras públicas onde costumam se apresentar.
As páginas dos cordéis normalmente trazem poemas longos, mas também podem conter pequenas peças de teatro.
Inseridos pela tradição literária portuguesa, portanto, os cordéis foram se popularizar no Brasil a partir de fins do século XIX, com a impressão de folhetos com temas que resgatavam as tradições populares, as lendas, o folclore, a religiosidade, obras literárias e também eventos fictícios, históricos ou corriqueiros.
Também conhecidos como poetas de bancada ou de gabinete, os maiores expoentes do cordel brasileiro surgiram no Nordeste. Muito comuns em mercados, feiras e festas populares, os seus textos eram exibidos e oferecidos pelos próprios autores. Veja uma seleção de alguns nomes do cordel brasileiro:
- Leandro Gomes de Barros (1865-1918)
- João Martins de Athayde (1880-1959)
- Patativa do Assaré (1909-2002)
- Zé Limeira (1886 —1954)
- Seu Lunga (1927 – 2014)
- Maria das Neves Batista Pimentel (data desconhecida)
Videoaula sobre literatura de cordel no Brasil
A professora Camila Zuchetto Brambilla apresenta uma videoaula sobre a literatura de cordel no Brasil para que você possa fixar melhor esse conteúdo. Assista:
Simulado sobre literatura de cordel no Brasil
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Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UFT TO/2019)
Leia o fragmento do poema Cantoria, de Cora Coralina:
Cantoria
Meti o peito em Goiás
e canto como ninguém.
Canto as pedras,
canto as águas,
as lavadeiras, também.Cantei um velho quintal
com murada de pedra.
Cantei um portão alto
com escada caída.Cantei a casinha velha
de velha pobrezinha.
Cantei colcha furada
estendida no lajedo;
muito sentida,
pedi remendos pra ela. (…)Fonte: CORALINA, Cora. Meu livro de Cordel. São Paulo: Global, 2013, p. 9.
A partir da leitura do excerto de Cantoria, é INCORRETO afirmar que:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(Uncisal AL/2018)
O quadro denominado “A Louca do Jardim”, de Gilvan Samico, 1963, faz parte do movimento cultural de valorização da arte brasileira conhecido como Movimento Armorial. “Criado na década de 70 pelo escritor paraibano Ariano Suassuna, o Movimento Armorial surge com o objetivo de lutar contra o processo de descaracterização e alienação da cultura brasileira”. (COSTA, 2007, p.11).
A Louca do Jardim (Gilvan Samico, 1963)
Em relação ao Movimento Armorial, é correto afirmar que:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(PUC GO/2015)
Palhaço, grande voz
Auto da Compadecida! O julgamento de alguns canalhas, entre os quais um sacristão, um padre e um bispo, para exercício da moralidade.
Toque de clarim.Palhaço
A intervenção de Nossa Senhora no momento propício, para triunfo da misericórdia. Auto da Compadecida!
Toque de clarim.A Compadecida
A mulher que vai desempenhar o papel desta excelsa Senhora, declara-se indigna de tão alto mister.
Toque de clarim.Palhaço
Ao escrever esta peça, onde combate o mundanismo, praga de sua igreja, o autor quis ser representado por um palhaço, para indicar que sabe, mais do que ninguém, que sua alma é um velho catre, cheio de insensatez e de solércia. Ele não tinha o direito de tocar nesse tema, mas ousou fazê-lo, baseado no espírito popular de sua gente, porque acredita que esse povo sofre, é um povo salvo e tem direito a certas intimidades.
Toque de clarim.Palhaço
Auto da Compadecida! O ator que vai representar Manuel, isto é, Nosso Senhor Jesus Cristo, declarase também indigno de tão alto papel, mas não vem agora, porque sua aparição constituirá um grande efeito teatral e o público seria privado desse elemento de surpresa.
Toque de clarim.Palhaço
Auto da Compadecida! Uma história altamente moral e um apelo à misericórdia.
[…]
(SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida.
34. ed., 3a reimpr. São Paulo: Agir, 2006, p. 22-24.)O Auto da Compadecida retoma elementos do teatro popular, contidos nos autos medievais, e realiza uma pesquisa sobre a tradição oral e as narrativas dos romanceiros e das narrações nordestinas, para destacar o regionalismo e elementos da literatura de cordel com a finalidade de exaltar os humildes e satirizar os poderosos e os religiosos que se preocupam apenas com bens materiais.
A respeito dessa peça teatral de Ariano Suassuna, analise as afirmativas a seguir:
I. O autor está representado pelo Palhaço e incorpora elementos do circo à representação da peça teatral.
II. O Palhaço anuncia o auto e também é o grande comentador das situações.
III. Nas falas do Palhaço predomina discurso indireto, dando a impressão que narra os feitos e as declarações de alguém.
IV. O Palhaço exerce função metalinguística no espetáculo e reflete sobre o próprio mecanismo mágico de produção da imitação. Também elimina a distância entre representação e realidade.Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(FGV /2015)
Catar Feijão
1
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.2
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.João Cabral de Melo Neto, A educação pela pedra.
A comparação escolhida por João Cabral de Melo Neto para caracterizar o ato de escrever:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFT TO/2012)
Considere as assertivas sobre o poema Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto:
I. A elaboração estética aponta para um diálogo com a literatura de cordel.
II. O poema apresenta, na sua conclusão, um olhar otimista sobre a vida.
III. Não há presença, no poema, de elementos da cultura popular nem de rigor formal.
IV. A temática do poema de Morte e vida severina faz referência a um único Severino.Com base nas assertivas apresentadas, marque a alternativa CORRETA:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(IFSP/2013)
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.
Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador.(Carta de Pero Vaz de Caminha. http://www.dominiopublico.com.br Acesso em: 04.12. 2012.)
O trecho acima pertence a um dos primeiros escritos considerados como pertencentes à literatura brasileira. Do ponto de vista da evolução histórica, trata-se de literatura:
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UEPB/2011)
O mar e o canavial
O que o mar sim aprende do canavial:
a elocução horizontal de seu verso;
a geórgica de cordel, ininterrupta,
narrada em voz e silêncio paralelos.
O que o mar não aprende do canavial:
a veemência passional da preamar;
a mão de pilão das ondas na areia,
moída e miúda, pilada do que pilar.O que o canavial sim aprende do mar:
o avançar em linha rasteira da onda;
o espraiar-se minucioso,de líquido,
alagando cova a cova onde se alonga.
O que o canavial não aprende do mar:
desmedido do derramar-se da cana;
o comedimento do latifúndio do mar,
que menos lastradamente se derrama.MELO NETO. J.C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Alfaguara/Objetiva, 2009.
Com base no poema “O mar e o canavial” NÃO é correto afirmar:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UFC CE/2008)
No cordel Antônio Conselheiro, lemos:
Este cearense nasceu / lá em Quixeramobim, / se eu sei como ele viveu, / sei como foi o seu fim. / Quando em Canudos chegou, / com amor organizou / um ambiente comum / sem enredos nem engodos, / ali era um por todos / e eram todos por um
A história de Antônio Conselheiro, líder da Revolta de Canudos, evocada por Patativa, é tema também de:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UFC CE/2008)
No cordel O Padre Henrique e o Dragão da Maldade, lemos:
Vendo a medonha opressão / que vem do instinto profano, / me vem à mente o que disse / o grande bardo baiano / O Poeta dos Escravos / apelando ao Soberano / “Senhor Deus dos desgraçados! / Dizei-me vós, Senhor Deus! / Se é loucura… se é verdade / Tanto horror perante os céus.”
Assinale a alternativa que apresenta o poema ao qual, nessa estrofe, Patativa do Assaré faz alusão.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UESPI/2008)
A respeito de Gomes Campos, é correto afirmar que:
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