Inscritos no Enem 2025: maior número desde 2020
Com mais de 5,3 milhões de inscritos, o Enem 2025 tem o maior número desde 2020. Veja como se preparar para a prova mais disputada do ano.

O Enem 2025 bateu a marca de 5,3 milhões de inscritos, o maior número em 5 anos. Mais do que um dado estatístico, esse aumento revela um cenário de retomada: depois de anos de queda nas inscrições por causa da pandemia, os estudantes voltam a enxergar no Enem uma chance real de entrar no ensino superior.
A alta procura também reflete o impacto de políticas públicas mais acessíveis — como inscrição simplificada, isenção automática da taxa de inscrição para estudantes de escola pública e retorno da certificação do ensino médio. E tudo isso aponta para um movimento de reengajamento da juventude brasileira com a educação.
A seguir, vamos entender o que esse crescimento significa, quais fatores impulsionaram esse avanço e o que muda na edição de 2025.
Enem 2025 em números: 5,3 milhões de inscritos
Embora o prazo inicial de inscrições fosse 6 de junho, o número exato de inscritos nessa data não foi divulgado. No entanto, até as 14h30 de quinta-feira, 12 de junho, o exame havia registrado 5.345.070 participantes em todo o país. Desse total, 3,3 milhões foram isentos da taxa de inscrição, enquanto 2,3 milhões efetuaram o pagamento.
Veja a evolução ao longo dos últimos anos:
Ano | Número de inscritos |
2020 | 5.783.357 |
2021 | 3.040.908 |
2022 | 3.396.597 |
2023 | 3.933.970 |
2024 | 4.325.960 |
2025 | 5.345.070 |
O número de 2025 mostra uma curva de crescimento constante desde 2023. Embora ainda abaixo do recorde histórico (de 2014, com mais de 8,7 milhões), essa recuperação é significativa e mostra que o “baque” da pandemia ficou para trás.
Mais do que números altos, os dados apontam para uma virada positiva — especialmente se considerarmos as estratégias adotadas para tornar o exame mais acessível, que veremos nos próximos tópicos.
O que mudou em 2025 para atrair tanta gente?

O aumento no número de inscritos no Enem não veio do nada. Algumas medidas ajudaram — e muito — a facilitar o processo e atrair mais candidatos, especialmente entre os estudantes da rede pública.
Inscrição automática para estudantes da rede pública
Uma das principais novidades foi a inscrição automática para quem estuda em escola pública e está no 3º ano. Esses dados já vinham preenchidos no sistema, com isenção garantida da taxa. Bastava confirmar os dados e escolher a língua estrangeira. Simples assim — sem precisar pedir isenção ou pagar boleto.
Certificação do ensino médio com a nota do Enem
Outra mudança importante foi a volta da possibilidade de usar o Enem para conseguir o certificado do ensino médio. Quem tem 18 anos ou mais pode usar a nota da prova para concluir o ciclo escolar. Isso atraiu muita gente que não conseguiu terminar os estudos na idade certa, mas quer dar um novo rumo à vida profissional.
Prazos ampliados para inscrição e atendimento
Além disso, o MEC prorrogou o prazo de inscrição até 13 de junho, o que deu mais tempo para quem deixou para a última hora ou enfrentou problemas com documentos. Também foram estendidos os prazos para solicitar atendimento especializado ou usar o nome social.
Incentivo financeiro com o programa Pé de Meia
Por fim, embora os dados ainda não confirmem com clareza o impacto em 2025, o programa “Pé de Meia“, que oferece incentivos financeiros a estudantes de baixa renda que se mantêm ativos na escola, deve ter influenciado positivamente também. Afinal, ele já tinha mostrado resultados concretos em 2024.
Todas essas medidas facilitaram o acesso e mostraram um esforço do governo em tornar o Enem mais inclusivo — e isso se reflete nos números.
Mais inscritos, mais concorrência: o que muda para quem vai fazer a prova
Com mais de 5,3 milhões de inscritos, o Enem 2025 promete ser uma edição bastante concorrida — principalmente para os cursos mais disputados nas universidades públicas.
A lógica é simples: mais candidatos, mesma quantidade de vagas = notas de corte mais altas. Isso significa que quem quer passar vai precisar de um desempenho ainda melhor — principalmente nas áreas que mais pesam para o curso desejado.
Outra mudança que impacta diretamente a concorrência é o novo formato do Sisu 2025. Pela primeira vez, ele terá uma única edição no ano. Ou seja, todas as vagas (1º e 2º semestre) serão oferecidas de uma vez só, no começo do ano. Quem perder essa chance, só no ano seguinte.
A nova Lei de Cotas também começa a valer totalmente este ano. Agora, todos os candidatos disputam primeiro pela ampla concorrência. Só depois entram as vagas reservadas para quem se enquadra nos critérios. Além disso, o limite de renda para cotas sociais foi reduzido (de 1,5 salário mínimo por pessoa para apenas 1 salário mínimo). E pela primeira vez, estudantes quilombolas também terão direito às cotas.
O resultado disso tudo é um ambiente mais competitivo, que exige dos estudantes mais preparo — e também mais estratégia na hora de fazer a inscrição e escolher os cursos.
Desafios logísticos e mudanças nas datas de aplicação
Aplicar o Enem em todo o território nacional já é, por si só, uma operação complexa. Com a quantidade de inscritos deste ano, a dimensão da tarefa aumentou significativamente. A execução do exame envolve diversas frentes, que vão desde a distribuição de materiais até o monitoramento contra fraudes.
Entre os principais desafios logísticos e operacionais estão:
- Definição e preparação dos locais de prova em milhares de municípios;
- Contratação e capacitação de fiscais e aplicadores;
- Distribuição segura dos cadernos de questões e folhas de resposta;
- Garantia de infraestrutura mínima nas escolas participantes, incluindo acessibilidade e segurança;
- Monitoramento para prevenir fraudes e assegurar a lisura do exame;
- Atendimento especializado para pessoas com deficiência ou necessidades específicas.
Além desses aspectos, o Enem 2025 contará com uma aplicação em datas diferentes em algumas cidades do Pará, devido à realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre o Clima), sediada em Belém.
As datas de aplicação ficaram assim:
- Cidades afetadas pela COP30: 30 de novembro e 7 de dezembro
- Demais regiões do Brasil: 9 e 16 de novembro
Essa divisão no cronograma exige um esforço adicional das equipes do INEP e do MEC, tanto no planejamento quanto na comunicação com os participantes das regiões afetadas. O objetivo é garantir que todos os candidatos tenham acesso às provas em condições adequadas e dentro dos padrões de segurança definidos.
E as autoridades, o que disseram?
Apesar dos números impressionantes, até o momento não houve uma declaração oficial detalhada do MEC ou do INEP analisando profundamente o que eles significam.
O que se sabe é que essas instituições investiram em políticas para facilitar o acesso — como a inscrição automática, o retorno da certificação e o apoio do “Pé de Meia”. Ou seja, mesmo sem falas públicas mais aprofundadas, dá para perceber que o crescimento nas inscrições não foi obra do acaso.
Talvez as análises mais completas venham depois, com os resultados da prova e o desempenho geral dos candidatos. Por enquanto, o que temos é uma edição histórica — e que reforça a importância de olhar para a educação como uma prioridade nacional.
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