Os métodos contraceptivos são importantes para o planejamento familiar, para a saúde e para a liberdade sexual. Vem com a gente conhecer os métodos contraceptivos para mandar bem na vida e nos vestibulares!
Ao contrário da maior parte dos animais, os seres humanos não fazem sexo apenas para se reproduzirem. Fazemos sexo simplesmente pelo prazer que o ato pode nos proporcionar ou ainda para expressar carinho, intimidade. Sendo assim, o sexo tem para os seres humanos também uma função social. E, para que possamos aproveitar plenamente nossa sexualidade, os métodos contraceptivos são importantíssimos.
Surgimento dos métodos contraceptivos
O nome já diz: contraceptivo. Ou seja, os métodos contraceptivos têm um objetivo bem delineado: evitar a concepção, ou seja, a gravidez.
Desde há muito tempo os seres humanos já tentam criar métodos para prevenir gravidezes indesejadas. Afinal, como já dissemos aqui em cima, sexo para nós seres humanos não serve apenas para a reprodução.
Há registros muito antigos de métodos contraceptivos, desde o antigo Egito. Na época, usavam esponjas ou tampões vaginais, embebidos em substâncias que, segundo o que se acreditava, impediam a gravidez. Além disso, há também registros dessa época de camisinhas feitas com peles ou tripas de animais, também mencionadas em poesias da antiga Grécia.
Na idade média, homens e mulheres eram aconselhados a usar uma cobertura de crina de mula para evitar a gravidez. Além disso, mulheres costumavam tomar os mais diferentes tipos de chás e ervas, buscando não engravidar.
Séculos mais tarde, movimentos femininos buscavam a liberdade sexual, pressionando a ciência a buscar alternativas que prevenissem gravidezes indesejadas. E em 1921, a doutora Marie Stopes da Escócia, declarou “Nenhuma mulher pode se considerar livre até que ela possa, conscientemente, escolher se ela será ou não será mãe”.
Mas, foi somente em 1960 que um método contraceptivo realmente eficaz e revolucionário passou a ser comercializado. A primeira pílula anticoncepcional, criada pelo ginecologista Gregory Pincus, foi um dos estopins que revolucionou o comportamento sexual da sociedade.
Tipos de métodos contraceptivos
Como você já sabe, os métodos contraceptivos têm a função de evitar a concepção. Para isso, há diferentes métodos, cujas eficácias, vantagens e desvantagens variam.
Basicamente, dividimos os métodos contraceptivos em quatro grandes grupos: métodos comportamentais, métodos de barreira, métodos hormonais e métodos cirúrgicos.
Métodos comportamentais
Os métodos contraceptivos comportamentais envolvem observação dos ciclos biológicos e dos comportamento sexuais de cada indivíduo. Esses métodos são muito antigos e sua eficácia varia com a seriedade com que eles são seguidos.
Coito interrompido
O princípio desse método contraceptivo é a interrupção da relação sexual. O homem, nesse caso, retira o pênis da vagina antes da ejaculação. Teoricamente, isso impediria os espermatozoides de chegarem à vagina.
Porém, há alguns riscos nesse método. Primeiramente porque esse método exige muito autocontrole e autoconhecimento do homem na hora da relação sexual. Ele precisa conhecer bem seu organismo para saber quando está prestes a ejacular para interromper a relação.
Além disso, pode ocorrer a liberação de espermatozoides antes mesmo da ejaculação. Isso porque quando o pênis fica ereto mediante estimulação sexual, o homem libera o líquido bulbouretral. Esse líquido tem a função de limpar a uretra, deixando a passagem dos espermatozoides sem a acidez da urina. Acontece que alguns espermatozoides podem ter ficado na uretra entre uma relação e outra, sendo empurrados pelo líquido.
Tabelinha
A tabelinha é um método contraceptivo muito antigo e ainda bastante utilizado, especialmente quando combinado a outros métodos contraceptivos. Neste método é necessário que a mulher observe seu ciclo menstrual e compreenda seu funcionamento, evitando relações sexuais durante o período fértil.
Ao contrário dos homens, que produzem gametas constantemente e os liberam a cada ejaculação, as mulheres liberam seu gameta apenas uma vez no mês, durante a ovulação (ou ovocitação).
Em geral, a ovulação ocorre 14 dias após o início do ciclo menstrual, ou seja, o primeiro dia de sangramento. Como margem de “segurança”, considera-se que há um “período fértil” que compreende os três dias que antecedem a ovulação e os três seguintes. Esse período leva em consideração o tempo de sobrevida dos gametas no organismo feminino.
Para você entender melhor, vamos pensar em um exemplo: digamos que uma mulher tenha ficado menstruada no dia 2 de maio. Para calcular seu período fértil, ela deve contar 14 dias a partir desse evento. Sendo assim, sua ovocitação será, provavelmente no dia 15. Dessa maneira, tentando evitar a gravidez, ela não deverá ter relações sexuais entre os dias 12 e 18 de maio.
Esse método contraceptivo é bastante sujeito a falhas. Isso porque, além do rigor exigido na observação do ciclo menstrual e da abstinência sexual no período fértil, os ciclos menstruais podem variar. Influências externas, doenças e até mesmo estado mental podem influenciar na produção de hormônios, alterando o ciclo menstrual.
Para saber mais sobre os métodos contraceptivos comportamentais, veja a aula do nosso canal:
Métodos contraceptivos de barreira
Como o próprio nome já diz, esses métodos utilizam barreiras físicas para impedir que os gametas humanos se encontrem, evitando gestações indesejadas.
Diafragma
O diafragma é um método contraceptivo de barreira constituído por uma concha de flexível, com diâmetro entre 6 e 8,5cm. Essa concha é composta por um anel e uma cobertura feita de silicone ou látex.
Para utilizar este método, a mulher o insere na vagina antes da relação sexual (até uma hora antes), de modo que o diafragma cubra a entrada do útero, encaixando sobre o colo. A presença do diafragma cria uma barreira, impedindo a passagem dos espermatozoides.
Muitas vezes, o método é utilizado combinado com pomadas espermicidas, que contém substâncias que matam os gametas masculinos.
Após a relação sexual, é importante que a mulher espere alguns minutos antes de retirar o diafragma. Além disso, o ideal é que o diafragma seja indicado por um ginecologista, que irá receitar o melhor tamanho de dispositivo para cada mulher.
Se o método for utilizado de maneira correta, ele pode ter uma eficácia elevada. Outra vantagem desse método é que ele não tem ação hormonal sobre o organismo, não resultando em efeitos colaterais. Além disso, um diafragma tem de 2 a 3 anos de vida útil.
Preservativos
Os preservativos ou camisinhas são, provavelmente, os métodos contraceptivos mais populares. Isso porque, além de baratos e distribuídos gratuitamente pelo SUS, eles são práticos e rápidos de seres utilizados.
Além disso, as camisinhas são os únicos métodos contraceptivos que além de prevenirem gravidezes indesejadas, ainda previnem as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
Há no mercado uma enorme variedade de tipos de camisinhas. Porém, podemos enquadrá-las em dois tipos básicos: as camisinhas masculinas e as camisinhas femininas.
Camisinhas masculinas
As camisinhas masculinas são as mais utilizadas. São, em geral, feitas de látex e cobrem o pênis durante a relação sexual. Na ponta do preservativo masculino há um pequeno espaço dedicado a abrigar a ejaculação ao fim da relação sexual.
Esse tipo de preservativo deve ser colocado apenas na hora da relação sexual, quando o homem estiver com o pênis ereto. Para colocá-la é preciso segurar a ponta da camisinha sobre o pênis e, em seguida, desenrolá-la sobre o órgão cobrindo-o. Após a relação sexual, ela deve ser retirada e descartada.
Camisinhas femininas
Menos populares, mas também bastante eficazes e seguras, são as camisinhas femininas. Essas são um pouco maiores que as camisinhas masculinas, pois são constituídas de um cilindro de borracha (geralmente poliuretano) que irá “encapar” a vagina internamente.
Nela há ainda dois anéis flexíveis: um na ponta do cilindro que deverá ficar para fora da vagina, e um anel móvel, que deve ser usado por dentro da camisinha para fixá-la por dentro da vagina.
A camisinha feminina pode ser colocada algum tempo antes da relação sexual. Uma vantagem desse tipo de preservativo em relação ao masculino é que a camisinha feminina cobre boa parte da vulva, além da vagina. Isso aumenta a proteção contra ISTs e permite que a mulher possa receber sexo oral de maneira mais segura.
DIU – Dispositivo Intrauterino
Os DIUs são os métodos contraceptivos mais utilizados na Europa. Porém, apesar da sua eficácia comprovada, seu uso ainda é baixo no Brasil.
Há vários tipos e formatos de DIUs. Os mais comuns são os dispositivos de cobre, compostos por peças plásticas envoltas por fios de cobre. Essas estruturas são inseridas no útero da mulher pelo/a ginecologista (em consultório ou centro cirúrgico).
Ali o DIU age de várias formas: o cobre pode atuar como espermicida, a presença do DIU barra ou dificulta a passagem dos esperamatozoides e sua presença impede a nidação (fixação do embrião no útero).
Os DIUs de cobre, em geral, têm durabilidade de 10 anos, sendo considerados métodos baratos e eficazes pelos especialistas. Outra vantagem desse método é que o DIU de cobre não tem efeitos hormonais.
Saiba mais sobre cada um dos métodos de barreira com a videoaula do nosso canal:
Métodos contraceptivos hormonais
Os métodos contraceptivos hormonais utilizam substâncias sintéticas que imitam os hormônios femininos. Eles têm como função evitar a ovocitação, ou seja, a liberação do gameta feminino. Podem também podem agir alterando as condições uterinas, de modo a evitar a fixação do embrião no endométrio.
Existem vários tipos de métodos hormonais que devem ser indicados por um/a médico/a, observando as condições de cada paciente. É importante salientar que os métodos hormonais podem ter sérias consequências para a saúde das mulheres. Os efeitos colaterais vão desde a perda de apetite sexual, passando pelo aumento da susceptibilidade à trombose, e chegando até a favorecer o surgimento de câncer.
Anticoncepcional combinado oral
As pílulas anticoncepcionais são métodos bastante eficazes e muito utilizadas no Brasil. Em geral, essas pílulas têm em sua composição a combinação dos hormônios progesterona e estrogênio.
O uso combinado desses dois hormônios altera o ciclo menstrual, impedindo a liberação do gameta feminino. Isso ocorre porque os níveis hormonais simulados pelo anticoncepcional inibem a liberação de hormônios pela hipófise. Esses hormônios, chamados de gonadotrofinas (FSH e LH) são os responsáveis por estimular os folículos ovarianos a amadurecerem os gametas.
Além de causarem alterações no período fértil, as pílulas modificam o muco presente no colo do útero e em seu interior. Esse muco se torna mais espesso e hostil aos espermatozoides, dificultando seu deslocamento.
Em geral, estas pílulas são comercializadas em cartelas com 21 comprimidos, organizados com os dias da semana. A mulher deve tomá-los diariamente, sempre no mesmo horário. Ao fim das 21 pílulas, há uma pausa de 7 dias, onde ocorre a menstruação. Em geral, é uma menstruação mais curta e com menor fluxo.
Atualmente há contraceptivos orais mais modernos, com 30 pílulas, onde 7 desses comprimidos contém, por exemplo, medicamentos para evitar cólicas e outros problemas do período menstrual.
Existem, basicamente, três tipos de pílulas anticoncepcionais:
Monofásicas: nesse tipo de contraceptivo oral, todas as pílulas contêm as mesmas dosagens hormonais ao longo de toda a cartela.
Multifásicas: são contraceptivos que contém pílulas com diferentes concentrações hormonais, que variam de acordo com a fase do ciclo menstrual.
Minipílulas ou pílulas de baixa dosagem: são pílulas que não possuem combinação de hormônios, contém somente progesterona (geralmente) ou estrógeno. Em geral, são pílulas utilizadas por mulheres que estão amamentando.
É importante salientar que as pílulas anticoncepcionais, apesar de serem muito populares e eficazes, têm algumas desvantagens. A mais importante delas, que já foi citada acima, são os efeitos negativos da ação hormonal sobre o organismo feminino.
Além disso, ela precisa ser tomada com responsabilidade e pontualidade. Caso a mulher esqueça de tomar a pílula por um dia, a eficácia preventiva daquele ciclo fica totalmente comprometida.
Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte, como é conhecida popularmente, é um método contraceptivo de emergência. Nos EUA, , essa pílula é chamada de “Plano B”. Isso porque ela deve ser utilizada esporadicamente, apenas quando outros métodos contraceptivos falharam ou foram esquecidos. Por exemplo: quando uma camisinha rasga (geralmente por mau uso), ou quando a mulher esqueceu de tomar a pílula anticoncepcional, diminuindo a sua eficácia.
Esse método usa uma alta dosagem do hormônio levonorgestrel. Esse hormônio impede a ovulação e torna o ambiente uterino hostil, dificultando o deslocamento dos espermatozoides. E, em caso de fecundação, o hormônio impede a nidação.
Em geral, a pílula do dia seguinte é vendida em uma cartela com dois comprimidos de igual dosagem hormonal. O primeiro deve ser ingerida pela mulher em até 72 horas após o ato sexual. Quanto mais tempo a mulher demorar para tomar a primeira pílula, menor a eficácia do método. Já a segunda pílula deve ser tomada 12 horas após a primeira.
Esse método é ainda muito criticado, pois alguns críticos (desinformados) dizem que se trata de um medicamento abortivo. Porém, isso não é verdade. A dosagem hormonal presente na pílula do dia seguinte não é suficiente para eliminar um embrião que já esteja fixado na parede uterina.
Adesivos hormonais
Muitas mulheres têm efeitos colaterais muito indesejáveis ao ingerirem as pílulas anticoncepcionais. Vômitos e diarreias podem ser efeitos colaterais dos contraceptivos orais.
Sendo assim, os adesivos hormonais são alternativas para evitar esses efeitos.
Os adesivos são colados em alguma região discreta do organismo. Através deles, a pele absorve os hormônios do contraceptivo. Eles devem ficar aderidos à pele durante uma semana de cada ciclo e terão ação semelhante aos contraceptivos orais.
Anéis vaginais
Os anéis vaginais são anéis flexíveis de silicone. Eles devem ser inseridos na vagina a partir do 5º dia de menstruação.
Ao longo das três semanas que o anel permanece dentro da vagina, ele libera estrogênio e progesterona. Assim como os adesivos, os anéis são usados por mulheres que são intolerantes aos contraceptivos orais.
Implantes hormonais
Os implantes hormonais são pequenos bastões que devem ser inseridos sob a pele do antebraço. Ali, o bastão libera aos poucos doses de estrogênio e progesterona, tendo, portanto, ação semelhante aos contraceptivos orais.
Por ser um método cirúrgico, ele deve ser feito por um médico, sob anestesia local. Porém, há uma grande vantagem: esses implantes têm durabilidade de até 3 anos.
Contraceptivos hormonais injetáveis
Assim como os contraceptivos orais, os anticoncepcionais injetáveis contêm estrogênio e progesterona. Sendo assim, também agem inibindo a ovulação e, dessa maneira, prevenindo a gestação.
Há no mercado diferentes opções. Entre elas, há contraceptivos cuja aplicação deve ser feita mensalmente e otrimestralmente.
DIU hormonal
Popularmente conhecido pela sua marca comercial “Mirena”, o DIU hormonal consiste em uma peça plástica pequena, geralmente na forma de T, revestido por um material que libera aos poucos progesterona.
Assim como o dispositivo intrauterino de cobre, o DIU hormonal é colocado no interior do útero por um/a médico/a ginecologista.
Seu efeito, além de funcionar mecanicamente para impedir a nidação, também inibe a ovulação.
A vantagem desse método é que dura 5 anos.
Também tem uma videoaula específica sobre os contraceptivos hormonais! Confira:
Métodos contraceptivos cirúrgicos
Os métodos contraceptivos cirúrgicos são definitivos. Eles são realizados por pessoas que têm absoluta certeza de que não querem mais ter filhos. Para isso, precisam ter mais de 21 anos e passar por profissionais de saúde que irão esclarecer os procedimentos e as consequências deles.
Laqueadura
É o método contraceptivo cirúrgico aplicado em mulheres. Nesse processo, as tubas uterinas são cortadas, amarradas e cauterizadas. Dessa maneira, a passagem do espermatozoide até o óvulo fica interrompida e não ocorre fecundação.
As funções hormonais e o ciclo menstrual da mulher que realiza laqueadura não sofrem alterações.
Vasectomia
A vasectomia é o método contraceptivo cirúrgico masculino. Ele é bem mais simples de ser realizado do que a laqueadura. Isso porque, nos homens, a esterilização cirúrgica é feita cortando e cauterizando os ductos deferentes, presentes no saco escrotal.
Dessa maneira, mesmo que sejam produzidos pelos testículos, os espermatozoides não conseguem sair do saco escrotal. Assim, quando o homem vasectomizado ejacula, ele libera apenas os líquidos da ejaculação, porém, sem gametas.
Por fim, veja o vídeo sobre laqueadura e vasectomia e, em seguida, responda os exercícios:
Exercícios
Em seguida, para finalizar sua revisão, e mandar muito bem no Enem e nos vestibulares, teste seus conhecimentos com os exercícios que selecionei para você:
Questão 01 – (UFSC/2011)
As figuras abaixo mostram procedimentos cirúrgicos no aparelho reprodutor masculino e feminino denominados de vasectomia (Figura 1) e ligação tubária (Figura 2).
AMABIS e MARTHO. Biologia das células. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 369.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Um homem que se submete à vasectomia (mostrada na Figura 1) tem preservada a capacidade de ejacular normalmente.
02. Uma mulher submetida ao procedimento de ligação tubária (mostrada na Figura 2) mantém a produção de óvulos (ovócitos secundários), mas estes não podem ser alcançados pelos espermatozoides.
03. Os ovários continuarão produzindo os hormônios FSH (hormônio estimulante do folículo), LH (hormônio luteinizante), estrogênio e progesterona mesmo depois da cirurgia.
04. O homem vasectomizado mantém a produção normal do hormônio testosterona, uma vez que este é lançado diretamente na corrente sanguínea.
08. Ambos os procedimentos cirúrgicos são considerados métodos anticonceptivos e são eficientes na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
16. Como um homem vasectomizado não mais elimina espermatozoides, não pode mais transmitir o vírus da AIDS para seus parceiros sexuais.
32. No caso da mulher submetida ao procedimento de ligação tubária (mostrada na Figura 2), com o passar dos anos, os óvulos (ovócitos secundários) acharão um novo caminho até o útero, por isso este procedimento cirúrgico deve ser sempre repetido a cada dez anos.
Questão 02 – (UNCISAL AL/2019)
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que deve ser utilizado somente em último caso, como, por exemplo, quando a camisinha estoura no momento da ejaculação ou quando a mulher se esquece de tomar a pílula anticoncepcional durante dois, três dias e só se lembra no momento da relação sexual. Há relatos de que a pílula vem sendo ingerida por mulheres que sofreram estupro. Entretanto, não se deve fazer de seu uso um hábito nem tomar mais que uma dose por mês. O uso da pílula tem diminuído em mais de 50% a taxa de gravidez indesejada e evitado milhares de abortamentos.
Disponível em: https://drauziovarella.com.br.
Acesso em: 21 nov. 2018 (adaptado).
Qual o principal efeito que a pílula do dia seguinte, utilizada para evitar uma gravidez indesejada, causa no organismo da mulher?
a) Estimula a ovulação, alterando o ciclo ovulatório.
b) Altera o ciclo menstrual, antecipando o momento da menstruação.
c) Elimina os espermatozoides por meio de substâncias espermicidas.
d) Inibe a motilidade dos espermatozoides, impedindo o contato com o óvulo.
e) Impede a implantação do embrião, liberando testosterona sintética no organismo.
Questão 03 – (UEPA/2015)
Atualmente, os casais buscam métodos anticoncepcionais que lhes permitam um planejamento familiar, com um determinado número de filhos. Nos países em desenvolvimento, com altos níveis de pobreza, existem dificuldades no controle da gravidez, pois faltam programas de orientação sexual, educacional e, até de condições de acesso aos métodos contraceptivos. Dentre esses métodos, alguns são combinações de hormônios que impedem a maturação dos folículos e a ovulação; outros são cirúrgicos impedindo a fecundação do ovócito e; ainda, há os que também servem como prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Adaptado de BIOLOGIA: Seres Vivos, volume 2, Cesar e Sezar,2009.
Os métodos contraceptivos tratados no texto são respectivamente:
a) preservativo (camisinha), pílulas anticoncepcionais e dispositivo intrauterino.
b) preservativo (camisinha), laqueadura e pílulas anticoncepcionais.
c) tabela, dispositivo intrauterino e laqueadura.
d) pílulas anticoncepcionais, laqueadura e preservativo (camisinha).
e) pílulas anticoncepcionais, laqueadura e tabela.
Questão 04 – (UFRR/2015)
Dentre os métodos contraceptivos que atuam impedindo que os gametas masculinos e femininos se encontrem estão:
a) o diafragma e o dispositivo intrauterino (DIU);
b) a pílula anticoncepcional e o dispositivo intrauterino (DIU);
c) a pílula anticoncepcional e a vasectomia;
d) a camisinha masculina e o diafragma;
e) a pílula do dia seguinte e a camisinha feminina.
Questão 05 – (UNESP SP/2013)
Método de contracepção definitiva começa a se popularizar no país
Consagrado nos Estados Unidos há quase uma década, o Essure é um procedimento feito em ambulatório, que dispensa cortes. O Essure consiste de dois dispositivos metálicos com 4 centímetros, instalados no início das tubas uterinas por meio de um equipamento bem fino, que é introduzido no canal vaginal. Em algumas semanas, as paredes das tubas recobrem os microimplantes, obstruindo as tubas e fazendo do Essure um método contraceptivo permanente.
(Diogo Sponchiato. Revista Saúde, maio de 2012. Adaptado.)
Considerando o modo pelo qual o dispositivo mencionado no texto leva à contracepção, é correto afirmar que ele impede
a) a locomoção do espermatozoide da vagina para o útero, e deste para as tubas uterinas, com resultado análogo ao provocado pelos cremes espermicidas.
b) que o embrião seja conduzido da tuba uterina até o útero, com resultado análogo ao provocado pela camisinha feminina, o Femidom.
c) a implantação do embrião no endométrio, caso o óvulo tenha sido fecundado, com resultado análogo ao provocado pelo dispositivo intrauterino, o DIU.
d) que ocorra a ovulação, com resultado análogo ao provocado pela pílula anticoncepcional hormonal.
e) que o espermatozoide chegue ao ovócito, com resultado análogo ao provocado pela laqueadura.
Questão 06 – (Unicastelo SP/2013)
Considere os seguintes métodos contraceptivos:
I. Abstinência sexual temporária controlada a partir do método da “tabelinha”.
II. Pílula anticoncepcional hormonal.
III. Dispositivo intrauterino (DIU).
IV. Camisinha masculina (condon).
V. Camisinha feminina (femidon).
VI. Diafragma.
VII. Pomada espermicida.
É correto afirmar que
a) os métodos II e III impedem a concepção e previnem contra as DSTs, pois criam uma barreira física entre os gametas masculino e feminino e impedem o contato de micro-organismos de um companheiro com a mucosa genital do outro.
b) os métodos IV e V contribuem para evitar a gravidez e também são eficientes em prevenir a transmissão do HIV.
c) o método VII assegura prevenção contra uma gravidez indesejada, assim como assegura prevenção contra DSTs causadas por bactérias, mas não contra as causadas por vírus.
d) o método I é o mais indicado para evitar uma gravidez indesejada, assim como assegura prevenção contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
e) o método VI previne a transmissão do HIV e da maioria das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Questão 07 – (UEPA/2013)
Campanhas publicitárias recomendam a utilização de preservativos (camisinhas) na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Esta orientação, amplamente veiculada nos meios de comunicação, não surte o efeito desejado na seguinte DST:
a) AIDS
b) Sífilis
c) Gonorreia
d) Candidíase vaginal
e) Pediculose pubiana
Questão 08 – (Unemat MT/2013)
Diversas reformas são esperadas na Igreja Católica e a escolha de um novo papa sempre traz esperança de renovação. Uma dessas reformas diz respeito a como a Igreja encara o uso da contracepção, em virtude do risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Sobre a contracepção e DST, escolha abaixo a alternativa correta:
a) AIDS, sífilis, candidíase e herpes são doenças causadas por bactérias.
b) A prolactina é o principal hormônio usado na fabricação de pílulas contraceptivas.
c) O preservativo, ou camisinha, não previne contra o HIV.
d) A pílula do dia seguinte não evita a fecundação, e sim a fixação do embrião no útero.
e) O dispositivo intrauterino pode causar alergia, porque o chumbo de sua composição entrará em contato com tecido conjuntivo da parede do útero.
GABARITO: 1. 11; 2. B; 3. D; 4. D; 5. E; 6. B; 7. E; 8. D.