Virginia Fonseca depôs na CPI das Bets sobre o impacto das apostas online. Entenda como isso pode ser um bom repertório para o Enem.

Você provavelmente já viu o nome da influenciadora Virginia Fonseca nos trends, mas dessa vez o motivo é bem diferente dos vídeos engraçados ou da família com Zé Felipe. Ela foi chamada para depor na CPI das Bets — uma investigação que está rolando no Senado para entender melhor como funciona o mercado de apostas online no Brasil e o papel dos influenciadores digitais nesse cenário.
Com milhões de seguidores, Virginia se tornou uma das principais figuras na divulgação de sites de apostas, que cresceram muito nos últimos anos. Mas… até que ponto é ok promover esse tipo de serviço? E será que o público, especialmente os mais jovens, entende os riscos por trás dessas plataformas?
A CPI quer justamente responder essas perguntas. Afinal, apostas online podem parecer só um passatempo, mas envolvem dinheiro de verdade — e podem afetar o bolso de famílias inteiras.
Antes de tudo… o que são as “bets”?
Se você já ouviu alguém falando de “bets” e ficou meio perdido, bora entender. No Brasil, “bets” virou apelido para apostas online, principalmente em jogos de futebol e outros esportes.
Funciona assim: a pessoa entra em uma plataforma, escolhe um jogo e faz uma aposta — pode ser no time que vai ganhar, no placar ou até em quantos escanteios vão rolar. Se acertar, ganha dinheiro. Se errar, perde. Simples? Nem tanto.
Essas apostas estão por toda parte: nas transmissões esportivas, nas propagandas e, claro, nos perfis dos influenciadores. É tudo muito fácil — dá pra apostar direto do celular —, o que fez o mercado crescer rápido. Mas junto com esse crescimento, vêm preocupações sérias: e quem perde dinheiro achando que vai “ficar rico”? E se as plataformas forem usadas para lavagem de dinheiro?
Por isso, o governo começou a criar regras mais claras, cobrar impostos e buscar formas de proteger o consumidor. Afinal, se o jogo é pra valer, as regras também têm que ser.
CPI das Bets: o que tá sendo investigado?
A CPI das Apostas Esportivas e Jogos Online foi criada no Congresso para investigar os impactos das apostas online na vida dos brasileiros — e se há ilegalidades nos bastidores.
Com o boom das plataformas, aumentou a preocupação com possíveis crimes, como:
- Lavagem de dinheiro;
- Promoções enganosas;
- Exploração do público jovem e vulnerável;
- E o envolvimento de influenciadores pagos para divulgar essas empresas.
Entre os focos da investigação estão:
- Como influenciadores ganham com essas parcerias;
- Se há conflito de interesses ou abusos na divulgação;
- E se tudo está dentro da lei.
A CPI foi instaurada em novembro de 2024 e tem 130 dias para apurar essas questões. A senadora Soraya Thronicke é a relatora, e além de Virginia, outros nomes como Deolane Bezerra e Adélia Soares também foram chamados a depor.
O que Virginia Fonseca disse?
Com mais de 50 milhões de seguidores no Instagram, Virginia Fonseca foi convocada por ser uma das principais divulgadoras de apostas online. No depoimento de 13 de maio de 2025, Virginia respondeu a várias perguntas, mas também contou com um habeas corpus preventivo, que lhe garantia o direito de permanecer em silêncio em determinadas situações. Mesmo assim, ela afirmou que:
- Os contratos foram legais e declarados à Receita Federal;
- Que só trabalha com empresas autorizadas a operar no Brasil;
- E negou ter lucrado com a chamada “cláusula da desgraça” — um suposto bônus pago às influenciadoras quando os seguidores perdem dinheiro nas apostas.
Ela também falou sobre sua carreira fora das redes, e até protagonizou um momento inusitado: um senador pediu que gravasse um vídeo para sua esposa — o que, claro, viralizou.
Mas o ponto importante é: o depoimento dela ajuda a entender como funciona o marketing de influência no setor de apostas — e quais são os limites éticos dessas parcerias.
Por que a CPI das Bets é um ótimo repertório pro Enem?
Achou que esse assunto era só mais um buzz da internet? Nada disso. A CPI das Bets e o caso da Virginia são excelentes repertórios socioculturais pra levar pra redação do Enem ou pra questões de humanas.
Esse tema cruza várias áreas do conhecimento:
- Responsabilidade dos influenciadores e o impacto do marketing digital;
- Educação financeira e os riscos das apostas;
- Ética na publicidade, especialmente voltada a jovens;
- E o papel do Estado na regulação de serviços digitais.
Ou seja, junta consumo consciente + cultura digital + economia + redes sociais + legislação em um debate super atual.
💡 Dica: usar esse caso na redação mostra que você está ligado nos acontecimentos do país e sabe conectá-los a temas mais amplos. Isso é o que a banca espera quando fala em repertório produtivo.
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