A concordância nominal diz respeito à conformidade de palavras que mantêm relações entre si: os substantivos, os artigos, os adjetivos, numerais e pronomes.
E sempre cai no Enem nas questões de interpretação de texto e na Redação. Confira agora!
Para compreender o que é Concordância Nominal precisamos saber que quando construímos frases ou falamos, usamos palavras que acompanham um substantivo. Ou que o substituem ficando no mesmo gênero e no mesmo número que ele (normalmente, são artigos, adjetivos, numerais e pronomes).
Quando isso acontece estamos fazendo uso da concordância nominal. A concordância nominal diz respeito à conformidade de palavras que mantêm relações entre si. Vamos entender?
O que é concordância nominal
O professor Fernando Pestana exemplifica que as palavras que acompanham um substantivo ou substituem-no ficam no mesmo gênero e no mesmo número que ele (normalmente, são artigos, adjetivos, numerais e pronomes).
E, outra, segundo ele, sabe por que os falantes cultos jamais colocariam no feminino os vocábulos um, no, o, mesmo e ele? Por causa de um princípio da língua, chamado concordância nominal.
A concordância nominal trata da adequada variação em gênero e número dos determinantes (artigos, adjetivos, numerais e pronomes) com o substantivo.
Mas, você pode estar em dúvida, sem saber o que são os Substantivos, os Adjetivos e etc. Então, veja agora um resumo sobre As Classes de Palavras:
Regra geral da concordância nominal
O adjetivo, o artigo, o numeral adjetivo e o pronome adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo (ou pronome substantivo) a que se referem. Exemplo: Aqueles dois meninos estudiosos leram os livros antigos.
Neste exemplo, ‘aqueles” concorda com meninos’; ‘dois concorda com meninos; ‘estudiosos concorda com meninos; ‘os’ concorda com livros; e, ‘antigos’ também concorda com livros.
Entenda os Adjetivos
Veja agora com a professora Mercedes Bonorino:
Concordância nominal com adjetivos
De acordo com a regra geral, os determinantes artigo, pronome, numeral, adjetivo (e o particípio) concordam em gênero e número com o substantivo (ou outra palavra de valor substantivo).
a) Quando um só adjetivo se refere a um substantivo, concorda com ele normalmente.
Ex.: – O aluno sempre foi muito atento, mas a aluna nunca foi tão atenta quanto ele.
b) Quando o adjetivo é composto, só o último termo varia com o substantivo.
c) Quando o adjetivo se referir a mais de um substantivo, concordará com todos os substantivos ou com o mais próximo.
Ex.: – Os alunos e as alunas atentos entenderam tudo. – Os alunos e as alunas atentas entenderam tudo.
d) Se o adjetivo vier antes dos substantivos, a concordância será feita obrigatoriamente com o mais próximo.
Ex.: – Comprei as velhas gramáticas e manuais de que precisava para uma pesquisa.
e) É obrigatória a concordância com o substantivo mais próximo quando o sentido exige ou quando os substantivos são sinônimos, antônimos ou em gradação.
Ex.: – Eu comprei frango e carne bovina. (o sentido exige) – Você tem ideias e pensamentos fixos. (sinônimos) – Neste lugar, é sempre calor e frio absurdo. (antônimos) – O sorriso, o riso, a gargalhada solta era sua maior característica. (gradação)
f) Dois ou mais adjetivos podem modificar um mesmo substantivo, que fica no plural; no entanto, se colocarmos um determinante antes do segundo adjetivo, o substantivo fica no singular.
Ex.: – Os setores público e privado formaram uma parceria.
– O setor público e o privado formaram uma parceria.
g) Os adjetivos iniciados pela preposição de, quando se referem a certos pronomes indefinidos (algo, muito, nada, tanto…), ficam no masculino singular. Mas, por atração, podem concordar com o sujeito.
Ex.: – Seus olhos têm algo de sedutor. (Cegalla)
– Esse lugar nada tem de interessante.
– Júlia tinha tanto de magra e sardenta, quanto de feia. (Ribeiro Couto)
Um substantivo determinado por mais de um adjetivo
Quando houver um único substantivo para vários adjetivos, existem duas possibilidades de concordância:
Ex.: Estudava os idiomas francês, inglês e italiano.
Estudava o idioma francês, o inglês e o italiano.
Casos especiais de concordância nominal
1) As expressões é bom / é necessário / é proibido: expressões formadas por verbo mais essas expressões não variam. Mas, se o sujeito vier antecedido de artigo (ou outro determinante), a concordância será obrigatória.
Ex.: Água mineral é bom
A bebida é alcoólica é proibida.
2) Quando têm valor adjetivo, tais palavras variam normalmente: mesmo, próprio, só, extra, junto, quite, leso, obrigado, anexo/apenso, incluso.
Ex.: – A mulher mesma fez o trabalho.
– As mulheres vivem acusando a si próprias.
– As crianças ficaram sós. (= sozinhas)
3) Não variam quando advérbios: caro, barato, bastante, meio, junto. Entretanto, quando adjetivos, variam normalmente.
Ex.: – A gasolina não custa caro, nem barato. (advérbios) – As carnes estão cada vez mais caras, mas as bebidas continuam baratas. (adjetivos)
– Está meio nervosa, porque trabalhamos bastante. (advérbios)
– Elas procuram resolver juntas seus problemas. (adjetivo)
_ Bastantes pessoas compareceram à reunião.
_ Já falei isso bastantes vezes.
_ Tomou meia garrafa de refrigerante.
4) Não variam nunca os substantivos que se tornam adjetivos pelo contexto: padrão, fantasma, relâmpago, pirata, monstro, surpresa etc. Certos vocábulos e expressões tomadas como adjetivos também não variam: menos, alerta*, salvo, exceto, pseudo, a olhos vistos (e qualquer outra locução adverbial) etc.
Ex.: – Fizeram duas festas monstro anteontem na zona sul da cidade.
– Existem muitas firmas fantasma por aqui.
– Nossos times conquistaram vitórias relâmpago no fim do campeonato. – Sempre realizamos festas surpresa na empresa.
– Compre menos farinha, menos frutas, menos alface… compre livros também.
– Os soldados brasileiros devem sempre estar alerta.*
– Salvo/Exceto elas, ninguém mais chamou a atenção do diretor da peça.
5) Concordância com numeral ordinal + substantivo (somente o substantivo é que varia). Mas, o plural será obrigatório se o substantivo vem antes dos numerais.
Ex.: – A primeira e segunda séries foram aprovadas.
– A primeira e a segunda série(s) foram aprovadas.
6) Pronomes de tratamento – A concordância dos pronomes de tratamento será sempre em terceira pessoa.
Ex.: Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
As Formas Nominais do Verbo
Dominar bem a estrutura do Idioma é básico para uma boa Redação no Enem. Confira agora as Formas Nominais do Verbo, com a professora Mercedes Bonorino, do canal do Curso Enem Gratuito.
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(ESPM SP/2017)
Assinale a opção em que há uma transgressão às normas de Concordância (nominal ou verbal):
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!
Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(Centro Universitário de Franca SP/2016)
Mão humana é mais primitiva que a do chimpanzé
Analisando fósseis que datam de até 25 milhões de anos, um grupo de cientistas da Stony Brook University (EUA) fez uma observação que vai incomodar muita gente: o ancestral em comum mais recente entre nós e os chimpanzés tinha mãos mais parecidas com as nossas que com as deles. Em outras palavras, nós temos as mãos primitivas, os chimpanzés, as avançadas.
Desde o Ardipithecus, que viveu há 5,6 milhões de anos, as proporções de nossas mãos se mantiveram basicamente as mesmas. Os chimpanzés, porém, desenvolveram mãos alongadas e sem um polegar opositor, adaptadas para viver em árvores. O gorila, que não sobe em árvores, tem mãos parecidas com as nossas.
O condutor do estudo, o paleoantropólogo Sergio Almecija, acredita que mãos como as nossas evoluíram para coletar alimentos, e só depois encontraram outras funções em fazer ferramentas ou tocar piano.
Assinale a alternativa cuja concordância está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!
Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(Fundação Instituto de Educação de Barueri SP/2016)
O Facebook mudou o mundo para sempre
Em uma segunda-feira, um em cada sete indivíduos no mundo usou o Facebook – 1 bilhão de pessoas, de acordo com seu fundador, Mark Zuckerberg. Em uma década, a rede social transformou os relacionamentos, sua privacidade, seus negócios, a mídia jornalística, ajudou a derrubar regimes e até mudou o significado de palavras de uso comum.
Apesar de o significado das palavras “compartilhar” e “curtir” ser essencialmente o mesmo, o Facebook deu um peso totalmente novo a esses termos.
As reuniões de antigos colegas de colégio ou universidade tornaram-se redundantes – você já sabe quem vai bem na profissão, se o casal perfeito se separou e já viu fotos intermináveis dos bebês de seus ex-colegas. Diferentemente da vida real, porém, o Facebook não tem hierarquia de amizades. O colega de um projeto na universidade que você não vê há 15 anos, o amigo de uma amiga de um amigo ou um colega com quem você nunca realmente falou em pessoa – todos são amigos no Facebook da mesma maneira que o seu amigo mais íntimo, sua esposa ou sua mãe.
Isso não significa necessariamente que os vemos da mesma maneira. O professor Robin Dunbar é famoso por sua pesquisa que sugere que um indivíduo só pode ter aproximadamente 150 pessoas como grupo social. O Facebook não mudou isso ainda, na opinião dele, mas em uma entrevista à revista New Yorker, Dunbar disse temer que a facilidade de terminar amizades no Facebook fizesse com que no futuro não houvesse mais necessidade de aprender a conviver com as pessoas.
“Na caixa de areia da vida, quando alguém chuta areia na sua cara, você não pode sair da caixa. Você tem de lidar com isso, aprender, fazer compromisso”, diz ele. “Na internet, você pode puxar o fio da tomada e ir embora. Não há um mecanismo que nos obrigue a aprender.”
O Facebook costumava ser um site para conectar os estudantes da faculdade, ao qual apenas algumas universidadesamericanas de elite tinham acesso. Em 2014, uma década depois do lançamento, 56% dos usuários da internet de 65 anos ou mais têm uma conta no Facebook. E 39% estão conectados a pessoas que nunca conheceram pessoalmente. Grupos deram lugar a páginas, escrever nas páginas dos outros é passado e álbuns cuidadosamente elaborados deram lugar a publicações instantâneas via celular.
É melhor nos habituarmos a isso, disse David Kirkpatrick, autor de The Facebook Effect (O Efeito Facebook). “O Facebook provou sua capacidade de se transformar e continuará sendo um grande ator, muito grande.”
A concordância está em conformidade com a norma-padrão na seguinte frase redigida a partir do texto:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ACAFE SC/2016)
Sobre concordância verbal e nominal, assinale a alternativa correta.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(IFAL/2016)
As relações de concordância nominal que aparecem nos textos abaixo indicam que os autores identificam-se com a categoria gramatical de gênero masculino. Apenas um texto contraria essa afirmação. Qual?
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!
Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(IFAL/2016)
Sobre peixes e linguagem
Marcos Bagno
Me ocorre frequentemente a ideia de que nós nos relacionamos com a linguagem assim como os peixes se relacionam com a água. Fora da água, o peixe não existe, toda a sua natureza, seu desenho, seu organismo, seu modo de ser estão indissociavelmente vinculados à água. Outros animais até conseguem sobreviver na água ou se adaptar a ela, como focas, pinguins, sapos e salamandras, que levam uma existência anfíbia. Mas os peixes não: ser peixe é ser na água. Com os seres humanos é a mesma coisa: não existimos fora da linguagem, não conseguimos sequer imaginar o que é não ter linguagem — nosso acesso à realidade é mediado por ela de forma tão absoluta que podemos dizer que para nós a realidade não existe, o que existe é a tradução que dela nos faz a linguagem, implantada em nós de forma tão intrínseca e essencial quanto nossas células e nosso código genético. Ser humano é ser linguagem. Mas a comparação com o peixe também pode se aplicar a uma outra dimensão da linguagem, que é a única forma como a linguagem realmente adquire existência: a dimensão textual. Abrir a boca para falar, empunhar um instrumento para grafar o que quer que seja, ativar a memória, raciocinar, sonhar, esquecer… todas essas atividades humanas só se realizam como textos. Só tem linguagem onde tem texto. No entanto, por alguma misteriosa razão, os estudos linguísticos durante quase dois milênios desprezaram esse caráter essencialmente textual da linguagem humana.
Talvez justamente por ele ser tão íntimo e inevitável quanto respirar, algo que fazemos tão intuitivamente que nunca nos detemos para refletir sobre isso, é que o caráter textual de toda manifestação da linguagem tenha sofrido esse soberano desprezo. E as consequências desse desprezo, para a educação, configuram a tragédia pedagógica que tão bem conhecemos: a redução do estudo da língua, na escola, à palavra solta e à frase isolada.
Uma palavra solta, uma frase isolada são um peixe fora d’água. O texto é o ambiente natural para qualquer palavra, qualquer frase. Fora do texto, a palavra sufoca, a frase estrebucha e morre. E como pode o peixe vivo viver fora da água fria? […]
Prefácio do livro Análise de texto: fundamentos e prática, de Irandé Antunes.
A concordância verbo-nominal, assim como a colocação pronominal constituem uma indicação do uso prestigiado da língua portuguesa. Com base nas normas da concordância e da colocação pronominal, analise os comentários feitos a partir do texto e assinale a alternativa correta.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(IFSP/2016)
Concordância é o mecanismo pelo qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem harmonicamente na frase. Considerando o conceito de concordância e a norma padrão da Língua Portuguesa, associe as colunas indicando a alternativa que ordena corretamente as frases e a avaliação dos eventos de concordância:
I. Haviam muitos problemas.
II. Existiam muitos problemas.
III. A garota e o menino simpáticas.
IV. A garota e o menino bonitos.
( ) a concordância verbal está correta.
( ) há um erro de concordância verbal.
( ) há um erro de concordância nominal.
( ) a concordância nominal está correta.
Correto
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