Os Europeus se achavam o centro e a referência cultural do mundo durante séculos. Eles eram os colonizadores, e consideravam os demais povos como seres a serem moldados pela cultura europeia para que se tornassem dignos. Veja agora no resumo de Etnocentrismo e relativismo cultural, com simulado Enem
A melhor forma de você chegar com tudo em cima nas provas do Enem é sempre resolver exercícios depois de estudar um determinado conteúdo. Aproveite agora para testar o seu nível de conhecimentos sobre Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
Etnocentrismo e Relativismo Cultural
Sabemos que as pessoas vivem juntas, ou seja, em sociedade. Mas, o que significa viver em sociedade? Por que as pessoas de uma mesma sociedade são, em geral, parecidas?
Aprenda agora com a professora Heloísa Helô, da matéria de Sociologia, do canal do Curso Enem Gratuito, como a diferença entre os indivíduos de uma mesma sociedade é tratada pelo coletivo.
Veja com a professora quais fatores diferenciam os grupos sociais. É o primeiro passo para você avançar mais uma casa no desafio de responder às perguntas do simulado sobre Etnocentrismo e relativismo cultural.
Mandou bem a professora Heloísa. Vale a pena ver de novo!
Cultura e Civilização
Complete agora o resumo sobre Etnocentristo e relativismo Cultural com o resumo sobre Cultura e Civilização. Este tema está presente em praticamente todas as provas do Enem. Cultura, em síntese, é o modo de viver de uma determinada população.
Até o século XIX não era bem assim. No mundo acadêmico europeu praticava-se o Etnocentrismo, que orientava para que a cultura europeia fosse a referência maior perante os demais povos. Eles entendiam a própria cultura como sinônimo de Civilização.
Os europeus tinham feito desde o Século XV feitos que entraram para a história, como as grandes navegações, as descobertas dos demais continentes, as conquistas científicas. Na prática, eles eram, para eles mesmos, o centro do mundo, e a referência de cultura. Eles eram os colonizadores.
Na linha do tempo a partir do Século XV os europeus tinham promovido as mudanças sociais profundas desde o final da Idade Média. Isto envolve os conhecimentos do Renascimento, do Enciclopedismo, do Método Científico, do Iluminismo, das rupturas provocadas pela Revolução Francesa, das novas formas de se organizar governos e sociedades, e a Revolução Industrial.
Confira agora no resumo com a professora Heloísa. Cultura e civilização são os temas associados que mais caem nas provas. E o Etnocentrismo e a Relativização Cultural caminham lado a lado nos estudos das ciências humanas.
Valeu pra você?
Agora é hora de colocar em prática. Responda às questões do simulado. Se você ainda quiser revisar mais um pouco, veja este complemento sobre o Etnocentrismo Europeu.
Simulado de Etnocentrismo e Relativismo Cultural
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/2017)
Quanto à atitude etnocêntrica expressada na charge, é correto afirmar:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UFGD MS/2017)
O Estado de Bem-Estar Social, assim como foi definido, se desenvolveu após a Segunda Guerra Mundial, tendo como importante referência o Keynesianismo, entendido como uma teoria econômica proposta pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro “Teoria geral do emprego, do juro e da moeda” com o intuito de reverter os efeitos nefastos da crise econômica de 1929. Ao refletir sobre o funcionamento do Estado de Bem-Estar Social, argumenta-se que:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(IFPE/2016)
Leia o texto abaixo:
Postura europeia em relação a migrantes africanos é escandalosa
por Emir Sader
A relação dos europeus com os náufragos nas suas costas expressa, da forma mais radical, a concepção predominante no Velho Continente, conforme o antigo adágio: civilização ou barbárie. A preocupação dos governos europeus é apenas a proteção do seu território, para que episódios dramáticos, como os que vêm acontecendo há tempos e se agudizando nas últimas semanas, deixem de ocorrer ou diminuam. Não há nenhuma posição em relação às causas da imigração.
É de tal forma escandalosa a postura europeia, que nenhum governo ou instância africana participa das reuniões que buscam soluções para os problemas. […]
O que significa que os governos europeus nem cogitam atacar a raiz dos problemas, os que geram a imigração maciça para a Europa desde a África. As condições econômicas e sociais dos países africanos estão inquestionavelmente na origem do problema. E estas condições, por sua vez, têm raízes históricas diretamente vinculadas à Europa. […]
SADER, Emir. Postura europeia em relação a migrantes africanos é escandalosa.
Disponívelem:http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2015/04/a-europa-como-fortaleza3815.html>.
Acesso em: 21 set. 2015.O autor do texto considera que as raízes históricas dos problemas africanos estão vinculadas ao continente europeu. Sobre as relações estabelecidas entre a Europa, sobretudo sua parte ocidental, e a África, analise as afirmações abaixo:
I. No século XV, os europeus que chegaram à costa ocidental africana encontraram populações esparsas, Estados desorganizados e exércitos pequenos, características que facilitaram a penetração ao interior do continente. Os produtos africanos mais explorados foram: marfim, ouro, pimenta-malagueta, pele, corante, âmbar, cera, almíscar, couro, goma-arábica, noz-decola e cobre.
II. Por volta do século XV, os europeus introduziram a escravidão no continente africano, antes desconhecida na região. Os escravos foram inseridos num sistema comercial de grande escala e transferidos para minas e lavouras do outro lado do Atlântico.
III. Ao apoderar-se de regiões da África, no final século XIX, as potências europeias tinham por objetivo extrair delas riquezas naturais e fazer, das populações nativas, consumidores de seus produtos industrializados. Nada fizeram para desenvolver efetivamente essas regiões.
IV. No plano ideológico, os europeus buscavam legitimar suas ações no continente africano, a partir do final do século XIX, como uma “missão civilizadora”. Assim, no momento em que teorias racistas e etnocentristas começaram a penetrar profundamente na ciência e na cultura europeia, a dominação de outros povos era apresentada como uma contribuição para o progresso da humanidade.
V. Nos séculos XX e XXI, umas das causas de conflitos entre alguns países africanos, ou até mesmo entre grupos dentro de um mesmo país, foram as linhas de fronteira estabelecidas de forma arbitrária pelos europeus durante a colonização, abrigando em uma mesma região, com mesmo governo, diferentes etnias, com culturas e costumes diferentes.
Estão corretas apenas as proposições:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ENEM/2016)
TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UNCISAL AL/2015)
Em Paris, na década de 1560, alguns tupinambás foram trazidos da Baía da Guanabara para conhecer os franceses. Na ocasião, através de um intérprete, Michel de Montaigne indagou sobre seus costumes, sua visão de mundo e até suas opiniões sobre a França. No brilhante artigo “Dos canibais”, ele demonstra ter compreendido bem o significado do canibalismo tupinambá, que horrorizava os europeus: os inimigosaprisionados são honrados como grandes guerreiros ao serem mortos e devorados, transmitindo sua coragem aos vencedores. Sorrateiramente, Montaigne compara a prática com as guerras civis que estavam ocorrendo entre huguenotes e católicos franceses, e seus horrendos métodos para obter informações, castigar ou simplesmente torturar os inimigos mútuos – todos franceses. Corpos despedaçados, chumbo derretido derramado nos ouvidos, queima nas fogueiras. Quem é o selvagem nessa comparação? Montaigne sugere que a repulsa e as críticas a costumes diferentes brotam da visão interna de cada cultura, que pensa que os seus são os hábitos mais naturais e corretos – o que mais tarde a antropologia iria nomear de etnocentrismo.
Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/bom-selvagem-mau-selvagem>.
Acesso em: 28 out. 2014.Ao comparar alguns comportamentos culturais dos tupinambás com o momento histórico vivido pela França, denunciando as visões internas de cada cultura, Montaigne antecipa o conceito de etnocentrismo e lança no pensamento ocidental a noção de
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(USP/2015)
Era um sonho dantesco… o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros… estalar de açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Castro Alves, O navio negreiro, 1869.
Pode-se afirmar corretamente, com base nestes versos, que o poema do qual eles fazem parte carrega uma mensagem, predominantemente,
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNESP SP/2015)
Não há livro didático, prova de vestibular ou resposta correta do Enem que não atribua a miséria e os conflitos internos da África a um fator principal: a partilha do continente africano pelos europeus. Essas fronteiras teriam acotovelado no mesmo território diversas nações e grupos étnicos, fazendo o caos imperar na África. Porém, guerras entre nações rivais e disputas pela sucessão de tronos existiam muito antes de os europeus atingirem o interior da África. Graves conflitos étnicos aconteceram também em países que tiveram suas fronteiras mantidas pelos governos europeus. É incrível que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente isso acontece porque ela serve para alimentar a condescendência de quem toma os africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-los da responsabilidade por seus problemas.
(Leandro Narloch. Guia politicamente incorreto da história do mundo, 2013. Adaptado.)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(PUC GO/2015)
O outro
Ele me olhou como se estivesse descobrindo o mundo. Me olhou e reolhou em fração de segundo. Só vi isso porque estava olhando-o na mesma sintonia. A singularização do olhar. Tentei disfarçar virando o pescoço para a direita e para a esquerda, como se estivesse fazendo um exercício, e numa dessas viradas olhei rapidamente para ele no volante. Ele me olhava e volveu rapidamente os olhos, fingindo estar tirando um cisco da camisa. Era um ser de meia idade, os cabelos com alguns fios grisalhos, postura de gente séria, camisa branca, um cidadão comum que jamais flertaria com outra pessoa no trânsito. E assim, enquanto o semáforo estava no vermelho para nós, ficou esse jogo de olhares que não queriam se fixar, mas observar o outro espécime que nada tinha de diferente e ao mesmo tempo tinha tudo de diferente. Ele era o outro e isso era tudo. É como se, na igualdade de milhares de humanos, de repente, o ser se redescobrisse num outro espécime. Quando o semáforo ficou verde, nós nos olhamos e acionamos os motores.
(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 130.)
A singularidade do olhar sobre o outro, descrita no texto, pode remeter-nos às experiências da globalização, iniciadas na Europa no final do século XX. Essas experiências permanecem na atualidade com o processo de desterritorialização e o deslocamento em massa, que têm despertado os fantasmas do nacionalismo, do etnocentrismo e do racismo. Supostamente desaparecidos, tais fantasmas têm retornado com força total em defesa de sociedades etnicamente puras. O resultado vem sendo uma crise profunda de identidade somada a uma crise financeira. Sobre esse cenário, assinale a alternativa correta:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNITAU SP/2015)
Nem o imperialismo nem o colonialismo são um simples ato de acumulação e aquisição. Ambos são sustentados e talvez impelidos por potentes formações ideológicas que incluem a noção de que certos territórios e povos precisam e imploram pela dominação.
SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 40.
O texto acima faz referência a um conjunto de ideias que legitimou a dominação dos povos africanos e asiáticos no século XIX, dentre as quais podemos destacar
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(ENEM/2002)
Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades Tupinambá com as chamadas “guerras de religião” dos franceses que, na segunda metade do século XVI, opunham católicos e protestantes.
“(…) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (…) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo] , mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem previamente executado. (…) Podemos portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte de barbaridades..
MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne,
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