Entenda as complexidades da criação do Estado de Israel e suas consequência após a Segunda Guerra Mundial neste post de História!
A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito global da história. Envolveu grande parte dos países e foi a primeira guerra a apresentar a energia nuclear como armamento, assim como tantas outras tecnologias bélicas que caracterizaram o período. Estima-se que mais de cinquenta milhões de pessoas tenham morrido durante o conflito. Além disso, o conflito mexeu com a história de países e criou outros problemas, como a questão de Israel.
Uma das características mais cruéis da Segunda Guerra Mundial foi a perseguição nazista a diversos grupos, seja por conta da posição política, como os comunistas, ou por etnia, negros, judeus, eslavos e ciganos, além de homossexuais.
Cerca de seis milhões de judeus foram assassinados nos campos de concentração e tantos outros se espalharam pelo mundo na tentativa de fugir do regime totalitário nazista.
A criação do Estado de Israel
Após o fim da guerra, 1945, diversos judeus foram acolhidos em diversas nações como refugiados.
Na tentativa de reagrupar este grupo étnico e compensar as consequências da guerra, a Organizações das Nações Unidas (ONU) aprovou a resolução em 1947, oficializada em 1948, da criação do Estado de Israel, que dividia o território da Palestina entre árabes, já instalados, e judeus.
O movimento sionista
O processo de formação dessas comunidades judaicas é (embora tenha ganhado corpo após a Segunda Guerra Mundial) anterior ao conflito.
O movimento sionista compôs esse processo no fim do século XIX, reunindo intelectuais na intenção de conter o antissemitismo, ação que permeava a Europa desde a Idade Antiga, quando os antigos reinos judeus se dissolveram.
Com o tempo, impulsionadas pela intelectualidade sionista, as populações judaicas foram povoando alguns espaços no Oriente Médio. A criação do Estado de Israel acirrou o conflito entre as populações árabes que já habitavam a Palestina e os diversos judeus que agora se instalavam na região.
Antes disto, cabe mencionar que o Império Otomano, após o fim da Primeira Guerra Mundial, havia se dissolvido, o que desfragmentou a unidade política das nações árabes. O antissemitismo crescente na Europa, através do nazi-fascismo, afetou também a relação na região da Palestina com as instituições judaicas.
Israel e Palestina
A Palestina foi uma das regiões que não conseguiu formar uma unidade política, diferentemente da Turquia, Armênia e diversos outros países do Oriente Médio que asseguraram sua independência política, principalmente pela presença massiva de judeus e pela administração britânica, desde o fim da Primeira Guerra Mundial.
A questão de Israel foi a conclusão de uma cadeia de eventos complexos. O nazismo havia sido derrotado e o holocausto chegava os ouvidos do mundo. O sionismo efervesceu ainda mais e o conflito entre judeus e árabes engrossava a cada acontecimento. Embora a criação de Israel tenha sido um marco oficial, o conflito e disputa pela região vem de um longo desdobramento de eventos.
Mesmo após décadas, a questão de Israel ainda não cessou. Entretanto, o cenário se inverteu, de modo que os árabes passaram a ocupar campos de refugiados. Ao longo de diversas décadas as comunidades judaicas não apenas movimentaram-se em número, mas em poder econômico para a região.
Isso implicou no abismo de recursos entre judeus e palestinos. Um exemplo foi a icônica Guerra dos Seis dias, em 1967, na qual Israel, mesmo enfrentando a coligação Sudão, Egito, Kuwait, Líbia, Síria, Jordânia, Argélia, Arábia Saudita e Iraque, venceu o conflito em apenas seis dias, por ter um aparato bélico imensamente superior. Esse evento possibilitou Israel expandir ainda mais seu território.
Mesmo após os anos 2000 o conflito é intenso, a Palestina constantemente reivindica a aprovação pela ONU de um Estado Palestino Autônomo, enquanto Israel intenta delimitar as fronteiras territoriais para o futuro Estado Palestino, exigindo a totalidade do território de Jerusalém.
A disputa por Jerusalém
Além das questões geopolíticas, a disputa pela região é religiosa também. As cidades de Belém e Jerusalém são territórios sagrados para os judeus, cristãos e muçulmanos.
Para os judeus a cidade de Jerusalém foi fundada por Davi e é o local que foi construído um templo que guarda a Arca da Aliança, receptáculo que retém as tábuas dos dez mandamentos. Para os cristãos, foi nesta região em que Jesus Cristo foi crucificado e sepultado. Já para os muçulmanos Maomé ascendeu aos céus a partir do local.
Até hoje diversas pessoas peregrinam para a região, o que aumenta a tensão nesta questão de Israel.
Complemente seus conhecimentos sobre a questão de Israel com o vídeo do canal Nexo Jornal:
Exercícios sobre o Estado de Israel
Para terminar, resolva os exercícios sobre o Estado de Israel e o conflito entre Israel e Palestina selecionados pela equipe do Curso Enem Gratuito!
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNESP SP/2017)
Depois de autorizar a expansão dos assentamentos em Jerusalém Oriental, Israel aprovou a construção de 2 500 casas na Cisjordânia.
(www.brasil.elpais.com, 24.01.2017. Adaptado.)O Conselho de Segurança da ONU exigiu que Israel parasse de construir casas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. O argumento é que os assentamentos “colocam em risco a viabilidade da solução de dois Estados”.
(www.cartacapital.com.br, 02.02.2017. Adaptado.)O atrito entre Israel e o Conselho de Segurança da ONU deve- se ao fato de
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UCB DF/2016)
Com a Guerra Fria (1945-1991), o conflito árabe-israelense tomou novo impulso. A União Soviética defendeu a causa palestina, enquanto os Estados Unidos e Israel mantiveram sua aliança. Os países árabes se uniram contra Israel, dando origem à Liga Árabe.
VAINFAS, Ronaldo et alli. História – o mundo por um fio: do século XX ao XXI.
Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2010, com adaptações.Em relação ao conflito árabe-israelense, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UNIME BA/2016)
Um dia “normal” em Israel, em períodos de intensificação dos confrontos entre judeus e árabes, começa com um homem sendo ferido gravemente a facadas em uma estação de trem, em Jerusalém. Menos de três horas depois, um palestino é morto em Tel Aviv por soldados, após furar cinco pessoas com uma chave de fenda. Em seguida, num assentamento perto de Hebron, na Cisjordânia, um judeu é esfaqueado. […] a situação esquentou, atiçada por um discurso dúbio do chefe da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na ONU. Em Israel, não falta quem veja nisso tudo o início de uma terceira intifada, uma revolta de grandes proporções contra o Estado judeu. Era só o que faltava no já conturbado Oriente Médio.
SCHELP, Diogo. A temporada das pedras. Veja. São Paulo:
Abril, ed. 2447, ano 48, n. 41, 14 out. 2015.Sobre os conflitos árabe-israelenses, marque V nas alternativas verdadeiras e F, nas falsas.
( ) Os conflitos que marcam as relações árabe-israelenses remontam a 1948, com a criação do Estado de Israel.
( ) A disputa pela cidade de Jerusalém não implica questões religiosas, uma vez que a cidade sagrada dos muçulmanos é Meca.
( ) O impasse para a solução desse conflito refere-se, também, à questão dos assentamentos judeus em território palestino.
( ) A política externa dos Estados Unidos tem conseguido grandes avanços na solução desse conflito.
( ) O equilíbrio bélico é evidente entre palestinos e israelenses.A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UEMG/2015)
Leia a notícia abaixo:
Israel anunciou a retomada dos ataques aéreos a Gaza, após militantes palestinos terem disparados foguetes contra o território israelense após o final de um período de 72 horas de cessar-fogo, encerrado na manhã desta sexta-feira.
O Exército israelense classificou os ataques como “inaceitáveis, intoleráveis e míopes”. O grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, havia rejeitado a extensão do cessar-fogo, alegando que Israel não atendeu suas demandas. O atual conflito na Faixa de Gaza já dura um mês, sem perspectivas de um acordo de longo prazo que coloque fim à violência que já matou mais de 1.900 pessoas, a maioria civis.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140730_gaza_entenda_gf_lk.shtml. Acesso em 10/8/2014Em relação a esse território, afirma-se CORRETAMENTE que
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(Unievangélica GO/2015)
Leia o texto a seguir.
Israel e palestinos discordam sobre negociações após cessar-fogo
Israel e militantes palestinos na Faixa de Gaza chegaram a um acordo de cessar-fogo, interrompendo o conflito mais violento na região nos últimos anos. Após difíceis negociações, ambos os lados concordaram com um acordo mediado pelo Egito. Este não é o primeiro cessar-fogo desde que Israel iniciou sua ofensiva em Gaza em 8 de julho – diversos acordos foram acertados, mas tiveram curta duração. No entanto, este cessar-fogo não tem prazo para terminar. Após 50 dias de conflito, a percepção de analistas é de que há agora mais vontade – e cansaço – em ambos os lados para colocar um fim definitivo à recente sequência de ataques.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultimas noticias/bbc/2014/08/27/
israel-e-palestinos-discordam-sobrenegociacoes- apos-cessar-fogo-entenda.htm>. Acesso em: 11 set. 2014.Sobre a evolução do conflito entre Israel e Palestina, verifica-se o seguinte:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UEPA/2015)
UM MOMENTO DE DESORDEM MUNDIAL
“Neste começo de século, assistimos a uma reformulação de fronteiras e influências político-econômicas no mundo. Essa nova forma de organização mundial, baseada na existência de redes, fluxos e conexões, exige mudanças no método […] de agrupar e separar territórios. […]
Essa nova era é marcada pelo advento da globalização e da internet, que permitiu maior integração internacional e criou um novo espaço […], o “território-mundo”, composto de uma sociedade mundial que compartilha os mesmos valores. A integração cada vez maior dos Estados e a soberania de um país através de um grupo […] são demonstradas pela força dos blocos econômicos, que estabelecem uma concorrência acirrada entre si para manter a influência sobre seus parceiros comerciais. […]
Identifica-se um novo movimento de regionalização do espaço contemporâneo a partir de redes integradas ilegais de poder, como o tráfico de drogas e o terrorismo globalizado […] e a reconfiguração dos territórios devido a mudanças nas relações de poder e ao hibridismo cultural”.
(Adaptado de Ciência Hoje On-line. In: http://cienciahoje.uol.com.br/resenhas/um-
momento-de-desordem-mundial. Acesso em: 23/08/14.)O trecho: “neste começo de século, assistimos a uma reformulação de fronteiras e influências políticoeconômicas no mundo”, nos remete a pensar os conflitos e contradições no Oriente Médio. Sobre o assunto, assinale a alternativa que explica essa situação conflituosa.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(Unievangélica GO/2015)
Leia o texto a seguir.
A animosidade entre judeus e palestinos resultou em uma nova escalada de violência, a partir de meados de junho, devido a uma série de incidentes envolvendo extremistas de ambos os lados. O conflito na Faixa de Gaza decorrente dessa crise, que já matou centenas de palestinos e dezenas de israelenses, teve início no dia 12 de junho após o sequestro de três jovens judeus – o que provocou reações cada vez mais violentas dos dois lados da fronteira.
Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/07/
entenda-a-origem- da-crise-entre-judeus-e-palestinos-na-faixa-de-gaza-4550157.html. Acesso em: 25 set. 2014.A evolução do conflito entre palestinos e judeus, no século XX, foi marcada
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UCS RS/2015)
Considere as seguintes afirmativas sobre o conflito entre israelenses e palestinos, que se estende há muitas décadas.
I Desde o século XIX, existia o movimento sionista – esse nome vem de Sion, colina da antiga Jerusalém –, que defendia a criação de um Estado judeu autônomo na Palestina.
II No final de 1947, em meio a vários conflitos entre árabes e judeus, a ONU propôs o fim do mandato britânico na região e a criação de um Estado israelense e outro árabe na Palestina.
III Em 1948, foi criado o Estado de Israel, mas não o Estado Árabe. Em função disso, as disputas por território e os conflitos se fazem presentes até os dias atuais.Das proposições acima,
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(FGV/2015)
As explosões que abalam Gaza e Israel abafaram um ruído que é potencialmente muito mais perigoso. Refiro-me às declarações do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de que Israel tem de se assegurar de que “não haverá outra Gaza na Judeia e Samaria” (como os judeus se referem ao território que a comunidade internacional trata por Cisjordânia e é habitado majoritariamente pelos palestinos). Mais especificamente, Netanyahu declarou:
“Acho que o povo de Israel compreende agora o que eu sempre disse: não pode haver uma situação, sob qualquer acordo, na qual nós renunciemos ao controle de segurança no território a oeste do rio Jordão” (de novo, os territórios palestinos).
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2014/07/1487168-palestina-o-sonho-acabou.shtmlAssinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta das declarações do primeiro ministro Binyamin Netanyahu.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UNITAU SP/2015)
Sobre a Segunda Guerra Mundial e suas consequências para o mundo contemporâneo, é possível afirmar que
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Sobre o(a) autor(a):
Guilherme Silva é formado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de História em escolas da Grande Florianópolis desde 2016.