Revise nesta aula de Biologia a Dominância Incompleta, um mecanismo de herança genética que pode aparecer no Enem e nos vestibulares!
A primeira Lei de Mendel diz que as características dos indivíduos são condicionadas por pares de fatores (genes) e que estes fatores se separam (segregam) durante a formação dos gametas. Quando estudamos esta lei da genética, geralmente nos remetemos à exemplos de dominância completa, onde um gene pode inibir a ação do outro quando ocorrer heterozigose.
Porém, a primeira Lei de Mendel pode também se aplicar a outros mecanismos de herança, como a codominância e também a dominância incompleta, que vamos revisar nesta aula. Você sabe como funciona essa herança genética? Não? Então revise Biologia com este resumo do Curso Enem Gratuito para arrebentar no Enem e nos vestibulares!
Dominância incompleta
No tipo mais estudado de herança genética, a dominância completa, um dos alelos envolvidos na produção de uma característica domina o outro quando em heterozigose. Isso quer dizer que o alelo dominante vai impedir o outro gene de produzir sua característica. Neste tipo de herança, os descendentes sempre terão o fenótipo de um dos progenitores.
Mas, como já disse anteriormente, nem todos os mecanismos genéticos seguem essa regra. Em alguns casos, os filhos de um cruzamento podem apresentar um terceiro fenótipo, diferente dos fenótipos apresentados por seus pais. Esse fenótipo é intermediário em relação aos genitores. Chamamos esse tipo de herança de dominância incompleta ou ausência de dominância.
Como funciona a dominância incompleta
O exemplo clássico desse tipo da dominância completa é a herança das cores apresentadas pela flor maravilha (Mirabilis jalapa). As flores dessa planta apresentam, basicamente, três variações de cor em suas pétalas: branca, vermelha e rosa.
A produção da enzima que catalisa a produção do pigmento vermelho é condicionada pelo gene CV. Já a cor branca é condicionada pelo gene CB, que não produz enzima e, consequentemente, não produz pigmento.
Para que uma flor maravilha tenha cor vermelha, é necessário que ela tenha recebido o gene CV em dose dupla (CV CV). Ou seja, uma flor vermelha tem que ser homozigota para esta característica. O mesmo acontece para a cor branca, que é produzida por homozigose do alelo CB (CB CB).
Agora, se a planta é heterozigota, ou seja, se ela possui dois alelos diferentes (CBCV), ela será rosada. Isso porque apenas um gene CV não é suficiente para produzir a quantidade de pigmentos necessária para deixar a planta vermelha. Como o alelo CB não produz pigmento algum, a flor terá um fenótipo intermediário.
Para você entender melhor como funciona a dominância incompleta no caso da Mirabilis jalapa, veja o quadro a seguir que ilustra o cruzamento entre uma flor branca e uma vermelha:
Veja que a partir de plantas homozigotas vermelhas e brancas, são geradas flores com os fenótipos dos genitores (25% de flores vermelhas e 25% de flores brancas) e flores com fenótipo intermediário característico da dominância incompleta (50% de flores rosas).
Exemplos
Além da flor maravilha, as galinhas andaluzas são outro exemplo de dominância incompleta. Elas podem ter plumagem preta, branca ou cinza-azulada. O fenótipo preto é condicionado por homozigose, assim como o fenótipo branco. E, da mesma maneira que nas flores que estudamos, a cor cinza é um fenótipo intermediário das linhagens homozigóticas. Sendo assim a cor cinza é condicionada por heterozigose.
Videoaula sobre dominância incompleta
Para finalizar sua revisão, assista à videoaula gravada pela professora Juliana, do Curso Enem Gratuito!
Exercícios
Agora que você já sabe tudo sobre dominância incompleta, resolva os exercícios abaixo, selecionados pela professora Juliana! Ao final, confira o gabarito.
Questão 01- (UFPA/2007)
O cruzamento de duas plantas, uma com flores vermelhas e outra com flores brancas, produziu uma geração F1 formada inteiramente por plantas com flores cor-de-rosa. A autopolinização das plantas cor-de-rosa produziu uma geração F2 com plantas apresentando flores vermelhas, cor-de-rosa e brancas, conforme a tabela abaixo:
O caso citado é um exemplo de
a) retrocruzamento.
b) dominância entre alelos próximos.
c) codominância.
d) fenótipo alterado.
e) diibridismo
Questão 02 – (UNIRG TO/2013)
As flores da planta “maravilha” (Mirabilis jalapa) apresentam duas variedades para a sua coloração, vermelha (VV) e branca (BB). Cada uma delas é determinada por um par de alelos e não há dominância entre eles. Cruzando-se duas plantas, uma de flor vermelha com uma de flor branca, obtêm-se, em F1, somente flores róseas (VB).
Considerando-se o exposto, conclui-se que, do cruzamento entre duas plantas heterozigotas, a porcentagem esperada para o fenótipo de cor rósea é:
a) 100%
b) 75%
c) 50%
d) 25%
Questão 03 – (USP/2015)
A cor das pétalas das flores de certa planta é condicionada por dois pares de alelos; não há dominância entre os alelos, que têm efeito igual e aditivo. As flores podem ser vermelhas, brancas ou cor-de-rosa (de tonalidade clara, média ou escura). Foram cruzadas duas plantas com flores cor-de-rosa médio, ou seja, com o fenótipo intermediário entre os extremos – plantas com flores vermelhas e plantas com flores brancas. Espera-se que, na descendência desse cruzamento, as plantas tenham flores
a) somente cor-de-rosa médio.
b) cor-de-rosa médio, vermelhas ou brancas, predominando as plantas com flores vermelhas e com flores brancas.
c) cor-de-rosa médio, vermelhas ou brancas, predominando as plantas com flores cor-de-rosa médio.
d) cor-de-rosa claro, cor-de-rosa médio, cor-de-rosa escuro, vermelhas ou brancas, com igual probabilidade.
e) cor-de-rosa claro, cor-de-rosa médio, cor-de-rosa escuro, vermelhas ou brancas, predominando as plantas com flores cor-de-rosa médio.
GABARITO:
1) Gab: C
2) Gab: C
3) Gab: E