Confira como estão seus conhecimentos sobre Thomas Hobbes com exercícios de Filosofia! São 10 questões para treinar para o Enem e vestibulares!
Thomas Hobbes foi um filósofo inglês que viveu no século XVII e um dos principais teóricos do absolutismo. Pela importância de suas ideias, cai com frequência no Enem e vestibulares. Confira um resumo e uma lista de questões sobre Thomas Hobbes para testar seus conhecimentos!
Resumo sobre Thomas Hobbes
Nascido na Inglaterra no século XVII, Thomas Hobbes foi um filósofo e matemático que ganhou notoriedade por seus tratados políticos. Defensor do absolutismo, Hobbes ficou conhecido como um filósofo contratualista, ao lado de Jean-Jacques Rousseau e John Locke.
Ao longo de sua vida, Hobbes presenciou algumas mudanças drásticas no cenário político inglês.
Isso influenciou bastante suas teorias e obras, levando-o a defender publicamente a
monarquia absolutista como regime de governo ideal.
Hobbes iniciou suas reflexões políticas a partir de um estado hipotético em que as pessoas viviam
sem a interferência do Estado em um estágio pré-civilizatório. Esse estágio ficou conhecido com
Estado de Natureza. Tal ideia foi depois utilizada por outros filósofos como Rousseau.
Quando em Estado de Natureza, as pessoas buscariam a sua sobrevivência e, ao fazê-lo, chocavam-se com outras pessoas. Hobbes acreditava que nós somos seres egoístas e, por isso, tentaríamos garantir nossa sobrevivência mesmo que isso condenasse a sobrevivência alheia. Em outras palavras, faríamos qualquer coisa para sobreviver. Isso desencadearia uma guerra de todos contra todos, situação em que viveríamos aterrorizados com a eminente possibilidade de morte.
Esse caos social, cercado de incertezas e desconfiança, só faria aflorar mais ainda a individualidade humana. Esta, por sua vez, nos levara a predar o outro afim de obtermos vantagens. Nas palavras de Hobbes, a essência do ser humano estaria expressa em latim por “homo homini lupus”, que em uma tradução livre seria algo como “o homem é o lobo do homem”.
Introdução ao pensamento de Hobbes
Para saber mais sobre as ideias de Thomas Hobbes, confira o vídeo do professor Alan no nosso canal:
Questões sobre Thomas Hobbes
Por fim, treine para as provas com questões sobre Thomas Hobbes
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UFPR/2020)
Para os filósofos contratualistas, o Estado é pensado como tendo por origem um contrato entre os indivíduos. Segundo Thomas Hobbes, “é como se cada homem dissesse a cada homem: autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações”.
(HOBBES, T. Leviatã, cap. 17, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 365.)
A partir do enunciado, é correto afirmar que Hobbes recorre à ideia do contrato com o fim de:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UECE/2020)
Leia atentamente o seguinte trecho do texto Hobbesiano, que se refere a um pacto entre “contratantes” em estado de natureza:
“Quando se faz um pacto em que ninguém cumpre imediatamente sua parte, e uns confiam nos outros, na condição de simples natureza (que é uma condição de guerra de todos os homens contra todos os homens), a menor suspeita razoável torna nulo este pacto. Mas se houver um poder comum situado acima dos contratantes, com direito e força suficientes para impor seu cumprimento, ele não é nulo”.
HOBBES, Thomas. LEVIATÃ ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João P. Monteiro e Maria B. Nizza. 3ª Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
No que diz respeito ao estado de natureza, como mencionado, considere as seguintes afirmações:
I. Entre o estado de natureza e o estado civil (ou estado de sociedade), há uma relação de contraposição, pois o estado de sociedade surge como antítese corretiva ao estado de natureza.
II. A passagem do estado de natureza ao estado de sociedade ocorre espontaneamente, ou seja, como decorrência do processo de propensão natural dos indivíduos ao consenso.
III. O estado de natureza é um estado cujos elementos constitutivos são os indivíduos singulares, livres e iguais, mas que vivem uma vida solitária, cruel e animalesca, da qual precisam escapar.
É correto o que se afirma em
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM MEC/2020)
O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é a consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são contrárias a nossas paixões naturais.
HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFU MG/2020)
Leia o excerto do Leviatã de Thomas Hobbes (1588–1679).
“Desta guerra de todos os homens contra todos os homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As noções de bem e mal, de justiça e de injustiça não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. A justiça e a injustiça não fazem parte das faculdades do corpo ou do espírito. Se assim fosse, poderiam existir num homem que estivesse sozinho no mundo, do mesmo modo que seus sentidos e paixões.”
HOBBES, Thomas. Leviatã: ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Trad. João P. Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
Do excerto acima, depreende-se que
I. no estado de natureza, existe moralidade.
II. a noção de que “o homem é o lobo do homem”.
III. o Estado já é tratado como poder político.
IV. o Pacto Social e o do Estado são necessários.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UECE/2019)
“É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra, e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais […] E entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.”
HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p. 83s.
O Texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse estado anterior ao pacto social é
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UECE/2019)
Um dos argumentos em favor do direito amplo ao armamento individual é o que afirma que cabe ao próprio indivíduo, e não ao Estado, a proteção de sua vida e de sua propriedade. Esse argumento pode ser entendido, nos termos da filosofia de Thomas Hobbes, como um “direito de natureza”, que o pensador inglês define no seguinte modo: “O direito de natureza é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim”.
HOBBES, Thomas. Leviatã, Parte I, cap. XIV. Trad. br. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1983 – adaptado.
Com base na definição acima, considere as seguintes afirmações:
I. O direito de natureza não garante a vida de ninguém.
II. O direito de natureza não garante a propriedade individual.
III. O direito de natureza é igual para todos.
É correto o que se afirma em
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(Unicentro PR/2018)
Em Filosofia Política, Thomas Hobbes pode ser considerado defensor:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UFGD MS/2017)
“Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens aquém seja atribuído pela maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens”.
(HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 107).
O fragmento citado é parte do texto “Leviatã ou matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil” de Thomas Hobbes, considerado o primeiro filósofo moderno a articular uma teoria detalhada do contrato social.
Nesse sentido, argumenta-se que Hobbes:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UEL PR/2016)
Leia o texto a seguir.
As leis da natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia e a piedade) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias às nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho e a vingança. Os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis da natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros.
(Adaptado de: HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Victor Civita, 1974. p.107.)
Um dos problemas enfrentados pela Filosofia Política diz respeito às razões que levam os indivíduos a se unirem com o objetivo de constituir uma ordem civil. Trata-se do problema da ordem política requerer ou não um elemento coercitivo a fim de garantir a vida civil.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Thomas Hobbes, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UFU MG/2015)
A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a propósito das repúblicas ou supõe, ou nos pede, ou requer que acreditemos que o homem é uma criatura que nasce apta para a sociedade.
HOBBES, T. Do cidadão. Tradução de Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2002 . p. 25.
Hobbes refutava a pretensa sociabilidade natural do homem. Assinale a alternativa que, segundo Hobbes, justifica a associação dos homens em uma comunidade política.
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