Como anda o seu conhecimento sobre o berço de todas as civilizações? Estude um pouco mais sobre a África pra mandar super bem em Geografia no Enem!
Você já parou para pensar que quando alguém fala da África em rodas de conversa, ou mesmo na TV, é muito comum que se passe uma ideia negativa desse continente, como se lá só houvesse pobreza e miséria?
Por que será que as pessoas pensam dessa forma sobre o continente africano? A África é, sem dúvidas, o continente que mais teve sua história e geografia negligenciadas e, felizmente, nos últimos anos esse conteúdo surgiu com força nas salas de aula e também nos vestibulares e no Enem.
As transformações de seu espaço ao longo do tempo e as próprias histórias africanas vão muito além do que usualmente chega até nós. É preciso fazer uma verdadeira viagem no tempo para compreender como o colonialismo influenciou a maneira superficial como a história africana é contada nos livros tradicionais, além das marcas profundas deixadas em suas sociedades, paisagens e culturas. Bora aprender um pouquinho mais sobre o continente africano?
Para facilitar a compreensão das dinâmicas socioespaciais ocorridas em diferentes períodos da história da humanidade no continente africano, é importante conhecer as principais características fisiográficas de seu território, que influenciaram processos diversos e as relações entre povos distintos. Ou seja, para entendermos a história precisamos conhecer o espaço, ao mesmo tempo que jamais poderemos compreender o espaço sem conhecer a história que o transforma incessantemente. A história e a geografia sempre caminham juntas!
A África detém cerca de 25% das terras emersas do planeta, com uma área territorial de 30.249.096 km². Dentre os demais continentes, apenas Ásia e América possuem maior extensão. O continente africano constitui uma porção maciça compacta como nenhuma outra, rodeada por grandes massas oceânicas diversificadas – os mares Mediterrâneo e Vermelho e os oceanos Atlântico e Índico. Sua imensidão é marcante e influencia na diversidade de suas características físicas. Porém, nos mapas mais comuns acabamos não percebendo a magnitude africana. Por que será?
É fato que não é possível transpor aos mapas bidimensionais a realidade tridimensional (3D) e esférica de nosso globo. Entretanto, o modelo de projeção mais comum, criado por Gerard Mercator (1512-1594), favorece em tamanho os territórios subtropicais e polares, em detrimento dos territórios tropicais próximos ao Equador. Com isso, temos a impressão de que a Europa e a América do Norte são muito maiores do que realmente são.
Assim como a Groenlândia parece ter o mesmo tamanho da África, sendo que ela é quatorze vezes menor do que o continente africano. Por outro lado, analisando o mapa da área total do globo na projeção elaborada em 1974 por Arno Peters (1916-2002) – que buscou fazer uma transposição cartográfica mais aproximada possível da proporção real entre as regiões –, percebemos o tamanho da distorção a que fomos acostumados desde o período das grandes navegações.
Dica 1: Entenda mais sobre cartografia e os diferentes tipos de projeções – conteúdos que sempre caem no Enem!
Essa distorção não aconteceu por um acaso, mas parte do interesse das nações europeias em diminuir a importância geográfica e histórica de territórios habitados por outros povos, que configuravam importantes rotas comerciais e que seriam colonizados para a exploração de produtos diversos e tráfico de escravos.
É importante considerar que os mapas produzidos no decorrer do tempo sempre expressam ideias e objetivos de determinadas sociedades e/ou períodos históricos e, no caso da projeção cilíndrica de Mercator, criada em 1569, houve clara exaltação à expansão colonialista das nações europeias.
Por isso, durante muito tempo a história que se contava da África era de uma “terra de ninguém”, de povos errantes sem grandes civilizações. A riqueza histórica e a diversidade da geografia física africanas foram, portanto, escondidas.
A África tem 80% de seu território na zona intertropical, sendo dividida praticamente ao meio pelo Equador. Além de ter terras nos hemisférios Norte e Sul, é atravessada no sentido longitudinal pelo Meridiano de Greenwich, estando presente nos hemisférios Ocidental e Oriental. A África tem em si o centro espacial imaginário da Terra, que é a intersecção entre o paralelo de 0° (Equador) com o meridiano de 0° (Greenwich), no Golfo da Guiné.
O continente africano possui apenas uma ligação territorial com a Eurásia: o Istmo de Suez. Ele está localizado no Egito serviu como a ponte material e cultural com o Oriente Médio. Entretanto, foi cortado pelos britânicos no século XIX por um canal, virando um atalho marítimo para as rotas comerciais do oriente.
Com exceção de Madagascar, a maioria das ilhas africanas são pequenas e estão espalhadas em arquipélagos distantes da costa. Golfos, baías, penínsulas e cabos também são raridade no litoral pouco recortado do seu território que, curiosamente, tem extensão três vezes menor que o litoral europeu. Documentos da Antiguidade demonstram que a navegação foi frequente no mar Mediterrâneo e Vermelho, com um comércio que propiciava trocas tanto econômicas, como religiosas e culturais dos povos africanos europeus e, principalmente, do Oriente Médio.
Dica 2: Aproveite e teste seus conhecimentos sobre a África fazendo o nosso simulado online. Boa sorte! o/
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Um grande abraço e bons estudos!