As teorias evolucionistas de Lamarck e Darwin mudaram a maneira do mundo enxergar as divisões dos seres vivos e também a sua evolução. Para explicar como se deu cada uma das teorias veja mais detalhes no nosso resumo de biologia para o Enem.
Nós, seres humanos, somos curiosos natos. Observar o mundo e tentar explicar os fenômenos que ocorrem ao nosso redor são traços registrados desde os filósofos da natureza, na Grécia Antiga. Mas tudo foi avançar mesmo no conhecimento mais de dois mil anos depois, com o Darwinismo na Teoria da Evolução das Espécies.
Explicar como e por que existiram seres diferentes em outras eras e como eles se modificaram até chegar à biodiversidade que temos hoje é um dos nossos desafios mais antigos.
Ao longo dos séculos, dois cientistas se destacaram nesta difícil tarefa para identificar as origens e a evolução das espécies: Lamarck e Darwin.
Teorias da evolução das espécies
Veja no resumo com a professora Claudia Aguiar, do canal do Curso Enem Gratuito:
As teorias destes dois naturalistas são as mais famosas teorias evolucionistas de todos os tempos e, sendo assim, são assunto frequente nas questões de vestibulares e também do Enem.
Para você ter uma ideia, desde o ano 2000 o Enem já cobrou este assunto mais de 30 vezes, e quase sempre com foco no Darwinismo e no Lamarckismo.
Nesta aula, vamos explicar para você as teorias da evolução das espécies de Charles Darwin e Jean-Baptiste Lamarck. O conteúdo é muito importante para as questões de Biologia no Enem e nos vestibulares.
Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829)
Lamarck foi um naturalista francês que viveu em uma época em que algumas ideias evolucionistas começavam a surgir. Ele trouxe elementos de ruptura com as linhas de pensamento que até então estavam estabelecidas.Antes de Lamarck apresentar sua teoria predominava no meio científico o chamado Fixismo, que dizia que os seres vivos não se modificavam ao longo do tempo, ou seja, eram fixos, imutáveis (ideia altamente influenciada por questões religiosas).
Lamarck então elaborou uma das mais famosas (agora desacreditada) teorias sobre as mudanças ocorridas nas espécies ao longo do tempo. Ele foi um evolucionista pioneiro ao elaborar leis e fundamentos para tentar explicar a evolução das espécies.
Hoje sabemos que a maior parte das ideias de Lamarck estavam erradas. Porém, é importante conhecer suas leis para entender que sua teoria abriu caminho para os estudos no campo da evolução em uma sociedade onde a ideia predominante era a fixista e a criacionista, até mesmo entre os principais cientistas da época.
O Lamarckismo
Lamarck, antes de tudo, era adepto da abiogênese. Essa teoria que dizia que os seres vivos poderiam surgir espontaneamente a partir da matéria inanimada, principalmente os mais simples, como as bactérias. Sendo assim, para Lamarck a vida tenderia sempre a se modificar, partindo dos seres vivos mais simples e se modificando e aumentado seu nível de complexidade.
Lamarck considerava que essas mudanças nos seres vivos eram direcionadas pelas características que o ambiente apresentava. Segundo ele, mudanças nas condições ambientais forçariam mudanças nos seres vivos que os adaptassem à estas novas condições ambientais.
Logo, as mudanças que ocorrem nos seres vivos, segundo Lamarck, seriam dirigidas pelas necessidades impostas pelo ambiente. Para explicar como os seres vivos se modificavam, ele elaborou duas leis:
Lei do uso e desuso
Segundo Lamarck, quando um ser vivo utilizasse muito um determinado órgão, este tenderia a se desenvolver mais que outras partes do corpo, ficando cada vez maior ou mais complexo. O contrário também deveria acontecer: quanto menos se utilizasse um órgão, menos ele deveria se desenvolver e atrofiar.
A partir de observações bastante superficiais, poderíamos até considerar esta ideia como verdadeira.
Pense comigo: se você se expõe ao Sol, sua pele produz cada vez mais melanina para proteger seu corpo da radiação. Logo, o uso maior da melanina é igual a uma produção de melanina cada vez maior. Isso condiz com o uso e desuso de Lamarck, certo?
Porém, quando lembramos que essa produção de melanina tem um limite, delimitado geneticamente, essa ideia cai por terra. Veja: uma pessoa branca pode até ficar com a pele mais escura se ficar exposta ao Sol se bronzeando, porém jamais terá pele negra, por mais que se exponha ao Sol.
Lei dos caracteres adquiridos
Segundo Lamarck, quando um ser vivo adquire uma característica (resultado do uso e desuso) ao longo da sua vida e esta característica o auxilia a ter vantagens no ambiente em que ele vive, essa característica poderá ser passada aos seus descendentes.
Assim, de acordo com a lei dos caracteres adquiridos, as serpentes não teriam patas porque ao se adaptarem ao modo de vida rastejante, suas patas teriam perdido o uso, tendo se atrofiado e desparecido e, assim, seus descendentes teriam herdado patas cada vez mais atrofiadas que em algum momento desapareceram.
Charles Darwin (1809 – 1882)
O cientista Charles Darwin era um inglês de família extremamente religiosa que jovem viveu em uma “aventura” ao redor do mundo que mudou a história da sua vida e também das ciências biológicas. Ele ficou tão forte no mundo das ciências que Darwinismo virou vocábulo nos dicionários.
Com vinte e poucos anos, embarcou no navio HMS Beagle, da marinha mercante inglesa, em uma viagem para atualizar mapas e que duraria mais de cinco anos.
Esta viagem (que o levou a pontos incríveis do planeta – inclusive o Brasil) permitiu a Charles Darwin a observação da enorme biodiversidade do planeta.
Quando voltou à Inglaterra, Darwin pôs-se a organizar os dados que havia compilado na sua viagem e se jogou em outra jornada que viria a durar mais de 20 anos: a elaboração de sua teoria evolucionista – a Seleção Natural.
Duas décadas após sua viagem, Darwin lança seu célebre livro, “A Origem das Espécies” e sua teoria se populariza, não só entre os cientistas da época, mas também entre a sociedade inglesa.
O Darwinismo
Durante muito tempo, Darwin buscou provas para a sua teoria da evolução das espécies. Com você já sabe, foram mais de vinte anos escrevendo o seu livro.
Darwin era muito meticuloso e também havia algo que o preocupava: as ideias evolucionistas que ele tinha iam de encontro com sua religiosidade e de sua família.
Porém, um ponto crucial e decisivo para a divulgação da Seleção Natural aconteceu quando Darwin recebeu uma carta de um jovem naturalista, chamado Wallace. Para surpresa de Darwin, Wallace escrevia para consultá-lo sobre uma ideia que teve para explicar a evolução.
Wallace descrevia em sua carta uma teoria muito semelhante à de Darwin, que explicava a evolução pela seleção dos mais aptos. Assim, apesar de estar preocupado com o impacto de sua obra na sociedade e em sua própria família, Charles apresentou com Wallace suas ideias para a sociedade científica (em um congresso) e, em seguida, publica seu famoso livro.
Por tal motivo, o Darwinismo é também conhecido como Teoria Darwin-Wallace. Veja agora as comprovações científicas que dão razão a Charles Darwin.
Evidências da evolução
Agora, assista ao vídeo da professora Juliana e compreenda quais são as evidências científicas da evolução das espécies:
Como funciona a seleção natural no Darwinismo?
Segundo Darwin (e Wallace), os indivíduos com maiores chances de sobreviverem ao ambiente seriam aqueles cujas características fossem mais apropriadas para enfrentar as condições ambientais aos quais estavam submetidos, levando assim a um maior sucesso reprodutivo.
Para Darwin, a seleção natural funcionaria preservando as variações favoráveis e rejeitando as variações prejudiciais.
Para entender melhor, veja esse resumo do mecanismo da seleção natural:
Antes de tudo é importante que você lembre que os indivíduos de uma espécie podem ter muitas variações (tanto na sua fisiologia, quanto na sua anatomia)
Muitas das características de um indivíduo são transmitidas para seus descendentes (na época Darwin não sabia disso, mas hoje sabemos que essas características são transmitidas através do DNA).
Caso todos os indivíduos de uma população sejam capazes de se reproduzirem, a população iria crescer de maneira acelerada, em progressão geométrica.
Os recursos disponíveis em um ambiente são limitados. Há limites de espaço, de alimento, de água. Dessa maneira, os indivíduos de uma população irão competir por esses recursos em uma lua pela vida e pela sobrevivência de seus filhotes.
Segundo Darwin, nesta luta pela vida, apenas os seres mais adaptados ou aptos conseguiriam sobreviver e produzir descendentes (seleção natural). Essas características aumentariam a sobrevivência e o sucesso reprodutivo e seriam transmitidas para os descendentes do indivíduo.
Diferenças entre o Darwinismo e o Lamarckismo
Os vestibulares adoram fazer questões comparando as teorias de Lamarck e de Darwin. Então, vamos comparar as duas teorias usando um exemplo sempre lembrado pelos professores de biologia: o tamanho do pescoço das girafas.
A partir das leis de Lamarck, poderíamos explicar o enorme tamanho do pescoço das girafas dizendo que ocorreram modificações ambientais que tornaram o alimento escasso e as girafas tiveram que tentar se alimentar de folhas em ramos mais altos de árvores e arbustos.
O esforço de esticar o pescoço para alcançar as folhas mais altas teria levado ao consequente aumento gradativo do órgão.
Veja no diagrama a seguir um resumo da proposta de Jean-Baptiste Lamarck:No cenário Lamarckista, a princípio não haveria variação entre os integrantes de uma população, ou seja, todas as girafas teriam pescoços curtos. O uso constante do órgão fez com que o órgão se desenvolvesse mais (lei do uso e desuso).
Sendo assim, ainda de acordo com esta teoria, o pescoço mais longo se tornaria vantajoso e esta característica seria transmitida aos descendentes (lei dos caracteres adquiridos), que a cada geração teriam um pescoço um pouco maior.
Podemos notar então que, segundo as ideias de Lamarck, as alterações nos seres vivos surgem a partir da necessidade de adaptação às condições ambientais, são induzidas pelo ambiente.
Como você já sabe, segundo o darwinismo, o ambiente seleciona os seres vivos mais aptos. Em um cenário darwinista, existiriam variações entre as girafas – algumas teriam pescoços mais longos, outras, mais curtos.
Assim, quando o ambiente se modificou e a vegetação rasteira ficou mais escassa, somente os indivíduos com pescoços mais longos conseguiriam se alimentar e sobreviver.
Dessa maneira, esta característica seria selecionada e transmitida às futuras gerações. Veja no esquema a seguir:
Para Darwin, o ambiente não produz as variações nos indivíduos: elas já existem naturalmente nas populações.
Ou seja, o ambiente não promoverá as mudanças (como Lamarck dizia), mas selecionará variações mais adaptadas às condições apresentadas – seleção natural.
Para resumir essa comparação, veja a imagem a seguir:
Hora de testar o seu nível.
Exercícios sobre Darwinismo e Lamarckismo
Para terminar, resolva os exercícios sobre as teorias evolucionistas e verifique se você realmente entendeu tudo sobre o Darwinismo e o Lamarckismo!
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1. Pergunta
(UNIUBE MG/2013)
O darwinismo é uma teoria criada por Charles Robert Darwin e apresentada no livro A origem das espécies , publicado em 1859, em Londres. Caracterizou-se por trazer os primeiros argumentos mais concretos e as primeiras explicações mais corretas para aclarar por que as espécies se transformaram no tempo.
Fonte: SOARES, José Luís. A Biologia no terceiro milênio.
São Paulo: Scipione,1999, p.261.
Considerando o texto acima, as evidências da evolução biológica e analisando a figura abaixo, julgue os itens a seguir.
I. O fenômeno de seleção natural pode ser representado hipoteticamente pela figura acima. Ao final da “luta pela vida”, são naturalmente selecionados os indivíduos mais fortes ou, simplesmente, mais adaptados morfológica ou fisiologicamente ao ambiente em que vivem.
II. A teoria de Lamarck ou lamarquismo pode ser exemplificada pela ilustração acima, em que alterações estruturais dos órgãos, adquiridas durante a vida por influência do meio, seriam transmissíveis por hereditariedade.
III. A ilustração acima correlaciona-se com a doutrina de Lamarck, em que órgãos, como é o caso do pescoço, estariam sujeitos à hipertrofia e atrofia em decorrência do seu uso excessivo ou do seu desuso.
IV. A doutrina de Thomas Malthus pode ser representada pela figura acima, haja vista que as populações crescem numa progressão aritmética, enquanto as reservas alimentares crescem segundo, apenas, uma progressão geométrica.
V. Numa mesma espécie, os indivíduos são todos exatamente iguais entre si, existem os mais fortes e os mais fracos, os mais adaptados às condições ambientais e os menos adaptados.
A(s) afirmação(ões) CORRETA(S) está (ão) contida(s) em:
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Incorreto
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UECE/2017)
Charles Darwin (1809-1882) e Gregor Mendel (1822–1884) viveram na mesma época, mas não se conheceram. No entanto, a compreensão atual da evolução deriva das teorias propostas por esses importantes pesquisadores. Sobre a teoria elementar da evolução, é correto afirmar que
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UDESC SC/2018)
“Os fungos – sejam eles cogumelos ou não – são formados de um emaranhado de pequenos filamentos conhecidos como micélio. O solo está cheio desta rede de micélios, que ajuda a ‘conectar’ diferentes plantas no mesmo solo. Muitos cientistas estudam a forma como as plantas usam essa rede de micélios para trocar nutrientes e até mesmo para ‘se comunicar’.”
Assinale a alternativa correta em relação à informação acima.
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UERJ/2018)
Lucy caiu da árvore
1 Conta a lenda que, na noite de 24 de novembro de 1974, as estrelas brilhavam na beira do rio 2 Awash, no interior da Etiópia. Um gravador K7 repetia a música dos Beatles “Lucy in the Sky with 3 Diamonds”. Inspirados, os paleontólogos decidiram que a fêmea AL 288-1, cujo esqueleto havia 4 sido escavado naquela tarde, seria apelidada carinhosamente de Lucy.
5 Lucy tinha 1,10 m e pesava 30 kg. Altura e peso de um chimpanzé. Mas não se iluda, Lucy não 6 pertence à linhagem que deu origem aos macacos modernos. Ela já andava ereta sobre os 7 membros inferiores. Lucy pertence à linhagem que deu origem ao animal que escreve esta crônica 8 e ao animal que a está lendo, eu e você.
9 Os ossos foram datados. Lucy morreu 3,2 milhões de anos atrás. Ela viveu 2 milhões de anos antes do 10 aparecimento dos primeiros animais do nosso gênero, o Homo habilis. A enormidade de 3 milhões 11 de anos separa Lucy dos mais antigos esqueletos de nossa espécie, o Homo sapiens, que surgiu no 12 planeta faz meros 200 mil anos. Lucy, da espécie Australopithecus afarensis, é uma representante 13 das muitas espécies que existiram na época em que a linhagem que deu origem aos homens 14 modernos se separou da que deu origem aos macacos modernos. Lucy já foi chamada de elo 15 perdido, o ponto de bifurcação que nos separou dos nossos parentes mais próximos.
16 Uma das principais dúvidas sobre a vida de Lucy é a seguinte: ela já era um animal terrestre, como 17 nós, ou ainda subia em árvores?
18 Muitos ossos de Lucy foram encontrados quebrados, seus fragmentos espalhados pelo chão. Até 19 agora, se acreditava que isso se devia ao processo de fossilização e às diversas forças às quais 20 esses ossos haviam sido submetidos. Mas os cientistas resolveram estudar em detalhes as fraturas.
21 As fraturas, principalmente no braço, são de compressão, aquela que ocorre quando caímos de 22 um local alto e apoiamos os membros para amortecer a queda. Nesse caso, a força é exercida 23 ao longo do eixo maior do osso, causando um tipo de fratura que é exatamente o encontrado 24 em Lucy. Usando raciocínios como esse, os cientistas foram capazes de explicar todas as fraturas 25 a partir da hipótese de que Lucy caiu do alto de uma árvore de pé, se inclinou para frente e 26 amortizou a queda com o braço.
27 Uma queda de 20 a 30 metros e Lucy atingiria o solo a 60 km/h, o suficiente para matar uma 28 pessoa e causar esse tipo de fratura. Como existiam árvores dessa altura onde Lucy vivia e muitos 29 chimpanzés sobem até 150 metros para comer, uma queda como essa é fácil de imaginar.
30 A conclusão é que Lucy morreu ao cair da árvore. E se caiu era porque estava lá em cima. E se 31 estava lá em cima era porque sabia subir. Enfim, sugere que Lucy habitava árvores. 32 Mas na minha mente ficou uma dúvida. Quando criança, eu subia em árvores. E era por não 33 sermos grandes escaladores de árvores que eu e meus amigos vivíamos caindo, alguns quebrando 34 braços e pernas. Será que Lucy morreu exatamente por tentar fazer algo que já não era natural 35 para sua espécie?
Fernando Reinach adaptado de O Estado de S. Paulo, 24/09/2016.
O livro A origem das espécies foi publicado na Inglaterra em 1859. Seu autor, Charles Darwin, defendia que organismos vivos evoluem através de um processo que chamou de “seleção natural”. A primeira edição do livro se esgotou rapidamente. Muitos abraçaram de imediato sua teoria, visto que resolvia inúmeros quebra-cabeças da biologia. Contudo, os cristãos ortodoxos condenaram o trabalho como uma heresia.
Adaptado de revistahcsm.coc.fiocruz.br.
A teoria de Darwin, na qual as pesquisas sobre Lucy se baseiam, é amplamente aceita e aplicada na atualidade. Porém, no momento de sua elaboração, em meados do século XIX, causou polêmicas.
A partir da imagem e do texto, uma contestação à teoria de Darwin fundamentava-se na formulação conhecida hoje como:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFPR/2018)
Um grupo de roedores é separado pelo surgimento de um rio. Ao longo do tempo, os roedores ao norte do rio tornam-se brancos, enquanto os roedores ao sul do rio tornam-se castanhos. Nesse caso, é correto afirmar que a seleção natural:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(PUCCamp/SP/2017)
A seleção natural é um conceito central para a teoria da evolução das espécies, proposta por Charles Darwin.
Considere os seguintes exemplos:
I. Na prole de uma linhagem pura de moscas de olhos vermelhos encontra-se um indivíduo com olhos brancos.
II. Pássaros com bicos diferentes que consomem diferentes estruturas das plantas.
III. Insetos camuflados no ambiente.
A seleção natural explica o que está exemplificado em
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UFGD MS/2017)
Há mais de dois mil anos, os filósofos gregos, baseados no grande número de semelhanças entre os seres vivos, consideravam a possibilidade de haver um ancestral comum entre eles. Porém, apesar das evidências, essas ideias não foram consideradas corretas até cerca de duzentos anos atrás. Durante todo esse tempo, predominou a ideia de que todos os seres vivos surgiram, por criação, a um só tempo e sem nenhum grau de parentesco. Pode-se afirmar que:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UEL PR/2017)
O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna. Se a condição particular da nossa sensibilidade lhe for suprimida, desaparece também o conceito de tempo, que não adere aos próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui.
(KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburguer.
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.47. Coleção Os Pensadores.)
No início do século XIX, alguns naturalistas passaram a adotar ideias evolucionistas para explicar a diversidade do mundo vivo. Embora os teólogos naturais tivessem reconhecido a importância do meio ambiente e as adaptações dos organismos a ele, Jean-Baptiste Lamarck foi o primeiro a reconhecer a importância crucial do tempo para explicar a diversidade da vida.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma contribuição de Lamarck para o pensamento evolucionista da época, além do fator tempo.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(IFBA/2017)
Analise a charge a seguir.
Com base na charge e nos conhecimentos sobre evolução biológica é correto afirmar:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UNITAU SP/2016)
Jean-Baptiste Lamarck, naturalista francês, foi o primeiro cientista a apresentar formalmente uma teoria da evolução. Entretanto, foi o inglês Charles Darwin quem, no século XIX, provocou as discussões que geraram profundas dúvidas acerca dos conceitos vigentes à época, fazendo com que, afinal, se admitissem as transformações ocorridas nos seres vivos como resultantes das alterações do meio ambiente. Assim, questões como “Os seres vivos teriam surgido já com a complexidade que apresentam hoje ou, alternativamente, teriam sofrido uma sequência de modificações ao longo do tempo?” são respondidas.
Com relação à evolução dos seres vivos e à teoria de Lamarck, analise as afirmativas.
I. O mundo natural é uma criação imutável e permanente, e as espécies vivas já existiam desde a origem do planeta. A extinção de muitas delas deveu-se a eventos catastróficos, que teriam exterminado grupos inteiros de seres vivos.
II. O modo pelo qual os diferentes órgãos são utilizados altera características do indivíduo, e essas características são transmitidas para seus descendentes. Por exemplo, um órgão muito utilizado se desenvolve mais; um órgão subutilizado se atrofia. Assim, ao longo do tempo, os organismos se modificam, podendo dar origem a novas espécies.
III. Os indivíduos não nascem todos iguais, ainda que descendam dos mesmos pais. Essas diferenças entre os indivíduos influenciam suas chances de sobrevivência, considerando que, dentre as variações, podem estar presentes habilidades que tornem o indivíduo mais apto a sobreviver.
IV. Por meio da reprodução, indivíduos melhores adaptados para sobreviver no ambiente transmitem aos seus descendentes suas características vantajosas para a sobrevivência. Com o passar das gerações, todos os indivíduos dessa espécie devem apresentar essas características.
V. É característica dos seres vivos evoluírem para um nível de complexidade e perfeição cada vez maiores, como aquele em que os seres evoluíram a partir de microrganismos simples, originados de matéria não viva.
Está CORRETO o que se apresenta em
Correto
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Sobre o(a) autor(a):
Juliana Evelyn dos Santos é bióloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina e cursa o Doutorado em Educação na mesma instituição. Ministra aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007 e é coordenadora pedagógica do Blog do Enem e do Curso Enem Gratuito.
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