Doenças bacterianas: sintomas, transmissão e prevenção

O Enem sempre traz questões sobre saúde humana. Então, é fundamental conhecer as doenças causadas por bactérias que atingem os seres humanos. Venha comigo nesta aula de Biologia revisar as doenças bacterianas e mande bem no Enem!

A história é pontuada por epidemias de doenças bacterianas que dizimaram grande quantidade de pessoas. Na idade média a peste bubônica ou peste negra matou centenas de milhares de pessoas.

Atualmente, a cólera, continua fazendo vítimas em alguns países da América Latina, como o Haiti e a meningite meningocócica voltou a aparecer no Brasil. Sendo assim, conhecer mais sobre essas doenças é essencial para a sua saúde e para mandar bem em Biologia no Enem e nos vestibulares. Vamos lá?

Doenças bacterianas

As bactérias são seres vivos muito simples, porém muito diversos. Ocupam diversos nichos ecológicos e podem atuar como decompositoras e até serem utilizadas na produção de alimentos. Porém, nesta aula vamos focar nas chamadas bactérias patogênicas, responsáveis por causar doenças em seres humanos.

Meningite meningocócica

Meningite é um nome genérico que utilizamos para designar uma inflamação nas meninges. As meninges são três membranas que envolvem e protegem os órgãos do sistema nervoso central. Sendo assim, pensando na delicadeza desses órgãos, você consegue imaginar como pode ser grave uma infecção nesta área.

A meningite pode ser causada por vários agentes. As mais conhecidas são as causadas por vírus e por uma bactéria. Esta última, chamada de meningite meningocócica é causada por uma bactéria chamada de meningococo. Existem 12 tipos de meningococos. No Brasil, o tipo mais comum é o meningococo C.

meningococos doenças bacterianas
Imagem 2: Fotomicrografia feita a partir de microscópio eletrônico e colorida artificialmente. As células vermelhas na imagem são meningococos. Observe que as células dessas bactérias são arredondadas (cocos) e estão em duplas (diplococos).

Sintomas da meningite bacteriana

A meningite bacteriana causa febre alta e vômito. O sinal mais característico da meningite é uma rigidez na nuca. Isso acontece porque a inflamação nas meninges torna bastante dolorido o movimento do pescoço. Inclusive, esse é um dos sinais que os pediatras procuram nas crianças quando há suspeita de meningite.

Provavelmente você se lembra que os pediatras, em alguma consulta, empurram sua cabeça em direção ao peito para verificar se você consegue encostar o queixo, certo? Ao fazer isso, o profissional estava justamente verificando se seu pescoço apresentava alguma rigidez que pudesse indicar meningite.

Caso a meningite não seja tratada, as bactérias podem atingir os órgãos do sistema nervoso central. Isso poderá gerar uma série de sequelas, como surdez, cegueira, dificuldades de movimento e até mesmo a morte. A evolução da doença é muito rápida. Após os sintomas, o doente pode morrer entre 24 e 48 horas. Por isso, a hospitalização do doente é imediata.

Transmissão e prevenção da Meningite

A meningite meningocócica é uma doença extremamente contagiosa. Sua transmissão ocorre através da saliva e secreções respiratórias durante o contato com as pessoas infectadas. Os meningococos sobrevivem um bom tempo fora do corpo.

Por tal motivo, após o diagnóstico, é importante que os espaços onde o doente permaneceu sejam desinfetados. Especialmente salas de aula onde há grande fluxo de pessoas. Há vacinas contra a maioria dos tipos de meningococos. No Brasil, o SUS fornece vacinas contra os tipos mais frequentes de meningococos.

O perigo das superbactérias

Confira agora no resumo do canal do Curso Enem Gratuito o perigo que representa para os seres humanos a proliferação das superbactérias, que são resistentes aos antibióticos mais comuns.

Tuberculose

A tuberculose é um sério problema de saúde pública no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a cada ano são notificados mais de 70 mil novos casos, com aproximadamente 4,5 mil mortes. Atualmente a tuberculose possui tratamento eficaz.

Porém, sua persistência tem raízes nas desigualdades sociais e na falta de assistência médica às populações mais pobres. O agente causador da tuberculose é a bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch.

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Imagem 3: Fotomicrografia feita a partir de microscópio eletrônico de varredura e colorida artificialmente. Em roxo vemos os bacilos de Koch, bactérias na forma de bastão.

Sintomas da tuberculose

O bacilo de Koch em geral ataca os pulmões, causando tosse seca persistente por meses e até anos se não tratada. Além disso, o doente terá perda de peso, cansaço frequente e febre. Em casos mais graves, os tecidos dos pulmões ficam lesionados e a pessoa passa a expectorar sangue nos episódios de tosse.

Hoje a tuberculose é tratável com antibióticos bastante eficientes que são administrados ao longo de vários meses. Porém, nos séculos passados, a tuberculose era tão devastadora que ficou conhecida como o “Mal do século XIX”.

No Brasil, os escritores Álvares de Azevedo, Castro Alves e José de Alencar morreram em decorrência da tuberculose, assim como o sambista Noel Rosa. No exterior, os escritores George Orwell e Franz Kafka também foram vítimas da tuberculose.

Transmissão e prevenção

A transmissão da doença ocorre através de gotículas de saliva e secreções respiratórias.

A principal prevenção contra a tuberculose é a vacina BCG. Esta vacina é a primeira vacina que tomamos, administrada no primeiro dia de vida. É a vacina que deixa a marquinha em nosso braço direito. Isso acontece porque a vacina é intradérmica e viva.

Isso quer dizer que a vacina é aplicada entre as camadas da pele e que o agente imunizante são bacilos de Koch vivos e enfraquecidos. Assim, ao ser aplicada, a vacina causa uma pequena infecção no local, o que deixa a cicatriz e nos torna imunes.

vacina bcg
Imagem 4: Fotografia de pessoa aplicando vacina BCG intradérmica em recém-nascido.

Sífilis

A sífilis é uma doença bacteriana sexualmente transmissível. É causada por uma bactéria espirilo chamada de Treponema pallidum. Segundo o Ministério da saúde, nos últimos anos o aumento considerável de novos casos de sífilis aponta para o surgimento de uma nova epidemia da doença no país. E a maior parte dos casos está entre jovens de 20 a 29 anos.

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Imagem 5: Fotomicrografia feita a partir de microscópio óptico. Na imagem vemos uma Treponema pallidum.

Sintomas da sífilis

A doença geralmente fica incubada por três semanas até começar a apresentar sintomas. Porém, pode demorar até 90 dias para os sintomas se apresentarem após o contágio. Os sintomas da sífilis se dividem em três fases:

Sífilis primária

Na sífilis primária, surgem pequenas feridas na genitália, chamadas de cancro duro. Essas feridas são indolores e possuem as bordas endurecidas (por isso o nome). Em geral, as feridas tendem a desaparecerem espontaneamente em alguns dias, mesmo sem tratamento. Além disso, é comum aparecerem ínguas nas virilhas.

Sífilis secundária

Após alguns duas, surgem manchas vermelhas pela pele, especialmente na mucosa da boca, nas palmas das mãos e solas dos pés. Além disso, a pessoa terá febre, mal-estar, dores de cabeça e ínguas espalhadas pelo corpo (linfonodos inchados).

Sífilis terciária

Assim como na primária, os sintomas da fase secundária tendem a desaparecerem sozinhos. Porém, a doença continua ativa no organismo. Se não tiver sido tratada, na fase da sífilis terciária o portador pode desenvolver lesões nos órgãos do sistema nervoso central, comprometimento do sistema cardiovascular e da estrutura óssea. Nesta fase, o doente pode morrer.

A doença também pode afetar embriões/fetos durante a gestação. Nesses casos, a bactéria poderá causar más-formações e até mesmo abortos espontâneos.

Transmissão e prevenção da Sífilis

A sífilis é transmitida principalmente através de relações sexuais sem preservativo. Também pode ser transmitida através de transfusões de sangue e de mãe para filho durante a gestação ou durante o parto (sífilis congênita). Não existe vacina contra a sífilis. A prevenção é feita através de uso de preservativos (camisinhas) nas relações sexuais.

Tétano

O tétano é uma doença causada por uma bactéria anaeróbia obrigatória chamada de Clostridium tetani. Por ser anaeróbia obrigatória, não pode se expor ao oxigênio. Dessa maneira, encontramos essas bactérias em microambientes desprovidos de oxigênio gasoso, como entre partículas de ferrugem.

Sintomas do tétano

A bactéria libera no organismo uma toxina que atinge o sistema nervoso. Inicialmente a pessoa contaminada pela bactéria do tétano irá apresentar fortes dores de cabeça e febre. Em seguida, o doente passa a ter contrações musculares involuntárias (espasmos), além de rigidez na nuca e travamento da mandíbula.

Algumas vezes as contrações musculares são tão fortes que podem quebrar os ossos do doente.

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Imagem 6: Pintura renascentista mostrando a contração muscular em um doente com tétano.

Caso não seja tratado, o tétano pode atingir a musculatura respiratória e outras musculaturas involuntárias, causando a morte.

Transmissão e prevenção do Tétano

O tétano não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida entre indivíduos. As bactérias permanecem na forma de esporos resistentes no ambiente e, para que haja contágio, é necessário que elas penetrem profundamente no organismo. Por tal motivo, geralmente os casos de tétano acontecem após ferimentos profundos.

Também pode ocorrer a transmissão de tétano em cirurgias ou em partos.  Inclusive, pode acontecer a transmissão para o bebê no momento do parto, quando o corte do cordão umbilical não é feito com materiais esterilizados adequadamente.

bebe com tétano
Imagem 7: Fotografia de recém-nascido com tétano. Na imagem duas pessoas seguram a criança, uma na cabeça outra nos pés. Porém, o bebê se mantém contraído.

Há vacina contra o tétano. No calendário de vacinação do SUS crianças de até cinco anos recebem a imunização contra a doença através da vacina tríplice bacteriana (DTP). Essa vacina imuniza também contra a difteria e a coqueluche. Além disso, gestantes devem tomar vacina antitetânica como parte do pré-natal.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença potencialmente grave causada por uma bactéria cujo nome científico é Leptospira interrogans. Por conta de seu modo de transmissão é muito comum ocorrerem casos de leptospirose em períodos de chuvas e enchentes. Comunidades sem saneamento básico e com condições de moradia ruins são mais suscetíveis à leptospirose.

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Imagem 8: Fotomicrografia feita a partir de microscópio eletrônico de varredura e colorida artificialmente. Na imagem podemos observar em laranja duas bactérias causadoras da leptospirose.

Sintomas da leptospirose

Os sintomas iniciais da leptospirose são olhos avermelhados, febre muito alta, dores nos músculos de articulações, tosse, fadiga, náuseas, diarreia e calafrios. Em seguida, surgem manchas vermelhas pelo corpo e pode causar também meningite.

É comum que os sintomas desapareçam depois de alguns dias. Porém, a doença ainda está ativa e a bactéria pode passar a colonizar os rins, causando insuficiência renal, icterícia e hemorragias. Se não tratada pode levar à morte.

Transmissão e prevenção

As bactérias parasitam os rins de diversas espécies de mamíferos. Ficam ali sem causar nenhum sintoma nesses animais, indefinidamente. Dessa maneira, quando urinam, liberam bactérias no ambiente. Essas bactérias podem se manter viáveis por até seis meses em substratos úmidos.

Quando um ser humano entra em contato com a urina contaminada ou com água contaminada por essa urina, as bactérias Leptospira penetram no organismo através da pele, mucosas ou ferimentos. Em seguida, dissemina-se na corrente sanguínea. No Brasil os principais reservatórios de bactérias que causam leptospirose são os ratos urbanos.

Não há vacina contra a leptospirose para seres humanos. Sendo assim, a prevenção se dá evitando o contato com a urina de animais e com as águas de enchentes. Além disso, manter o quintal e a casa limpas ajuda a evitar a proliferação de ratos, diminuindo o risco de contágio.

Cólera

A cólera é uma doença grave que vitimou muitas pessoas no Brasil no século passado e ainda continua atingindo populações do continente americano. É causada pela bactéria conhecida popularmente como vibrião colérico. Seu nome científico é Vibrio cholerae.

vibriões coléricos
Imagem 8: Fotomicrografia feita a partir de microscópio eletrônico de varredura. Na imagem vemos bactérias na forma de vírgula, conhecidas como vibriões coléricos.

Sintomas da cólera

O vibrião colérico se instala no intestino delgado e causa fortes diarreias. Essas diarreias possuem uma característica peculiar: são esbranquiçadas e muito líquidas. Além da diarreia, o doente tem fortes dores abdominais e musculares, além de vômitos constantes.

Por conta da diarreia, a desidratação é uma consequência bastante frequente, o que agrava potencialmente os casos. Pelo fato de perder muito líquido, os doentes perdem peso rapidamente e adquirem uma aparência “colérica”. Nesse quadro, o doente fica com a pele enrugada e seca e os olhos encovados.

Caso não seja tratada, a cólera evolui rápido. A grande desidratação pode gerar falência renal, coma e a morte.

O que é Surto, Epidemia, ou Pandemia?

Veja agora com a professora Juliana Evelyn Santos, do canal do Curso Enem Gratuito, as dicas para você gabaritar sobre as proliferação de doenças: veja Surto, Epidemia, Pandemia, e Endemia:

Transmissão e prevenção

A doença é transmitida via fecal-oral. Isso quer dizer que o doente elimina bactérias juntamente com as fezes. Essas bactérias contaminam fontes de água e alimentos. As pessoas que consomem água ou alimentos contaminados pelo vibrião acabam adquirindo a doença.

Existem vacinas contra a cólera, porém, elas não são muito eficazes e possuem curta duração. Por tal motivo, não são aplicadas rotineiramente na população. Sendo assim, a prevenção deve ser feita com projetos de saneamento básico e higiene pessoal nas comunidades afetadas.

Hanseníase

A hanseníase, mais conhecida popularmente como lepra, é uma doença causada por uma bactéria conhecida como bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae. Durante muito tempo essa doença foi considerada incurável e os seus portadores eram exilados em colônias de leprosos, isolando-os do restante da sociedade.

Sintomas da hanseníase

A lepra causa lesões na pele que podem ser esbranquiçadas ou amarronzadas. As lesões se aprofundam na pele e acabam atingindo o sistema nervoso periférico. Dessa maneira, o doente fica com a região atingida dormente e perde a sensibilidade (dor, tato, percepção de temperatura) na região afetada.

Sendo assim, quando não tratada, a pessoa com lepra pode danificar inadvertidamente as partes lesionadas pela lepra e não sentir. Esses ferimentos podem ser muito graves, levando à perda de tecido e até mesmo de membros.

lepra
Imagem 9: Foto das mãos de um portador de lepra. Na imagem podemos ver que as extremidades dos dedos foram amputadas por conta das lesões.

Além disso, pode causar alteração na musculatura. Nas mãos, em especial, isso pode causar uma deformação conhecida como “mãos de garra”.

Transmissão e prevenção

A lepra é transmitida através de contato direto com pessoas doente, muito provavelmente através de gotas de saliva e de secreções das vias aéreas superiores. O período de incubação pode durar de seis meses a seis anos.

Não há vacinação contra a lepra. A prevenção se dá pelo tratamento dos doentes para que não haja mais contágios.

Difteria

A difteria é uma doença causada por um bacilo, conhecido como bacilo diftérico cujo nome científico é Corynebacterium diphtheriae. É chamada popularmente de crupe. Essa bactéria se instala nas amígdalas, faringe, laringe, nariz, nas mucosas e até mesmo na pele.

Sintomas da difteria

O período de incubação geralmente dura de um a seis dias. Após esse período, o sintoma mais característico é o aparecimento de placas acinzentadas e semelhantes a membranas sobre as amígdalas e órgãos adjacentes.

difteria bacterias
Imagem 10: Fotografia da boca de um doente com crupe. Podemos observar facilmente a formação de uma placa bacteriana na garganta, característica da difteria.

Além disso, o doente apresentará mal-estar, dor de garganta, febre alta, secreção nasal, ínguas e manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, o inchaço na garganta pode levar à asfixia.

Em geral, os sintomas são piores à noite. Nesse momento, a respiração é característica: a inspiração causa chiados e a expiração é acompanhada de tosse áspera.

Podem ocorrer ainda outros sintomas: miocardite (inflamação do músculo cardíaco), neuropatia (atingindo nervos, especialmente os motores e os relacionados à respiração) e insuficiência renal.

Outro ponto importante é que a difteria é mais prevalente em crianças.

Transmissão e prevenção

A difteria é transmitida através de gotinhas de saliva contaminadas e secreções das vias aéreas. Sua prevenção é feita pela vacina DTP.

Coqueluche

A coqueluche é popularmente conhecida como pertussis ou tosse comprida. É causada por uma bactéria chamada de Bordetella pertussis. Por conta dos movimentos anti-vacinação é uma doença cujos casos voltaram a aparecer em vários países.

Sintomas da coqueluche

O período de incubação varia entre 7 e 10 dias. Em geral, os primeiros sintomas da coqueluche podem ser confundidos com um resfriado comum: febre, coriza, lacrimejamento, tosse noturna e mal-estar.

Porém, o principal sintoma da coqueluche é uma tosse seca extremamente persistente por mais de duas semanas. Os episódios de tosse podem ser muito intensos, impedindo que a pessoa respire, deixando-a azulada. Essa tosse, se não tratada, pode durar meses.

Em pessoas mais frágeis, como crianças e idosos, a coqueluche pode evoluir para complicações pulmonares, problemas no sistema nervoso, hemorragias e desidratação.

Transmissão e prevenção

A coqueluche é transmitida através de gotículas de saliva contaminadas e secreções respiratórias. A sua prevenção é feita pela vacina DTP.

Videoaula sobre doenças bacterianas

Agora, para tirar suas dúvidas sobre as doenças bacterianas, veja o vídeo do canal Biologia em Foco:

Exercícios sobre doenças bacterianas

Para finalizar sua revisão sobre doenças bacterianas, faça os exercícios que selecionei para você!

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Sobre o(a) autor(a):

Juliana Evelyn dos Santos é bióloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina e cursa o Doutorado em Educação na mesma instituição. Ministra aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007 e é coordenadora pedagógica do Blog do Enem e do Curso Enem Gratuito.

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