O que é a História | Recomposição de Aprendizagem

Saiba o que é a História, como o nosso calendário foi criado e como os historiadores trabalham para saber o que aconteceu no passado. Aprenda com o Explica do Zero: Recomposição de Aprendizagem!

Você já deve saber o que significa a palavra história, escrita com o h minúsculo. Cresceu ouvindo histórias que sua família conta, de filmes e desenhos animados. Mas, qual a diferença dessas histórias e a História com h maiúsculo, que a gente aprende na escola?

Nesta aula do Explica do Zero: Recomposição de Aprendizagem, você vai saber o que é a História, como ela é escrita e como funciona a contagem do tempo histórico.

O que é a História

No primeiro vídeo desta aula, você vai aprender com o professor Jean Miranda qual é a definição de História, para que ela serve e vai entender melhor a ideia de progresso ao longo do tempo. Em seguida, confira o resumo em texto e os próximos vídeos!

Resumo sobre o que é a História

Existem várias definições possíveis para História, mas a mais popular é:

“A História é uma ciência que estuda os seres humanos através do tempo e do espaço”.

Isso quer dizer que os historiadores utilizam métodos científicos para descobrir quais foram as ações da humanidade no passado e como se relacionam com o presente.

Estudar História nos ajuda a saber como as pessoas viviam no passado. Contudo, não é só isso. Também nos faz perceber a origem de hábitos e costumes, quais se transformaram e o que ainda permanece igual. Por isso, a História não é responsável apenas por estudar o passado, mas também o presente.

Por meio desses estudos é possível entender porque as pessoas agem de maneiras distintas em épocas e locais diferentes. O que era normal há 200 anos pode ser considerado muito estranho no presente.

Pense em como era a comunicação antes da invenção do telefone, por exemplo. Era normal ficar meses sem conversar com um familiar que mora em uma cidade distante. Isso porque as pessoas dependiam de cartas para conversarem a longa distância. Hoje em dia é muito raro alguém enviar uma carta, não é?

O tempo histórico

Já parou para pensar quando é que a humanidade começou a usar calendários? Neste vídeo, o professor Jean te conta como surgiu o calendário cristão e como saber qual ano é de qual século. Confira:

Resumo sobre tempo histórico

Atualmente, a maior parte dos povos utiliza o mesmo calendário e a mesma marcação de anos. Este texto está sendo escrito em maio de 2023, por exemplo. No entanto, ao longo da história, diferentes povos criaram diversas formas de contar o tempo. Os maias, por exemplo, apesar de seguirem um calendário solar com 365 dias, também possuíam um calendário religioso de 260 dias.

O calendário que utilizamos hoje, com 365 dias dividido em 12 meses, tem origem no calendário romano. Esse foi o modelo de contagem de tempo adotado pelos cristãos, que estimaram a data do nascimento de Jesus Cristo para estabelecer qual seria o ano 1.

Por isso, os anos que vieram antes do ano 1 são contados de forma decrescente e utilizamos a sigla a. C. para indicar que aconteceram antes de Cristo. Se algo aconteceu mil anos antes de Cristo nascer, por exemplo, dizemos que foi em 1.000 a. C.

A contagem do tempo após o ano 1 é feita em ordem crescente, e podemos optar entre usar a sigla d. C. (depois de Cristo), ou simplesmente escrever o número do ano. Afinal, é incomum dizermos que estamos no ano 2023 d. C.

Milênios, séculos e décadas

É importante conhecer algumas medidas de tempo para não ficar confuso nas aulas de História. As principais medidas de tempo são:

  • Milênio: 1.000 anos;
  • Século: 100 anos (representados em algarismos romanos);
  • Década: 10 anos.

Para identificar em qual século está localizado determinado ano, basta identificar os dois primeiros algarismos do ano e somar mais um. Veja os exemplos:

  • 1789 -> 17+1 = 18 (século XVIII).
  • 1808 -> 18 +1 = 19 (século XIX).
  • 1922 -> 19 + 1 = 20 (século XX).
  • 2023 -> 20 + 1 = 21 (século XXI).

No caso de anos com três algarismos, isolamos apenas o primeiro e somamos mais um:

  • 476 -> 4 + 1 = 5 (século V).
  • 510 -> 5 + 1 = 6 (século VI).

No caso de anos terminados em 00, não há necessidade de somar mais um. O ano 2000, por exemplo, pertence ao século XX. Isso acontece porque o primeiro século foi do ano 1 ao ano 100. Consequentemente, o século II começou no ano 101 e foi até o ano 200.

O mesmo fenômeno ocorre com os milênios. Convencionou-se que eles começariam a ser contados a partir do nascimento de Cristo. Assim, o primeiro milênio foi do ano 1 até o ano 1000 e o segundo do ano 1001 até o ano 2000. Atualmente, estamos no terceiro milênio.

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Fontes históricas

Por fim, no terceiro vídeo desta aula, o professor Jean te ensina quais são os diferentes tipos de fontes e como os historiadores as utilizam para escrever a História:

Resumo sobre fontes históricas

Para realmente compreender o que é a História e como descobrimos o que aconteceu no passado, você precisa saber o que são fontes históricas.

O trabalho do historiador é semelhante ao de um detetive. Ambos buscam evidências para entender e analisar o que aconteceu. Para escrever a história, são buscados registros deixados por cada sociedade. Chamamos esses registros de fontes históricas.

Tudo o que conhecemos sobre a história do Brasil e do mundo vem do cruzamento dos vários tipos de fontes disponíveis. Podemos dividi-las em:

  • Fontes escritas: são textos escritos para os mais diversos objetivos. Por exemplo: cartas, atas, certidões de nascimento e de óbito, livros, jornais, panfletos, processos criminais, etc.
  • Fontes iconográficas: imagens, como pinturas e fotografias.
  • Vestígios materiais: são objetos deixados por diferentes sociedades. Por exemplo: esculturas, utensílios, ferramentas de trabalho, moedas, fósseis, vestimentas, moradias, etc.
  • Fontes imateriais: são conhecimentos e práticas de uma sociedade. Por exemplo: danças, conhecimentos populares, ditados, crenças, idiomas, etc.
  • Fontes orais: são quaisquer informações que podem ser transmitidas pela fala, como experiências pessoais, cantos, lendas e orações. Elas permitem que o historiador entenda o passado por meio de memórias individuais e coletivas.

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Sobre o(a) autor(a):

Ana Cristina Peron é formada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestranda em História na mesma universidade. Também é redatora do Curso Enem Gratuito e do Blog do Enem.

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