Você sabe definir o que são seres vivos? Para categorizar um ser como ser vivo, existem algumas particularidades, como a presença de células. Aprenda os conceitos básicos com esta trilha do Explica do Zero: Recomposição de Aprendizagem.
Em algum momento, refletindo sobre a vida, com certeza você já deve ter parado e se perguntado o que diferencia um ser vivo dos seres não vivos, não é mesmo? E sim, os seres vivos possuem algumas características que nos permitem diferenciá-los de objetos inanimados.
Você sabe quais são essas características? Confira cada uma delas nesta trilha de Biologia da série Explica do Zero: Recomposição de Aprendizagem. Bora revisar?
Introdução às características gerais dos seres vivos
Nesta aula, a professora Cláudia de Souza Aguiar, do canal do Curso Enem Gratuito, explica do zero pra você quais são as características básicas dos seres vivos.
É comum ouvirmos e/ou lermos que os seres vivos “nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem”, certo? Mas não é apenas este ciclo que traz vida a um ser. Bom, a gente pode dizer que, de modo geral, as principais características a definirem um ser vivo são:
1) composição química
2) presença de células
3) metabolismo e nutrição
4) irritabilidade
5) ciclo de vida
6) reprodução
7) evolução.
Agora que você já viu essa explicação introdutória, vamos aprofundar e tentar entender o que significa cada uma dessas características?
Composição química
Os seres vivos são, resumidamente, compostos pelo agrupamento de elementos químicos constituintes da matéria viva. Estes, por sua vez, podem ser denominados de elementos biogênicos ou, até mesmo, aparecer como “bioelementos” em alguns materiais didáticos. Estes elementos podem ser separados em moléculas orgânicas e inorgânicas.
As moléculas orgânicas, essenciais para os seres vivos, são compostas principalmente por elementos como o carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O), Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Enxofre (S). Estes são os mais abundantes na formação de moléculas tais como as proteínas, os carboidratos e os lipídeos.
Não somente as grandes e complexas moléculas orgânicas, como também as moléculas inorgânicas são fundamentais para nos mantermos vivos. Por exemplo, a água (H2O), o gás carbônico (CO2) e o oxigênio (O) que respiramos, mas também os sais minerais em menores proporções.
Presença de células
Descoberta em 1667 pelo inglês Robert Hooke, a célula nada mais é do que a menor unidade estrutural básica dos seres vivos. Dito de outra forma, uma estrutura microscópica, complexa, organizada e extremamente dinâmica.
Sendo envolta por uma membrana, o seu interior (chamado de citoplasma) é preenchido por uma solução aquosa, além de vários outros componentes (tais como mitocôndrias, ribossomos, complexo de Golgi, retículos e núcleo por exemplo) denominados de organelas celulares.
As células são responsáveis pela formação de tecidos, órgãos, sistemas e organismos, tendo em vista a capacidade de organização, divisão e criarem cópias de si mesmas. Além de outros processos como cicatrização, regeneração, nutrição, desenvolvimento, dentre outros.
Mas quantas células são necessárias para formar um ser vivo?
Na verdade, existem seres vivos que possuem apenas uma única célula e são chamados então de seres unicelulares. A exemplo disso, podemos pensar nas bactérias, protozoários e alguns fungos. Por outro lado, outros organismos apresentam uma quantidade e diversidade de células muito maior, os pluricelulares, tais como os animais, as plantas e fungos.
Ainda que vivam apenas com uma célula, os unicelulares se organizam em populações e comunidades. Da mesma forma, os pluricelulares, os quais são formados através da organização de suas células em tecidos, formando os órgãos que compõem diferentes sistemas em seus organismos.
Organização celular dos seres vivos
Na videoaula a seguir, a professora Cláudia faz um resumo bem bacana sobre este assunto. Assista!
Quantas células tem o corpo humano?
Para fixar bem este conteúdo, confira agora com a professora Cláudia sobre o número de células que constituem o organismo dos seres vivos, sejam unicelulares ou pluricelulares, com exemplos.
Tipos de células
Por mais que pareça que temos diferentes tipos de células, com funções singulares, existem características específicas muito semelhantes em todas elas.
Acontece que uma dessas características é muito importante para diferenciar dois tipos de células. Trata-se da presença ou ausência da carioteca, uma estrutura que fica ao redor do material genético.
Sendo assim, as células de organismos anteriores à existência da carioteca se chamam procariontes. São seres mais simples, geralmente microscópicos, sem organelas membranosas.
Já os organismos que possuem carioteca são denominados eucariontes. São seres mais complexos, maiores e que possuem também as organelas membranosas, como Complexo de Golgi, lisossomos, retículo endoplasmático, etc.
Quais são os tipos de células?
Agora que você refrescou a memória sobre os tipos de células, que tal fixar melhor este conteúdo? Assista à videoaula apresentada pela professora Cláudia sobre o assunto. Assim fica bem mais fácil entender e memorizar, certo?
Metabolismo e nutrição
Sendo uni ou pluricelular, todos os seres vivos precisam se nutrir para obter energia. Mas você sabia que nem todos os seres se alimentam ou absorvem outros organismos?
Existem organismos autotróficos, que são aqueles capazes de produzir a própria energia através de processos como a fotossíntese, no caso das plantas, algas e cianobactérias. Outros, porém, denominados heterotróficos, se alimentam ou absorvem nutrientes a partir de outros seres vivos, como os animais e os fungos.
Sendo assim, produzir energia através de moléculas do ambiente é uma capacidade que também caracteriza os seres vivos. A construção de novas células e estruturas, também chamada de anabolismo, é essencial para o crescimento e a regeneração de tecidos. Já o oposto, a eliminação de substâncias, é chamada de catabolismo, processo no qual diversas moléculas complexas são degradadas ou reduzidas a estruturas mais simples.
A junção de ambos os processos, é conhecida como metabolismo, essencial para que um organismo se mantenha vivo e em equilíbrio.
Irritabilidade
Apesar do nome poder nos confundir, a irritabilidade nos seres vivos não diz sobre a capacidade de ficarem irritados. Na verdade, é como chamamos à capacidade que os indivíduos apresentam de reagir a estímulos e mudanças.
É então através de movimentos, toques, respostas fisiológicas, incidência solar e outras diversas condições ambientais que se pode observar a irritabilidade.
Outros exemplos para pensarmos sobre a irritabilidade dos seres vivos, é quando estamos nos exercitando e, com o suor, tentamos fisiologicamente regular a temperatura corporal; ou quando mudamos uma planta para um lugar ensolarado e ela passa a crescer em direção à luz, ou então murcha. Ambas as situações demonstram o organismo reagindo de alguma forma aos estímulos que está recebendo.
Ciclo de vida
O ciclo de vida ou ciclo vital, depende do ambiente, reprodução e estrutura de cada ser vivo. No entanto, este ciclo diz respeito às transformações que todos os seres vivos enfrentaram durante as suas vidas através do crescimento e desenvolvimento.
Reprodução e hereditariedade
Além da(s) célula(s) e do metabolismo, para ser um ser vivo é essencial também que se possa perpetuar a sua espécie através da reprodução. Isso porque ao se produzir descendentes, à eles serão transmitidas, hereditariamente, as características de uma determinada espécie.
Videoaula sobre reprodução e hereditariedade
No vídeo a seguir, a professora Cláudia explica melhor este tópico:
Para além de entender a importância da reprodução para caracterizar a vida como a professora destaca no vídeo, é importante também que você lembre que as características de um ser vivo são resultado não somente da genética do(s) genitor(es) como também de interações com o ambiente em que se encontra. Além do fato de que, os seres vivos podem se reproduzir sozinhos ou com parceiros sexuais.
Assim, existem dois tipos de reproduções: assexuada e sexuada. A reprodução assexuada pode ocorrer através da divisão celular, brotamento, gemulação, partenogênese, dentre outras formas. Enquanto que na reprodução sexuada, ocorre a troca entre os gametas da fêmea e do macho.
Evolução
Nós e todos os outros seres vivos que existem, ou já existiram, estamos sujeitos à evolução. Isso porque, de modo geral, podemos dizer que a evolução é a mudança na composição genética de uma população em um longo período de tempo.
Porém, é importante ressaltar que isso ocorre em conjunto a outros mecanismos tais como a seleção natural, as mutações e a migração, permitindo o processo evolutivo e também o surgimento de novas espécies.
Mutação e evolução dos seres vivos
A professora Cláudia te explica nesta videoaula o que caracteriza a mutação e a evolução dos seres vivos, como acontecem e por que são tão importantes!
E quanto aos vírus?
Ao longo dessa trilha, você reviu as principais características dos seres vivos nas falas da professora Cláudia. Mas, talvez esteja se perguntando: e os vírus?
É importante você saber que há uma discussão acerca dos vírus serem considerados seres vivos ou não. Isso porque, apesar das discordâncias entre cientistas, os vírus não possuem células, metabolismo e nem são capazes de se reproduzirem fora de uma célula hospedeira. Mas como isso é possível?
Os vírus são agentes infecciosos de 10 a 100 vezes menores que as bactérias, formados por um envelope cheio de proteínas, lipídeos e carboidratos. Este envelope é responsável por conter o DNA do vírus. Apesar dessa interessante composição, sua estrutura não pode ser considerada uma célula organizada com diferentes organelas. Além disso, por não terem metabolismo próprio, os vírus utilizam-se de outras células, para se multiplicarem em seu interior e realizar a sua “reprodução”.
Portanto, vale ter em mente que não é consenso entre cientistas se os vírus são seres vivos ou não! É importante lembrar também que eles fazem parte do nosso cotidiano, tendo sido, por exemplo, o coronavírus o agente causador da pandemia em 2020. Porém, os vírus não apenas nos prejudicam, como também são nossos aliados na produção de vacinas e medicamentos.
Exercícios
Questão 1:
Existem inúmeras características que nos permitem diferenciar a matéria viva da inanimada. A característica “O ser vivo é capaz de manter a constância do meio interno” é identificada como:
a) homeostase
b) metabolismo
c) irritabilidade
d) nutrição
Questão 2:
Parece incrível que uma borboleta surja de uma lagarta. E também que um médico, com auxílio de um aparelho especial, consiga observar o bebê ainda em formação dentro do ventre materno e acompanhar as transformações que o novo ser atravessa até nascer. Os seres vivos têm origem em outro ser vivo. A partir daí, se desenvolvem, crescem, se reproduzem e morrem. É CORRETO afirmar que essa série de mudanças constitui uma das características dos seres vivos denominada:
a) ciclo vital.
b) evolução.
c) metabolismo.
d) irritabilidade.
e) reprodução.
Gabarito
Questão 1: letra a
Questão 2: letra a