De acordo com o materialismo dialético, o ser humano é um ser material, formado a partir do trabalho.
O materialismo dialético
Materialismo dialético é a concepção filosófica elaborada por Karl Marx e utilizada pelo Partido marxista-leninista. Chama-se materialismo dialético, porque o seu modo de abordar os fenômenos da natureza, seu método de estudar esses fenômenos e de concebê-los, é dialético.
Já sua interpretação dos fenômenos da natureza, seu modo de focalizá-los, sua teoria, é materialista, baseia-se em fatos. O materialismo histórico, portanto, é a aplicação dos princípios do materialismo dialético ao estudo da vida social, aos fenômenos da vida da sociedade, ao estudo desta e de sua história.
O que é a dialética
A palavra dialética vem do grego “dialegos”, que quer dizer diálogo ou polêmica. Os antigos entendiam por dialética a arte de descobrir a verdade evidenciando as contradições implícitas na argumentação do adversário e superando essas contradições.
Alguns filósofos da antiguidade entendiam que o descobrimento das contradições no processo discursivo e o choque das opiniões contrapostas era o melhor meio para encontrar a verdade.
Mas, em cada modo de produção, a consciência dos homens sempre se transforma e essa transformação depende exclusivamente das condições materiais de produção. Isso porque não são as ideias que movem a História, ao contrário, são as condições históricas que as produzem.
Introdução ao pensamento de Marx
Confira agora com o professora Alan, do canal do Curso Enem Gratuito, um resumo introdutório ao pensamento de Karl Marx.
O materialismo explica que são as condições materiais de existência (as relações sociais de produção) que determinam o modo de ser e a pensar de cada um. Porém, esse modo é histórico, já que a sociedade e a política não surgem da ação da natureza, mas da ação concreta dos seres humanos no tempo.
Para Marx, a História não é um processo linear e contínuo, uma sequência de causas e efeitos.
A História como processo
Mas, sim, um processo de transformações sociais determinadas pelas contradições entre os meios de produção (as formas de propriedade) e as forças produtivas (o trabalho, seus instrumentos, as técnicas).
A ideologia ou o modo dominante de produção de ideias de uma época, segundo Marx, seria um fenômeno social que tem origem no modo de produção econômico, acabando por exprimir a divisão social do trabalho de cada época.
A ideologia, entretanto, surge à partir de um momento histórico específico, quando acontece a divisão entre dois tipos de trabalho: o material (a produção de coisas) e o intelectual (a produção de ideias).
As classes dominantes
A partir daí, aqueles que produzem as ideias (a classe dominante), passam a construir um discurso (ideologia) que justifica a dominação como uma relação social “natural”. Dessa maneira, conseguiriam garantir sua hegemonia através da ocultação da exploração do trabalho dos dominados, vista como uma relação igualitária e não de exploração (alienação).
Para Marx, as classes dominadas, alienadas pelo discurso dominante, mantêm-se exploradas acreditando que esse processo é um fenômeno normal. Aceitam que a desigualdade pode ser justificada como sendo incapacidade e inabilidade de alguns de ascenderem socialmente. Assim, a classe dominante opera sua dominação de classe usufruindo das benesses que a divisão social e o trabalho explorado propiciam.
Das sociedades classistas e desiguais que Marx estudou, o autor focalizou a sociedade contemporânea e capitalista. Ele afirma que de todas as classes sociais que enfrentam a burguesia – classe dominante do período, somente o proletariado é revolucionário.
A natureza revolucionária do proletariado estaria dada porque porque traria em si o potencial de transformação social por possuir o gérmen de novas relações de produção. Sua emancipação significaria portanto a libertação humana e a abolição das classes e de todas as formas de alienação, exploração e dominação.
Marx e o fim do capitalismo
Marx propunha o fim do capitalismo e de sua desigualdade. Defendia uma nova sociedade, instaurada pelo proletariado, que acabaria com a divisão social do trabalho e com a relação de dominadores e dominados. Isto seria possível através da crítica à ideologia burguesa, que só poderia ser feita, após sua desmistificação enquanto inversão da realidade.
Para substituir o capitalismo por uma sociedade igualitária pela via revolucionária, Marx previu o comunismo, etapa superior do socialismo. Neste ideal efetivamente as forças produtivas se desenvolveriam de tal forma, que os homens e mulheres desta nova sociedade poderiam obter os bens necessários para sua sobrevida de um fundo de recursos comuns.
Dessa maneira, cada um poderia dispor de lazer e energia suficientes para desenvolverem sua personalidade com respeito e dignidade, sem a exploração do trabalho humano.
Resumo sobre o pensamento marxista
Confira agora com a professora Anna Amorim os aspectos essenciais do pensamento marxista para você gabaritar sociologia nas provas do Enem e dos vestibulares:
Exercícios sobre materialismo dialético
Para terminar, resolva os exercícios sobre materialismo dialético e verifique se você entendeu esse conceito fundamental da filosofia marxista.
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UEG GO/2011)
O comunismo rondava a Europa. Em meados do século XIX, o Manifesto Comunista é publicado. As lutas entre as forças conservadoras da nobreza e do clero contra a burguesia se acirram. Aumenta também a tensão entre liberais e socialistas. É neste contexto que Karl Marx ganha força com seu
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UEG GO/2010)
Durante o período moderno surgiram diversas concepções sobre o conhecimento, as formas e as categorias da faculdade cognitiva. Dentre essas concepções, aquela que se caracterizava por fazer uma distinção entre aparência e realidade e que serviu de base ao movimento político do Iluminismo foi
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(PUC PR/2003)
“Toda riqueza é criada pelo trabalho. O capital nada cria, mas ele próprio é criado pelo trabalho. O valor de todas as utilidades é determinado pela quantidade de trabalho necessária para produzi-las”.
(Burns, Edward McNalls – História da Civilização Ocidental, Globo, volume II, 1964.)
Conforme a ideologia marxista ou doutrina comunista, o texto exprime uma das suas premissas fundamentais:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UEM PR/2016)
O pensamento de Karl Marx (1818-1883) exerceu grande influência nas ciências humanas durante a segunda metade do século XIX e todo o século XX, inclusive na História e na Filosofia. Sobre o marxismo é correto afirmar que:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UEG GO/2015)
Para Marx, diante da tentativa humana de explicar a realidade e dar regras de ação, é preciso considerar as formas de conhecimento ilusório que mascaram os conflitos sociais. Nesse sentido, a ideologia adquire um caráter negativo, torna-se um instrumento de dominação na medida em que naturaliza o que deveria ser explicado como resultado da ação histórico-social dos homens, e universaliza os interesses de uma classe como interesse de todos. A partir de tal concepção de ideologia, constata-se que
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UFGD MS/2013)
Karl Marx e Friedrich Engels são importantes e destacados autores das teses do socialismo científico, cuja proposição se baseou
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UEG GO/2013)
Em sua 11.ª tese sobre Feuerbach, Karl Marx (1818-1883) afirma que “Os Filósofos até hoje interpretaram o mundo, cabe agora transformá-lo”. Muitos marxistas interpretaram mal a frase de Marx e abandonaram livros, teoria e partiram para a prática, negligenciando o significado da noção de práxis em Marx. Nesse sentido, tem-se que
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UEG GO/2013)
A respeito do materialismo histórico de Karl Marx, verifica-se que é uma
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UFT TO/2013)
Em 1848, foi editada uma obra de Karl Marx e Friedrich Engels em que os autores difundiram as bases políticas e ideológicas da chamada “Luta de Classes.” Trata-se do livro:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(IFMG/2017)
Leia o trecho destacado abaixo:
A história de todas as sociedades até o presente é a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, membro de corporação e ofícial-artesão, em síntese, opressores e oprimidos estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora dissimulada, ora aberta, que a cada vez terminava com uma reconfiguração revolucionária de toda a sociedade ou com a derrocada comum das classes em luta.
MARX, Karl. FRIEDRICH, Engels. I Burgueses e Proletários. In: Manifesto do Partido
Comunista. Disponível em: Revista Estudos Avançados. Volume 12, número 34. São Paulo, setembro/dezembro, 1998.
O Manifesto do Partido Comunista foi publicado em 1848 e se tornou a principal obra de divulgação da teoria do socialismo científico. Marx e Engels analisaram a sociedade capitalista e seus destinos a partir de uma corrente de pensamento, uma teoria conhecida como:
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Sobre o(a) autor(a):
O texto acima foi produzido pelo professor Leonardo Alves de Melo. Leonardo é professor de Filosofia formado pela Faculdade Bagozzi (2012), graduando em Teologia pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e pós graduado em Pastoral Juvenil pelo Unisal (Universidade Salesiana de São Paulo). E-mail: [email protected]
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