Veja agora no resumo sobre os principais acontecimentos da Revolução Francesa, marco de mudanças políticas importantes para a História Contemporânea muito cobrado no Enem e vestibulares.
Você com certeza já ouviu falar na Revolução Francesa e possivelmente conhece alguns dos seus personagens e eventos marcantes. Mas ela foi um movimento complexo, que trouxe muitas consequências para a história mundial e que merece ser estudado a fundo!
Videoaula Especial sobre a Revolução Francesa
Assista à aula especial preparada pelo professor Felipe Carlos de Oliveira para narrar todos os fatos históricos relacionados à Revolução Francesa.
O que foi a Revolução Francesa
A Revolução Francesa é o marco para o início da Idade Contemporânea e compreende o período entre 1789 e 1799 na França. Os efeitos se irradiaram para a Independência Americana também.
Contexto da França pré-revolução
A França do final do século XVIII passava por uma crise econômica e política. Administrado por uma monarquia absolutista, o Estado francês gastava o dinheiro dos impostos com exageros da corte e com guerras em território internacional, o que gerou grande insatisfação da população.
Além disso, os privilégios do clero e da nobreza, definidas como 1º e 2º Estados, eram os principais elementos que expunham a desigualdade social do que foi chamado pelos revolucionários de Antigo Regime.
Resumo da Revolução Francesa
Confira agora com o professor de história Felipe de Oliveira , do canal do Curso Enem Gratuito, uma introdução completa sobre a Revolução Francesa:
O Antigo Regime
O Antigo Regime é caracterizado pelo poder absoluto do rei, que podia, por exemplo, condenar qualquer cidadão sem julgamento adequado para os padrões atuais. A outra característica desse regime era a divisão da sociedade civil em 3 estados ou estamentos: Clero (1º Estado); Nobreza (2º Estado) e Plebe (3º Estado).
Os dois primeiros estamento, ou seja, o Clero e a Nobreza tinham privilégios políticos, não precisavam pagar impostos e eram sustentados pelos impostos pagos pela plebe, que compreendia o resto da população, sem qualquer distinção de classe.
Influenciados pelos ideais iluministas de liberdade e igualdade, o povo passou a questionar o poder absoluto e a divisão estamental.
A burguesia, que fazia parte do 3º Estado, via a monarquia absolutista como um empecilho para o desenvolvimento do capitalismo no país e almejavam conseguir maior participação política para interferir no processo de decisão das políticas econômicas na França.
Fases da Revolução Francesa
Os historiadores dividem a Revolução em três fases, de acordo com as características e eventos marcantes do movimento. Vamos conhecer melhor cada uma das fases a seguir.
Primeira fase da Revolução Francesa
O rei Luís XVI para tentar resolver a crise na França convoca a Assembleia dos Estados Gerais, em 5 de maio de 1789, com representantes dos três Estados. No entanto, a votação não era por cabeça, o que daria vantagens para as reformas defendidas pela maioria da população. Ao invés disso, o voto era por Estado, o que beneficiou a aliança entre clero e nobreza.
Revoltados com a forma como a votação era conduzida, os representantes do 3º Estado se reuniram na sala de jogos do palácio para exigir a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Os membros reunidos ali juraram terminar a reunião só quando tivessem aprovado a nova Constituição. Eles criaram uma Guarda Nacional para proteger a assembleia das tropas reais e aprovaram a “Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão”.
Nas ruas a população também demonstrou sua insatisfação com a monarquia absolutista, invadiram a fortaleza da Bastilha, em 14 de julho daquele ano, libertaram presos políticos que se mantinham ali e tomaram as armas de seu estoque. Esse acontecimento se tornou símbolo da queda do absolutismo na França e é comemorado até hoje como a “Festa da Federação”.
A constituinte aprovou o estabelecimento de uma Monarquia Parlamentar que diminuía os poderes do rei, determinava o fim dos privilégios de nascimento e a igualdade de todos perante a lei.
Em setembro de 1792 é proclamada a República na França, transferindo o governo do rei à burguesia. O rei Luís XVI, tentando restabelecer seus poderes se aliou à Áustria para invadir a França. A Áustria era uma monarquia absolutista e via a Revolução Francesa como inimiga, temendo que algo semelhante pudesse ocorrer em seu território.
Os revolucionários descobriram os planos do rei, prenderam Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta, acusaram eles de traição e os sentenciaram à morte na guilhotina.
O movimento revolucionário crescia cada vez mais, criando uma tensão interna, entre os principais grupos revolucionários: os Girondinos (com membros da burguesia) e os Jacobinos (com membros dos grupos mais populares da França).
Os girondinos governaram os primeiros anos pós queda da Bastilha, porém a situação social e econômica precária continuou, o que levou os jacobinos a liderarem a derrubada dos girondinos do poder em 1793.
O governo Jacobino aprovou nova Constituição, entre as principais mudanças estavam: o fim da escravidão nas colônias; a criação do Tribunal Revolucionário, para julgar os acusados de traição da causa; a criação do Comitê da Salvação Pública, que comandava o exército; o confisco de terras do clero e da nobreza, para início da reforma agrária; a Lei do Preço Máximo, para controle da inflação; e o sufrágio universal masculino, que determinava que todos cidadãos homens poderiam votar.
Em 1791 a girondina Marie Gouze propôs a aprovação na Assembleia Nacional a “Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã” para igualar os direitos das mulheres ao dos homens. Marie Gouze foi acusada de ser contra revolucionária pelo governo Jacobino e condenada à guilhotina em 1793. O documento proposto por ela pode ser lido aqui.
O governo Jacobino, que tinha como principal liderança Maximilien Robespierre foi marcado pelo autoritarismo e pelas inúmeras condenações à guilhotina. Por isso, a segunda fase da Revolução Francesa é chamada de Era do Terror.
Os girondinos em resposta à repressão articularam novo golpe de estado terminando a segunda fase da revolução.
Terceira fase da Revolução Francesa
O novo governo girondino, condenou Robespierre e outros líderes jacobinos à guilhotina em 27 de julho de 1794, ou “9 de Termidor” segundo o calendário revolucionário criado em 1792 com objetivo de romper com as referências religiosas de marcação de tempo.
Os girondinos promulgaram nova Constituição e criaram o Diretório para governar o país, com cinco membros escolhidos do poder legislativo, que voltava a ser eleito pelo voto censitário.
Os conflitos internos continuaram, os girondinos haviam cancelado diversas conquistas das camadas populares e defendiam o interesse da burguesia francesa. Temendo a queda do Diretório por forças internas ou externas, os girondinos apoiaram o general francês Napoleão Bonaparte a dissolver o Diretório e instaurar o Consulado. O que ocorreu em 9 de novembro de 1799, ou “18 de Brumário”, dando início a Era Napoleônica.
Videoaula e paródia
Assista à paródia sobre a Revolução Francesa, com o professor Felipe de Oliveira:
Questões sobre a Revolução Francesa
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UDESC SC/2017)
Sobre o conceito de Revolução, analise as proposições.
I. O conceito de Revolução advém da Astronomia e, apenas no final do século XVIII, foi aplicado para definir uma mudança radical de poder.
II. De um ponto de vista marxista, apenas podem ser consideradas revoluções aquelas mudanças políticas que transformam as relações de produção, no âmbito da organização da propriedade e das forças produtivas, a exemplo da Revolução Francesa e da Revolução Russa.
III. No século XX, o conceito de revolução passa a ser também reivindicado por grupos politicamente conservadores, que o entendiam como uma necessária tomada do poder pela força.
Assinale a alternativa correta.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UDESC SC/2017)
“Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres. Não há nenhuma reparação possível para quem renuncia a tudo. Tal renúncia é incompatível com a natureza do homem. Assim, seja qual for o lado por que se considerem as coisas, o direito de escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, mas porque absurdo e sem significação. As palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se mutuamente. (Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.)
O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado em 1762, apresenta ideias que confluem com as lutas por “liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido lema da Revolução Francesa.
Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, assinale a alternativa correta a respeito das relações entre a Revolução Francesa e a prática da escravidão.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UEFS BA/2017)
Nós somos trinta milhões de homens reunidos pelas luzes, a propriedade e o comércio. Trezentos ou quatrocentos mil militares nada são nessa massa. Além do fato de o general comandar exclusivamente pelas qualidades civis, a partir do momento em que não está mais na função, ele retorna à ordem civil. Os próprios soldados não passam de filhos dos cidadãos. O exército é a nação.
(Napoleão Bonaparte. Sobre a guerra, 2015.)
O discurso de Napoleão, pronunciado em 1807, revela características presentes na Revolução Francesa, como
Correto
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFPR/2017)
Considere o seguinte extrato da declaração de independência haitiana:
1º de janeiro de 1804
O General em Chefe ao Povo do Haiti,
Cidadãos – compatriotas –, eu reuni, neste dia solene, os corajosos comandantes que, às vésperas de receber o último suspiro da liberdade agonizante, derramaram seu sangue para preservá-la. Estes generais, que comandaram as lutas de vocês contra a tirania, ainda não terminaram. A reputação francesa ainda obscurece nossas planícies: todas as coisas evocam a lembrança das crueldades daquele povo bárbaro. Nossas leis, nossos costumes, nossas cidades, tudo encerra características dos franceses. Ouçam o que estou dizendo! Os franceses ainda têm um pé em nossa ilha! E vocês se creem livres e independentes daquela república, que combateu todas as nações, é verdade, mas nunca conquistou aqueles que seriam livres!
(Transcrição a partir da versão publicada em David Armitage, Declaração de independência: uma história global. São Paulo: Companhia das Letras, 2011).
Com base nesse fragmento e nos conhecimentos sobre o assunto, considere as seguintes afirmativas sobre a Revolução Haitiana (1791-1804) e seu significado para as independências americanas:
Antes de se chamar Haiti, a ilha se chamava Santo Domingo e estava sob domínio espanhol, sendo invadida pelos franceses a mando de Napoleão.
O Haiti foi a primeira república das Américas a se libertar da dominação europeia e abolir a escravidão.
A particularidade da revolução haitiana é que foi dirigida por escravos, libertos e mulatos e inspirada nos princípios que os próprios franceses teriam levantado durante sua revolução.
A revolução haitiana contou com o apoio de escravos e libertos da colônia espanhola de Cuba.
Assinale a alternativa correta.
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(FGV/2017)
Soberania popular, igualdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar num mundo mental como o do Antigo Regime…
DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e
revolução. Trad., São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 30.
As sociedades europeias do chamado Antigo Regime baseavam-se
Correto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(FAMEMA SP/2017)
Nosso atual modelo de Estado é fruto da Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia grega, considerava que os atenienses criaram o princípio do Estado legal – um governo fundado em leis discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas criavam para satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes.
(Flavio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História, 2005.)
De acordo com o excerto e seus conhecimentos, é correto afirmar que
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(IFBA/2017)
Após a leitura do texto abaixo e dos seus conhecimentos sobre o tema, responda a questão abaixo:
“A Inconfidência Mineira (1789) e a Inconfidência Baiana (1798) têm em comum o fato de serem reprimidas pela Coroa Portuguesa ainda na fase de preparativos e o desejo de autonomia de seus participantes, pois consideravam-se prejudicados e excluídos dos benefícios pelos quais acreditavam ter direito de usufruir em sua plenitude. Apesar de algumas opiniões contraditórias, percebe-se que o diferencial entre as duas conjurações é o fato de que a Conjuração Mineira teve um caráter elitista em sua organização e execução até o fim, enquanto a Conjuração Baiana, ao adquirir contornos mais radicais e populares, causou o afastamento dos líderes intelectuais da elite local que organizaram inicialmente o movimento, fazendo com que mulatos, escravos, brancos pobres e negros libertos se transformassem nos cabeças do levante.”
Fazendo um paralelo entre os movimentos revolucionários, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, podemos afirmar que:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(IFBA/2017)
Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa”.
(Fonte: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. P. 83).
A citação de Eric Hobsbawm destaca a importância das Revoluções Industrial e Francesa para a história do Ocidente, especialmente porque:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017)
“A vinda da Corte com o enraizamento do Estado português no Centro-Sul daria início à transformação da colônia em metrópole interiorizada. Seria esta a única solução aceitável para as classes dominantes em meio à insegurança que lhes inspiravam as contradições da sociedade colonial, agravadas pelas agitações do constitucionalismo português e pela fermentação mais generalizada no mundo inteiro da época, que a Santa Aliança e a ideologia da contrarrevolução na Europa não chegavam a dominar.”
Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e
outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.
O texto oferece uma interpretação da independência do Brasil, que implica
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(IFPE/2017)
A Revolução Francesa, marco na história do Ocidente, teve diversas fases, com atuação de diversos segmentos políticos e níveis de radicalização política e social. Entre estas fases, tem-se a chamada Convenção Nacional (1792-1795), que foi marcada pela(o)
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