Veja o que sabe sobre as figuras de linguagem com o Simulado de Gramática do Curso Enem Gratuito. São apenas 10 questões para você aprender ou relembrar o que sabe. Se errar, tem dicas para estudar e garantir o sucesso na hora da prova. Veja só!
As figuras de linguagem são muito usadas em nosso cotidiano, então é um tema relativamente tranquilo! Assista à nossa aula em vídeo sobre o conteúdo e o simulado não será um problema para você.
Curtiu o vídeo? Agora você está mais preparado para os exercícios. Só fazer com atenção e deve se sair bem.
Figuras de palavras – Simulado de Português
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(FM Petrópolis RJ/2017)
As palavras podem ser empregadas no sentido literal ou no sentido figurado.
O trecho da obra de Graciliano Ramos que se caracteriza pela presença de linguagem figurada é:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(FCM MG/2017)
O cronista recorre sistematicamente ao uso da linguagem figurada, com termos provenientes da área semântica da meteorologia, como ocorre em:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UNIRG TO/2017)
O homem que degusta sons
- Ketchup, presunto, elástico e torta de amêndoa são apenas quatro dos vários sabores que James Wannerton degustou durante nossa entrevista. Ele concordou em conceder a palavra porque meu nome, Kate, tem gosto de chocolate e, segundo ele, suas papilas gustativas o distrairiam durante boa parte de nossa conversa.
- Wannerton tem um tipo raro de sinestesia conhecida como sinestesia léxico-gustativa, o que significa que sua audição e seu paladar não funcionam separados um do outro. Para Wannerton, cada palavra falada tem um sabor distinto. Embora esses sons não tenham uma ligação clara com seus respectivos gostos, os sabores são sempre os mesmos; a palavra “falar”, por exemplo, tem gosto de bacon desde que Wannerton se entende por gente.
- “Palavras e sons fazem ‘ping, ping, ping’ na minha boca o tempo todo, como uma lâmpada piscando sem parar”, explicou. “Alguns sabores vão embora rápido, mas outros podem durar por horas e me fazem desejar aquela comida específica; fico meio distraído até satisfazer a vontade.”
- Wannerton disse que a sinestesia lhe dá “poderes especiais” – como se guiar pelo metrô de Londres seguindo os sabores das estações. De acordo com Wannerton, a parada de Oxford Circus tem gosto de bolo. A Linha Bakerloo tem gosto de rocambole, a Linha Victoria de cera de vela. Mas claro que a benção da sinestesia tem suas desvantagens […] como Wannerton desassocia o gosto dos alimentos, ele raramente tem fome. “Não ligo para o gosto da comida – o que me interessa é a textura”, disse. “Gosto de comidas crocantes, como salgadinhos, e alimentos mornos. O sabor não importa.”
- Wannerton também afirma que fica “insuportavelmente incomodado” quando uma palavra desperta um sabor que ele não consegue identificar. Wannerton passou anos encucado com o sabor da palavra “esperar”. “Eu não conseguia descobrir o que era esse gosto forte e amargo”, disse. Seu cérebro só fez a conexão quando finalmente comeu uma torrada com Marmite (um extrato de levedura que os britânicos curtem passar no pão). “Lembrei que quando eu estava no jardim-de-infância, havia uma barraquinha onde podíamos comprar torradas com Marmite – e é esse o gosto que ‘esperar’ tem para mim.”
- Apesar dos pesares, Wannerton não gostaria de viver sem sua sinestesia. “Pode até ser bizarro pensar que o nome Jackie tem gosto de alcaçuz; Blackpool, de jujuba; e a palavra vodka, de grãos minúsculos de terra; mas a minha sinestesia é tão natural que sem ela eu perderia minha identidade”, declarou.
SAMUELSON, Kate. Trad. Amanda Pieratti. 10 jul. 2015. O homem que degusta sons.
Disponível.em:<http://www1.folha.uol.com.br/vice/2015/07/1653490-o-homem-quedegusta- sons.shtml>.
Acesso: 11 out. 2016. [Adaptado]A sinestesia, como figura de linguagem, é o cruzamento dos sentidos, a qualidade de um sentido atribuído a outro, expressão típica de uma determinada categoria de poetas. Quanto mais sentidos cruzados em apenas um sintagma, ou sob uma única conjunção sensorial, mais rica será a frase ou poesia sinestésica. Dos fragmentos de textos a seguir, qual deles deixa de fazer uso da sinestesia como recurso poético?
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UEFS BA/2017)
Leia o trecho do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.
Era assim concebida a petição:
“Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que por esse fato, o falar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; sabendo além, que dentro do nosso país os autores e os escritores, com especialidade os gramáticos, não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo-se diariamente surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estudiosos do nosso idioma – usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro.
O suplicante, deixando de parte os argumentos históricos que militam em favor de sua ideia, pede vênia para lembrar que a língua é a mais alta manifestação da inteligência de um povo, é a sua criação mais viva e original; e, portanto, a emancipação política do país requer como complemento e consequência a sua emancipação idiomática.
Demais, Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua originalíssima, aglutinante, é a única capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais, por ser criação de povos que aqui viveram e ainda vivem, portanto possuidores da organização fisiológica e psicológica para que tendemos, evitando-se dessa forma as estéreis controvérsias gramaticais oriundas de uma difícil adaptação de uma língua de outra região à nossa organização cerebral e ao nosso aparelho vocal – controvérsias que tanto empecem1 o progresso da nossa cultura literária, científica e filosófica.
Seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida, e cônscio de que a Câmara e o Senado pesarão o seu alcance e utilidade
- e E.2 deferimento.”
(Triste fim de Policarpo Quaresma, 1991. Adaptado.)
1 empecer: prejudicar.
2 P. e E.: pede e espera.
Está empregado em sentido figurado o termo destacado no seguinte trecho:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(FGV /2017)
O país tenta se recompor
No Brasil, que enfrenta uma das piores recessões de sua história, a cada novo dado econômico que é divulgado, a questão que se coloca é a mesma: melhoramos ou continuamos a piorar? No final de agosto, os indicadores de desempenho do produto interno bruto do segundo trimestre apontaram uma retração de 0,6%, totalizando assim seis semestres consecutivos no vermelho. Da mesma forma, o último balanço do mercado de trabalho mostrou que o desemprego continua a se encorpar. Conclusão: pioramos. Já o índice que mede a produção industrial registrou em julho a quinta alta consecutiva. Para quem observa o mercado financeiro, com a recente sequência de altas da Bovespa e a valorização do real, a mensagem é de volta da confiança. Nova conclusão: estamos melhorando. A profusão de dados pintando um cenário contraditório apenas confirma que a retomada – por mais que seja desejada – tende a ser difícil e lenta. O que vai ficando claro é que, enquanto grande parte da economia brasileira ainda contabiliza seus mortos, outra parcela – menor, é verdade – começa a se recompor. Trata-se de uma reorganização que, motivada pela crise, deverá redesenhar setores inteiros, determinar novos líderes de mercado e, no longo prazo, tornar a economia brasileira mais competitiva.
(Fabiane Stefano e Flávia Furlan. Exame, 14.09.2016. Adaptado)
Há linguagem figurada no trecho
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(IFCE/2016)
1 Pálida, à luz da lâmpada sombria.
2 Sobre o leito de flores reclinada,
3 Como a lua por noite embalsamada,
4 Entre as nuvens do amor ela dormia!
5 Era a virgem do mar! Na escuma fria
6 Pela maré das águas embalada!
7 Era um anjo entre nuvens d’alvorada
8 Que em sonhos se banhava e se esquecia!
9 Era mais bela! O seio palpitando…
10 Negros olhos as pálpebras abrindo…
11 Formas nuas no leito resvalando…
12 Não te rias de mim, meu anjo lindo!
13 Por ti – as noites eu velei chorando,
14 Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo.
(AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos.
Porto Alegre: L& PM, 1998. p.190-191)Levando em consideração as figuras de linguagem, encontramos no trecho “Como a lua por noite embalsamada” (linha 3) um exemplo de
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNESP SP/2016)
Leia o trecho inicial de um poema de Álvaro de Campos, heterônimo do escritor Fernando Pessoa (1888-1935).
Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.
Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que…,
Isto.
Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim…
Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.
(Obra poética, 1965.)
A hipérbole é uma figura de palavra que consiste no exagero verbal (para efeito expressivo): “já disse mil vezes”, “correram mares de sangue”.
(Celso Pedro Luft. Abc da língua culta, 2010. Adaptado.)
Verifica-se a ocorrência de hipérbole no seguinte verso:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(ESPM SP/2016)
Ao mesmo assunto e na mesma ocasião
Corrente, que do peito destilada
Sois por dois belos olhos despedida;
E por carmim correndo dividida
Deixais o ser, levais a cor mudada
Não sei quando caís precipitada,
Às flores que regais tão parecida,
Se sois neve por rosa derretida,
Ou se rosa por neve desfolhada.
Essa enchente gentil de prata fina,
Que de rubi por conchas se dilata,
Faz troca tão diversa e peregrina,
Que no objeto, que mostra, ou que retrata,
Mesclando a cor purpúrea, à cristalina,
Não sei quando é rubi, ou quando é prata.
(Gregório de Matos)
Assinale a única indicação FALSA sobre figuras de linguagem no poema de Gregório de Matos:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Fac. Direito de Franca SP/2015)
Inteligência é manter portas abertas
Suzana Herculano-Houzel
Folha de S.Paulo
1 Uma das primeiras coisas que aprendemos em ciência é que, para abordar um problema, é primeiro preciso defini-lo. Encontrar as origens cerebrais da inteligência ou entender como ela se compara entre pessoas ou espécies animais diferentes, portanto, exige primeiro definir o que é inteligência.
2 O problema é antigo, mas ainda elusivo. O psicólogo Francis Galton foi supostamente o primeiro a propor, no século 19, medir a inteligência de indivíduos para estudar sua hereditariedade (e usá-la para fins de eugenia, termo, aliás, cunhado por ele). Mas uma medida útil foi criada somente em 1904, pelo estatístico Charles Spearman, e chamada de “fator g” em referência a inteligência “geral”: algo que influencia o desempenho em habilidades mentais diversas.
3 Mas o que é a capacidade que o fator g mede? Por muito tempo me atraiu a definição abrangente de que inteligência é a capacidade de usar informações para resolver problemas. Mas recentemente um físico e matemático fez uma descoberta potencialmente transformadora.
4 Alex Wissner-Gross, pesquisador de Harvard e do MIT, resolveu fazer aquela coisa que físicos gostam de fazer: buscar uma equação única que explicasse a inteligência. E conseguiu. Sua palestra no site ted.com explicando a descoberta pode não ser a mais impressionante ou polida – mas faz pensar, e muito.
5 A equação geral para a inteligência, que ele trata como uma força dinâmica, consiste em apenas seis letras ou símbolos que se traduzem em uma frase simples: inteligência é a capacidade de maximizar opções futuras. Decisões inteligentes, portanto, são aquelas que, ao contrário de fechar portas, mantêm portas abertas para outras decisões no futuro.
6 As implicações são gigantescas. Por um lado, a equação produz comportamento inteligente até mesmo nos programas mais simples. Por outro, ela prediz que animais inteligentes são aqueles capazes de formular mentalmente estados futuros possíveis e então decidir pelo caminho que mantém mais opções abertas. Um hipocampo, que permite usar memórias recentes para projetar estados futuros, talvez seja assim fundamental para a inteligência – além do mais óbvio, algo que atue como um córtex pré-frontal que represente objetivos e selecione entre alternativas.
7 Se decisões inteligentes são aquelas que maximizam alternativas, para mim é inevitável pensar então no que é ciência inteligente: não aquela que resolve detalhes e fecha portas, mas a que abre novas questões e possibilidades.
Da linguagem figurada presente no título da matéria decorre o efeito de sentido de que inteligência é
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UFAM/2015)
Leia agora o início da crônica “O Vassoureiro”, de Rubem Braga.
Em um piano distante alguém estuda uma lição lenta, em notas graves. De muito longe, de outra esquina, ouve-se também o som de um realejo. Conheço o velho que o toca, ele anda sempre pelo meu bairro; já fez o periquito tirar para mim um papelucho em que são garantidos 93 anos de vida, muita riqueza, poder e felicidade.
Ora, não preciso de tanto. Nem de tanta vida, nem de tanta coisa mais. Dinheiro apenas para não ter as aflições da pobreza; poder somente para mandar um pouco, pelo menos, em meu nariz; e da felicidade um salário mínimo: tristezas que possa aguentar, remorsos que não doam demais, renúncias que não façam de mim um velho amargo.
Joguei uma prata da janela, e o periquito do realejo me fez um ancião poderoso, feliz e rico. De rebarba me concedeu 14 filhos, tarefa e honra que me assustam um pouco. Mas os periquitos são muito exagerados, e o costume de ouvir o dia inteiro trechos de óperas não deve lhes fazer bem à cabeça. Os papagaios são mais objetivos e prudentes, e só se animam a afirmar uma coisa depois que a ouvem repetidas vezes.
Enquanto isso – oh! – Chiquita, a pequenina jabota, passeia a casa inteira, erguendo com certa graça o casco pesado sobre as quatro patinhas tortas, e espichando e encolhendo o pescoço curioso, tímido efeio. Nunca diz nada, o que é pena, pois deve ter uma visão muito particular das coisas.
Assinale a figura de linguagem que perpassa o texto e que pode ser observada de modo mais explícito nos dois últimos parágrafos:
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