Você sabe identificar as funções dos prefixos e sufixos nas palavras? Teste seus conhecimentos com o simulado de Português do Curso Enem Gratuito! São 10 questões para você treinar e ainda tem um resumo caso você erre alguma!
O nome soa complicado, mas os afixos não precisam ser um problema nos seus estudos. Confira nossa aula em vídeo sobre o tema e depois faça o simulado para medir seus conhecimentos!
Muito bem, depois do conteúdo você está pronto para os exercícios. Só prestar atenção e terá uma boa prova!
Prefixos e sufixos – Simulado de Português
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Fac. Santo Agostinho BA/2018)
Refeição em família
Anna Veronica Mautner
Conversar é preciso, assim como é também bater papo, palpitar. Precisamos de conversa fiada – é conversando que construímos as imagens que temos uns dos outros.
Não conheço melhor lugar que a mesa de refeição para esse tipo de conversa à toa. Mas como a mesa de refeição está sendo cada vez menos usada, e como são poucos os que reclamam – esse espaço foi encolhendo devagar.
É em volta da mesa que se relata o cotidiano de cada um e também é compartilhado. E, dentro do clima de “sem-cerimônia”, nos reconhecemos. É no “à toa” mesmo. Quando falta ou é rara essa rotina caseira, passamos a viver como se a vida se tornasse um texto que não foi relido. A conversa na mesa é reler, rever o dia que passou.
A partir deste bate-papo inconsequente, podemos testar escolhas e até nos corrigir. É nesse clima que os indivíduos se avaliam e são avaliados, gerando a família – entidade única e original.
Quando uma pessoa não tem este espaço, ela terá que fazer a tarefa de se avaliar, sozinha. Na sociedade em que vivemos, estamos imersos numa trama exigente e paradoxal. É tão diferente do clima em torno da mesa.
Aí captamos o significado de olhares, gestos, entonações que conhecemos bem, mas os detalhes mudam dia a dia. Se tivermos interpretado erroneamente o ocorrido, não tem importância – hoje ou amanhã a família estará junta de novo e tudo poderá ser esclarecido. É, pois, no “um dia depois do outro”, que são lançadas as sementes do respeito e do conhecimento mútuo.
Este mesmo mundo em que se pede pessoas conscientes, flexíveis e tolerantes inviabiliza, ou pelo menos dificulta, os rituais de família, em que se encontra a melhor e a maior probabilidade de vivê-las.
A agenda escolar de cada um dos filhos, as exigências do trabalho, os cursos extras, os hábitos de entretenimento fazem concorrência aberta à possibilidade de interação familiar. Cada um tem seu horário de ir e vir ou de aparecer, mas ninguém se ausenta eternamente. Faltar muito dá saudade.
Evocando aqui e agora o meu dia a dia dos meus tempos de criança, vejo-me na minha casa – a gente se conhecia bem, nas profundezas da alma e nas coisas mais corriqueiras. Nas nossas conversas, qualquer um de nós era capaz de prever o rumo da conversa. A nossa escala de valores valorizava o bem pensar e o bem sentir.
Éramos tolerantes para quase tudo, menos para o uso do pensamento. Lá na minha casa, na casa de minha infância, o empenhar-se, o esforçar-se sempre foi mais valorizado que o sucesso. E eu, até hoje, julgo assim.
Não tenho dúvida alguma: é de famílias conversadeiras, afetivas, tolerantes, prolixas que saem as pessoas que sabem escolher bem – pessoas aptas a fugir da dominação cega que os fortes podem exercer – é esse o maior e mais importante legado das refeições em família.
Folha de S. Paulo. 14/9/2015. p. A3, opinião.
“… a vida se tornasse um texto que não foi relido”.
”A partir desse bate-papo inconsequente…”
Os prefixos que integram as palavras destacadas nas frases apresentam, respectivamente, os sentidos de
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ESPM SP/2018)
Assinale o item em que o par de prefixos grifados não possua equivalência semântica:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UNESP SP/2017)
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro […]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam- se em palco do horror, do pânico e do medo.
A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)
As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de negação são
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(FUVEST SP/2017)
Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja traduzido por outro Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure penetrar nas peculiaridades da linguagem primeira, aplique-se com afinco e faça com que sua criatividade orientada pelo original permita, paradoxalmente, afastar-se do texto para ficar mais próximo deste, um passo importante será dado. Deixando de lado a fidelidade mecânica, frase por frase, tratando o original como um conjunto de blocos a serem transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as normas do “escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo com boa margem de fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.
Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.
O prefixo presente na palavra “transpostos” tem o mesmo sentido do prefixo que ocorre em
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(IFBA/2017)
Leia o fragmento, abaixo, extraído do poema “Quilombos”, do poeta baiano José Carlos Limeira.
1 “Te vejo meu povo feliz
Teu sonho querendo sentir
Se Palmares ainda vivesse
Pra Palmares teria que ir
Você já pensou se Domingos Jorge Velho e sua malta
Não houvessem tido tanta sorte?
Já pensou naquele país da Serra da Barriga?
10 Sei que talvez não,
É difícil imaginar uma terra (…)
Onde não fosse possível ver
Criancinhas
De dez, oito, seis anos
15 Voltando às quatro da manhã
Depois de vender chicletes e o último resquício de dignidade
Nos cruzamentos da cidade.
(…)
Por menos que conte a história
20 Não te esqueço meu povo
Se Palmares não vive mais
Faremos Palmares de novo.”
LIMEIRA, José Carlos; SEMOG, Éle.
Atabaques. Rio de Janeiro: Ed. dos Autores, 1983.Do ponto de vista morfológico, na estrutura da palavra “Criancinhas” (l. 13) apresenta-se:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UERJ/2017)
1 Há alguns meses fui convidado a visitar o Museu da Ciência de La Coruña, na Galícia. Ao final da 2 visita, o curador1 anunciou que tinha uma surpresa para mim e me conduziu ao planetário2. Um 3 planetário sempre é um lugar sugestivo, porque, quando se apagam as luzes, temos a impressão 4 de estar num deserto sob um céu estrelado. Mas naquela noite algo especial me aguardava.
5 De repente a sala ficou inteiramente às escuras, e ouvi um lindo acalanto de Manuel de Falla. 6 Lentamente (embora um pouco mais depressa do que na realidade, já que a apresentação durou 7 ao todo quinze minutos) o céu sobre minha cabeça se pôs a rodar. Era o céu que aparecera 8 sobre minha cidade natal – Alessandria, na Itália – na noite de 5 para 6 de janeiro de 1932, 9 quando nasci. Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida.
10 Vivenciei-a pela primeira vez, pois não tinha visto essa primeira noite. Provavelmente nem minha 11 mãe a viu, exausta como estava depois de me dar à luz; mas talvez meu pai a tenha visto, 12 ao sair para o terraço, um pouco agitado com o fato maravilhoso (pelo menos para ele) que 13 testemunhara e ajudara a produzir.
14 O planetário usava um artifício mecânico que se pode encontrar em muitos lugares. Outras 15 pessoas talvez tenham passado por uma experiência semelhante. Mas vocês hão de me perdoar 16 se durante aqueles quinze minutos tive a impressão de ser o único homem desde o início dos 17 tempos que havia tido o privilégio de se encontrar com seu próprio começo. Eu estava tão feliz 18 que tive a sensação – quase o desejo – de que podia, deveria morrer naquele exato momento 19 e que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a 20 mais bela história que li em toda a minha vida.
21 Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas 22 telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. Era ficção 23 porque a história fora reinventada pelo curador; era História porque recontava o que acontecera 24 no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era real e não uma personagem 25 de romance.
UMBERTO ECO Adaptado de Seis passeios pelos bosques da ficção.
Tradução: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.1 curador − responsável pelo museu
2 planetário − local onde é possível reproduzir o movimento dos astros
Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida. (Ref. 9)
Na palavra destacada, o acréscimo do prefixo hiper indica ideia de:
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UERJ/2016)
O FUTURO ERA LINDO
1 A informação seria livre. Todo o saber do mundo seria compartilhado, bem como a música, 2 o cinema, a literatura e a ciência. O custo seria zero. O espaço seria infinito. A velocidade, 3 estonteante. A solidariedade e a colaboração seriam os valores supremos. A criatividade, o único 4 poder verdadeiro. O bem triunfaria sobre os males do capitalismo. O sistema de representação 5 se tornaria obsoleto. Todos os seres humanos teriam oportunidades iguais em qualquer lugar do 6 planeta. Todos seriam empreendedores e inventivos. Todos poderiam se expressar livremente. 7 Censura, nunca mais. As fronteiras deixariam de existir. As distâncias se tornariam irrelevantes. 8 O inimaginável seria possível. O sonho, qualquer sonho, poderia se tornar realidade.
9 Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo que a internet inaugurou. Por 10 anos esquecemos que a internet foi uma invenção militar, criada para manter o poder de quem 11 já o tinha. Por anos fingimos que transformar produtos físicos em produtos virtuais era algo 12 ecologicamente correto, esquecendo que a fabricação de computadores e celulares, com a 13 obsolescência embutida em seu DNA, demanda o consumo de quantidades vexatórias de 14 combustíveis fósseis, de produtos químicos e de água, sem falar no volume assombroso de lixo 15 não reciclado em que resultam, incluindo lixo tóxico.
16 Ninguém imaginou que o poder e o dinheiro se tornariam tão concentrados em 17 megahipercorporações norte-americanas como o Google, que iriam destruir para sempre 18 tantas indústrias e atividades em tão pouco tempo. Ninguém previu que os mesmos Estados 19 Unidos, graças às maravilhas da internet sempre tão aberta e juvenil, se consolidariam como 20 os maiores espiões do mundo, humilhando potências como a Alemanha e também o Brasil, 21 impondo os métodos de sua inteligência militar sobre a população mundial, e guiando ao 22 arrepio da justiça os bebês engenheiros nota dez em matemática mas ignorantes completos 23 em matéria de ética, política e em boas maneiras.
24 Ninguém previu a febre das notícias inventadas, a civilização de perfis falsos, as enxurradas de 25 vírus, os arrastões de números de cartão de crédito, a empulhação dos resultados numéricos 26 falseados por robôs ou gerados por trabalhadores mal pagos em países do terceiro mundo, o 27 fim da privacidade, o terrorismo eletrônico, inclusive de Estado.
Marion Strecker Adaptado de
Folha de São Paulo, 29/07/2014.O termo megahipercorporações é formado por um processo que enfatiza o tamanho e o poder das corporações econômicas atuais.
Essa ênfase é produzida pelo emprego de:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNIRG TO/2016)
O aeroporto paulistano voltará a ter voos para todo o país, o que não ocorria desde 2007. As capitais do Nordeste deverão ser os primeiros destinos reincluídos.
Veja. Ed. 2461, ano 49. N. 3. 20 jan. 2016. p. 30.
O prefixo “re-” de reincluídos, no texto, significa “de novo”, “outra vez”. Dado o seu sentido, esse prefixo retoma indiretamente qual palavra do texto?
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Unievangélica GO/2015)
Economês – A Folha combate o economês, um vício de estilo comum em jornalismo econômico, como se vê no seguinte exemplo: A autoridade monetária está praticando uma política contracionista de elevação de juros reais com o objetivo de tentar conter o crescimento dos índices inflacionários. Todos os termos técnicos e jargões devem ser evitados ou explicados em linguagem compreensível para qualquer leitor.
MANUAL de Redação da Folha de S. Paulo.
São Paulo: Publifolha, 2010. p. 66. (Adaptado).A palavra “economês”, conforme usada no Manual de Redação da Folha de S. Paulo, constitui um neologismo formado a partir de um processo morfológico, no qual o sufixo “ês”, que dá origem a um
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UNIFESP SP/2015)
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social.
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social.
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos participantes no 33.º dia, no 66.º e no último dia da abstinência.
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”.
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)
Considere os enunciados a seguir.
- […] ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. (1.º parágrafo)
- […] que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (4.º parágrafo)
Analisando-se o emprego e a estrutura das palavras “olhadinha” e “emocionalmente”, é correto afirmar que os sufixos nelas presentes indicam, respectivamente, sentido de
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