Teste o que sabe sobre o processo de formação de palavras no Português como o simulado do Curso Enem Gratuito! São 10 questões para você treinar e, caso erre alguma, tem um resumo sobre o assunto!
O processo de formação de palavras é um estudo bem interessante dentro do português! Confira nossa aula em vídeo antes do simulado e faça a prova melhor preparado.
Muito bem! Se quiser se aprofundar no assunto de morfemas, temos um conteúdo totalmente voltado a isso também.
Agora sim! Você está mais do que preparado para os exercícios, boa sorte.
Formação de palavras – Simulado de Português
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Unievangélica GO/2017)
Leia a notícia a seguir.
Paralimpíada alcança marca de 1,5 milhão de ingressos vendidos
Ás vésperas da cerimônia de abertura, Comitê Organizador acredita que todos os bilhetes serão comercializados. Ainda há cerca de 1 milhão de entradas disponíveis.
Disponível em: <www.globoesporte.com>.
Acesso em: 05 set. 2016.O termo “Paralimpíada”, adotado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, resulta do seguinte processo de formação de palavras:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(PUC GO/2016)
Queimada
À fúria da rubra língua
do fogo
na queimada
envolve e lambe
o campinzal
estiolado em focos
fenos
sinal.
É um correr desesperado
de animais silvestres
o que vai, ali, pelo mundo
incendiado e fundo,
talvez,
como o canto da araponga
nos vaos da brisa!
Tambores na tempestade
[…]
E os tambores
e os tambores
e os tambores
soando na tempestade,
ao efêmero de sua eterna idade.
[…]
Onde?
Eu vos contemplo
à inércia do que me leva
ao movimento
de naufragar-me
eternamente
na secura de suas águas
mais à frente!
Ó tambores
ruflai
sacudi suas dores!
Eu
que não me sei
não me venho
por ser
busco apenas ser somenos
no viver,
nada mais que isso!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade.
Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 164, 544, 552.)Sobre a palavra “somenos”, presente nos versos finais do fragmento do poema “Tambores na tempestade”, segunda parte do texto, assinale a alternativa correta:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(FCM PB/2015)
O remédio está na fé
Você está no consultório do cardiologista. Ele já perguntou sobre o seu estilo de vida e antecedentes de infarto na família, mediu a pressão, auscultou o peito, deu uma olhada no resultado dos exames. Parece que a investigação acabou e ele fará, enfim, as recomendações. Mas uma última questão vem à tona: “Você se considera espiritualizado ou religioso?” De acordo com a resposta, o médico vai investir alguns minutos para entender o papel da fé na sua vida.
Essa anamnese espiritual, por assim dizer, ganha cada vez mais espaço na prática clínica, não importa a especialidade. Também vem sendo incorporada a prontos-socorros, salas de cirurgia, UTIs… E há uma justificativa bastante pragmática para isso: já não faltam estudos demonstrando que a crença em algo transcendente – Deus ou um poder superior – interfere de forma positiva na capacidade de o corpo humano enfrentar doenças (ou até escapar delas).
“A medicina e a espiritualidade foram separadas no século passado, mas, nos últimos anos, a própria ciência está tratando de reuni-las”, contextualiza o psicólogo Esdras Vasconcellos, professor da Universidade de São Paulo. Há evidências de que pessoas espiritualizadas são mais longevas, têm menos distúrbios psicológicos, sofrem menos infecções e… estão menos sujeitas a ataques cardíacos. Motivo suficiente para a Sociedade Brasileira de Cardiologia criar seu Grupo de Estudo em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular (Gemca). “Já não temos dúvidas de que a fé contribui para a saúde. Queremos entender melhor agora até onde vão seus efeitos e de que forma ela os propicia”, diz o cardiologista Mário Borba, diretor científico do projeto.
Ser espiritualizado não significa necessariamente seguir uma religião. É, antes de mais nada, acreditar em alguma coisa intangível e que pode até estar dentro de você – como a esperança de que, fazendo o bem, a gente é naturalmente recompensado.
Nessa perspectiva, uma novíssima revisão de trabalhos científicos joga luz sobre o impacto de ter uma crença ou adotar hábitos religiosos sobre o sistema cardiovascular. Com base em mais de 3.200 estudos, o cardiologista Fernando Lucchese, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, e o professor de psiquiatria e ciências comportamentais Harold Koenig, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, analisaram o assunto sob a ótica dos fatores de risco e de mecanismos fisiológicos envolvidos no infarto.
“Há uma relação direta entre espiritualidade e melhores índices de atividade física, alimentação equilibrada, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas”, conta Lucchese. Uma vida espiritualizada parece servir como um propulsor de bons hábitos. Segundo o artigo, pessoas religiosas ou que procuram autoconhecimento e força em algo maior estão menos expostas a praticamente todas as condições que ameaçam o peito, como colesterol alto, hipertensão e sedentarismo. “Os indivíduos que buscam o transcendente também estão mais protegidos diante do estresse e da depressão, importantes fatores de risco cardíaco”, reforça o cardiologista Ney Carter do Carmo Borges, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista.
Da lista negra contemplada pela revisão, só houve uma exceção: a obesidade. Mas por que diabos pessoas de fé tendem a engordar? “Diversas religiões estimulam o convívio social em torno de banquetes calóricos e veem a gula de modo mais condescendente”, especula Koenig, considerado um dos papas em matéria de medicina e espiritualidade. Ora, a fé é uma das peças que compõem uma rotina saudável – mas não adianta rezar toda noite e viver entregue ao sofá e à comilança. Esses são pecados que o coração não perdoa.
(SPONCHIATO, Diogo: MANARINI, Thaís: RUPRECHT,
Theo. O remédio está na fé. Saúde é vital. Ed. Abril.Nº371.Dez. 2013)Leia os trechos abaixo:
“Também vem sendo incorporada a prontos-socorros […]”
“[…] como colesterol alto, hipertensão e sedentarismo.”
As palavras destacadas obedecem, respectivamente, aos seguintes processos de formação de palavras:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFRGS/2015)
01 Hoje os conhecimentos se estruturam de 02 modo fragmentado, separado, 03 compartimentado nas disciplinas. Essa 04 situação impede uma visão global, uma visão 05 fundamental e uma visão complexa. 06 “Complexidade” vem da palavra latina 07 complexus , que significa a compreensão dos 08 elementos no seu conjunto.
09 As disciplinas costumam excluir tudo o que 10 se encontra fora do seu campo de 11 especialização. A literatura, no entanto, é uma 12 área que se situa na inclusão de todas as 13 dimensões humanas. Nada do humano lhe é 14 estranho, estrangeiro.
15 A literatura e o teatro são desenvolvidos 16 como meios de expressão, meios de 17 conhecimento, meios de compreensão da 18 complexidade humana. Assim, podemos ver o 19 primeiro modo de inclusão da literatura: a 20 inclusão da complexidade humana. E vamos 21 ver ainda outras inclusões: a inclusão da 22 personalidade humana, a inclusão da 23 subjetividade humana e, também, muito 24 importante, a inclusão do estrangeiro, do 25 marginalizado, do infeliz, de todos que 26 ignoramos e desprezamos na vida cotidiana.
27 A inclusão da complexidade humana é 28 necessária porque recebemos uma visão 29 mutilada do humano. Essa visão, a de homo 30 sapiens , é uma definição do homem pela 31 razão; de homo faber , do homem como 32 trabalhador; de homo economicus , movido 33 por lucros econômicos. Em resumo, trata-se 34 de uma visão prosaica, mutilada, que esquece 35 o principal: a relação do sapiens/demens , da 36 razão com a demência, com a loucura.
37 Na literatura, encontra-se a inclusão dos 38 problemas humanos mais terríveis, coisas 39 insuportáveis que nela se tornam suportáveis. 40 Harold Bloom escreve: “Todas as grandes 41 obras revelam a universalidade humana 42 através de destinos singulares, de situações 43 singulares, de épocas singulares”. É essa a 44 razão por que as obras-primas atravessam 45 séculos, sociedades e nações.
46 Agora chegamos à parte mais humana da 47 inclusão: a inclusão do outro para a 48 compreensão humana. A compreensão nos 49 torna mais generosos com relação ao outro, e 50 o criminoso não é unicamente mais visto 51 como criminoso, como o Raskolnikov de 52 Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla.
53 A literatura, o teatro e o cinema são os 54 melhores meios de compreensão e de 55 inclusão do outro. Mas a compreensão se 56 torna provisória, esquecemo-nos depois da 57 leitura, da peça e do filme. Então essa 58 compreensão é que deveria ser introduzida e 59 desenvolvida em nossa vida pessoal e social, 60 porque serviria para melhorar as relações 61 humanas, para melhorar a vida social.
Adaptado de: MORIN, Edgar. A inclusão: verdade da literatura.
In: RÖSING, Tânia et al. Edgar Morin: religando fronteiras.
Passo Fundo: UPF, 2004. p.13-18Na coluna da esquerda, estão palavras retiradas do texto; na da direita, descrições relacionadas à formação de palavras.
Associe corretamente a coluna de cima à de baixo.
( ) complexidade (Refs. 06, 18, 20, 27)
( ) definição (Ref. 30)
( ) insuportáveis (Ref. 39)
( ) obras-primas (Ref. 44)
- Constituída por composição através de justaposição.
- Constituída por prefixo com sentido de negação e sufixo formador de adjetivos a partir de verbos.
- Constituída por sufixo formador de substantivo a partir de adjetivo.
- Constituída por sufixo formador de substantivo a partir de verbo.
- Constituída por aglutinação, tendo em vista a mudança silábica de um dos elementos do vocábulo.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(IFMG/2015)
Leia o texto abaixo:
Gota-de-orvalho
Ao contrário de sua parente, a dama-da-noite, esta herbácea rasteira tem flores que se abrem com o amanhecer. Quando substitui a grama, formando um conjunto, suas flores brancas e pequenas parecem gotas de orvalho sobre o verde de suas folhas.
Disponível em://revistacasejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/noticia
/2014/11/15-palntas-com-nomes-curiosos.hatml. Acesso em: 18 nov. 2014.As palavras dama-da-noite, amanhecer e verde, do texto acima, foram formadas, respectivamente, a partir dos seguintes processos:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UNISA SP/2014)
Há calorias que engordam mais
e calorias que engordam menos?
Se você já fez dieta, deve ter ouvido: “o que importa é a quantidade de calorias ingeridas contra as gastas pelo corpo”. Mas há outros detalhes na conta. “É diferente ingerir 100 calorias de gorduras e a mesma quantidade vinda de carboidratos”, diz a nutricionista Alessandra Antunes.
Isso acontece porque nem todas as calorias a mais são absorvidas como gordura. Parte delas é gasta na transformação dos nutrientes em gorduras.
Se ingerimos um alimento rico em carboidratos, como o pão, ou rico em proteínas, como a carne, a transformação em gordura é trabalhosa, demandando energia (calorias), o que faz com que menos calorias estejam disponíveis para “virar” gordura.
Quando consumimos lipídios, que já são gorduras e estão mais presentes em alimentos como o chocolate, nosso corpo não precisa gastar tanta energia em um processo de conversão, fazendo com que mais calorias sejam absorvidas e estocadas como gordura.
Mesmo assim, não é recomendável privilegiar um só tipo de alimento. “A melhor opção para a saúde é a dieta balanceada”, diz a nutricionista.
(Galileu, julho de 2013. Adaptado.)
Observe as passagens:
- a transformação em gordura é trabalhosa (3.º parágrafo)
- menos calorias estejam disponíveis para “virar” gordura. (3.º parágrafo)
- Mesmo assim, não é recomendável privilegiar um só tipo de alimento. (5.º parágrafo)
É correto afirmar que as palavras trabalhosa, gordura e recomendável
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNITAU SP/2014)
Práticas integrativas e complementares: campo de atuação em meio a confluências paradigmáticas
Práticas integrativas e complementares em saúde constituem denominação recente do Ministério da Saúde para a medicina complementar/alternativa, em suas ricas aplicações no Brasil. Esse campo de saberes e cuidados desenha um quadro extremamente múltiplo e sincrético, articulando um número crescente de métodos diagnóstico-terapêuticos, tecnologias leves, filosofias orientais e práticas religiosas, a partir de estratégias sensíveis de vivência corporal e de autoconhecimento. Esse amplo acervo de cuidados terapêuticos abriga ainda recursos como terapias nutricionais, disciplinas corporais, diversas modalidades de massoterapia, práticas xamânicas e estilos de vida associados ao naturalismo e à ecologia.
[…] as medicinas alternativas e complementares, conforme diversos estudos apontam (Queiroz, 2000; Tesser e Barros, 2008; Martinez, 2003), seguem um paradigma distinto. Em linhas gerais, essas abordagens da saúde e da doença, da diagnose, dos tratamentos terapêuticos e das doutrinas que lhes dão suporte concebem o ser humano como ser integral, não identificando barreiras entre mente, corpo e espírito, ao contrário do que faz a medicina convencional. Elas sinalizam para uma visão da saúde entendida como bem-estar amplo, que envolve uma interação complexa de fatores físicos, sociais, mentais, emocionais e espirituais. Nessa perspectiva, o organismo humano é compreendido como um campo de energia (e não um conjunto de partes como assume o modelo biomédico), a partir do qual distintos métodos podem atuar. Trata-se de uma visão integrativa e sistêmica a exigir uma terapia multidimensional e um esforço multidisciplinar no processo saúde/doença/cura […].
ANDRADE, J. T. de; COSTA, L. F. A da. Medicina complementar no SUS:
práticas integrativas sob a luz da antropologia médica. Saúde Soc.
São Paulo, v.19, n.3, p.497-508, 2010.Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam o mesmo processo de formação.
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UFGD MS/2018)
Leia o seguinte excerto.
E bastava batesse no campo o pio de uma perdiz magoada, ou viesse do mato a lália lamúria dos tucanos, para o jumento mudar de rota, pendendo à esquerda ou se empescoçando para a direita; e, por via de um gavião casaco-de-couro cruzar-lhe à frente, já ele estacava, em concentrado prazo de irresolução.
ROSA, João Guimarães. A hora e a vez
de Augusto Matraga. In: ___ Sagarana. 38. ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. Pp. 339-386.Assinale a alternativa que contém palavra formada pelo mesmo processo de formação do verbo “empescoçar”.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNITAU SP/2018)
Falar sobre estupro não é agradável, mas é ainda mais desagradável se deparar com a estimativa de que, a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. Na verdade, não é só desagradável, é uma barbaridade que isso ainda aconteça em pleno século XXI. É preciso discutir sobre os motivos que levam a, ainda, existirem tantos casos de estupro no país. E essa discussão precisa considerar que o estupro não acontece apenas nas periferias. Acontece dentro de muitas casas, acontece nos meios universitários e em ambientes de trabalho. E já está na hora de todos, homens e mulheres, considerarem inaceitável esse tipo de coisa. Estupro é crime e precisa ser combatido como tal.
Para que seja possível combater o estupro, é preciso desmontar o que ficou conhecido como “cultura do estupro”. Isso porque a palavra “cultura” não está apenas relacionada a artes, folclore e coisas bonitas. Ela também é usada para falar sobre comportamento coletivo.
“Cultura” é uma palavra que tem muitas definições e uma delas se refere à maneira como as pessoas vivem em sociedade, isso quer dizer que a cultura tem a ver com nossas práticas socais, com nossa socialização, com a maneira como a gente entende o mundo e vive, estabelecendo uma relação social com o outro. “Nossa maneira de ser, de pensar e de agir não está solta no mundo, porque sempre faz parte de uma cultura”, explica a pesquisadora Izabel Solyszko.
Músicas que incentivam práticas de sexo sem consentimento, ou mesmo que desconsiderem a vontade da mulher, dizendo, por exemplo, “vai namorar comigo sim, se reclamar, vai casar também”, são exemplos da existência de práticas culturais, de costumes, que incentivam comportamentos agressivos e impositivos de homens sobre mulheres. Isso precisa acabar, se o que desejamos é viver em uma sociedade equilibrada e em que o respeito seja a máxima entre as pessoas.
Então, precisamos falar sobre o estupro, urge que discutamos o que faz com que existam estupradores e estupros, pois, só assim, falando sobre e encarando o problema, será possível disseminar uma cultura em que o estupro seja visto como crime e como uma ação de gente primitiva, que é exatamente o que esse crime é.
Adaptado de https://mdemulher.abril.com.
br/estilo-de-vida/cultura-do-estupro-antes-
de-dizer-que-nao-existe-entenda-o-que-
significa/. Acesso em jan. 2018.A palavra “desagradável”, encontrada na 2ª linha do texto, apresenta qual processo de formação de palavras?
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UNESP SP/2017)
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro […]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam- se em palco do horror, do pânico e do medo.
A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)
As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de negação são
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