Revise os principais aspectos da escola literária representada por Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens para ir bem na prova de Literatura do Enem.
Nesta aula você vai revisar as principais características do Simbolismo no Brasil. Trata-se de um movimento artístico que também se manifestou no teatro e nas artes plásticas. Entretanto, foi na literatura que ele conquistou sua principal expressividade. Também será apresentado um breve panorama acerca da vida e da obra dos dois principais poetas simbolistas brasileiros: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens.
O que é o Simbolismo
O Simbolismo é um movimento artístico que se manifestou na literatura e em outras artes. Essa tendência artística surgiu na França, no final do século XIX como uma reação contrária às estéticas realista, naturalista e parnasiana.
Trata-se de um movimento que retoma os ideais românticos, o qual se expressou na literatura, no teatro e nas artes plásticas. Enquanto escola literária, a obra que o inaugura é As flores do Mal, do poeta francês Charles Baudelaire. O misticismo, a subjetividade e a sinestesia, isto é, a valorização dos sentidos, são algumas de suas principais características.
Simbolismo literário
A literatura simbolista é uma das manifestações literárias mais ricas dentre todas. A poesia foi a forma privilegiada nessa escola literária, sendo o soneto a composição poética preferida entre os poetas simbolistas.
Os temas se opõem àquilo que o Realismo, Naturalismo e Parnasianismo utilizavam em suas obras literárias. Assim, o Simbolismo terá uma certa relação com o Romantismo, ressignificando-o, ao ponto que pode ser considerado uma espécie de neorromantismo.
Os poemas simbolistas valorizam os temas místicos, ocultos e espirituais. Ao contrário do Parnasianismo, a descrição e a objetividade cedem espaço à sugestão e a subjetividade na estética simbolista.
A sinestesia, sensação produzida pela interpenetração de órgãos sensoriais ou pelo cruzamento entre dois ou mais dos cinco sentidos, será recorrente. “Voz aveludada” (audição+tato), “brisa negra” (tato+visão), “ápero aroma” (tato+olfato) e “mel escarlate” (paladar+visão) são alguns exemplos de sinestesias.
Outras duas características são a aliteração e a assonância, duas figuras de linguagem referentes à sonoridade. A aliteração consiste na repetição de uma consoante ao longo dos versos. Já a assonância é a repetição de uma determinada vogal. Exemplificando uma aliteração, em
“Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas”
De Cruz e Sousa, temos a repetição da consoante v. E uma assonância pode ser encontrada neste outro verso do autor:
“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras / De luares, de neves, de neblinas!”
Aqui constatamos a repetição da vogal a. Tais recursos sonoros tornam os poemas simbolistas profundamente musicais.
Simbolismo no Brasil
O Simbolismo no Brasil tem início em 1893 com a publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Além desse poeta, destaca-se também a obra de Alphonsus de Guimaraens.
Quanto à sua duração, o Simbolismo brasileiro estendeu-se até o ano de 1922, quando da realização da Semana de Arte Moderna. Agora veremos um pouco a respeito da vida e da obra dos dois principais poetas simbolistas de nossa literatura.
Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Desterro, atual Florianópolis-SC. É filho de escravos alforriados, Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição.
No entanto, o poeta desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o marechal Guilherme Xavier de Sousa, e sua esposa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa.
Dona Clarinda não tinha filhos e passou a proteger e cuidar da educação de João. Dessa forma, o casal concedeu ao garoto o sobrenome e lhe forneceu condições ideais para a sua educação. Logo surgia um adolescente brilhante e intelectual interessado pelas letras: João aprendeu francês, latim e grego.
Além disso, foi discípulo do alemão Fritz Müller (amigo de Charles Darwin), com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.
Conhecedor da língua francesa e tendo completo domínio da língua portuguesa, o poeta atuou em diversos jornais e revistas da época. Em 1883, foi vitimado por uma explícita manifestação de preconceito racial: não foi aceito como promotor de Laguna-SC devido ao fato de ser negro.
Isso abalou profundamente o poeta, provocando grande desalento. Por outro lado, tal acontecimento impulsionou sua vontade de engajar-se na luta pelos ideais abolicionistas.
Também é possível constatar a temática do preconceito racial, direta ou indiretamente, como assunto recorrente em sua poesia. Decepcionado com o episódio de Laguna, partiu para a cidade do Rio de Janeiro. Em terras fluminenses, trabalhou na estrada de ferro Central Brasil e colaborou com o jornal Folha Popular. Também no Rio, em 1890, fundou o primeiro grupo simbolista brasileiro, juntamente com Oscar Rosas e B. Lopes.
Em 1893, o poeta simbolista casou com Gavita Gonçalves, com quem teve quatro filhos. A família do poeta, entretanto, desfez-se de maneira trágica: todos os seus filhos foram acometidos de tuberculose e faleceram. A esposa Gavita, diante de tais fatalidades, enlouqueceu. Debilitado emocional e fisicamente, o poeta também contraiu tuberculose. Em busca de um clima mais favorável à sua recuperação, mudou-se para a cidade de Sítio-MG, onde faleceu no ano de 1898.
A obra de Cruz e Sousa
Esteticamente falando, a poesia de Cruz e Sousa possui uma rigorosa metrificação decassílaba, uso de sonetos e rimas ricas. Além disso, o poeta vale-se de aliterações e assonâncias, o que torna seus poemas repletos de musicalidade.
A obra de Cruz e Sousa reflete também uma preocupação de caráter social. Esta se torna explícita quando o poeta tematiza a angústia, o pessimismo e o tédio do homem dos fins do século XIX. Assim sendo, diante da realidade opressora, o poeta vê a evasão e o misticismo como únicas alternativas de superação.
Um fato curioso que podemos constatar nos poemas de Cruz e Sousa é o uso ou referência ostensiva à cor branca. O leitor poderá encontrar palavras tais como neve, brilho, espuma, pérola, estrela, nuvem, lua… Segundo alguns críticos literários de sua obra, tal recorrência pode ser entendida como uma manifestação crítica do poeta ao preconceito racial, que era comum no país.
Entretanto tal teoria é refutada por outros, visto que na poesia simbolista de países que não vivenciaram a escravidão também se usava tal vocabulário. Logo, tais estudiosos acreditam que Cruz e Sousa até tenha pensado em uma crítica ao racismo, mas consideram mais provável que ele estivesse utilizando um vocabulário tipicamente simbolista. Nesse sentido, a cor branca pode remeter à ideia de uma atmosfera mística, transcendental, onírica, sugestiva e espiritual.
Devido à elegância e ao artesanato dedicado aos seus versos, o poeta recebeu dois epítetos: Cisne Negro da literatura brasileira (o mais usual) e Dante Negro.
Alphonsus de Guimaraens
Outro poeta que se destaca no Simbolismo brasileiro é Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães. Nascido em Ouro Preto-MG, sua poesia é profundamente religiosa e sensível na medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo.
Ainda na flor da juventude e vivendo em Minas Gerais, Guimaraens sofreu um episódio traumático em sua vida: sua noiva Constança morreu poucos dias antes do casamento. Tal fato repercutiu por toda sua poesia.
Posteriormente, foi para São Paulo estudar Direito na faculdade do Largo São Francisco (atual Faculdade de Direito da USP). Foi durante seu percurso acadêmico que Alphonsus tomou contato os ideais simbolistas e escreveu a maior parte de sua obra.
Já formado, Alphonsus viajou para o Rio de Janeiro, onde conheceu o poeta Cruz e Sousa. Depois de retornar a Minas Gerais, ele exerceu o cargo de juiz na cidade de Mariana. Devido ao período em que viveu nesse município, ficou conhecido como “O Solitário de Mariana”. O apelido lhe foi dado devido ao isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.
Foi também nessa cidadezinha interiorana que o poeta constituiu sua família. Ao lado de sua esposa, Zenaide, e seus catorze filhos, Alphonsus levou uma vida tranquila e sem requintes. Lá viveu até o ano de sua morte, em 1921.
A obra de Guimaraens é marcada pela utilização de uma linguagem simples, onde podemos encontrar as já citadas características dos poemas simbolistas. No plano formal, a poesia de Alphonsus é mais clássica que a de Cruz e Sousa.
Videoaula sobre os poetas do Simbolismo no Brasil
Para terminar, assista à videoaula abaixo, em que a professora Camila, de Literatura, apresenta as características da poesia de Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens.
Questões sobre o Simbolismo brasileiro
Agora que você já aprendeu tudo sobre o Simbolismo no Brasil, responda às questões abaixo!
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNIOESTE PR/2018)
Tendo em vista os tercetos abaixo e os poemas de onde foram extraídos, O Incêndio de Roma e Sinfonias do Ocaso, bem como seus respectivos autores, Olavo Bilac e Cruz e Sousa, assinale a alternativa INCORRETA.
“Nero, com o manto grego ondeado ao ombro, assoma
Entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte,
Lira em punho, celebra a destruição de Roma”.
“Ah! por estes sinfônicos ocasos
A terra exala aromas de áureos vasos,
Incensos de turíbulos divinos”.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ESPM SP/2018)
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
(Olavo Bilac)
Sobre a estrofe, só não se pode afirmar que:
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ESPM SP/2018)
As palavras do amor expiram como os versos,
Com que adoço a amargura e embalo o pensamento:
Vagos clarões, vapor de perfumes dispersos,
Vidas que não têm vida, existências que invento;
Esplendor cedo morto, ânsia breve, universos
De pó, que o sopro espalha ao torvelim¹ do vento,
Raios de sol, no oceano entre as águas imersos
− As palavras da fé vivem num só momento…
Mas as palavras más, as do ódio e do despeito,
O “não!” que desengana, o “nunca!” que alucina,
E as do aleive², em baldões³, e as da mofa4, em risadas,
Abrasam-nos o ouvido e entram-nos pelo peito:
Ficam no coração, numa inércia assassina,
Imóveis e imortais, como pedras geladas.
(“Palavras”, de Olavo Bilac)
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UEFS BA/2018)
Os poetas simbolistas renunciavam à tradução da forma fixa do objeto em favor do ritmo do devir, da fugacidade do momento. Buscavam a expressão de algo que escapa a uma forma definida e não é abordável por um caminho direto.
A partir desses poetas, a poesia ocidental vive um momento em que a objetividade e o tom escultural do Parnasianismo [ou seja, o seu culto da forma e do descritivo] cedem lugar à evocação sugestiva e musical. Em lugar da exatidão, o vago.
(Lígia Cademartori. Períodos
literários, 1987. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que se verifica um trecho de um poema simbolista.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(ESPM SP/2017)
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche¹, salta clown, varado
pelo estertor² dessa agonia lenta …
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço…
E embora caias sobre o chão, fremente³,
afogado em teu sangue estuoso4 e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(Cruz e Sousa)
¹ gavroche: garotos de Paris, figuradamente artista.
² estertor: respiração anormal própria de moribundos.
³ fremente: vibrante, agitado, violento.
4 estuoso: que ferve, ardente, febril.
Fazendo uma análise mais detalhada do soneto, assinale a afirmação incorreta:
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UEA AM/2017)
A partir desse movimento, a poesia ocidental vive um momento em que a objetividade cede lugar à evocação sugestiva. Em lugar da exatidão, o vago.
Na mesma época em que os pintores impressionistas iniciavam a diluição dos contornos dos objetos nos jogos de luz, os poetas desse movimento renunciavam à tradução da forma fixa do objeto em favor da fugacidade do momento. Buscavam a expressão de algo que escapa a uma forma definida e não é abordável por um caminho direto.
(Lígia Cademartori. Períodos literários, 1987. Adaptado.)
Tal comentário refere-se ao movimento
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNIFESP SP/2016)
O Simbolismo é, antes de tudo, antipositivista, antinaturalista e anticientificista. Com esse movimento, nota-se o despontar de uma poesia nova, que ressuscitava o culto do vago em substituição ao culto da forma e do descritivo.
(Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1994. Adaptado.)
Considerando esta breve caracterização, assinale a alternativa em que se verifica o trecho de um poema simbolista.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNIFESP SP/2015)
Leia o soneto de Cruz e Sousa.
Silêncios
Largos Silêncios interpretativos,
Adoçados por funda nostalgia,
Balada de consolo e simpatia
Que os sentimentos meus torna cativos;
Harmonia de doces lenitivos,
Sombra, segredo, lágrima, harmonia
Da alma serena, da alma fugidia
Nos seus vagos espasmos sugestivos.
Ó Silêncios! ó cândidos desmaios,
Vácuos fecundos de celestes raios
De sonhos, no mais límpido cortejo…
Eu vos sinto os mistérios insondáveis
Como de estranhos anjos inefáveis
O glorioso esplendor de um grande beijo!
(Cruz e Sousa. Broquéis, Faróis, Últimos Sonetos, 2008.)
A análise do soneto revela como tema e recursos poéticos, respectivamente:
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(PUC RS/2015)
Leia o poema “O mar”, de Cruz e Sousa.
Que nostalgia vem das tuas vagas,
Ó velho mar, ó lutador oceano!
Tu de saudades íntimas alagas
O mais profundo coração humano.
Sim! Do teu choro enorme e soberano,
Do teu gemer nas desoladas plagas,
Sai o quer que é, rude sultão ufano,
Que abre nos peitos verdadeiras chagas.
Ó mar! ó mar! embora esse eletrismo,
Tu tens em ti o gérmen do lirismo,
És um poeta lírico demais.
E eu para rir com bom humor das tuas
Nevroses colossais, bastam-me as luas
Quando fazem luzir os seus metais.
Com base no poema e em seu contexto, preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
( ) A obsessão pelo branco, uma das características de Cruz e Sousa, aparece de forma intensa neste poema.
( ) O soneto, através do uso da personificação, estabelece uma relação de correspondência entre o mar e o poeta.
( ) O mar surge, no poema, como um elemento catalizador de memórias e de inspiração.
( ) O soneto expressa forte musicalidade, revelada no cuidado com a linguagem, embora seja composto de versos brancos.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(Enem-2009)
Cárcere das almas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
(CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.)
Os elementos formais e temáticos relacionados com o contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são:
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Sobre o(a) autor(a):
Texto produzido pelo Professor João Paulo Prilla para o Curso Enem Gratuito. JP é licenciado em Letras- Português, Inglês e respectivas Literaturas (2010) pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e mestrando em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Ministra aulas de Literatura, Língua Portuguesa e Redação em escolas da Grande Florianópolis desde 2011.
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