Sabe tudo sobre ambiguidade e duplo sentido? Teste o seu conhecimento com 10 questões sobre o tema. Boa sorte!
A ambiguidade ocorre em casos em que frases ou expressões possuem mais de um sentido, mesmo estando gramaticalmente corretas. O uso inadequado pode cair na lista dos Vícios de Linguagem, e fazer você perder pontos na redação. Faça o simulado e verifique o seu desempenho com questões sobre ambiguidade e duplo sentido!
Quando o texto tem mais de um sentido sem que seja de maneira intencional, ocorre a ambiguidade. Podemos definir, então, que ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões nos trazem. Assim, o entendimento do enunciado se torna mais difícil.
Cuidado com as pegadinhas de ambiguidade
Veja agora com a professora Mercedes Bonorino, do canal do Curso Enem Gratuito, o que é a Ambiguidade enquanto vício de linguagem.
Dicas da professora Mercedes Prado Bonorino:
- Pleonasmo e ambiguidade são os vícios de linguagem mais cobrados no Enem. Tome cuidado para não perder pontos.
- Bastante comuns na língua falada, os vícios de linguagem são um tipo de deturpação na forma culta da língua.
- As causas para cometermos esse tipo de deslize são várias. Entre elas estão a falta de conhecimento, o costume ou mesmo falta de atenção.
- Nesta aula acima a professora Mercedes te ensina os principais vícios de linguagem.
Veja Pleonasmo; – Ambiguidade; – Cacofonia; – Barbarismo; – Solecismo; – Estrangeirismo; – Arcaísmo; e Vulgarismo.
Ambiguidade estrutural
Às vezes, a frase está escrita gramaticalmente correta. No entanto, o posicionamento de alguma palavra pode causar a ambiguidade estrutural. E isso é que devemos evitar também.
Veja alguns exemplos de frases com ambiguidade estrutural:
- Proibido entrar na loja de boné.
- A moça viu o incêndio do prédio ao lado.
- O policial prendeu o ladrão em sua casa.
E aí? Conseguiu perceber a ambiguidade nos três exemplos? Então, vamos lá.
No primeiro exemplo, ou não se pode entrar numa loja que vende boné ou não se pode entrar na loja usando um boné. Uma das maneiras de corrigir é: “proibido entrar de boné na loja”.
No segundo exemplo de ambiguidade, a moça viu um incêndio estando no prédio ao lado ou presenciou um incêndio que ocorria no prédio ao lado. Para corrigir, podemos redigir assim:
- A moça viu incêndio que aconteceu no prédio ao lado.
- A moça estava no prédio ao lado e viu o incêndio.
Já na última frase com ambiguidade, não sabemos em que casa o policial fez a prisão, e isso se deve ao pronome possessivo sua. Vejamos como podemos corrigir essa ambiguidade:
- O policial estava em casa e prendeu o ladrão.
- O policial foi até a casa do ladrão e o prendeu.
Às vezes, não tem jeito, é preciso reescrever a frase e pôr algumas palavras em outro lugar para que o texto seja compreendido de forma correta, com a interpretação que se deseja.
O que é duplo sentido
Em várias situações de interlocução, observamos que as pessoas fazem os mais variados usos de possibilidade das palavras ou expressões na hora de se comunicarem. É aí que entra o duplo sentido.
Dessa maneira, duplo sentido pode ser definido como a propriedade que certas palavras e expressões possuem de serem lidas e entendidas de duas maneiras diferentes.
Diferença entre ambiguidade e duplo sentido
Por mais que duplo sentido e ambiguidade sejam “quase” sinônimos, vamos estabelecer uma pequena diferença aqui, tá bem? Ficamos assim acordados.
Duplo sentido será usado sempre que a possibilidade de mais de uma interpretação for proposital. Algo produzido por quem criou a sentença, o enunciado.
Por outro lado, a ambiguidade será usada sempre que a possibilidade de mais de uma interpretação for resultado de alguma construção linguística não intencional.
Simulado sobre ambiguidade e duplo sentido
Selecionamos 10 questões sobre ambiguidade e duplo sentido para você testar o seu aprendizado. Vamos lá?
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(ESPM RJ/2018)
Propaganda é assim: até quando acaba em pizza dá resultado.
04 de dezembro. Dia Mundial da Propaganda.
Nossa homenagem aos profissionais que trabalham até mais tarde para dar aquele molho especial à sua comunicação.Assinale a afirmação INCORRETA:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UECE/2018)
A velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
– É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.
PRETA, Stanislaw Ponte. Primo Altamirando e elas. São Paulo: Agir, Martins Fontes, 2008.
Para conseguir o efeito de humor, o texto acima recorre em especial:
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(Unicastelo SP/2013)
Para alguém conhecido, no início da carreira, como “o peru que fala”, graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha.
Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, “soltinho” aos 81 anos.(Marco Aurélio Canônico. O rei está nu. Folha de S.Paulo, 19.08.2012.)
Ambiguidade é o duplo sentido causado pela má construção da frase. Entretanto, em alguns casos, a ambiguidade pode ser construída pelo autor, de forma proposital, com a intenção clara de chamar a atenção para uma dupla possibilidade interpretativa.
Essas observações permitem afirmar que, no texto acima, ocorre ambiguidade na expressão:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UEPB/2011)
Leia a peleja de Pinto do Monteiro e Louro do Pajeú sobre “Esse negócio de errar”:
Lourival Batista, falando sobre plantas, usou o termo “carola” em vez de “corola”. Pinto bateu forte.
Um rapaz que teve escola
E ainda canta errado
Fala em flor e diz “carola”
Muito tem se confessado
Parte de flor é “corola”
Precisa tomar “coidado”O cochilo de linguagem de Pinto, falando “coidado”, em vez de “cuidado”, deu a Lourival a oportunidade de poder “vingar-se” do colega. E fulminou.
Pra não ter um só errado
Errei eu, erraste tu,
Errou Pinto do Monteiro
E Louro do Pajeú
Nesta palavra “coidado”
Tire o “o” e bote o “u”Do texto, pode-se considerar:
I. Ambiguidade, tendo em vista o uso de duplo sentido das palavras “carola” e “corola”.
II. Que no verso cinco as palavras “corola” e “flor” são consideradas cognatas.
III. Paralelismo sintático, no verso oito, em razão da reiteração das estruturas lexicais em ritmo cadenciado.
IV. Que nos versos onze e doze, não se leva em conta o fenômeno da variação linguística e suas implicações no uso da língua.Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(Fac. Cultura Inglesa SP/2014)
Examine a charge:
(www.chargeonline.com.br)
*Galo: referência ao time do Atlético Mineiro.
O efeito de humor da charge decorre, entre outras razões:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(IFPE/2015)
JUNIÃO. Disponível em: http://www.juniao.com.br/aranha-fecha-o-gol-novamente-contra-o-gremio/>. Acesso em: 01 out.2014.
A charge é um gênero de opinião, de cunho crítico e humorístico. Sobre o texto, que também trata do caso Aranha, pode-se afirmar que:
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IncorretoResposta incorreta! Revise o conteúdo para acertar na hora da prova!A crítica é construída, principalmente, na caricatura do goleiro, a qual não o retrata de forma respeitosa.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(IBMEC SP Insper/2012)
(Folha de São Paulo, 03/08/2011)
Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge, conclui-se que o humor decorre do(a):
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(Unifesp SP/2013)
Quando o falante de uma língua depara um conjunto de duas palavras, intuitivamente é levado a sentir entre elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um contexto mais esclarecedor.
Assim, além de captar o sentido básico das duas palavras, o receptor atribui-lhes uma gramática – formas e conexões. Isso acontece porque ele traz registrada em sua mente toda a sintaxe, todos os padrões conexionais possíveis em sua língua, o que o torna capaz de reconhecê-los e identificá-los. As duas palavras não estão, para ele, apenas dispostas em ordem linear: estão organizadas em uma ordem estrutural.
A diferença entre ordem estrutural e ordem linear torna- se clara se elas não coincidem, como nesta frase que um aluno criou em aula de redação, quando todos deviam compor um texto para outdoor, sobre uma fotografia da célebre cabra de Picasso: “Beba leite de cabra em pó!”. Como todos rissem, o autor da frase emendou: “Beba leite em pó de cabra!”.
Pior a emenda do que o soneto. (Flávia de Barros Carone. Morfossintaxe, 1986. Adaptado.)
Assinale a alternativa que traz uma explicação plausível para o riso dos alunos.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Barro Branco PR/2015)
Leia o trecho do poema Tabacaria, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.
Tabacaria
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que nin-
[guém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constante-
[mente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente
[certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos
[seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos
[brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada
[de nada.
(Fernando Pessoa, Obra Poética)Leia os quadrinhos e compare seu conteúdo ao poema Tabacaria.
Em uma análise comparativa, compreende-se que os quadrinhos pretendem:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(ESPM SP/2017)
Em uma das frases ocorre uma ambiguidade ou duplo sentido. Identifique-a:
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