Entenda como se deu todo o processo histórico que levou à Independência do Brasil. Estude com o Curso Enem Gratuito e arrase no Enem!
A Independência do Brasil, ocorrida em 7 de setembro de 1822, é muitas vezes lembrada apenas pelo famoso Grito do Ipiranga, liderado por D. Pedro I.
No entanto, esse momento foi resultado de um processo histórico que começou com as revoltas emancipacionistas no final do século XVIII.
Para se preparar bem para esse tema no Enem, confira o resumo completo, assista à aula de revisão e faça o Simulado para reforçar o conteúdo.
Movimentos pela independência do Brasil
Nas últimas décadas no século XVIII, temos a crise do Sistema Colonial nas colônias americanas. No Brasil, isso é marcado principalmente pela Conjuração Baiana e Inconfidência Mineira.
Ambos movimentos questionavam o Pacto Colonial e o papel do Brasil como colônia, defendiam maior autonomia do povo brasileiro, assim como objetivavam a separação de seu território perante a coroa portuguesa.
Importante ressaltar que, apesar de ter caráter separatista, estes movimentos não pretendiam separar o Brasil inteiro de Portugal. Suas ambições se restringiam apenas à sua área de atuação.
Esses movimentos fazem parte de uma conjuntura mundial e engloba as mudanças políticas capitaneadas pelo Iluminismo, que questionava o chamado Antigo Regime na França e as monarquias de toda a Europa.
Os movimentos de contestação também tiveram influência da Revolução Francesa e da Independência dos EUA, que marcam um período de transição da História Moderna para a História Contemporânea.
Além disso, outra transformação importante em âmbito mundial teve origem na própria Revolução Industrial, modificando as relações econômicas no mundo todo e pressionando inovações na ordem vigente.
A Inconfidência Mineira
Assista à videoaula apresentada pelo professor de história, Felipe de Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito, para saber mais sobre a Inconfidência Mineira.
A Família Real no Brasil
Em 1808, a família real portuguesa se mudou para o Brasil devido às guerras napoleônicas. O conflito na Europa tinha posto o príncipe regente de Portugal em uma sinuca de bico.
Napoleão havia decretado o bloqueio continental à Inglaterra para prejudicar a nação inimiga nas suas finanças, e ameaçou todos os países do continente europeu que não aderissem ao bloqueio.
Portugal tinha relações comerciais de longa data com os ingleses, e caso aderisse ao decreto de Napoleão, poderia perder negócios importantes para a economia. Por isso, D. João VI decide por se refugiar no Brasil com a ajuda dos ingleses.
Ao chegar em terras brasileiras, uma das primeiras atitudes que tomou foi decretar a abertura dos portos às nações amigas, extinguindo o monopólio português sobre o comércio brasileiro. Tal medida beneficiou principalmente a Inglaterra, que pode comercializar seus produtos industrializados com o Brasil.
Em 1815, o Brasil deixa de ser colônia e é declarado Reino Unido de Portugal e Algarves. Essa decisão acelerou ainda mais o processo de independência do Brasil.
Em 1820, acontece em Portugal a Revolução do Porto, que acaba com o absolutismo no país. A burguesia que liderou o movimento português implantou uma monarquia constitucional e defendia uma economia liberal.
No entanto, por interesses financeiros, essa mesma burguesia defendia a recolonização do Brasil. D. João VI retorna a Portugal no ano seguinte e deixa seu filho D. Pedro, com apenas 5 anos, responsável por administrar o país.
A fuga da corte portuguesa para o Brasil
Para entender melhor o contexto da fuga da corte portuguesa para o Brasil, assista à videoaula apresentada pelo professor Felipe.
A Independência do Brasil
D. Pedro se aproxima da elite agrária brasileira, que temia perder o que haviam conquistado com o fim do Pacto Colonial, ou que a situação piorasse e o Brasil passasse por conflitos semelhantes ao que ocorria nas guerras de independência na América Espanhola, dividindo o território.
Eles viram na figura de D. Pedro a possibilidade de manter seus privilégios, podendo conter a recolonização e, ao mesmo tempo, impedir que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário e republicano como nas colônias espanholas, ou ainda, ameaçasse o regime escravocrata como havia ocorrido no Haiti.
Outra personagem histórica importante nesse processo é D. Maria Leopoldina, princesa austríaca da família Habsburgo, que se casou com D. Pedro antes mesmo de conhecê-lo, devido a interesses políticos das duas famílias.
Leopoldina teve da melhor educação possível para uma mulher de sua época, poliglota, era interessada em botânica, e desde criança se preparou para ser uma mulher ativa nas relações políticas de Estado. Ela teve papel fundamental nas decisões de D. Pedro e participou intensamente das negociações para que a Independência do Brasil ocorresse.
O dia 7 de Setembro foi o fechamento desse processo que deu fim à ruptura política, mas que não alterou em nada a situação socioeconômica brasileira. O Brasil continuou sendo um país agroexportador, escravocrata e comandado pela elite agrária.
Resumo sobre a Independência do Brasil
Sobre a independência do Brasil, assista ao vídeo elaborado pelo professor Felipe Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito.
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Exercícios sobre a Independência do Brasil
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UERJ/2018)
O Monumento à Independência, localizado em São Paulo, foi criado em 1922 para as comemorações do centenário da emancipação política brasileira. O projeto vencedor, sem a aprovação unânime da comissão julgadora, foi alterado e teve de incluir episódios e personalidades vinculados ao processo da independência, tais como: na lateral esquerda do monumento, passaram a figurar os inconfidentes mineiros (1789); na lateral direita, os revolucionários pernambucanos (1817). Na face frontal, permaneceram as esculturas “Independência ou Morte” e “Marcha Triunfal da Nação Brasileira”.
Os contextos políticos nos quais são criados os monumentos interferem na valorização de determinadas interpretações sobre as experiências históricas por eles representadas.
As mudanças realizadas no projeto original do Monumento à Independência expressam o seguinte interesse das autoridades governamentais da época:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UCS RS/2017)
A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior da América Latina. O núcleo original de seu acervo é a antiga livraria de D. José, cuja origem remonta às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte. Quando D. João VI e sua Corte chegaram ao Rio de Janeiro, em consequência da invasãodas tropas de Napoleão Bonaparte em Portugal, trouxeram consigo parte da Biblioteca Nacional Portuguesa, que era composta por cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.
Disponível em: <https://www.bn.gov.br/sobre-bn/historico>. Acesso em: 5 mar. 17. (Parcial e adaptado.)
Sobre o período e os acontecimentos históricos referidos no texto, é correto afirmar que a
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ESPM/2017)
Vossa majestade verá que fiz de minha parte tudo quanto podia e, por mim, no dito tratado, está feita a paz. É impossível que vossa majestade, havendo alcançado suas reais pretensões negue ratificar um tratado que lhe felicita seus reinos, abrindo-lhe os portos ao comércio estagnado, e que vai pôr em paz tanto a nação portuguesa, de que vossa majestade é tão digno rei, como a brasileira, de que tenho a ventura de ser imperador.
(Paulo Rezzuti. D. Pedro: a história não contada. O homem revelado
por cartas e documentos inéditos)O fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI, versando sobre o tratado por meio do qual Portugal reconhecia a independência do Brasil, mediante:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ESPM/2017)
Associada à geografia de gênero, o feminismo brasileiro intensificou-se:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UNESP SP/2017)
Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo.
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”.
História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(Mackenzie SP/2017)
A Inconfidência Mineira representou potencialmente uma das maiores ameaças de subversão da ordem colonial. O fato de ter ocorrido na área das Minas, área na qual a permanente vigilância e repressão sobre a população eram as tarefas maiores das autoridades públicas, indica um alto grau de consciência da capacidade de libertação da dominação metropolitana.
(Resende, Maria Eugênia Lage de. A Inconfidência Mineira. São Paulo: Global,1988)
De acordo com o texto acima assinale a assertiva correta.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(PUC RS/2017)
Sobre a Independência do Brasil, afirma-se:
I. Implicou uma ruptura de laços políticos e econômicos com Portugal, já que no Brasil seria adotado um regime político constitucional, e Portugal manteria o sistema absolutista.
II. Pode ser considerada uma decorrência da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, na medida em que esse acontecimento implicou um processo crescente, e difícil de ser revertido, de autonomização político-econômico da colônia.
III. Está associada a uma profunda mudança estrutural interna, por colocar em cheque a base econômico-social que sustentou a exploração econômica do Brasil durante o regime colonial.
IV. Sofreu resistência dentro do próprio País, tendo em vista que determinadas Províncias, como o Grão-Pará e o Maranhão, tinham mais vínculos com Lisboa do que com o Rio de Janeiro.Estão corretas apenas as afirmativas
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(IFBA/2017)
O Período Regencial é considerado como um dos mais agitados da História do Brasil. A Independência ainda era recente e os debates acerca do grau de autonomia das Províncias eram muito presentes. Sobre esse contexto e as revoltas dele decorrentes, marque V para Verdadeiro e F para Falso. Em seguida, assinale a alternativa que representa a sequência correta:
( ) O grupo político dos liberais exaltados defendiam, dentre outras ideias, uma maior autonomia das Províncias.
( ) A Revolta dos Malês, que ocorreu em Salvador, 1835, demonstrou às elites o poder de contestação de africanos e escravos, desencadeando no aumento da repressão aos revoltosos.
( ) A Sabinada e a Cabanagem foram exemplos dos poucos movimentos ocorridos no Brasil durante a Regência. As demais Províncias vivenciaram esse período sem conflitos.
( ) Nesse período, o chamado Ato Adicional estabeleceu a criação das Assembleias Provinciais e da Regência Una, eletiva e temporária.
( ) A Farroupilha, que durou cerca de 10 anos, foi um movimento do período regencial que resultou na Independência do Rio Grande do Sul e sua união com o Uruguai.
A sequência correta é:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UniCESUMAR SP/2017)
“Desde a década de 1820 e até 1864, as relações entre Brasil e Paraguai deram-se a partir de três elementos definidores: a necessidade de demarcar as fronteiras, que cada país buscava segundo critérios que lhe fossem benéficos; a garantia permanente de livre navegação do Rio Paraguai; por último, fator primordial na definição das relações entre Rio de Janeiro e Assunção, a ameaça representada pelo projeto de Buenos Aires de reconstruir, na forma de república, unidade do antigo Vice-Reino do Prata.”
Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1991, p. 11.
Segundo o texto, as tensões que antecederam e provocaram a guerra entre Brasil e Paraguai têm vínculos claros com
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(Uni-FaceF SP/2017)
O Estado Novo foi implantado no estilo autoritário, sem grandes mobilizações. O movimento popular e os comunistas tinham sido abatidos e não poderiam reagir; a classe dominante aceitava o golpe como coisa inevitável e até benéfica. O Congresso dissolvido submeteu-se, a ponto de oitenta de seus membros irem levar solidariedade a Getúlio, a 13 de novembro, quando vários de seus colegas estavam presos.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2007.)
Com base no excerto, é correto afirmar que com o Estado Novo foi estabelecido, no Brasil,
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Sobre o(a) autor(a):
Pedro Cristiano de Azevedo é formadoa em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e Mestrado pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Atua como professor de História em escolas da Grande Florianópolis desde 2010.