Você sabia que conhecer os pronomes pode ajudar até mesmo a resolver questões de análise sintática? Revise os pronomes pessoais e demonstrativos com este post de português para mandar bem nas questões de Línguas do Enem e dos vestibulares!
A função dos pronomes pessoais é substituir um termo já mencionado. Geralmente, o aluno já conhece os pronomes pessoais retos – eu, tu, você, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Mas quando confrontado com os oblíquos, surge a dúvida: quem são, como utilizar e quando? Também existem os pronomes demonstrativos e vamos revisá-los.
O que são pronomes pessoais
De modo geral, os pronomes pessoais retos são utilizados na posição de sujeito, concordando com o verbo. Veja o exemplo:
Ele foi ao cinema.
E os pronomes oblíquos? Quem são eles? Para que servem? Por que quase nunca os utilizamos na língua falada?
Os pronomes oblíquos
São divididos entre Átonos e Tônicos.
Pronomes oblíquos átonos
Pronomes Oblíquos Átonos são aqueles não precedidos por preposição: me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos. Já os Pronomes Oblíquos Tônicos, mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele(s), ela(s), nós, conosco, vós, convosco, são precedidos por preposição ao serem contextualizados em uma frase. Vamos ver alguns exemplos? Observe que os pronomes oblíquos são utilizados na posição de objeto, sendo alvo da ação.
1. Preciso buscar a mochila. >> Preciso buscá-la. (quando o verbo é terminado em “R”, adicionamos “L” ao pronome oblíquo átono e omitimos o “R”.)
2. Põe a mesa, por favor. >> Põe-na, por favor. (quando o verbo é terminado em som nasal, como palavra terminadas em til ou “M”, adicionamos “N” ao pronome oblíquo átono.)
3. Você fez o relatório? >> Você fê-lo? (quando o verbo é terminado em “Z”, adicionamos “L” ao pronome oblíquo átono e omitimos o “Z”.)
4. Vi Márcio / Ana no cinema ontem. >> Vi- a / o no cinema ontem. (os pronomes oblíquos átonos “o” e “a” sempre exercem a função de objeto direto.
5. Entreguei ao chefe o relatório. >> Entreguei – lhe o relatório. (o pronome oblíquo átono “lhe” sempre exerce a função de objeto indireto, pois apesar de não ser precedido por preposição, engloba a preposição em seu uso.
Observe que antes havia a preposição “a”, em “ao chefe”, já com o uso de “lhe”, a preposição está subentendida.)
Pronomes oblíquos tônicos
1. Ela deu o presente para mim / ele / ela. (pronome oblíquo tônico antecedido pela preposição “para”, o que o torna parte do objeto indireto).
2. Minha mãe ficou brava comigo. (pronome oblíquo tônico formado pela preposição “com”, sendo parte do objeto indireto).
Os pronomes oblíquos tônicos parecem mais próximos do seu dia a dia, certo? Isso não acontece à toa. O Português Brasileiro Falado vem passando por um longo processo de Variação Linguística, em que o uso de pronomes pessoais reto e oblíquos tônicos é maior do que o uso de pronomes oblíquos átonos em alguns casos.
Por exemplo, é muito mais comum alguém dizer “Vi ele no cinema” em vez de “Vi-o no cinema”, substituindo o pronome oblíquo átono pelo reto. Mesmo assim, ainda utilizamos com frequência alguns pronomes oblíquos átonos, como “me” e “te”: “Me disseram a verdade” ou “Te amo”.
No começo da frase, o que vai contra a gramática da língua escrita, mas ainda utilizamos. É importante lembrar que essa variação não é melhor nem pior, mas apenas uma possibilidade oferecida pela língua. Quem condiciona a língua a juízos de valor é o uso social, não a sua estrutura.
Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos costumam ser mais fáceis para os estudantes: este, esse, aquele. O problema só começa na hora de diferenciar o uso de “este” e “esse” ao escrever a redação. Na relação espacial, “aquele” refere-se a algo distante. Mas e este ou esse?
1. “Este” refere-se a algo ainda não citado no contexto: “Este plano é revolucionário: investir em educação básica pública de qualidade.” Perceba que o plano só foi explicado depois, ele ainda não havia aparecido no contexto.
2. “Esse” refere-se a algo já citado no contexto: “O relatório foi muito criticado na reunião. Esse tipo de documento sempre sofre alterações.” Nesse caso, “o relatório” já havia sido mencionado e é retomado por “esse tipo de documento”.
Videoaula sobre pronomes retos, oblíquos e demonstrativos
E aí, conseguiu aprender um pouco mais sobre os pronomes pessoais e demonstrativos? Beleza! Agora, para não restar dúvidas, veja a videoaula da prof. Jéssica
Exercícios
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNIFOR CE/2010)
Aponte a opção em que a classificação do termo grifado está INCORRETA:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UDESC SC/2015)
ADÃO EVA
1 UMA SENHORA DE ENGENHO, na Bahia, pelos anos de mil setecentos e tantos, 2 tendo algumas pessoas íntimas à mesa, anunciou a um dos convivas, grande 3 lambareiro, um certo doce particular. Ele quis logo saber o que era; a dona da casa 4 chamou-lhe curioso. Não foi preciso mais; daí a pouco estavam todos discutindo a 5 curiosidade, se era masculina ou feminina, e se a responsabilidade da perda do paraíso 6 devia caber a Eva ou a Adão. As senhoras diziam que a Adão, os homens que a Eva, 7 menos o juiz de fora, que não dizia nada, e Frei Bento, carmelita, que interrogado pela 8 dona da casa, D. Leonor:
9 – Eu, senhora minha, toco viola, respondeu sorrindo; e não mentia, porque era 10 insigne na viola e na harpa, não menos que na teologia.
11 Consultado, o juiz de fora respondeu que não havia matéria para opinião; porque 12 as coisas no paraíso terrestre passaram-se de modo diferente do que está contado no 13 primeiro livro do Pentateuco, que é apócrifo. Espanto geral, riso do carmelita, que 14 conhecia o juiz de fora como um dos mais piedosos sujeitos da cidade, e sabia que era 15 também jovial e inventivo, e até amigo da pulha, uma vez que fosse curial e delicada; 16 nas coisas graves, era gravíssimo.
ASSIS, Machado de. Várias Histórias.
São Paulo: Martin Claret, 3ª ed., 2013, p. 78.Assinale a alternativa incorreta em relação ao conto Adão e Eva, Machado de Assis, e ao texto.
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(FGV /2016)
A tão falada lição
Passam os anos menos depressa do que dizem, quando dizem que o tempo corre. Passam mais depressa do que se pensa, quando se trata de vivê-los. São 64 anos. Por exemplo, entre este e 1950, ano de muitas agitações.
Na política, pela volta de Getúlio, se não para redimir-se da ditadura encerrada cinco anos antes, porque ditadura nenhuma tem redenção, para um governo que, mesmo inconcluído, legou ao Brasil os instrumentos que permitiriam fazer o grande país que não foi feito – Petrobras, BNDE, uma infinidade de outros.
Entre tantas agitações mais, lá estava a Copa do Mundo, a primeira depois da Segunda Guerra Mundial, no maior estádio do mundo, para fazer dos brasileiros os campeões mundiais.
Nos 64 anos seguintes, Getúlio e seu governo desapareceram sob a dureza das versões degradantes e do getulismo mitológico. A Copa e seu final desastroso satisfizeram-se com explicação única e simples: fora do campo, os excessos da autoglorificação antecipada, com louvações e festejos movidos a políticos, artistas, jornalistas, a publicidade comercial; e, no campo, uma (inexistente) falha do goleiro das cores pátrias.
Há 64 anos se repete essa ladainha de 50, como símbolo e como advertência. Quem quiser uma ideia melhor da explicação dada a 50, é fácil. Basta uma olhadela nos jornais e na TV, a gente da TV e outras gentes em visita à “concentração”, a caçada a jogadores, convidados VIP para ver treinos, lá vai a estatueta ao palácio presidencial, os comandantes Felipão e Parreira são claros: “Nós já estamos com uma mão na taça”. Igualzinho. Está nos genes.
Janio de Freitas, Folha de S. Paulo, 03/06/2014. Adaptado.Acerca dos seguintes pronomes presentes nos dois primeiros parágrafos do texto, a única afirmação correta é:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFAM/2008)
Assinale a opção em que pouco é pronome adjetivo indefinido:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFAM/2006)
Assinale a alternativa em que pouco é pronome adjetivo indefinido:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UEM PR/2006)
GILBERTO FREYRE E UMA VISÃO TROPICAL DE CAMÕES
Patrícia da Silva CardosoSegundo o escritor Walter Benjamin, quem pretendesse se aproximar do próprio passado soterrado deveria agir como homem que escava. O modo como alguém se vê diante de um fato 5histórico – através da imagem de um arqueólogo – pode ser muito útil para nós, brasileiros, que, de um modo geral, temos sérias dificuldades em lidar com o nosso passado coletivo. Talvez como resultado da apropriação pouco legítima de boa 10parcela de nossas datas históricas por parte de regimes políticos não democráticos, acabamos sempre reagindo de maneira desconfiada – quando não descrente – à idéia de comemoração das chamadas datas nacionais. Soma-se a esse trauma, 15o fato de nosso perfil cultural definir-se em boa parte justamente por uma recusa em atribuir qualquer valor positivo ao nosso passado, justificando-se essa recusa com o argumento de que a formação cultural brasileira deu-se fora e 20abaixo – em termos qualitativos – dos modelos culturais tidos como bem-sucedidos. Acabamos assumindo que nossa inferioridade econômica é fruto desse passado mesquinho, sem glórias verdadeiras, em que degredados e escravos 25uniram-se a contragosto, dando origem a uma sociedade socialmente injusta e ignorante. Tal justificativa converte-se muitas vezes em um agudo sentimento de inferioridade cultural, responsável, por sua vez, pela eleição de outras 30culturas como mais adequadas a um projeto de crescimento econômico e social. Daí que atribuímos ao passado nacional a qualidade de mistificação, mas não deixamos de confiar que temos um grande futuro a nossa espera – o que 35também pode ser a manifestação dessa mistificação contra a qual lutamos.
Essas duas maneiras de recusar nosso passado histórico acabam por nos fazer enxergá-lo como um grande bloco maciço, cujo sentido parece 40inequivocamente desprezível.
(…) Ao contrário do que nossa recusa quer fazer crer, o passado – seja ele coletivo ou individual – jamais pode ser apagado e sua presença no presente é sensível, quer a 45identifiquemos como comemoração, quer a sintamos como fantasmagoria. Portanto, só refletindo sobre as imagens daqueles que fomos é que poderemos definir quem somos e, já que tanto nos encanta pensar no futuro, quem desejamos ser.
Revista Letras, Curitiba, n. 59, p. 123-124, 2003.
Editora UFPR.Assinale a alternativa em que a partícula como tem função de pronome relativo no texto 1.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(ITA SP/2004)
Assinale a opção em que o uso do pronome relativo NÃO está de acordo com a norma padrão escrita.
(Excertos extraídos e adaptados de Folha de S. Paulo, 1/11/1993.)CorretoParabéns! Siga para a próxima questão.
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNP RN/1999)
Das orações abaixo, há apenas uma que possui o pronome relativo empregado corretamente. Aponte-a :
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNCISAL/2016)
Aquilo que não mata só nos faz fortalecer
Vivendo aprendi que é só fazer por merecer
Que passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar
NOGUEIRA, DIOGO. Fé em Deus. Disponível em: <http:// letras.mus.br/diogo-nogueira/1062615/>. Acesso em: 28 out. 2015.O vocábulo que foi empregado, pelo compositor da canção, como pronome relativo
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(FEEVALE RS/2001)
Texto
Não é raro ouvirmos que alguém(ref.1) “subiu lá em cima” ou “saiu lá fora”. Certamente(ref.2), reconhecemos tais formas como viciosas(ref.3), e, muitas vezes, elas se transformam em motivo de riso. No nível culto da língua, são inadmissíveis. Que pensar de alguém(ref.4) que(ref.5) tenha sofrido uma “hemorragia de sangue” ou participado de um “plebiscito popular”? A esse tipo de construção chamamos pleonasmo, palavra grega(ref.6) que significa superabundância.
(Folha de S. Paulo. Pleonasmo: “vício” ou estilo?. Thaís Nicoleti de Camargo).I. Alguém, ref. 1, é um pronome indefinido adjetivo e certamente, ref. 2, um advérbio.
II. Viciosas, ref. 3, é um adjetivo e que, ref. 5, um pronome interrogativo.
III. Grega, ref. 6, é um adjetivo e alguém, ref. 4, um pronome indefinido substantivo.Das afirmações acima,
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