Conjugação verbal ainda é um problema? Vem entender melhor! Aprenda as diferenças entre modos e tempos verbais. Revise português para arrebentar nas questões de Línguas do Enem!
Devido à sua origem latina, o português brasileiro apresenta conjugação verbal para cada pessoa do discurso, o que indicará também os modos e tempos verbais. Muito conceito e pouca resposta? Ok, vamos com calma.
Modos e tempos verbais
Pessoas do discurso são aquelas que falam (eu, nós), com quem se fala (tu, você, vós, vocês) ou de quem se fala (ele, ela, eles, elas).
Como falante nativo, você percebe que elas possuem conjugações diferentes que as identificam. Já em relação ao modo verbal, o português brasileiro possui três: modo indicativo, modo subjuntivo e modo imperativo.
As formas nominais do verbo
Confira agora com a professora de português Mercedes Bonorino, do canal do Curso Enem Gratuito, quais são as Formas Nominais do verbo. Domine a conjugação para as questõs de interpretação e texto, e para mandar bem na redação:
Modo indicativo
De maneira geral, o modo indicativo trabalha com ações no plano real. Ou seja, ações que realmente aconteceram no passado, estão acontecendo no presente ou acontecerão no futuro.
Tempos do indicativo:
Pretérito mais – que – perfeito: indica uma ação no passado antes de outra ação também no passado. Por exemplo: Tomara café antes de ir para a escola.
Vendera muitas roupas antes de se tornar professora.
Pretérito perfeito: indica ação terminada no passado, ocorrendo apenas uma vez.
Corri ao supermercado ontem antes que fechasse.
Amei apenas uma vez: meu cachorro.
Pretérito imperfeito: indica hábito no passado, ou seja, ação que ocorreu mais de uma vez e foi encerrada.
Quando eu era criança, andava muito de bicicleta.
Comia muito melhor quando morava com a minha mãe.
Presente: ação que ocorre no momento da fala.
Você quer falar com ele? Ele está aqui.
Futuro do presente: ação que ocorrerá depois do momento da fala.
Ele virá te buscar?
Futuro do pretérito: essa é a única exceção do modo indicativo, pois é o seu único tempo que indica uma possibilidade no passado:
Eu queria tanto aquele sorvete.
Modo subjuntivo
O Modo Subjuntivo reúne ações que ainda não aconteceram ou que não se sabe se acontecerão, ou seja, são hipóteses e possibilidades.
Passado Imperfeito do Subjuntivo: indica uma possibilidade no passado que não aconteceu. Muitas vezes, o passado imperfeito do subjuntivo é acompanhado pelo conectivo “se”. Veja o exemplo:
Se eu fosse mais jovem, faria outra graduação.
Presente do Subjuntivo: indica uma possibilidade no presente. Geralmente é acompanhado pelo conectivo “que”.
Ele quer que eu faça o modelo da maquete.
Futuro do Subjuntivo: indica uma possibilidade no futuro.
Se eu comprar os ingredientes, você faz um bolo?
O Futuro do Subjuntivo também é chamado de Infinitivo Pessoal, pois lembra a forma nominal do infinitivo (quando o verbo não tem conjugação e termina em -ar, -er, -ir) com flexão número-pessoal. Por exemplo:
Se eles comprarEM os ingredientes, você faz um bolo?
Se nós comprarMOS os ingredientes, você faz um bolo?
Observe que a mudança de pessoa do discurso de “eu” para “eles” ou “nós” fez com que ficasse clara desinência número-pessoal, ou seja, aquela flexão que diferencia as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós vós, eles).
Modo imperativo
O Modo Imperativo costuma ser o mais lembrado pelos estudantes, já que tem uma função muito clara: indicar ordem ou pedido. Pela mesma razão, possui apenas um tempo: o presente – já que é impossível voltar ao passado para dar uma ordem a alguém ou adiantar-se ao futuro para fazer o mesmo. Logo, o que gera dúvidas a respeito desse modo é a conjugação.
Para fazer a conjugação do Modo Imperativo Negativo, é só copiar a conjugação do Modo Subjuntivo no presente. Para fazer isso, o conectivo “que” ajuda bastante na conjugação. Por exemplo:
QUE tu NÃO – ames
ele / ela / você NÃO – ame
nós NÃO – amemos
vós NÃO – ameis
eles / elas / vocês NÃO – amem
Observe que exclui a primeira pessoa do discurso “eu”, já que mesmo quando damos uma ordem a nós mesmos, nos dirigimos como se falássemos a outra pessoa: “Vá estudar! Saia do Facebook”.
Finalmente, o Modo Imperativo Afirmativo só vai ter uma pequena diferença do Negativo: a conjugação das pessoas do discurso “tu” e “vós”. Para isso, teremos de relembrar o conceito de “Vogal Temática”. Quando os verbos estão na forma nominal infinitivo – aquela terminada em -ar, -er, -ir -, dizemos que a vogal temática é a vogal presente nessa flexão do infinitivo.
Por exemplo, a Vogal Temática do verbo amar é o “a”. Assim, para conjugar “tu” e “vós” no imperativo afirmativo, também partimos do Modo Subjuntivo no Presente, mas substituímos a vogal temática e excluímos o “s”:
Subjuntivo imperativo
QUE tu ames >> Ama tu
QUE vós ameis >> Amai vós
Eu sei que tudo isso parece um tanto artificial, porque no Português Brasileiro Falado da atualidade, pouco se usa essas formas. No dia a dia, utilizamos com muito mais frequência o Modo Indicativo para dar ordens. Por exemplo, lembra lá em cima quando eu dei o exemplo “Vá estudar! Saia do Facebook!”? Não ficaria muito mais natural “Vai estudar! Sai do Facebook!”?
Pois é. Isso só prova que a Língua Falada é orgânica e possui variações, sendo a gramática uma teoria de uso da língua baseada em convenções sociais. Nesse caso, a convenção social é uso mais arcaico e prestigiado socialmente do imperativo – que linguisticamente não é melhor nem pior.
Outro ponto importante é sobre as pessoas do discurso. De modo geral, os alunos sofrem para memorizar a conjugação de “vós”. Isso acontece pelo uso limitado a encontros religiosos, por exemplo. No dia a dia, seria muito difícil alguém optar por esse tipo de pronome pessoal. Na teoria gramática, consideramos que o Português Brasileiro possui seis pessoas do discurso: eu, tu, ele(a), nós, vós, eles(as).
Na prática, já se considera a hipótese de quatro a cinco pessoas do discurso: eu; tu (para apenas algumas regiões do Brasil, como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina); ele, ela, você, a gente (que possuem a mesma conjugação); nós (que vem sendo substituído por “a gente” em muitos contextos) e eles, elas, vocês.
Mais uma vez, insisto, essa mudança não é boa nem ruim, muito menos sinônimo de que a Língua Portuguesa passa por um processo de “empobrecimento”.
São apenas efeitos de interação social complexa por meio do signo linguístico, que abre possibilidade para esse tipo de variação. Caso isso não ocorresse, muito provavelmente esse artigo seria sobre o uso de “vosmecê”.
Videoaula sobre modos e tempos verbais
Para finalizar sua revisão, veja agora a videoaula da prof. Mercedes do nosso curso:
Exercícios sobre tempos e modos verbais
Para praticar os tempos e modos verbais, tente fazer esses exercícios:
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(IFSC/2015)
Considere o seguinte trecho:
“[…] a rede Globo importa um programa que pode, a médio e longo prazo, demolir tudo o que os grandes mestres das lutas conseguiram em anos.”
Assinale a alternativa CORRETA.
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UEL PR/2015)
1 A cavalgada, 1 que lenta subira a encosta, descia-a rapidamente enquanto Atanagildo, visitando os muros, 2 exortava os guerreiros da cruz a pelejarem esforçadamente. Quando estes souberam quais eram as intenções 3 dos árabes acerca das virgens do mosteiro, a atrocidade do sacrilégio afugentou-lhes dos corações a menor 4 sombra de hesitação. Sobre as espadas juraram todos combater e morrer como godos. Então o quingentário, 5 a quem parecia animar sobrenatural ousadia, correu ao templo.
(HERCULANO, A. Eurico, o presbítero.
2.ed. São Paulo: Martin Claret, 2014. p.107.)Sobre os verbos “subira” (Ref. 1), “descia” (Ref. 1) e “exortava” (Ref. 2), presentes no trecho, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UFAM/2015)
Leia o seguinte texto, extraído do livro “Nos Andes de Vargas Llosa”, do escritor Ari Nepomuceno:
Contei a ele que o detetive Lituma já ali havia estado, observando a cena do crime e coletando material para a sua elucidação. Fiz questão de salientar sua recomendação ao criado, antes de sair:
– Você, não toca em nada aqui, hein?
Se tivéssemos mais indícios, não estaríamos até hoje perdidos, como diante de um enigma de impossível solução. Lituma, no princípio, creu que o assassino era alguém da família.
Sobre o emprego das formas verbais em destaque, leia as seguintes afirmativas:
I. “Estaríamos” está empregado no mais-que-perfeito do modo indicativo.
II. “Não toca” está empregado no imperativo negativo, mas de modo incorreto, pois deveria ser “não toque”.
III. “Tivéssemos” está empregado no pretérito imperfeito do modo subjuntivo;
IV. “Havia estado” apresenta conjugação no mais-que-perfeito composto do modo indicativo e poderia ser substituído, sem perda de sentido, pela forma “estivera”.
V. “Creu” é forma verbal inexistente, pois esse verbo é defectivo.
Assinale a alternativa correta:
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFRGS/2015)
01 À porta do Grande Hotel, pelas duas da 02 tarde, Chagas e Silva postava-se de palito à 03 boca, como se tivesse descido do restaurante 04 lá de cima. Poderia parecer, pela estampa, 05 que somente ali se comesse bem em Porto 06 Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o 07 diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de 08 conta do inefável personagem ligava-se mais 09 à importância, à moldura que aquele portal 10 lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, 11 tinha franco acesso às poltronas do saguão 12 em que se refestelavam os importantes. 13 Andava dentro de um velho fraque, usava 14 gravata, chapéu, bengala sob o braço, barba 15 curta, polainas e uns olhinhos apertados na 16 …….. bronzeada. O charuto apagado na boca, 17 para durar bastante, era o toque final dessa 18 composição de pardavasco vindo das Alagoas.
19 Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 20 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria 21 com passos lentos, carregando um ar de 22 indecifrável importância, tão ao jeito dos 23 grandes de então. Os estudantes tomaram 24 conta dele. Improvisaram comícios na praça, 25 carregando-o nos braços e fazendo-o 26 discursar. Dava discretas mordidas e 27 consentia em que lhe pagassem o cafezinho. 28 Mandava imprimir sonetos, que “trocava” por 29 dinheiro.
30 Não era de meu propósito ocupar-me do 31 “doutor” Chagas e, sim, de como se comia 32 bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele 33 como que me puxou pela manga e levou-me 34 a visitar casas por onde sua imaginação de 35 longe esvoaçava.
36 Porto Alegre, sortida por tradicionais 37 armazéns de especialidades, dispunha da 38 melhor matéria-prima para as casas de pasto. 39 Essas casas punham ao alcance dos gourmets 40 virtuosíssimos “secos e molhados” vindos de 41 Portugal, da Itália, da França e da Alemanha. 42 Daí um longo e …….. período de boa comida, 43 para regalo dos homens de espírito e dos que 44 eram mais estômago que outra coisa.
45 Na arte de comer bem, talvez a dificuldade 46 fosse a da escolha. Para qualquer lado que o 47 passante se virasse, encontraria salões 48 ornamentados, …….. maiores ou menores, 49 tabernas ou simples tascas. A Cidade divertiase 50 também pela barriga.
Adaptado de: RUSCHEL, Nilo. Rua da Praia.
Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111.Considere as afirmações abaixo, a respeito dos tempos verbais utilizados no texto.
I. Os verbos era (Ref. 17) e dispunha (Ref. 37) estão conjugados no mesmo tempo e modo.
II. Todos os verbos do primeiro parágrafo estão conjugados no pretérito imperfeito do indicativo, porque fazem referência a rotinas e hábitos do passado.
III. Os verbos ocupar-me (Ref. 30) e divertiase (Refs. 49-50) estão conjugados no modo subjuntivo.
Quais estão corretas?
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFRGS/2015)
01 Hoje os conhecimentos se estruturam de 02 modo fragmentado, separado, 03 compartimentado nas disciplinas. Essa 04 situação impede uma visão global, uma visão 05 fundamental e uma visão complexa. 06 “Complexidade” vem da palavra latina 07 complexus , que significa a compreensão dos 08 elementos no seu conjunto.
09 As disciplinas costumam excluir tudo o que 10 se encontra fora do seu campo de 11 especialização. A literatura, no entanto, é uma 12 área que se situa na inclusão de todas as 13 dimensões humanas. Nada do humano lhe é 14 estranho, estrangeiro.
15 A literatura e o teatro são desenvolvidos 16 como meios de expressão, meios de 17 conhecimento, meios de compreensão da 18 complexidade humana. Assim, podemos ver o 19 primeiro modo de inclusão da literatura: a 20 inclusão da complexidade humana. E vamos 21 ver ainda outras inclusões: a inclusão da 22 personalidade humana, a inclusão da 23 subjetividade humana e, também, muito 24 importante, a inclusão do estrangeiro, do 25 marginalizado, do infeliz, de todos que 26 ignoramos e desprezamos na vida cotidiana.
27 A inclusão da complexidade humana é 28 necessária porque recebemos uma visão 29 mutilada do humano. Essa visão, a de homo 30 sapiens , é uma definição do homem pela 31 razão; de homo faber , do homem como 32 trabalhador; de homo economicus , movido 33 por lucros econômicos. Em resumo, trata-se 34 de uma visão prosaica, mutilada, que esquece 35 o principal: a relação do sapiens/demens , da 36 razão com a demência, com a loucura.
37 Na literatura, encontra-se a inclusão dos 38 problemas humanos mais terríveis, coisas 39 insuportáveis que nela se tornam suportáveis. 40 Harold Bloom escreve: “Todas as grandes 41 obras revelam a universalidade humana 42 através de destinos singulares, de situações 43 singulares, de épocas singulares”. É essa a 44 razão por que as obras-primas atravessam 45 séculos, sociedades e nações.
46 Agora chegamos à parte mais humana da 47 inclusão: a inclusão do outro para a 48 compreensão humana. A compreensão nos 49 torna mais generosos com relação ao outro, e 50 o criminoso não é unicamente mais visto 51 como criminoso, como o Raskolnikov de 52 Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla.
53 A literatura, o teatro e o cinema são os 54 melhores meios de compreensão e de 55 inclusão do outro. Mas a compreensão se 56 torna provisória, esquecemo-nos depois da 57 leitura, da peça e do filme. Então essa 58 compreensão é que deveria ser introduzida e 59 desenvolvida em nossa vida pessoal e social, 60 porque serviria para melhorar as relações 61 humanas, para melhorar a vida social.
Adaptado de: MORIN, Edgar. A inclusão: verdade da literatura.
In: RÖSING, Tânia et al. Edgar Morin: religando fronteiras.
Passo Fundo: UPF, 2004. p.13-18Considere as seguintes afirmações, referentes ao uso de tempos e modos verbais no texto.
I. O emprego do presente na forma verbal revelam (Ref. 41) reforça o caráter generalizador da afirmação, já sinalizado pelo emprego de Todas (Ref. 40).
II. Os usos de futuro do pretérito em deveria (Ref. 58) e serviria (Ref. 60) contribuem para mostrar que o autor conclui a argumentação com soluções possíveis e desejáveis.
III. A presença no texto de verbos nos modos indicativo e subjuntivo confere sentidos de certeza e de possibilidade à argumentação.
Quais estão corretas?
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UNESP SP/2015)
Considere a modinha de Domingos Caldas Barbosa (1740-1800).
Protestos a Arminda
Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.
Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.
De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.
Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.
Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.
Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.
Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.
Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.
(Viola de Lereno, 1980.)
Levando em consideração o contexto da estrofe, assinale a alternativa em que a forma verbal surge no modo imperativo.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNESP SP/2014)
Considere a passagem do romance Água-Mãe, de José Lins do Rego (1901-1957).
Água-Mãe
Jogava com toda a alma, não podia compreender como um jogador se encostava, não se entusiasmava com a bola nos pés. Atirava-se, não temia a violência e com a sua agilidade espantosa, fugia das entradas, dos pontapés. Quando aquele back1, num jogo de subúrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrubá-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no chão, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garçons não queriam cobrar as despesas que ele fazia e até mesmo nos ônibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre:
— Joca, você aqui não paga.
Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham logo meninos para perto dele. Sabia que agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porém o antigo center-forward2 que se sentiu roubado com a sua chegada. Não tinha razão. Ele fora chamado. Não se oferecera. E o homem se enfureceu com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava aos que não tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rápido, a maravilha de agilidade e de oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o até ao ódio. No dia em que tivera que ceder a posição, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas. Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha sido a sua admiração, o seu herói.
1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje.
2 Centroavante.
(Água-Mãe, 1974.)
No primeiro parágrafo, predominam verbos empregados no
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNISA SP/2014)
Considere o enunciado: A hidroxiapatita estimula o crescimento ósseo. As células injetadas aumentariam a velocidade dessa formação. (Folha de S.Paulo, 27.07.2013.)
Na primeira oração, o verbo está no presente do indicativo; na segunda, no futuro do pretérito do indicativo. Isso ocorre porque, com o emprego do último verbo, circunscreve-se a informação como uma ação
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(IFGO/2014)
CONSOADA
Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesia completa.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, p. 223.No texto, os verbos no modo subjuntivo promovem o seguinte aspecto:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(IFRS/2014)
O tempo e o modo verbal de leu e diz, respectivamente, são
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