Qual é maneira correta de levarmos a vida? Bom, para quem não sabe o caminho, qualquer um é válido. Então venha conferir o que diziam Diogenes, Zenão, Epicuro, Pirro e cia sobre esse assunto tão cobrado no Enem.
As escolas do Helenismo são assim chamadas por conta da região em que surgiram. No Mediterrâneo há um tempinho, por volta do século XVII a.C., uma proeminente civilização tomava forma. Seus cidadãos chamavam-se helenos, entretanto, acabaram sendo conhecidos mundo a fora como gregos. Confira na aula um resumo sobre Helenismo.
O que foi o Helenismo
Agora que já sabemos por que elas são assim chamadas, bora lá descobrir o que foram essas tais escolas do Helenismo. A começar pelas coisas que as unem, as escolas do Helenismo possuem uma forte influência socrática, uma vez que, foram fundadas após a morte de Sócrates, filósofo que ganhou bastante notoriedade com suas investigações acerca da vida.
Foi justamente nessa onda de investigação sobre a vida que as escolas do período Helenístico ficaram vidradas. Ora, a Filosofia começou tentando desvelar os mistérios acerca do mundo a sua volta com filósofos como Tales, Heráclito e Demócrito que tentaram explicar o cosmos, isto é, como e do que esse mundão é feito.
Todavia, Sócrates acabou mudando um pouco o foco do assunto. Não que ele tenha deixado de lado as questões metafisicas dos pré-socráticos. Mas, ele acabou ganhando notoriedade por trabalhar outros assuntos mais ligados à vida cotidiana.
Características
Na esteira socrática de como viver a vida, as escolas do Helenismo cativaram em suas características uma certa Filosofia da boa vida. Isto é, elas investigam como nós podemos viver as nossas vidas de maneira que a angustia da existência não seja um fardo a ser carregado.
Todas elas partilhavam de um amor incondicional pela sabedoria, entendendo que é só pela sabedoria que encontramos a harmonia com o cosmos.
As escolas do Helenismo
As principais escolas do Helenismo, ou, ao menos, as que ganharam mais notoriedade, foram: os Estoicos, os Céticos, os Hedonistas, os Epicuristas, os Peripatéticos, os Ecléticos e os Cínicos.
Dentre as escolas do Helenismo que abordaremos aqui, talvez a mais peculiar delas seja a escola Cínica. O cinismo é uma corrente filosófica que foi fundado pelo filósofo Antístenes de Atenas, filósofo esse que era discípulo do meu grande amigo Sócrates.
O Cinismo
O Cinismo enquanto corrente filosófica idealizava uma vida simples. Ora, para os filósofos Cínicos a maneira que levavam a vida não poderia divergir da sua Filosofia. Portanto, era comum aos filósofos Cínicos levarem uma vida simples, sem apego a coisas materiais.
As escolas do Helenismo buscam em essência uma maneira de alcançar a felicidade e como parte integrante delas, não poderia ter sido diferente com o Cinismo. Os Cínicos acreditavam que somente os virtuosos conseguiriam alcançar a Felicidade.
Bom até aí nada de revolucionário, o ilustre Aristóteles já falava da busca pela eudaimonia, isto é, da busca pela felicidade através das Virtudes.
O que divergia da busca aristotélica com as demais escolas do Helenismo era a maneira com que faziam isso. No caso dos Cínicos, era conveniente que os adeptos dessa corrente filosófica levassem uma vida simples e natural.
Mediante a aversão pelas riquezas, o desprezo pelo conforto e a busca pelo desapego, os Cínicos tentavam levar uma vida livre das convenções sociais.
A origem do Cinismo e seus maiores representantes
Isso pode ser demonstrado pela própria arquitetura do nome, a palavra Cinismo vem do grego kynismós, que em uma tradução livre seria algo como cão, ou melhor dizendo, viver como um cão. A ideia é fazer referência a maneira a qual devemos viver para alcançar a felicidade.
O mais expressivo e famigerado dos Cínicos foi meu chapa Diógenes de Sínope. Reza a lenda que Platão certa vez disse que Diógenes era um Sócrates que enlouqueceu. Veja só o que Diógenes fazia para entender esse suposto escárnio do Platão.
Como bom adepto do Cinismo, Diógenes levara uma vida simples, rejeitando os confortos materiais, bem como o fizera Sócrates.
Entretanto, Diógenes achava que viver como Sócrates era muito “nutella”, o lance era ser mais “raiz”. Diógenes então levou ao extremo essa ideia de simplicidade, rejeitou então os valores mundanos e passou a morar num velho barril de vinho feito de argila!
Não obstante, Diógenes praticava a desobediência civil. Por exemplo, havia um certo receio de se comer no mercado de Atenas, mas é claro que esse filosofo fanfarrão ignorou o tabu e bateu aquele rango.
Quando indagado sobre quão inapropriado era isso, ele respondeu que era apenas adequado comer quando se tem fome.
As histórias de Diógenes e sua simplicidade
Dizem que Diógenes andava por Atenas carregando uma lamparina em plena luz do dia, dizendo estar à procura de uma pessoa honesta, mas só encontrara pessoas mesquinhas, hipócritas e sujeitos cheios de si.
Há uma quantidade absurda de histórias sobre Diógenes que vão de algumas das obscenidades como se masturbar em público, urinar sobre as pessoas que o insultaram, e defecar em um teatro até seu encontro com Alexandre.
Plutarco narrou em sua obra Moralia, que certa vez Diógenes, já velho, estava em seu barril tomando um banho de sol, como era de seu costume quando apareceu em sua frente Alexandre, imperador de toda Grécia.
O conquistador disse que estava admirado com o filósofo e gostaria de conhecê-lo. Alexandre então em um gesto de reconhecimento disse a Diógenes que ele poderia pedir qualquer coisa.
Diógenes teria respondido: “Senhor, não tire de mim o que não pode me dar, quero apenas que saia da frente do sol.” Zeus do céu!
Apesar de estapafúrdio – já que chamá-lo de excêntrico soa como um grande eufemismo – Diógenes foi bastante reverenciado no meio filosófico, principalmente pelos Estoicos, outra escola do Helenismo. Sendo inclusive considerado um ideal de filósofo.
Enfim, segundo o Cinismo a pessoa mais próxima da Felicidade é aquela que tem mais. Todavia, eles não se referiam a bens materiais, mas sim a pessoas que vivem em harmonia com a natureza, saciando suas necessidades ao passo que elas surgem, livre das convenções impostas pela sociedade e se satisfazendo com o mínimo.
O Estoicismo
Após a morte de Aristóteles, duas grandes escolas do Helenismo surgiram: o Estoicismo e o Epicurismo. Embora tivessem bastante coisa em comum, essas escolas divergiam em alguns pontos capitais.
O Estoicismo foi uma doutrina filosófica fundada por Zenão de Cítio, um discípulo de Diógenes de Sínope. Já de antemão aviso que Zenão não é nem de longe tão polêmico ou irreverente quanto seu mestre, mas sua Filosofia foi muito mais popular e duradoura.
A parada começou quando o barco de Zenão, que até então era um mercador, naufragou e ele perdeu toda a sua riqueza. Zenão acabou chegando em Atenas e lá teve contato com as idéias de Sócrates e seu discípulo Platão, bem como com a Filosofia de Aristóteles e os Peripatéticos.
Foi a partir daí que o fundador do Estoicismo percebeu que o mundo não material era mais agradável de viver do que aquele em que a sua versão mercadora vivia. Assim, decidiu se dedicar ao estudo da Filosofia que eventualmente levou a fundação da escola estoica.
O nome Estoicismo vem da expressão grega stoà poikile, que em uma tradução livre seria algo como Pórtico das Pinturas, o local onde Zenão ensinava os seus discípulos em Atenas.
As características do Estoicismo
Assim como os cínicos, Zenão tinha pouco interesse nas investigações metafisicas acerca do mundo. Ele buscava uma abordagem mais prática para Filosofia, falando de coisas como a morte, a felicidade e outros aspectos da vida cotidiana.
Tudo isso em detrimento às investigações dos seus antecessores que buscavam as origens do mundo ou mesmo a substância que originou o universo. De maneira simples, o Estoicismo prega que a Filosofia nos ensina a agir, não a falar.
Podemos entender a corrente estoica a partir do seu aspecto ético latente. Com isso quero dizer que o Estoicismo buscava atingir a felicidade a partir de uma conduta ética. Essa se baseava em certas virtudes que orientam o comportamento humano.
Partindo da premissa que diz que o cosmos é uma bagunça ordenada, ideia provavelmente inspirada na Filosofia de Aristóteles, o modelo Estoico sugere que exista um Logos. Isto é, uma estrutura racional do cosmos composta por relações de causas e seus efeitos.
Ora, é possível observar, e por meio da razão, entender essas causas e efeitos pois suas manifestações mundanas são cognoscíveis a nós. Assim, o Estoicismo afirmava que não é possível controlar todas as relações existentes no cosmos.
Todavia, é possível controlar como decidimos lidar com essas relações, ou seja, não podemos mudar as coisas a nossa volta, mas é possível mudar como lidamos com elas.
Exemplo:
Vou mandar um exemplo para ficar mais fácil. Imagine que você está planejando um “rolê” há muito tempo. Então finalmente chega o dia, você sai de casa feliz da vida rumo ao seu destino. No meio do caminho, o tempo muda abruptamente. Nuvens de chuva surgem e seu passeio pode estar da beira da ruína.
Do ponto de vista do Estoicismo, você tem duas alternativas: deixar que seu passeio seja arruinado ou entender que vai continuar chovendo até que a chuva decida cessar.
Um estoico analisaria essa situação e optaria pela segunda opção. Pois não há sentido racional em deixar que algo, que você não tem controle algum, acabe com um passeio que você programou.
Cinismo e Estoicismo
Seguindo a linha do Cinismo, o Estoicismo também busca o auto aperfeiçoamento do indivíduo, que é o caminho para a felicidade através das virtudes. Podemos reduzi-las essencialmente a quatro: sabedoria, temperança, justiça e coragem.
Em suma, o Estoicismo busca agir de acordo com a natureza. Mudar o que dá para mudar e mudar a forma com que lidamos com aquilo que não dá para mudar. Isso é, uma espécie de indiferença frente ao mundo (que os gregos chamaram de ataraxia).
Isso tudo pode ser feito a partir de uma vida centrada no auto aperfeiçoamento que se desenvolve ao praticar uma conduta ética fundamentada em quatro virtudes elementares.
Assim, quando uma pessoa consegue atingir um grau de autocontrole e consciência, ela consegue inspirar a mudança nos demais.
O Ceticismo e a dúvida
A outra escola do Helenismo que falaremos aqui é o Ceticismo, uma corrente filosófica da galera que é “cabreira” em acreditar nas coisas, isto é, o constante questionamento do mundo é o que caracteriza essa escola.
O fundador da escola, um sujeito chamado Pirro de Élida, acompanhou meu camarada Alexandre, o Grande – aquele que Diógenes pediu para sair da frente – nas suas aventuras pelo Oriente.
Dizem nas fofocas filosóficas que Pirro morreu lecionando. Enquanto andava com uma venda em seus olhos, um de seus estudantes o alertou a respeito de um abismo a sua frente, mas como bom cético que era, o cara não acreditou! Daí o filosofo descrente acabou caindo no abismo e batendo as botas.
No que o Ceticismo acredita?
De maneira resumida, o Ceticismo é a escola que refuta as verdades absolutas e se guia por esse espirito de dúvida. Para isso, mantém sempre uma postura neutra em relação aos acontecimentos do mundo, de maneira que não seja possível admitir a existência de quaisquer dogmas.
Os Céticos, assim como as demais escolas do Helenismo, estavam preocupados bem mais com as questões da práxis do que as viagens metafisicas de outrora.
Por conta disso, eles dedicaram bastante esforço e energia filosófica ao estudo da Felicidade.
Para os Céticos só era possível alcançar a felicidade se nós suspendêssemos os julgamentos acerca do mundo a nossa volta. Isso significava entrar num estado que eles chamavam de ataraxia, inclusive esse estado compartilha alguns atributos da escola estoica.
O Epicurismo
Para finalizar nossa jornada por entre as escolas do Helenismo, vamos agora falar sobre o Epicurismo. Essa corrente filosófica recebeu esse nome por conta de fundador Epicuro de Samos.
Passado a grande revolução da Filosofia – após Platão e seu pupilo Aristóteles – o foco das atividades filosóficas estava migrando. Saiamos da Metafísica e nos debruçávamos sobre a Ética.
Assim, o Epicurismo, bem como as demais escolas do Helenismo que vimos, abordou um pensamento mais voltado aos indivíduos e suas aflições cotidianas.
O Epicurismo busca a paz de espirito, para assim alcançar o objetivo das nossas vidas (felicidade). Para isso, ele conta com uma série de teorias bem sagazes acerca das coisas que nos afligem.
A arte de superar o medo da morte
Talvez o exemplo mais famoso do discurso epicurista seja aquele acerca da morte. Saca só essa fita: se o objetivo da vida é ser feliz, devemos analisar o que causa nossa infelicidade.
Para Epicuro nossa infelicidade se dava por conta dos nossos medos. Ademais, nosso maior medo é o medo da morte. Ora, ao superarmos o medo da morte, tiraríamos um imenso obstáculo de nossos caminhos rumo a felicidade.
Contudo, como é que se supera o medo do pavoroso encontro com Hades? Bom, se a morte é o fim das sensações corpóreas, logo, ela não pode ser dolorosa.
Ademais, ela também é o fim de nossa consciência, logo, tampouco ela pode ser mentalmente desagradável. Portanto, não há nada a temer na morte.
Ou como meu camarada Epicuro certa vez me disse: a morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a Morte, e quando existe a Morte, não existimos mais.
Racionalidade do Epicurismo
Essa racionalidade do Epicurismo culminava na busca por um comportamento sempre moderado. Para os adeptos dessa corrente filosófica a vida deveria ser levada buscando sempre o prazer moderado, nunca em demasia.
Assim, estaríamos sempre em harmonia, pois com tudo na medida certa a Felicidade se torna sempre presente.
Deu para perceber que as escolas do Helenismo partilham de vários conceitos em suas abordagens, isso se deve principalmente pela mudança em que a Filosofia passou naquela época.
Aliás, as fundações dessas escolas aconteceram em um período bem próximo. Epicuro viveu de 341 até 270, Diógenes de 404 até 323, Zenão de 332 até 265 e Pirro de 318 até 272. Todos eles foram contemporâneos.
Enfim, esses filósofos deixaram valiosas lições sobre as maneiras que podemos levar a vida e conviver em sociedade. Muitos foram aqueles que fizeram uso da Filosofia produzida nessa época.
Cabe a nós agora, rever nossos conceitos acerca da vida numa época tão materialista como o século XXI, na qual as pessoas são tão pobres que a única que elas têm é dinheiro.
Vídeoaula
Nesta aula, o professor Ernani Júnior da Silva fala sobre o que foi o Helenismo e suas escolas filosóficas.
Questões sobre o Helenismo
Bom, agora é contigo camarada! Resolva as questões sobre o Helenismo a seguir e veja o quão afiado você está:
1) (Enem 2016)
Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.
LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília: Editora UnB, 1988.
O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por:
(A) Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade.
(B) Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim da vida feliz.
(C) Defender a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza.
(D) Aceitar o determinismo e ocupar-se com a esperança transcendente.
(E) Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o homem bom e belo.
2) (Enem 2014)
Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim
(A) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
(B) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
(C) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
(D) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
(E) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.
3) (Ufsj 2012)
Sobre a ética na Antiguidade, é CORRETO afirmar que
(A) o ideal ético perseguido pelo estoicismo era um estado de plena serenidade para lidar com os sobressaltos da existência.
(B) os sofistas afirmavam a normatização e verdades universalmente válidas.
(C) Platão, na direção socrática, defendeu a necessidade de purificação da alma para se alcançar a ideia de bem.
(D) Sócrates repercutiu a ideia de uma ética intimista voltada para o bem individual, que, ao ser exercida, se espargiria por todos os homens.
4) (Unisc 2012)
Nas suas Meditações, o filósofo estoico Marco Aurélio escreveu:
“Na vida de um homem, sua duração é um ponto, sua essência, um fluxo, seus sentidos, um turbilhão, todo o seu corpo, algo pronto a apodrecer, sua alma, inquietude, seu destino, obscuro, e sua fama, duvidosa. Em resumo, tudo o que é relativo ao corpo é como o fluxo de um rio, e, quanto á alma, sonhos e fluidos, a vida é uma luta, uma breve estadia numa terra estranha, e a reputação, esquecimento.
O que pode, portanto, ter o poder de guiar nossos passos? Somente uma única coisa: a Filosofia. Ela consiste em abster-nos de contrariar e ofender o espírito divino que habita em nós, em transcender o prazer e a dor, não fazer nada sem propósito, evitar a falsidade e a dissimulação, não depender das ações dos outros, aceitar o que acontece, pois tudo provém de uma mesma fonte e, sobretudo, aguardar a morte com calma e resignação, pois ela nada mais é que a dissolução dos elementos pelos quais são formados todos os seres vivos.
Se não há nada de terrível para esses elementos em sua contínua transformação, por que, então, temer as mudanças e a dissolução do todo?”
Considere as seguintes afirmativas sobre esse texto:
I.Marco Aurélio nos diz que a morte é um grande mal.
II. Segundo Marco Aurélio, devemos buscar a fama, a riqueza e o prazer.
III. Segundo Marco Aurélio, conseguindo fama, podemos transcender a finitude da vida humana.
IV. Para Marco Aurélio, a filosofia é valiosa porque nos permite compreender que a morte é parte de um processo da natureza e assim evita que nos angustiemos por ela.
Só a fé em Deus e em Cristo pode libertar o homem do temor da morte, segundo Marco Aurélio.
Para Marco Aurélio, o homem participa de uma realidade divina.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e V estão corretas.
(B) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
(C) Somente as afirmativas IV e VI estão corretas.
(D) Todas as afirmativas estão corretas.
(E) Somente a afirmativa IV está correta.
5) (Uem 2008)
O Período Helenístico inicia-se com a conquista macedônica das cidades-Estado gregas. As correntes filosóficas desse período surgem como tentativas de remediar os sofrimentos da condição humana individual: o epicurismo ensinando que o prazer é o sentido da vida; o estoicismo instruindo a suportar com a mesma firmeza de caráter os acontecimentos bons ou maus; o ceticismo de Pirro orientando a suspender os julgamentos sobre os fenômenos. Sobre essas correntes filosóficas, assinale o que for correto.
(01) Os estoicos, acreditando na ideia de um cosmo harmonioso governado por uma razão universal, afirmaram que virtuoso e feliz é o homem que vive de acordo com a natureza e a razão.
(02) Conforme a moral estoica, nossos juízos e paixões dependem de nós, e a importância das coisas provém da opinião que delas temos.
(04) Para o epicurismo, a felicidade é o prazer, mas o verdadeiro prazer é aquele proporcionado pela ausência de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma.
(08) Para Epicuro, não se deve temer a morte, porque nada é para nós enquanto vivemos e, quando ela nos sobrevém, somos nós que deixamos de ser.
(16) O ceticismo de Pirro sustentou que, porque todas as opiniões são igualmente válidas e nossas sensações não são verdadeiras nem falsas, nada se deve afirmar com certeza absoluta, e da suspensão do juízo advém a paz e a tranquilidade da alma.
Gabarito
1.C,
2,A.
3, A.
4. C.
5. 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31.