Poeta intimista e preocupada com a educação de qualidade, Cecília Meireles figura como um dos maiores nomes da Literatura Brasileira. Sua obra já apareceu em várias edições do Enem e também em muitos vestibulares.
Cecília Meireles foi uma das principais poetas da Segunda Geração do Modernismo. Nesta aula você conhecerá um pouco mais sobre sua vida, as características de sua poesia e sobre suas principais obras.
Biografia de Cecília Meireles
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901, três meses após a morte de seu pai. Antes de completar três anos de idade, perdeu sua mãe, passando então a morar com sua avó materna, única pessoa sobrevivente da família.
Em 1910, concluiu o curso primário e recebeu, das mãos do inspetor de Ensino, à época o poeta Olavo Bilac (um dos principais nomes da poesia parnasiana brasileira), uma medalha de ouro com seu nome gravado, como prêmio pelo esforço desempenhado durante o curso.
Sete anos depois diplomou-se professora primária e passou a desenvolver intensa atividade como educadora. Estudou também línguas, canto e violino. Aos dezoito anos, lançou o livro de poemas Espectros, pelo qual recebeu elogios da crítica especializada.
Em 1922, ela casou-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, e com ele teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, atriz de sucesso. Enviuvou em 1935, mas cinco anos depois contraiu segundas núpcias com o professor Heitor Grillo.
Cecília foi a responsável por organizar, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. O espaço foi inaugurado no dia 15 de agosto de 1934 e funcionou até 1937 no Rio de Janeiro. A biblioteca era abrigada no Pavilhão Mourisco, em Botafogo, e contava com atividades relacionadas a música, cinema, cartografia e jogos.
Em 1935, foi nomeada professora de Literatura Luso-brasileira e, depois, de Técnica e Crítica Literária na Universidade do então Distrito Federal.
A vida e obra de Cecília Meireles
Confira agora com a professora Camila Zuchetto, do canal do Curso Enem Gratuito no Youtube:
Características da obra de Cecília Meireles
Tratando-se de escola literária, Cecília Meireles pertence à Segunda Geração Modernista. Entretanto, é possível encontrar em sua obra influências da poesia medieval, romântica, parnasiana e simbolista, como o uso de formas fixas, especialmente o soneto, técnicas tradicionais de versificação, temas filosóficos e espirituais e linguagem elevada, que tornam a sua obra singular no contexto histórico em que é desenvolvida.
Poeta intimista, próxima à abstração da música, ao sentimento religioso e à fluidez do sonho, seus temas recorrentes são o amor, a morte, o tempo e a eternidade, o que se evidencia já a partir dos títulos de seus livros, como Vaga Música e Mar Absoluto.
Inicia a vida literária participando do grupo tradicionalista e católico que se articula dentro da revista Festa, dirigida por Tasso da Silveira, que, segundo análise de Miguel Sanches Neto (1965), se aglutina “em torno de uma visão mística contrária aos valores de um mundo industrial e mecânico que, num primeiro momento, causa deslumbramento em intelectuais e artistas do subúrbio do capitalismo, que se sonham integrados à nova civilização”.
O magistério era outra paixão de Cecília Meireles, função que ela desempenhou com muita dedicação e esmero.
Primeiras obras
Em seu livro de estreia, Espectros, publicado em 1919, encontramos poemas sobre temas históricos, lendários, mitológicos ou religiosos, com personagens como Cleópatra, Maria Antonieta, Judite, Sansão e Dalila, retratados em sonetos de nítida influência simbolista, na musicalidade, melancolia e na dimensão onírica dos versos.
Em obras posteriores, como Nunca Mais (1923), Baladas para el-Rey (1925), Viagem (1939), Vaga Música (1942), entre outras, a autora prossegue na investigação das possibilidades de uma “música abstrata”, que acarretam críticas de passadismo e, ao mesmo tempo, elogios à habilidade de articulação melódica.
De acordo com os críticos literários, os primeiros livros de Cecília Meireles apresentam uma nítida rarefação, revelando assim uma maior presença do imaginário simbolista, que vai sendo aos poucos incorporado à sua voz, marcando-lhe a diferença.
Inspirações da obra de Cecília Meireles
Mar Absoluto e Outros Poemas, publicado em 1945, é considerado um dos melhores livros da autora, e concilia a vagueza e imprecisão do sentido com uma capacidade maior de síntese e força narrativa, incorporando ainda o recurso do verso livre. O poema de abertura do livro, um dos mais belos que escreve, começa com as linhas:
“Foi desde sempre o mar
E multidões passadas me empurravam
como a barco esquecido.
Agora recordo que falavam
da revolta dos ventos,
de linhos, de cordas, de ferros,
de sereias dadas à costa”.
Esse poema, assim como outros da autora, revela uma obsessão pelo mar, metáfora da fluidez, da impermanência, da transformação incessante de todas as coisas, ou seja, do tempo e da eternidade.
Água, viagem, música, sonho e Oriente são as principais pedras-de-toque da poesia de Cecília Meireles, acompanhando o conjunto de sua obra poética. O fascínio pela Índia, por exemplo, já está presente em seu livro de estreia, em que se encontra o soneto intitulado Brâmane (“Ao longe, em suspiroso murmúrio, / Do Ganges rola a fúlgida serpente”).
A filosofia védica, expressa em obras como os Upanishads e o Bhagavad Gita, encantam a autora, que pesquisa doutrinas místicas de diferentes culturas, em busca de um humanismo universalista. Sua viagem à Índia, onde participa de um simpósio sobre Mahatma Gandhi, inspira o livro Poemas Escritos na Índia (1961) e as traduções que faz do poeta Rabindranath Tagore.
Já os livros Pequeno Oratório de Santa Clara (1955), Romance de Santa Cecília (1957) e Oratório de Santa Maria Egipcíaca (publicado postumamente em 1996) são recriações poéticas de narrativas cristãs medievais, especialmente do Flos Sanctorum, que a autora lê com entusiasmo.
O tema do Oratório, também abordado por Manuel Bandeira (1886-1968) no poema Balada de Santa Maria Egipcíaca, é baseado na lenda de uma pecadora que, após uma vida dedicada aos prazeres mundanos, decide partir em peregrinação a Jerusalém.
No meio da jornada, não tendo moedas para pagar ao barqueiro pela travessia de um rio, oferece o seu corpo como recompensa para continuar a viagem até a cidade sagrada. A lenda religiosa é transformada por Cecília Meireles num poema dramático de grande beleza, força sonora e plasticidade, em que se destacam versos como estes:
“Sou rio, serpente,
corro para onde quero, sozinha,
para longe corro
Sou perfume de óleo fervente,
ervas, flor, semente
em viva brasa”.
Este poema é concebido originalmente como obra dramática e musical, para encenação no palco, com acompanhamento orquestral e canto.
Romanceiro da Inconfidência
A obra mais conhecida de Cecília Meireles, no entanto, é o Romanceiro da Inconfidência, publicado em 1953, que utiliza o verso em redondilha maior para construir uma narrativa poética sobre a saga dos conjurados mineiros do século XVIII, alternando o tom lírico com o épico:
“Não posso mover meus passos
por esse atroz labirinto
de esquecimento e cegueira
em que amores e ódios vão.”
O que singulariza esse livro dentro da obra de Cecília Meireles, além de sua perfeição técnica, é a abordagem de um fato da história política nacional, tema pouco comum em sua produção literária. O enredo histórico, porém, é abordado de maneira alegórica, simbólica, transcendendo a sua condição temporal, como nota Miguel Sanches Neto.
O Romanceiro da Inconfidência revela afinidades estéticas com os cancioneiros da Idade Média, e é considerado um dos poemas longos mais originais produzidos em nosso Modernismo, ao lado de obras como a Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima (1895-1953), e a Contemplação de Ouro Preto, de Murilo Mendes (1901-1975).
Outras obras
A vocação lírica de Cecília Meireles atinge plena maturidade com o livro Canções (1956), em que volta a empregar a métrica da redondilha, dialogando com a tradição poética portuguesa, inclusive com as cantigas de amor e de amigo, como nesta composição:
“Como num exílio
como nas guerras,
meu amigo é morto,
sem nenhum conforto,
em longes terras”.
Um livro que ocupa um lugar diferenciado no conjunto da obra da autora é Ou Isto ou Aquilo (1964), que apresenta poemas escritos para crianças utilizando recursos de linguagem como trocadilhos e paronomásias, buscando atrair o leitor para os aspectos lúdicos da poesia. Um poema que se destaca nesse conjunto é O Mosquito Escreve, construído como um acróstico, em que cada letra da palavra “mosquito” é destacada, em maiúscula, num dos versos, como neste trecho:
“O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S”.
A poesia de Cecília Meireles, conforme parecer de Manuel Bandeira, busca a perfeição da construção formal, valendo-se para isso tanto de recursos tradicionais quanto modernos.
Principais obras de Cecília Meireles
Abaixo listamos as principais obras da poeta:
POESIA:
Espectros;
Nunca mais;
Poema dos poemas;
Baladas para el-rei;
Viagem;
Vaga música;
Mar absoluto;
Outros poemas;
Retrato natural;
Amor em Leonoreta;
Doze noturnos de Holanda;
O aeronauta;
Romanceiro da Inconfidência;
Pequeno oratório de Santa Clara;
Pistoia, cemitério brasileiro;
Canções;
Romance de Santa Cecília;
A rosa;
Obra poética;
Metal rosicler;
Poemas escritos na Índia;
Solombra;
Ou isto ou aquilo;
Poemas inéditos;
Crônica trovada da cidade de Sam Sebastiam do Rio de Janeiro no quarto centenário de sua fundação pelo capitão-mor Estácio de Saa;
Poemas italianos;
Cânticos.
A obra de Cecília Meireles continua despertando o interesse de novas gerações de leitores e dos amantes da poesia.
PROSA:
Giroflê, giroflá;
Quadrante 1;
Quadrante 2;
Escolha o seu sonho;
Votes da cidade;
Inéditos;
O que se diz e o que se entende;
Olhinhos de gato.
Cecília também participou das seguintes antologias:
Antologia poética;
Seleta em prosa e verso;
Cecília Meireles;
Flor de poemas.
Cecília Meireles faleceu no dia 9 de novembro de 1964, em pleno apogeu de sua atividade literária. Recebeu, post mortem, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.
Dica: confira uma matéria especial sobre Cecília Meireles produzida pela Revista Galileu, com algumas curiosidades sobre a vida e a obra dessa grande escritora.
Poeta ou poetisa?
O vocabulário da língua portuguesa ainda considera “poeta” apenas como substantivo masculino, mas Cecília nunca gostou de ser chamada de poetisa. Para ela, significava uma diminuição do seu trabalho, como se a chamassem de mulher “prendada”. Um sentido que até hoje se mantém, em oposição ao de poeta, que esse sim, teria sempre algo a dizer. O aviso de preferência está inclusive registrado em um poema Motivo:
“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.”
Exercícios sobre Cecília Meireles
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNIOESTE PR/2018)
Com base no poema abaixo, assinale a alternativa INCORRETA.
4º MOTIVO DA ROSA – Cecília Meireles
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(PUCCamp SP/2018)
Tiradentes era alguém com todas as características e ressentimentos de um revolucionário. Além do mais, ele se apresentava para o martírio ao proclamar sua responsabilidade exclusiva pela inconfidência. Era óbvia a sedução que o enforcamento do alferes representava para o governo português: pouca gente levaria a sério um movimento chefiado por um simples Tiradentes (e as autoridades lusas, depois de outubro de 1790, invariavelmente se referiam ao alferes por seu apelido de Tiradentes).
(MAXWELL, Kenneth.
A devassa da devassa. A Inconfidência Mineira: Brasil e Portugal 1750-1808.
São Paulo: Paz e Terra, 1995, p. 216)
A poesia arcádica, frequentada ao tempo de Tiradentes, foi lembrada com ênfase e vigor, a par das ideias revoltosas da época, num grande poema do século XX,
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(PUCCamp SP/2018)
Não deixa de ser surpreendente que o lirismo delicado de Cecília Meireles tenha se mostrado, entre nós, um dos mais permeáveis aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. De algum modo, aquele “costume de sofrer pelo mundo inteiro” reflete-se em diversas passagens entre 1939-1945, tal como nestes versos do poema “Pistoia, cemitério militar brasileiro”:
São como um grupo de meninos
num dormitório sossegado,
com lençóis de nuvens imensas,
e um longo sono sem suspiros,
de profundíssimo cansaço.
(MOURA, Murilo Marcondes de.
O mundo sitiado. São Paulo,
Editora 34, 2016, p. 254-255)
Apontam-se no texto duas vertentes da poesia de Cecília Meireles,
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(FPS PE/2017)
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje
Assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas:
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Cecília Meireles. Antologia poética.)
No poema de Cecília Meireles, bem a gosto da estética modernista, transparece:
1. os efeitos desgastantes da passagem do tempo.
2. um sentimento de perda do qual se lamenta.
3. a certeza de que a mudança independe de cada um.
4. uma visão de fina ironia dos sinais da juventude.
5. o ‘espelho’ a que se refere a pergunta do eu-lírico é o tempo da vida.
Estão corretas:
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(Mackenzie SP/2017)
01 No desequilíbrio dos mares,
02 as proas giram sozinhas…
03 Numa das naves que afundaram
04 é que certamente tu vinhas.
05 Eu te esperei todos os séculos
06 sem desespero e sem desgosto,
07 e morri de infinitas mortes
08 guardando sempre o mesmo rosto
09 Quando as ondas te carregaram
10 meu olhos, entre águas e areias,
11 cegaram como os das estátuas,
12 a tudo quanto existe alheias.
13 Minhas mãos pararam sobre o ar
14 e endureceram junto ao vento,
15 e perderam a cor que tinham
16 e a lembrança do movimento.
17 E o sorriso que eu te levava
18 desprendeu-se e caiu de mim:
19 e só talvez ele ainda viva
20 dentro destas águas sem fim.
Cecília Meireles, “Canção”
Assinale a alternativa correta sobre Cecília Meireles e o Modernismo brasileiro.
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UCS RS/2016)
Os excertos a seguir são de Cecília Meireles e Carpinejar, respectivamente.
“Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas”.
(MEIRELES, 2000, p. 27).
“A matilha dos filhos
fareja o sonho inacabado,
perseguindo tua lapela castanha,
o açúcar do linho,
olor de café aquecido”.
(CARPINEJAR, 2008, p. 58-59).
Em ambas as composições, os versos acima revelam que o sujeito lírico tem do mundo uma percepção
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UFRGS/2016)
Leia o poema de Cecília Meireles (Canção excêntrica) e o de Mario Quintana (Seiscentos e sessenta e seis), abaixo.
Canção excêntrica
Ando à procura de espaço
Para o desenho da vida
Em números me embaraço
E perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
Em vez de abrir um compasso,
projeto-me num abraço
e gero uma despedida.
Se volto sobre o meu passo,
É já distância perdida.
Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
– saudosa do que não faço,
– do que faço, arrependida.
Seiscentos e sessenta e seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para
[fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra
[oportunidade,
Eu nem olhava o relógio
Seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada
[e inútil das
horas.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre os poemas.
( ) O poema de Cecília Meireles apresenta vocabulário ligado à geometria e regularidade estrutural e métrica, apontando para a necessidade de o sujeito lírico definir sua vida com exatidão.
( ) O poema de Mario Quintana busca a definição da vida, a partir da metáfora com o universo escolar e a passagem do tempo.
( ) A sucessão “6 horas, 6ª feira, 60 anos”, no poema de Quintana, indica a finitude: fim do dia útil, fim da semana útil, consequentemente, fim da vida útil.
( ) Os dois poemas, embora os sujeitos líricos sejam uma mulher e um homem, encerram com um tom melancólico, porque a realidade não corresponde às suas expectativas.
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNIFOR CE/2015)
Cecília Meireles recebeu uma homenagem do Goodle na sexta-feira (7/11/2014). A imagem comemora o 113º aniversário da escritora carioca. Cecília foi poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira, além de ter sido considerada uma das vozes líricas mais importantes da língua portuguesa.
Em relação às obras de Cecília Meireles, considere as afirmações abaixo:
I. Giroflê Giroflá – livro de contos quase crônicas, breves comentários e memórias da autora, sobre personagens de sua infância.
II. Romanceiro da Inconfidência – obra que tem como tema principal a Guerra de Canudos.
III. Ou Isto ou Aquilo – livro que traz poemas infantis.
IV. Espectro – primeiro livro de poesias de Cecília Meireles que traz um conjunto de sonetos simbolistas.
É verdadeiro apenas o que se afirma em:
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNIFOR CE/2015)
TEXTO I
Lua Adversa
Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua…
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua…)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu…
(MEIRELES, Cecília. Poesia completa:
Vol.2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010).
TEXTO II
Mulher de Fases
Charles Brown Jr
Que mulher ruim
Jogou minhas coisas fora
Disse que em sua cama eu não deito mais não
A casa é minha você que vá embora
Já pra saia de sua mãe e deixa meu colchão
Ela é “pro” na arte de pentelhar e aziar
É campeã do mundo
A raiva era tanta que eu nem reparei que a lua
Diminuia
A doida tá me beijando a horas
Disse que se for sem eu não quer viver mais não
Me diz, Deus, o que é que eu faço agora?
Se me olhando desse jeito ela me tem na mão
Meu filho aguenta
Quem mandou você gostar
Desta mulher de fases…
O poema de Cecília Meireles e a composição de Charles Brown Jr apresentam em comum na construção de ambos:
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(FPS PE/2017)
O movimento da produção artística conhecido como Modernismo – que teve, no Brasil, expressiva aceitação também na pintura – deixou na literatura um grande e significativo legado. Entre poetas, romancistas, cronistas, contistas foram muitos os que procuraram:
Correto
Resposta correta!
Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo desta aula para acertar na hora da prova.
Sobre o(a) autor(a):
Renato Luís de Castro é graduado em Letras/Francês pela Unesp-Araraquara, e mestrado em Estudos Literários também na Unesp, atualmente concluindo Licenciatura pela UFSC.
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