Teste seus conhecimentos sobre Português com o simulado de tema da redação Enem que preparamos para você! Não deixe de conferir a videoaula e o resumo sobre o assunto. Não tem segredo, para dominar a redação Enem, você precisa treinar! Vamos nessa?
Bem-vindo ao desafio de como mandar bem na Redação do Enem! Tirar uma boa nota é tudo de bom, pois ajuda a vencer as Notas de Corte do Sisu, do Prouni e do Fies. Então se liga e veja um resumo sobre como abordar o tema, aulas gratuitas, uma Redação Enem Nota 1000 e depois responda as questões do simulado Enem de Redação.
A estrutura da redação
O Curso Enem Gratuito tem aulas completas para você aprender a montar a estrutura da redação. Veja nos links aulas gratuitas para cada uma das partes essenciais na elaboração a partir do tema da redação:
- Introdução – Criar o ponto de vista
- Desenvolvimento – Defender os argumentos
- Conclusão – Apresentar uma proposta
Como abordar o tema da redação
O Ministério da Educação publicou o Manual do Participante do Enem, onde explica que a compreensão do tema da redação e a correspondente abordagem vale 200 pontos e que isto é avaliado na competência 2.
Mas, e se cair um tema sobre o qual você não sabe de nada? É muito comum acontecer esta situação. A melhor dica é ter calma e seguir os passos recomendados pela professora Dani, do Curso Enem Gratuito. Confira:
Muito boa a professora Dani. Agora, vamos seguir com a orientação sobre como abordar o tema da redação do Enem.
Só para você não esquecer: a nota máxima da redação do Enem é de 1000 pontos, divididos em cinco competências, como ilustrado na imagem a seguir:
Como elaborar a redação a partir do tema:
Os avaliadores contratados pelo MEC e pelo Inep para fazer a correção das redações do Enem exigem que o candidato compreenda a proposta do tema e que possa aplicar nos argumentos do desenvolvimento conhecimentos de várias áreas para defender seu ponto de vista.
A redação do Enem deve ser elaborada dentro do estilo de texto dissertativo-argumentativo, em prosa. Isto significa que o candidato deve procurar demonstrar a validade da sua tese ou ideia por meio de argumentação.
Não basta a simples exposição de ideias. É preciso ter um ponto de vista sobre a problemática do tema definido na proposta. Confira a seguir as dicas do próprio Ministério da Educação para você mandar bem na redação do Enem:
As 10 recomendações oficiais do MEC e do Inep:
- Leia com atenção a proposta da redação e os textos motivadores, para compreender bem o que está sendo solicitado.
Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentadas apenas para despertar uma reflexão sobre o tema. - Não copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se de que eles foram apresentados apenas para despertar seus conhecimentos sobre o tema.
- A recorrência de cópia é avaliada negativamente e fará com que seu texto tenha uma pontuação mais baixa.
- Reflita sobre o tema proposto para definir qual será o foco da discussão, isto é, para decidir como abordá-lo, qual será o ponto de vista adotado e como defendê-lo.
- Utilize informações de várias áreas do conhecimento, demonstrando que você está atualizado em relação ao que acontece no mundo.
- Essas informações devem ser usadas de modo produtivo no seu texto, evidenciando que elas servem a um propósito muito bem definido: ajudá-lo a validar seu ponto de vista.
- As informações devem estar articuladas à discussão desenvolvida em sua redação.
- Informações soltas no texto, por mais variadas e interessantes, perdem sua relevância quando não associadas à defesa do ponto de vista desenvolvido em seu texto.
- Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Esse é um dos principais problemas identificados nas redações.
- Nesse caso, duas situações podem ocorrer: fuga total ou tangenciamento ao tema.
Veja aqui os resumos completos dos temas de redação de Mobilidade Urbana, Assédio Sexual, Corrupção, Igualdade de Gênero, e outros com chance de cair. Confira 10 Temas de Redação Enem.
Aula gratuita sobre a Redação Enem Nota 1000
Confira com a professora Tharen Teixeira, do canal Curso Enem Gratuito, como elaborar um texto dissertativo-argumentativo dentro das regras do Enem para conseguir a nota máxima.
Depois da aula da professora Tharen veja a Redação Enem Nota 1000 da Nathalia Couri Vieira Marques. O texto dela é tão bom que foi escolhido pelo MEC para fazer parte dos modelos de redação do Inep. Leia e compare com seus rascunhos.
Modelo de Redação Enem Nota 1000
Redação de Nathalia Couri Vieira Marques
Existem, atualmente, diversos conflitos religiosos no mundo, fato que pode ser exemplificado pelas ações do Estado
Islâmico, que utiliza uma visão radical do islamismo sunita.
Nesse contexto, percebe-se que tal realidade de intolerância também ocorre no Brasil, um país com dimensões continentais e grande diversidade religiosa.
Assim, tornam-se progressivamente mais comuns episódios de violência motivados pela religião, o que é contraditório, visto que o Brasil é laico e a Constituição de 1988 garante a liberdade de crença das diferentes manifestações culturais.
Portanto, medidas que alterem essa situação devem ser adotadas. A globalização é um processo que tende à homogeneização, à cultura de massa.
No entanto, ainda existem diversas formas de expressão cultural e artística, assim como de manifestações religiosas. Dessa maneira, surge na população um preconceito latente, que pode evoluir e motivar a prática de atos violentos pelo
indivíduo. Essa situação pode ser considerada reflexo da visão etnocêntrica de parte da sociedade, que considera seus costumes e crenças superiores aos hábitos dos demais.
A educação brasileira, que, na maioria das vezes, é altamente conservadora, agrava a questão. Também é válido ressaltar que o aumento na eleição de políticos conservadores e que assumem uma postura radical na defesa de suas ideologias dificulta a diminuição da intolerância religiosa no Brasil.
A ausência de representantes das minorias religiosas impede a implantação de políticas afirmativas e que garantam, de fato, a potencialização da tolerância e da igualdade na manifestação das diversas crenças. Como, segundo Marilena Chauí, a democracia é baseada na igualdade, liberdade e participação, percebe-se que a não participação de toda a sociedade na política, aliada à frágil liberdade religiosa, dificultam a existência de um regime democrático pleno no Brasil.
Portanto, é necessária a criação de cotas, ação que deve ser feita pelo poder público, que garantam a presença de representantes das diversas expressões religiosas na política, o que permitiria a aprovação de medidas afirmativas que reduziriam a intolerância no Brasil.
Além disso, é válida a implantação de espaços de discussão nas escolas, direcionadas aos pais e alunos, sobre a
diversidade de expressões culturais, o que conscientizaria os futuros cidadãos sobre a legitimidade de cada manifestação religiosa e diminuiria a visão etnocêntrica presente nos indivíduos.
Por fim, deve haver a criação de campanhas nas redes sociais, realizadas pela sociedade civil, que amenizem o preconceito presente na população, o que conduziria a uma sociedade progressivamente mais justa, igualitária e democrática. (Fonte: Manual do Participante do Enem – Inep)
Temas escolhidos para você fazer rascunhos:
- Danos Ambientais e Responsabilidade Social
- Coronavírus, Vacinas, e o Movimento Anti-Vacinação
- Migrações e a Crise de refugiados
- Direitos de pessoas LGBT
- A Corrupção no Brasil
- Veja os resumos sobre estes temas de Redação aqui.
Para finalizar, responda as 10 questões do simulado de tema da redação Enem para mandar bem na prova!
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UCS RS/2014)
É urgente recuperar o sentido de urgência
Eliane Brum01 Dias atrás, Gabriel Prehn Britto, do blog Gabriel quer viajar, tuitou a seguinte frase: “Precisamos redefinir, com 02 urgência, o significado de URGENTE” (Caixa alta, na internet, é grito). “Parece que as pessoas perderam a noção do 03 sentido da palavra”, comentou, quando perguntei por que tinha postado esse protesto/desabafo no Twitter. “Urgente 04 não é mais urgente. Não tem mais significado nenhum.” Ele se referia tanto ao urgente usado para anunciar notícias 05 nada urgentes nos sites e nas redes sociais, quanto ao urgente que invade nosso cotidiano, na forma de demanda 06 tanto da vida pessoal quanto da profissional. Depois disso, Gabriel passou a postar uns “tuítes” provocativos, do tipo: 07 “Urgente! Acordei” ou “Urgente: hoje é sexta-feira”.
08 A provocação é muito precisa. Se há algo que se perdeu nessa época em que a tecnologia tornou possível a 09 todos alcançarem todos, a qualquer tempo, é o conceito de urgência. Vivemos ao mesmo tempo o privilégio e a 10 maldição de experimentarmos uma transformação radical e muito, muito rápida em nosso ser/estar no mundo, com 11 grande impacto na nossa relação com todos os outros. Como tudo o que é novo, é previsível que nos atrapalhemos. 12 E nos lambuzemos um pouco, ou até bastante. Nessa nova configuração, parece necessário resgatarmos alguns 13 conceitos, para que o nosso tempo não seja devorado por banalidades como se fosse matéria ordinária. E talvez o 14 mais urgente desses conceitos seja mesmo o da urgência.
15 Estamos vivendo como se tudo fosse urgente. Urgente o suficiente para acessar alguém. E para exigir desse 16 alguém uma resposta imediata. Como se o tempo do “outro” fosse, por direito, também o “meu” tempo. E até como 17 se o corpo do outro fosse o meu corpo, já que posso invadi-lo, simbolicamente, a qualquer momento. Como se os 18 limites entre os corpos tivessem ficado tão fluidos e indefinidos quanto a comunicação ampliada e potencializada 19 pela tecnologia. Esse se apossar do tempo/corpo do outro pode ser compreendido como uma violência. Mas até 20 certo ponto consensual, na medida em que este que é alcançado se abre/oferece para ser invadido. Torna-se, ao se 21 colocar no modo “online”, um corpo/tempo à disposição. Mas exige o mesmo do outro – e retribui a possessão. Olho 22 por olho, dente por dente. Tempo por tempo.
23 Como muitos, tenho tentado descobrir qual é a minha medida e quais são os meus limites nessa nova 24 configuração. Descobri logo que, para mim, o celular é insuportável. Não é possível ser alcançada por qualquer um, 25 a qualquer hora, em qualquer lugar. Estou lendo um livro e, de repente, o mundo me invade, em geral com 26 irrelevâncias, quando não com telemarketing. Estou escrevendo e alguém liga para me perguntar algo que poderia 27 ter descoberto sozinho no Google, mas achou mais fácil me ligar, já que bastava apertar uma tecla do próprio celular.
28 Bani do meu mundo os celulares, fechei essa janela no meu corpo. Descobri que, ao não me colocar 24 horas 29 disponível, as pessoas se sentiam pessoalmente rejeitadas. Mas não apenas isso: elas se sentiam lesadas no seu 30 suposto direito a tomar o meu tempo na hora que bem entendessem, com ou sem necessidade, como se não 31 devesse existir nenhum limite ao seu desejo. Algumas se declararam ofendidas. Percebi também que, em geral, as 32 pessoas sentem não só uma obrigação de estar disponíveis, mas também um gozo. Talvez mais gozo do que 33 obrigação. É o que explica a cena corriqueira de ver as pessoas atendendo o celular nos lugares mais absurdos 34 (inclusive no banheiro…). É o gozo de se considerar imprescindível.
35 Bem, eu não sou imprescindível a todo mundo e tenho certeza de que os dias nascem e morrem sem mim. As 36 emergências reais são poucas, ainda bem, e para estas há forma de me encontrar. Logo, posso ficar sem celular. 37 Mas tive de me esforçar para que as pessoas entendessem que não é uma rejeição ou uma modalidade de 38 misantropia, apenas uma escolha. Para mim, é uma maneira de definir as fronteiras simbólicas do meu corpo, de 39 territorializar o que sou eu e o que é o outro, e de estabelecer limites – o que me parece fundamental em qualquer 40 vida.
41 A grande perda é que, ao se considerar tudo urgente, nada mais é urgente. Perde-se o sentido do que é 42 prioritário em todas as dimensões do cotidiano. E viver é, de certo modo, um constante interrogar-se sobre o que é 43 importante para cada um. Ou, dito de outro modo, uma constante interrogação sobre para quem e para o quê damos 44 nosso tempo, já que tempo não é dinheiro, mas algo tremendamente mais valioso. Como disse o professor Antonio 45 Candido, “tempo é o tecido das nossas vidas”. 46 Viver no tempo do outro – de todos e de qualquer um – é uma tragédia contemporânea.
Disponível em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/eliane-brum/>.
Acesso em: 25 mar. 14. (Adaptado)A autora aborda a temática de forma
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UERN/2014)
A balcanização da Internet
A Internet corre o risco de se fragmentar. E o programa americano de espionagem digital, revelado por Edward Snowden, é o grande culpado disso. Ele tem levado governos do mundo todo a tomar medidas que criam barreiras e aumentam os controles locais sobre a rede mundial. Um exemplo disso é a exigência, incluída pelo governo brasileiro no projeto do Marco Civil da Internet, de empresas estrangeiras instalarem seus servidores por aqui.
Na semana passada, Steven Levy – autor, entre outros livros, de Google: a Biografia – publicou no site da revista Wired uma extensa reportagem sobre o impacto das revelações de Snowden nas empresas americanas de tecnologia, intitulada “Como a NSA quase matou a Internet” (NSA é a sigla em inglês de Agência de Segurança Nacional, para quem Snowden prestava serviços).
O Brasil é citado na reportagem como um dos protagonistas desse movimento de fragmentação da Internet. “Depois de descobrir que a NSA a estava grampeando, a presidente brasileira Dilma Rousseff começou a promover uma lei que exige que os dados pessoais dos brasileiros sejam armazenados dentro do País”, escreveu Levy. “A Malásia promulgou uma lei similar, e a Índia também busca o protecionismo dos dados.” Até a Alemanha estuda uma medida parecida.
A grande questão é que esse tipo de medida não garante que os dados ficarão imunes à espionagem de outros países, já que eles podem ser acessados em outras partes do mundo. Além disso, é uma medida que amplia custos, podendo aumentar preços ao consumidor, no caso de serviços pagos, e criar barreiras à entrada de empresas iniciantes de Internet sediadas em outros países.
David Karp, fundador do Tumblr, falou com Levy sobre isso, citando especificamente o Brasil: “É uma proposta incrivelmente cara para o Tumblr, mas é impossível para a empresa jovem aspirante que quer construir algo para ser usado por todos em todo o mundo.”
O principal exemplo de país que separou a Internet local do restante do mundo é a China. Por lá, além de espionar o tráfego da rede, o governo filtra conteúdos, num esquema que costuma ser chamado de “grande firewall da China”, num trocadilho com a Grande Muralha (Firewall é um dispositivo ou software que controla as informações que entram e saem da rede).
Acontece que os EUA, ao coletar informações em pontos de grande concentração de tráfego de Internet, usaram métodos muito parecidos com os chineses, apesar de não terem, até onde se sabe, bloqueado informações.
Segundo Levy, antes de Snowden, as empresas americanas podiam argumentar que medidas como as que estão sendo discutidas no Brasil levariam a perda de privacidade e censura. Agora já não podem mais, pois os EUA são o país que espiona o restante do mundo.(Renato Cruz. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/
impresso,a-balcanizacao-da-internet-,1117487,0.htm.)Para cumprir o seu objetivo discursivo, no texto são convergidas informações de diferentes naturezas. Acerca dessas informações, é correto afirmar que o autor só NÃO apresenta
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ACAFE SC/2017)
De currais e caricaturas
[…]
Nada mais coerente, portanto, do que criarmos um movimento em busca de indenização, certo? Errado. O exemplo anterior [sobre a perseguição aos alemães no Brasil no período da Segunda Guerra] serve apenas para mostrar que as coisas não são tão simples quanto parecem. Nos anos 1940, os japoneses que viviam no Brasil sofreram ainda mais que os alemães.
O mesmo pode ser dito de judeus, árabes, poloneses e italianos. Não foram apenas os índios e os negros que padeceram nas garras de um Estado imaturo e elitizado como o nosso, ainda que tenham padecido numa escala maior e mais documentada. Se procurarmos nos livros certos, descobriremos que todos os grupos étnicos, religiosos e sexuais teriam direito a alguma forma de reparação.
Pois é aí que reside o problema.
Se você acredita que desencavar rancores contribui para o amadurecimento do país, está guiando por uma contramão arriscada, da qual é sempre difícil retornar. Em vez de resolveremas demandas das quais se originaram, as iniciativas de reparação histórica e as admoestações politicamente corretas que as acompanham têm o poder de complicar ainda mais a situação. Normalmente transformam-se em bandeiras de políticos irresponsáveis que querem ver o circo pegar fogo para se dar bem nas urnas. As consequências são evidentes: mais do que polarizada, a sociedade brasileira está “guetificada”, e não apenas por razões étnicas ou político-partidárias.
Das igrejas que lutam contra a descriminalização do aborto aos coletivos feministas sediados em universidades, das ações dos grupos LGBT às bancadas conservadoras que cunharam a expressão “heterofobia”, parece que todo mundo quer vestir a capa do Supercidadão e sair voando para salvar o planeta. De repente começamos a nos ver como membros de clãs que sentem a obrigação de erigir totens para impor nossa verdade à vizinhança. Quem discorda é “ignorante” e por isso merece a fogueira. Nunca é demais lembrar que a ascensão dos movimentos de autoafirmação minoritária foi uma das maiores vitórias do nosso tempo, mas – muita calma nessa hora – a radicalização de palavras de ordem e o resgate forçado de ressentimentos transformaram essa conquista numa faca de dois gumes.
Vivemos num período tão complexo que talvez seja impossível encontrar alguém que possa se definir sem ressalvas. Diante da confusão, apelar para o estereótipo tornou-se a saída mais cômoda. De todas as caricaturas que passaram a simbolizar as mazelas da humanidade, o Homem Branco Ocidental parece ser a mais recorrente, como se todos os homens brancos, sem exceção, fossem racistas, machistas e homofóbicos. Se você pertence a esse grupo, já deve ter sido silenciado em algum debate por aí. Não importa sua opinião, se é a favor ou contra, pois já foi tachado como o machista do grupo e ponto-final. Em compensação, a caricatura que se costuma desenhar como resposta também não deixa de ser injusta: a feminista furibunda que pensa pouco e grita muito é outro dos estereótipos que criamos para empobrecer o debate.
Ninguém gosta de receber lições de moral por aquilo que é. Por isso, antes de leis arbitrárias elaboradas por “iluminados” e impostas a uma população que ainda não teve tempo de digerir preconceitos ancestrais, precisamos é de educação igualitária e multicultural para todos. Conhecer a cultura daqueles que consideramos diferentes é a melhor maneira de nos aceitarmos coletivamente, e não apenas de nos “tolerarmos”. A “guetificação” não é boa para ninguém. Se insistirmos nisso, acabaremos voltando aos currais de arame farpado.TENFEN, Maicon. Revista Veja.
Edição 2499, de 12 de outubro de 2016. p. 62-63. Fragmento adaptado.Assinale a alternativa que melhor resume o texto.
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFPR/2017)
Por que a cultura do sul ficou de fora do retrato do Brasil nas olimpíadas?Depois de uma abertura que falou das etnias que formaram o povo brasileiro, a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, realizada neste domingo (21), teve mais cara de carnaval. A ideia da diretora criativa da festa, Rosa Magalhães, era mostrar “o sentimento de brasilidade”, conforme ela explicou ao jornal “O Globo” dias antes da cerimônia.
Carnavalesca da escola de samba carioca São Clemente, Rosa usou elementos alegóricos para mostrar a arte feita pelo povo do país – para ela, “marca da nossa identidade cultural”. Teve menção a choro, samba carioca, Carmem Miranda, mulheres rendeiras da Bahia, bonecos de cerâmica do pernambucano Vitalino, Heitor Villa-Lobos, carnaval.
Entre as ausências, as expressões culturais do Sul do Brasil – o que alimentou algum debate em redes sociais: se a ideia era representar o país todo, por que ficamos de fora?
Para a antropóloga Selma Baptista, professora-doutora aposentada da UFPR, a pergunta deveria ser outra: por que as expressões culturais do Sul participariam do recorte da carnavalesca carioca se elas não estão presentes nem em nossas próprias festas? “Essa questão da representação de identidades regionais se dá a partir da construção da identidade dentro de seus próprios redutos. Cabe perguntar até que ponto nossas representações da cultura popular têm expressividade entre nós mesmos para que alcancem uma representatividade nacional”, questiona.
Patrícia Martins, antropóloga e docente do Instituto Federal do Paraná (IFPR) em Paranaguá, lembra que o Sul tende inclusive a negar o tipo de “brasilidade” representada na cerimônia de encerramento, mais ligada à cultura indígena e afro-brasileira. “Aqui há uma autorrepresentação que passa por uma cultura europeia”, diz. Para ela, o recorte mostrado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos tem ligações com uma identidade brasileira que vem sendo construída desde o Estado Novo (1937-1945), que incorporou o samba carioca. “Existe um patrimônio rico no Sul – há os batuques do Rio Grande do Sul, o fandango caiçara. Teria muita coisa a mostrar, mas nem nós sabemos que existe isso em nossa região”.
Na opinião de Tau Golin, jornalista, historiador e professor do curso de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (UPF), esse tipo de questionamento sobre representações regionais é uma “briga simbólica” já bem conhecida – principalmente dos gaúchos. “É uma briga de poder pela representatividade, por quem representa mais a nação”, diz. “Como é um país com regiões que se formaram antes da nação, as regionalidades querem estar presentes em tudo o que acontece no país. Se fosse insignificante, não brigariam. Mas, como é para se mostrar para o exterior, a briga é compreensível historicamente”. Para ele, o desejo do Sul de estar presente nesse tipo de representação, dada a relação difícil da região com a “brasilidade”, é um fator surpreendente. “É uma novidade, que merece estudos daqui para a frente”, diz.(Rafael Rodrigues Costa, Gazeta do Povo, Curitiba, 22/08/2016.)
O texto tematiza a ausência de manifestações culturais da região Sul na festa de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. As duas antropólogas entrevistadas compartilham uma mesma opinião sobre a questão levantada. Assinale a alternativa que apresenta essa opinião.
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UERJ/2016)
A EDUCAÇÃO PELA SEDA
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz Mínimo múltiplo comum: contos.Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
A narrativa condensada do texto sugere uma crítica relacionada à educação, tema anunciado no título. Essa crítica dirige-se principalmente à seguinte característica geral da vida social:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UNESP SP/2016)
Leia o excerto do “Sermão da primeira dominga do Advento” de Antônio Vieira (1608- 1697), pregado na Capela Real em Lisboa no ano de 1650.
Sabei cristãos, sabei príncipes, sabei ministros, que se vos há de pedir estreita conta do que fizestes; mas muito mais estreita do que deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos, pelo que não fizeram, todos. […] Desçamos a exemplos mais públicos. Por uma omissão perde-se uma maré, por uma maré perde-se uma viagem, por uma viagem perde-se uma armada, por uma armada perde-se um Estado: dai conta a Deus de uma Índia, dai conta a Deus de um Brasil, por uma omissão. Por uma omissão perde-se um aviso, por um aviso perde-se uma ocasião, por uma ocasião perde-se um negócio, por um negócio perde-se um reino: dai conta a Deus de tantas casas, dai conta a Deus de tantas vidas, dai conta a Deus de tantas fazendas1, dai conta a Deus de tantas honras, por uma omissão. Oh que arriscada salvação! Oh que arriscado ofício é o dos príncipes e o dos ministros! Está o príncipe, está o ministro divertido, sem fazer má obra, sem dizer má palavra, sem ter mau nem bom pensamento: e talvez naquela mesma hora, por culpa de uma omissão, está cometendo maiores danos, maiores estragos, maiores destruições, que todos os malfeitores do mundo em muitos anos. O salteador na charneca com um tiro mata um homem; o príncipe e o ministro com uma omissão matam de um golpe uma monarquia. A omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda. A omissão é um pecado que se faz não fazendo. […]
Mas por que se perdem tantos? Os menos maus perdem-se pelo que fazem, que estes são os menos maus; os piores perdem-se pelo que deixam de fazer, que estes são os piores: por omissões, por negligências, por descuidos, por desatenções, por divertimentos, por vagares, por dilações, por eternidades. Eis aqui um pecado de que não fazem escrúpulo os ministros, e um pecado por que se perdem muitos. Mas percam-se eles embora, já que assim o querem: o mal é que se perdem a si e perdem a todos; mas de todos hão de dar conta a Deus. Uma das cousas de que se devem acusar e fazer grande escrúpulo os ministros, é dos pecados do tempo. Porque fizeram o mês que vem o que se havia de fazer o passado; porque fizeram amanhã o que se havia de fazer hoje; porque fizeram depois o que se havia de fazer agora; porque fizeram logo o que se havia de fazer já. Tão delicadas como isto hão de ser as consciências dos que governam, em matérias de momentos. O ministro que não faz grande escrúpulo de momentos não anda em bom estado: a fazenda pode-se restituir; a fama, ainda que mal, também se restitui; o tempo não tem restituição alguma.(Essencial, 2013. Adaptado.)
1 fazenda: conjunto de bens, de haveres.Implícita à argumentação do autor está a defesa da
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(Fac. Israelita de Ciência. da S. Albert Einstein SP/2017)
Violência à saúde
Mauro Gomes Aranha de Lima
Jornal do Cremesp, agosto de 2016O aumento da violência contra médicos e enfermeiros finalmente passou a ser encarado como questão de Estado. Graças às denúncias do Cremesp [Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo] e do Coren-SP [Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo], a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mantém agora um grupo de trabalho que se debruça na busca de soluções para o problema.
Em recente reunião, o secretário adjunto da SSP-SP, Sérgio Sobrane, comprometeu-se a tomar providências. A Secretaria de Saúde (SES-SP) também participou dos debates que culminaram com proposta do Cremesp e do Coren de um protocolo para orientar profissionais da Saúde a lidar com situações em que o usuário/familiar se mostre agressivo ou ameaçador.
Simultaneamente, a SSP-SP preparará um piloto de intervenção baseado em registros de ameaças ou de truculência na Capital. Se bem sucedido, será multiplicado ao restante do Estado.
São medidas oportunas e as levaremos em frente. Contudo, tal empenho não será o bastante. A violência emerge de raízes profundas: governos negligenciam a saúde dos cidadãos, motivo pelo qual a rede pública padece de graves problemas no acesso ou continuidade da atenção; hospitais sucateados e sob o contingenciamento de leitos e serviços; postos de saúde e Estratégia Saúde da Família com equipes incompletas para a efetivação de metas integrativas biopsicossociais.
O brasileiro é contribuinte assíduo e pontual, arca com uma das mais altas tributações do mundo, e, em demandas por saúde, o que recebe é o caos e a indiferença.
Resignam-se, muitos. Todavia, há os que não suportam a indignidade. Sentem-se humilhados. Reagem, exaltam-se. Eis que chegamos ao extremo. Em pesquisa encomendada pelo Cremesp, em 2015, com amostra de 617 médicos, 64% tomaram conhecimento ou foram vítimas de violência. Ouvimos também os pacientes: 41% dos entrevistados atribuíram a razão das agressões a problemas como demora para serem atendidos, estresse, muitos pacientes para poucos médicos, consultas rápidas e superficiais.
Ser médico é condição e escolha. Escolhemos a compreensão científica do mecanismo humano, revertida em benefício do ser que sofre. Vocação, chamado, desafio, e o apelo da dor em outrem, a nos exigirem fôlego, serenidade e dedicação. Estamos todos, médicos e pacientes, em situação. Há que se cultivar entre nós uma cultura de paz. E um compromisso mútuo de tarefas mínimas.
Aos pacientes, cabe-lhes o cultivo de uma percepção mais refletida de que, em meio à precariedade posta por governos cínicos, o Estado não é o médico. Este é apenas o servidor visível, por detrás do qual está aquele que se omite.
Aos médicos, a compreensão de que os pacientes, além de suas enfermidades, sofrem injustiças e agravos sociais.
A tolerância não é exatamente um dom, uma graça, ou natural pendor. É esforço deliberado, marco estrutural do processo civilizador.
Tarefas e esforços compartilhados: a solução da violência está mais dentro do que fora de nós.In: Jornal do Cremesp. Órgão Oficial do Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo. No 339, agosto 2016. [Adaptado]Como texto argumentativo que é, o editorial Violência à Saúde tem como tese
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(ENEM/1999)
Leia o texto abaixo.
Cabelos longos, brinco na orelha esquerda, físico de skatista. Na aparência, o estudante brasiliense Rui Lopes Viana Filho, de 16 anos, não lembra em nada o estereótipo dos gênios. Ele não usa pesados óculos de grau e está longe de ter um ar introspectivo. No final do mês passado, Rui retornou de Taiwan, onde enfrentou 419 competidores de todo o mundo na 39ª Olimpíada Internacional de Matemática. A reluzente medalha de ouro que ele trouxe na bagagem está dependurada sobre a cama de seu quarto, atulhado de rascunhos dos problemas matemáticos que aprendeu a decifrar nos últimos cinco anos.
Veja – Vencer uma olimpíada serve de passaporte para uma carreira profissional meteórica?
Rui – Nada disso. Decidi me dedicar à Olimpíada porque sei que a concorrência por um emprego é cada vez mais selvagem e cruel.
Agora tenho algo a mais para oferecer. O problema é que as coisas estão mudando muito rápido e não sei qual será minha profissão. Além de ser muito novo para decidir sobre o meu futuro profissional, sei que esse conceito de carreira mudou muito.
(Entrevista de Rui Lopes Viana Filho à Veja, 05/08/1998, n.31, p. 9-10)Na pergunta, o repórter estabelece uma relação entre a entrada do estudante no mercado de trabalho e a vitória na Olimpíada. O estudante:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(ENEM/1999)
Leia um texto publicado no jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um artigo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma iminente crise financeira no Brasil.
Deu no que deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em nossos dias. O valor do dólar caiu a quase metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores – cerca de 25% da população ativa – entre 1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte-americanos que passaram fome.
(Gazeta Mercantil, 05/01/1999)Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UEFS BA/2016)
TEXTO:
1 Um leitor de La Repubblica perguntou o que 2 podemos fazer para escapar da situação alarmante em 3 que nos encontramos depois da crise do crédito e como 4 evitar suas consequências possivelmente catastróficas.
5 Essas são perguntas que nos fazemos todos os 6 dias; afinal, não foi só o sistema bancário e a bolsa de 7 valores que sofreram duros e sucessivos golpes — nossa 8 confiança nas estratégias de vida, nos modos de agir, 9 nos padrões de sucesso e no ideal de felicidade que, 10 dia após dia, nos últimos anos, nos disseram que valia 11 a pena seguir também foi abalada e perdeu parte 12 considerável de sua autoridade e poder de atração. 13 Nossos ídolos, versões líquido-modernas do bezerro de 14 ouro bíblico, derreteram ao mesmo tempo que a confiança 15 na economia!
16 Pensando em retrospecto, os anos anteriores à 17 crise do crédito parecem ter sido tempos tranquilos e 18 alegres do tipo “aproveite agora, pague depois”; uma 19 época em que nós agíamos com a certeza de que haveria 20 riqueza suficiente e até maior no dia seguinte, anulando 21 qualquer preocupação com o crescimento das dívidas 22 de hoje, desde que fizéssemos o que se exigia para 23 aderir aos “caras mais inteligentes da turma” e seguir 24 seu exemplo. Naqueles dias que ficaram para trás, o 25 exercício de subir montanhas cada vez mais altas e ter 26 acesso a paisagens cada vez mais arrebatadoras, 27 eclipsar as grandiosas montanhas de ontem com o perfil 28 das colinas de hoje e aplainar as colinas de ontem na 29 gentil ondulação das planícies de hoje parecia durar para 30 sempre.
31 Uma possível reação à crise econômica atual é o 32 que Mark Furlong denominou de “militarização do eu”. 33 É o que vão fazer, sem dúvida, os produtores e 34 comerciantes interessados em capitalizar a catástrofe 35 transformando-a em lucro acionário, como de hábito. A 36 indústria farmacêutica já está em plena atividade, 37 tentando invadir, conquistar e colonizar a nova “terra 38 virgem” da depressão pós-crise a fim de vender sua “nova 39 geração” de smart drugs, começando por semear, cultivar 40 e fazer crescer as novas ilusões que tendem a 41 propulsionar a demanda. Já estamos ouvindo falar de 42 drogas fantásticas que prometem “melhorar tudo”, 43 memória, humor, potência sexual e a energia de quem 44 as ingere com regularidade, proporcionando assim total 45 controle sobre a construção do próprio ego e sua 46 preponderância sobre o ego de outro.
47 Contudo há outra possibilidade. Existe a opção de 48 tentar chegar às raízes do problema atual e (como sugeriu 49 Furlong) “fazer o contrário do que estamos 50 acostumados: inverter o padrão e organizar nosso 51 pensamento não mais a partir daquele em que o ‘indivíduo’ 52 está no centro, mas segundo uma ordem alternativa 53 centrada em práticas éticas e estéticas que privilegiem 54 a relação e o contexto”.
55 Trata-se, sem dúvida, de uma possibilidade remota 56 (inverossímil ou pretensiosa, diriam alguns), que exige 57 um período prolongado, tortuoso e muitas vezes doloroso 58 de autocrítica e reajuste. Nascemos e crescemos numa 59 sociedade completamente “individualizada”, na qual a 60 autonomia, a autossuficiência e o egocentrismo do 61 indivíduo eram axiomas que não exigiam provas (nem 62 as admitiam), e que dava pouco espaço, se é que dava, 63 à discussão. Só que mudar nossa visão de mundo e 64 assumir uma compreensão adequada do lugar e do papel 65 que temos na sociedade não é fácil nem se faz de um 66 dia para o outro. No entanto, essa mudança parece ser 67 imperativa, na verdade, inevitável.BAUMAN, Zygmunt. Como escapar da crise? In: 44 Cartas do Mundo Líquido Moderno.
Tradução Vera Pereira. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. p. 161-165. Tradução de: 44 Letters from the Liquid Modern World. Adaptado.Considerando-se a linha de raciocínio utilizada pela voz autoral para desenvolver suas ideias, é correto afirmar, quanto aos parágrafos, que o
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