A importância da diversidade e das lutas identitárias

A prova do Enem sempre aborda temas relacionados aos Direitos Humanos. Nessa temática, a diversidade é uma área muito rica a ser explorada na prova, tanto na redação, quanto nas questões objetivas de ciências humanas!

O Brasil é um país de dimensões continentais cuja população é marcada por uma enorme diversidade. Nele convivem pessoas de todas as etnias, culturas, religiões e ideologias. Nesse contexto, um grande desafio nos dias de hoje é promover a tolerância e o respeito à identidade do outro.

A Sociologia nos ajuda a compreender o outro e para isso precisamos compreender o significado de identidade, alteridade e diversidade. Nesse texto, vamos apresentar esses conceitos que são essenciais para a compreensão da temática da diversidade e do respeito à diferença! Além disso, vamos apresentar também alguns dos movimentos sociais da atualidade e como eles pautam sua luta pelo reconhecimento da diversidade como um valor em si.

Identidade e alteridade

Identidade é a maneira como nos vemos e somos vistos, ou seja, é o reconhecimento individual e social de cada um. Nós formamos nossa identidade a partir de várias experiências e elementos: geração, etnia, raça, gênero, orientação sexual, classe, religião, origem social, características físicas, gostos e preferências, etc.

Na vivência em sociedade, porém, não apenas somos vistos, como também olhamos para o outro. A noção do outro, que se dá na interação social, é o que denominamos alteridade. A construção da identidade de um sujeito passa pelo reconhecimento da alteridade. Ou seja, a noção do “eu” depende da noção do “outro”: minha identidade só existe e é construída em relação aos outros.

Vivemos em constante contato com identidades culturais diversas. Todavia, nem sempre as diferenças são aceitas por todos. Muitas vezes, as pessoas demandam que todos sejam como elas próprias, isto é, não toleram os que são diferentes em determinados aspectos. A intolerância com as diferentes identidades dos outros, ou seja, com a diversidade cultural, causa uma série de conflitos e preconceitos.

Novos movimentos sociais e as lutas identitárias

A partir da década de 1960 emergiram uma série de lutas por direitos civis e reconhecimento da diversidade cultural. Podemos considerar movimentos sociais identitários aqueles que reivindicam direitos sociais, econômicos, políticos e culturais.

manifestação pela demarcação de terras indígenas: direito à diversidade

Fazem parte desses movimentos os grupos considerados minorias, incluindo os movimentos de mulheres, negros, quilombolas, indígenas, trabalhadores rurais, LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), geracionais (jovens, idosos), portadores de necessidades especiais e quaisquer grupos de pertencimentos identitários coletivos, ou seja, que tenham identidades culturais em comum como etnia, idioma, religião, orientação sexual, etc.

Quando falamos em minorias sociais, não queremos dizer necessariamente minoria em quantidade de pessoas, mas sim que são coletividades que sofrem algum processo de exclusão social. As mulheres, por exemplo, são maioria no Brasil, mas política e socialmente são consideradas como uma minoria.

Nas últimas décadas, demandas de gênero, sexualidade, etnicidade e território tornaram-se cada vez mais presentes. Os novos movimentos sociais ganharam força com a redemocratização, a abertura política e garantia dos direitos civis. No Brasil, podemos notar o aparecimento e crescimento de movimentos sociais em todo o país, tanto nas cidades quanto no campo.

A importância da diversidade

Durante muito tempo, os movimentos sociais lutaram pela igualdade: entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, entre brancos e negros. Porém, os novos movimentos sociais surgidos a partir da década de 1960 passaram a querer ser levados a sérios também em sua diferença.

Os novos atores sociais reivindicam o reconhecimento diferenciado pelo fato de pertencerem a certa minoria. Desejam que sua diferença seja considerada como um valor que deve ser respeitado por todos. Celebram a diversidade humana como um valor universal.

LGBT, parada gay, diversidade

Para que a diversidade seja respeitada, os grupos pedem um tratamento diferente, ou seja, que sua diferença de grupo seja reconhecida como fonte legítima de direitos específicos, não gerais. São exemplos de direitos específicos ações afirmativas como as cotas nas universidades para negros, a demarcação das terras indígenas e quilombolas, medidas de acessibilidade e inclusão dos portadores de necessidades especiais.

Dessa maneira, sem abandonar a luta pela oportunidade de serem iguais, os novos movimentos sociais afirmam o direito de serem diferentes.

Portadores de necessidades especiais, Paraolimpíadas, Rio 2016, diversidade
As Paraolimpíadas do Rio 2016 serviram para chamar atenção para a necessidade de inclusão social das pessoas com deficiência

Videoaula sobre lutas identitárias

Exercícios

Para finalizar a revisão, resolva os exercícios que selecionei para você. Aí você terá uma boa ideia da forma com que é cobrado o tema da diversidade no Enem.

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