Veja os Tipos de Sujeito e as orações sem sujeito

Sujeito é uma função sintática que nos indica em uma oração a pessoa ou coisa sobre a qual se declara algo. Na língua portuguesa esse sujeito pode ser determinado ou indeterminado. Há ainda orações que não possuem sujeito.

Existem vários tipos de sujeito e as questões de Português podem pedir para você identificá-los corretamente. Veja abaixo como fazer isso!

Você vai encontrar casos de Sujeito Determinado, Sujeito Indeterminado, Sujeito Oculto, e Orações Sem Sujeito,

Tipos de sujeito

A classificação básica dos tipos de sujeito é feita em sujeito determinado e indeterminado. Vamos conhecer melhor como funciona cada tipo de sujeito e suas subclassificações com a professora de português Mercedes Bonorino.

Ela é professora do canal do Curso Enem Gratuito. Veja a introdução no vídeo,e continue na aula escrita e nos exercícios para garantir o seu aprendizado e sucesso nas provas.

Sujeito determinado

tipos de sujeito

Na imagem acima as palavras “os feridos” compõem o sujeito da oração. Isso porque o restante da frase faz referência aos feridos, declarando uma ação sofrida por eles.

Nesse caso, sabemos quem são os sujeitos da oração. Sendo assim, dizemos que eles compõem um sujeito determinado. Vamos agora ver os tipos de sujeito determinado e como podem ser classificados e reconhecidos.

Sujeito determinado simples

É o tipo de sujeito que apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.

Veja o exemplo:

O candidato estuda muito para o concurso.

Para identificar o sujeito, identifique antes o verbo da oração. Faça a pergunta ao verbo. Neste exemplo acima o verbo é “estuda”. A pergunta a ser realizada é “quem estuda?” A resposta leva-nos ao sujeito da sentença: o candidato. Sendo assim, o núcleo do sujeito é o candidato.

Observe outro exemplo:

A multidão gritava nas ruas por melhores condições de trabalho.

Veja que mesmo que a palavra “multidão” denomine um grupo de pessoas, ela continua a ser classificada como sujeito simples.

Sujeito determinado composto

O sujeito composto apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo na sentença produzida. Observe o exemplo:

Direito e Medicina são os cursos mais disputados nos vestibulares.

O verbo da sentença é “são”. A pergunta a ser realizada para encontrarmos o sujeito seria “quais são os cursos mais disputados?”. A resposta direciona para o sujeito: “Direito e Medicina”. E, como constituem-se com mais de um núcleo, são classificados como sujeito composto.

Sujeito implícito ou oculto

Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado pela desinência verbal. Observe os exemplos.

Dispensamos todos os estudantes da prova do ENEM.

Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência verbal -mos.

O sujeito implícito também é chamado de sujeito elíptico, subentendido ou desinencial. Também pode ser denominado sujeito oculto.

Nesses casos identifica-se a pessoa do discurso do verbo. No exemplo acima, a pessoa do discurso do verbo “dispensamos” é “nós”.

Outro exemplo:

Cheguei atrasada para a prova. (sujeito implícito: eu)

Desinência do verbo: “ei”

Sujeito indeterminado

Sujeito indeterminado é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

Com verbo na 3ª pessoa do plural:

O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração). Por exemplo:

Procuraram o vestibulando por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da sala.

Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:

O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

Acredita-se na aprovação. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de candidatos para os cursos de licenciaturas.  (Verbo Transitivo Indireto)
Na hora da prova, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)

Na língua portuguesa também há casos de orações sem sujeito. Vamos atentar para os exemplos desses casos para sabermos identificá-las corretamente.

Oração sem sujeito

Uma oração sem sujeito é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:

Sujeito Predicado
Havia alunos na sala do concurso.
Nevou muito este ano em Nova Iorque.

As orações sem sujeito constituem a enunciação pura de um fato através do predicado. A mensagem é focada no processo verbal. Os principais casos de orações sem sujeito na língua portuguesa são os citados abaixo. Observe:

Verbos que exprimem fenômenos da natureza:

Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc. Por exemplo:

Choveu muito na hora da prova do ENEM.
Anoiteceu antes do horário previsto.

Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Por exemplo:

Choveram abraços ao candidato aprovado. (O que choveu? Abraços – sujeito simples)
Já adormeci cansada. (eu = sujeito)

Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:

Ser:

É noite. (Período do dia)
Eram três horas da manhã. (Hora)

Ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São oito horas)

Hoje é (ou são) 15 de novembro, portanto, feriado. (Data)

Veja que ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.

Estar:

Está cedo. (Tempo)

Está muito frio. (Temperatura)

Fazer

Faz dois anos que não vejo minha mãe. (Tempo decorrido)

Fez 40° C ontem. (Temperatura)

Haver:

Não a vejo há dias. (Tempo decorrido)

Havia muitos candidatos naquela aula. (Verbo haver significando existir)

Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser sempre usados na terceira pessoa do singular. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural. Por exemplo:

Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias frios no Rio Grande do Sul.

Observe outros exemplos:

muitos candidatos interessados na vaga.
Houve muitos candidatos interessados na vaga.
Havia muitos candidatos interessados na vaga.
Haverá muitos candidatos interessados na vaga.
Deve ter havido muitos candidatos interessados na vaga.
Pode ter havido muitos candidatos interessados na vaga.

Conteúdo complementar: Flexão Verbal

Confira agora com a professora Mercedes Bonorino a Flexão dos Verbos no Português.

Exercícios sobre os tipos de sujeito

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Sobre o(a) autor(a):

Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Andressa da Costa Farias para o Blog do Enem. Andressa é formada em Letras Português e Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Santa Maria. E atualmente cursa Doutorado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Colabora eventualmente escrevendo crônicas para o jornal Diário de Santa Maria (RS) das quais posta no blog pessoal: www.andressacf.blogspot.com Facebook: https://www.facebook.com/andressa.dacostafarias

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