O Brasil adentrou o século XX ainda com uma economia baseada na monocultura de exportação, só que dessa vez com um produto diferente: o café. Veja nesta aula de História como o ciclo do café alterou o regime de trabalho brasileiro e impulsionou a urbanização!
Depois do pau-brasil, do açúcar e do ouro, o café tomou a liderança das exportações no Brasil. Durante o período conhecido como ciclo do café, o regime de trabalho no país foi alterado, a composição da população brasileira passou por transformações e o início de um desenvolvimento industrial e urbano se tornou possível. Acompanhe a aula para saber como tudo isso aconteceu.
Como foi o ciclo do café no Brasil
A história do café no Brasil teve início no século XVIII, quando um oficial português trouxe uma muda da planta para cá. Os cafezais começaram a ser plantados para consumo interno nos arredores do Rio de Janeiro e rapidamente tomaram a região do vale do rio Paraíba do Sul (área próxima ao litoral norte do atual estado de São Paulo e do sul do Rio de Janeiro), onde a produção começou a se destinar para a exportação.
No início do Segundo Reinado, o café já era o principal produto de exportação do país. Por volta de 1880, o Brasil se tornou o maior produtor mundial dogrão – posição que ocupa até hoje.
Esse crescimento rápido foi possível graças à grande demanda pela bebida na Europa. Devemos lembrar que no século XVIII estava em curso a Revolução Industrial, e os operários consumiam a bebida energética para ajudar a aguentar a longa jornada de trabalho.
Além disso, os cafés públicos faziam sucesso em países como França e Inglaterra, onde a população se encontrava para conversar, se informar e debater assuntos como política, economia e ciência.
Mão-de-obra na produção de café
Voltando para o Brasil, o café era produzido, inicialmente, em um sistema semelhante aos engenhos de açúcar no Nordeste. A riqueza do café do Vale do Paraíba era cultiva e colhida por negras e negros escravizados.
Além disso, eram eles os responsáveis pelo transporte da colheita. Os escravos conduziam carros de bois com os grãos de café até os portos do Rio de Janeiro e de Santos, de onde partiam para o exterior.
O declínio do ciclo do café no Vale do Paraíba
Apesar de a produção de café ter enriquecido fazendeiros, o negócio não prosperou por muito tempo na região do Vale do Paraíba. As técnicas agrícolas utilizadas eram muito rudimentares, como a queima do solo antes da plantação. Sem o tratamento adequado, o solo foi ficando cada vez mais empobrecido e improdutivo.
Por isso, matas eram constantemente derrubadas para iniciar novas plantações, o que acabou causando um desmatamento em larga escala e o esgotamento do solo.
Somando-se a isso, os proprietários das fazendas não pensavam em diversificar seus investimentos. Ainda ligados a uma mentalidade tradicionalista e colonial, gastavam seus lucros com artigos de luxo e com a compra de escravos. Dessa forma, por volta da década de 1870, a produção de café no Vale do Paraíba começou a declinar.
A economia cafeeira no oeste paulista
Enquanto os cafezais entravam em decadência no Vale do Paraíba, a produção se deslocava para o oeste paulista em direção a cidades como Campinas, Jundiaí, São José do Rio Preto e São Carlos. A região era propícia para o cultivo por ter terra roxa, um tipo de solo bastante fértil. Mais tarde, o café também foi produzido em menor escala nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.
A expansão para o oeste coincidiu com uma série de medidas abolicionistas, como a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro. Por isso, os latifundiários precisavam encontrar uma alternativa para a mão de obra em suas fazendas.
A solução escolhida foi o emprego de imigrantes assalariados – embora escravos ainda fossem empregados em menor proporção. Durante o Segundo Reinado e o início da república, várias medidas foram tomadas para incentivar a imigração para o Brasil. Assim, o cenário agrícola do oeste paulista com trabalhadores estrangeiros assalariados contrastava com o antigo Vale escravista.
Quem eram os barões do café
O novo sistema de produção se provou bem-sucedido, tanto que o império passou a conceder títulos de nobreza para os cafeicultores. Dessa forma surgiram os famosos barões do café.
Barão de Mauá
O mais famoso deles era Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como o barão de Mauá. Ele se destacou por se tornar um dos maiores empreendedores da época, tendo investido em construção de estradas de ferro, instalação de linhas de telégrafo, companhias de bonde, navegação, iluminação urbana e fundição.
Sua atuação foi tão simbólica do fenômeno da diversificação de investimentos dos fazendeiros que as primeiras décadas da segunda metade do século XIX ficaram conhecidas como “Era Mauá”.
No entanto, na década de 1860 o império revogou medidas protecionistas que haviam beneficiado industrialistas como Mauá. Sem o apoio do governo, o surto de industrialização chegou ao fim e o barão não conseguiu manter os seus negócios.
Construção de estradas de ferro
Com as riquezas provenientes da nova fase do ciclo do café, ocorreram várias iniciativas de modernização da região produtora, como a instalação de linhas de telégrafo e a construção de estradas de ferro para escoar as sacas de café. Além dos financiamentos dos cafeicultores, as ferrovias eram produto investimentos do Império e contavam com auxílio de empréstimos da Inglaterra.
O primeiro trecho foi construído em 1854 no Rio de Janeiro e tinha apenas 14 km. Era a ferrovia Mauá-Fragoso, iniciativa do Barão de Mauá. A partir de então, a malha ferroviária foi se expandindo. Estima-se que no início da república já havia 10 mil quilômetros de estradas de ferro no Brasil.
Se lembrarmos que a indústria estava se desenvolvendo a todo o vapor na Europa, nada fazia mais sentido do que modernizar nosso sistema de transporte.
No entanto, o progresso teve altos custos para a população Kaingang que foi expulsa de suas terras para que se transformassem em plantações de café e ferrovias. Chacinas eram promovidas por grileiros que invadiam as terras indígenas, destruíam roças e matavam a população. Os indígenas eram reduzidos a obstáculos para a expansão da produção cafeeira e do suposto progresso representado pelas estradas de ferro.
A importância do ciclo do café para a industrialização e a urbanização do Brasil
Além dos investimentos em infraestrutura, aos poucos os cafeicultores também passaram a aplicar seus lucros na criação de fábricas e no comércio. Na década de 1850, foram fundadas 62 indústrias, 14 bancos, 20 companhias de navegação a vapor e 23 companhias de seguros, além de empresas nos ramos de mineração, transporte urbano e serviço de gás.
Esse primeiro surto de industrialização também foi incentivado pela criação da Tarifa Alves Branco, que estabeleceu altos impostos (de 20% a 60%) sobre produtos importados. Com isso, os produtos nacionais tinham maior potencial de competição no mercado.
Naturalmente, a industrialização levou ao desenvolvimento das cidades. Os barões do café não queriam mais ficar isolados nas fazendas, mas sim aproveitar as novidades proporcionadas pela urbanização. As famílias desses grandes fazendeiros deram origem à chamada “burguesia do café”. Além disso, imigrantes e populações de outras regiões do país eram atraídos pelos novos empregos na indústria e no comércio dos centros urbanos.
No final do século XIX, o Rio de Janeiro ainda era o principal centro industrial do país, mas a produção de café alterou esse cenário. A cidade de São Paulo saltou de 65 mil habitantes no final do século XIX para 580 mil pessoas em 1920.
Outras cidades também se beneficiaram do ciclo do café. Um exemplo é Santos, quepossuía o maior porto de escoamento do café para exportação. De 7 mil habitantes em 1872, a cidade foi para 142 mil em 1935. A economia deslocou de vez o polo econômico do país para o Sudeste e a produção de café continuaria a prosperar até o final da década de 1920.
Videoaula sobre a economia do Segundo Reinado e o ciclo do café
Para terminar, entenda a importância do ciclo do café para a economia do Segundo Reinado no Brasil assistindo à videoaula com o professor Felipe, de História! Depois, veja a paródia que o professor fez sobre o ciclo do café para você fixar ainda mais esse conteúdo!
Exercícios sobre o ciclo do café
Agora, resolva os exercícios abaixo e verifique se você realmente aprendeu tudo sobre o ciclo do café!
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1. Pergunta
(ENEM/2016)
As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis pela ampliação do território nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa com o ouro e expandindo suas possessões. Graças à integração territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda como fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil.
ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 34, 1 jul. 2008 (adaptado).
No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ENEM/2014)
A enxada é um bom instrumento de jardim, de um pomar ou de uma horta: porém pretender aplicá-la com proveito à grande cultura é o mesmo que querer tirar uma peça de cantaria (pedra de construção de tamanho grande) com um prego, ou falquejar (tornar quadrado), um pão com uma faca. A enxada mal arranha a terra à custa de fadiga do mísero trabalhador.
BURLAMAQUE, F. L. C. Catechismo de Agricultura,1870. In: MOTTA, M.; GUIMARÃES, E. Direito às avessas: por uma história social da propriedade. Niterói: UFF, 2011.
No final do século XIX, o discurso que afirmava estar em crise a agricultura brasileira apontava como razão para esse fato a
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM/2009)
O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mínimo”.
Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construídos outros ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação, Santos.
DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo:
Livraria Martins, 1941 (adaptado).
O impacto das ferrovias na promoção de projetos de colonização com base em imigrantes europeus foi importante, porque
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ENEM/2016)
Uma scena franco-brazileira: “franco” — pelo local e os personagens, o local que é Paris e os personagens que são pessôas do povo da grande capital; “brazileira” pelo que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os cafés. (Essa página foi desenhada especialmente para A Illustração Brazileira pelo Sr. Tofani, desenhista do Je Sais Tout.)
A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado).
A página do periódico do início do século XX documenta um importante elemento da cultura francesa, que é revelador do papel do Brasil na economia mundial, indicado no seguinte aspecto:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFRGS/2018)
Leia o segmento abaixo.
Nas primeiras décadas do século XIX, a região Centro-Sul consolidou-se como eixo político-econômico do Brasil.
Considerando esse processo histórico, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UNIFOR CE/2017)
O café foi introduzido no Brasil no século XVIII para consumo interno, trazido da Guiana Francesa. Já na segunda década do século XIX o país começa a exportar o produto primeiro como um bem de luxo e depois ligado ao consumo de massa devido ao processo de industrialização e urbanização na Europa e nos Estados Unidos.
Sobre a economia e a sociedade cafeeiras pode-se afirmar que:
I. Na segunda metade do século XIX o café, que era o principal produto de exportação do Brasil, encontrou condições de produção excepcionalmente favoráveis.
II. A expansão da produção de café bem como a proibição da importação de africanos para trabalharem como escravos, estimulou a demanda por mão de obra europeia livre.
III. A superprodução de café e o caráter de grande produtor mundial levou o governo dos estados produtores de café a realizar o “Convênio de Taubaté”, política protecionista com o intuito de manipular o mercado.
IV. O “Convênio de Taubaté” resolveu definitivamente o problema da superprodução, dado que desestimulou efetivamente o surgimento de novas plantações.
V. Uma das características da demanda de café é que ela é extremamente sensível aos aumentos de nível de renda dos países compradores. Então, na medida que estes países cresciam a procura pelo café crescia mais que proporcionalmente.
Está correto o que se afirma em:
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UNIFOR CE/2017)
A formação de um mercado de trabalho livre no Brasil, a partir de meados do século XIX, é considerada por muitos estudiosos como o acontecimento mais importante da história econômica daquele período, pois possibilitou a criação e consolidação de um mercado interno.
Sobre o problema da mão de obra no país pode-se afirmar que:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(PUCCamp SP/2017)
O setor fabril já se fazia notar, não só em São Paulo, como também em Campinas e Piracicaba, produzindo tecidos, chapéus e calçados. As casas de fundição colocavam à disposição serras, bombas, sinos, prensas e ventiladores (…). As narrativas de viagem, gênero de escrita muito apreciado por autores e leitores, registravam dessa nova sociedade as impressões colhidas em trânsito e dispostas em painel.
(FERREIRA, Antonio Celso. A epopeia bandeirante. Letrados, instituições e invenção histórica (1870-1940). São Paulo: Editora Unesp, 2002, p. 78-79)
As cidades mencionadas, que assistem ao surgimento de pequenas indústrias nas últimas décadas do século XIX, apresentavam em comum
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/2016)
Na segunda metade do século XIX, o Barão de Mauá foi um dos grandes empreendedores da industrialização brasileira. Entretanto foi a partir do século XX, que o processo industrial ganhou impulso no País.
Sobre o processo de industrialização brasileira, pode-se afirmar:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(IFCE/2016)
Em meados do século XIX, durante o Segundo Reinado, o Brasil vivenciou um grande surto de crescimento industrial. Sobre os fatores responsáveis pelo referido crescimento, considere as proposições a seguir.
I. Disponibilidade de capitais oriundos dos lucros obtidos com a exportação do café, principal produto da economia brasileira naquele momento.
II. Redução das taxas alfandegárias sobre os produtos importados com as tarifas Alves Branco (1844), o que favoreceu a aquisição das máquinas necessárias ao desenvolvimento industrial.
III. Disponibilidade de capitais com a extinção do tráfico negreiro através da Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
IV. Iniciativas de empresários como Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, principal incentivador das atividades urbano-industriais no país.
V. Abundância de mão de obra negra especializada a partir do fim da escravidão, com a Lei Áurea, em 1888.
Está correto somente o afirmado em
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Sobre o(a) autor(a):
Ana Cristina Peron é formada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestranda em História na mesma universidade. Também é redatora do Curso Enem Gratuito e do Blog do Enem.
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