Os pronomes são palavras variáveis em gênero, número e pessoa que representam ou acompanham o substantivo. Nesta aula você vai aprender quais são os pronomes relativos, indefinidos e interrogativos!
Nesse post você conhecerá os pronomes relativos, indefinidos e interrogativos! Eles estão no nosso dia a dia, seja no uso da escrita ou naquela conversa com amigos.
Se empregamos tanto essas palavrinhas está na hora de sabermos identificá-las e usá-las da forma correta. Vamos lá!
Primeiramente você precisa relembrar o que é pronome. Os pronomes são palavras variáveis em gênero, número e pessoa que representam ou acompanham o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou em relação a situação no espaço e tempo.
Na nossa gramática estudamos vários tipos de pronomes, hoje vamos conhecer três tipos apenas, que são eles: relativos, indefinidos e interrogativos.
Os pronomes relativos
Os relativos são uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações. Na oração, eles retomam um termo anterior (antecedente), projetando esse termo numa outra oração.
Explicando de forma simples, o pronome relativo relembra algum termo que já foi citado na frase (escrita) ou na fala (oralmente). Esse termo antecedente pode ser um substantivo, pronome substantivo, numeral substantivo, advérbio, verbo no infinitivo ou oração reduzida de infinitivo.
1 – Que (substituível pelo variável o qual): Esse pronome é invariável e se refere a pessoas ou coisas.
Exemplo: O Flamengo é o que (= aquilo) preocupa os vascaínos.
2 – Quem: também é invariável, refere-se a pessoas ou a algo personificado, normalmente vem acompanhado da preposição“a”.
Exemplo: Refiro-me a quem conheço. Não irei com quem discordo.
3 – Cujo e flexões: é um pronome adjetivo que vem entre dois nomes substantivos explícitos, entre o seu antecedente e o consequente (concorda com a coisa possuída). Equivale a do qual, de que, de quem.
Exemplo: Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
4 – Quanto: é também variável e aparece sempre após os pronomes “tudo, todo (e variações) e tanto (e variações)” seguidos ou não de substantivo ou pronome.
Por exemplo: Recolheu tudo quanto viu.
5 – Onde: é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Pode ser antecedido, principalmente, pelas preposições a, de, por e para.Pode ser aonde (com ideia de movimento) ou donde (de onde).
Exemplo: Esta é a terra onde habito.
6 – Como: ele é invariável e vem precedido pelas palavras modo, maneira, forma e jeito. Seu sentido é equivalente a “pelo qual”.
Por exemplo: Acertei o jeito como fazer as coisas.
7 – Quando: ele é invariável e retoma o antecedente que exprime valor temporal. Equivale a “em que”.
Por exemplo: É chegada a hora quando (= em que) todos devem se destacar
Os pronomes indefinidos
São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de forma vaga ou imprecisa. Por exemplo: Algo me diz que não é este o caminho.
1 – Algum: quando posposto ao nome, assume valor negativo. Equivale a nenhum.
Exemplos: Motivo algum me fará desistir do cargo. (negativo)
Algum caso teve ocorrência. (afirmativo)
2 – Cada: deve vir sempre acompanhado na frase de substantivo ou numeral.
Exemplo: Paguei mil reais para cada um.
3 –Certo: quando anteposto ao nome é pronome indefinido. Mas, quando posposto, é adjetivo.
Exemplos: Não entendo certos problemas. (pronome indefinido)
Os comentários certos não fizeram diferença. (adjetivo, com sentido de “corretos”)
4 – Todo e toda (no singular): quando não acompanham artigo significam qualquer.
Exemplos: Todo homem é mortal. (qualquer homem).
Toda hora é hora. (qualquer hora).
Já quando acompanham o artigo, dão ideia de totalidade. Por exemplo: Ele comeu todo o brigadeiro do pote. (o brigadeiro inteiro)
5- Todos e todas (no plural): sempre virão seguidos de artigos. Exceto se “todos ou todas” vieram acompanhados de palavra que exclua o artigo ou de numeral não seguido de substantivo.
Exemplos: Todos os alunos compareceram.
Todos estes alunos compareceram. (estes: palavra que exclui artigo).
Todos cinco compareceram. (cinco: numeral não seguido de substantivo).
6 – O plural de qualquer é quaisquer. Por exemplo: Acabaram acolhendo quaisquer soluções.
Videoaula sobre pronomes indefinidos
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Os pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são pronomes indefinidos que introduzem frases interrogativas (diretas ou indiretas) de algo que exprime curiosidade do interlocutor, ou seja, de quem questiona na frase.
1- Quem: o pronome interrogativo quem é sempre empregado como pronome substantivo, tendo a função de sujeito ou objeto indireto (funções sintáticas de substantivos).
Exemplo: Quem chamou? (sujeito)
Você gosta de quem? (objeto indireto)
2- Nas frases interrogativas indiretas, os pronomes interrogativos devem vir após os verbos “querer/desejar, saber, perguntar, indagar, ignorar, verificar, ver, responder”, etc.
Exemplos: Quero saber (o) que devo fazer. (Que devo fazer?)
Ignoro quem fez isso. (Quem fez isso?)
3- Qual: “qual” seguido da preposição de indica seleção e, é empregado como pronome adjetivo e exerce a função de adjunto adnominal.
Exemplos: Qual dos dois conteúdos você prefere?
Qual caderno é meu? (qual adjunto adnominal).
Videoaula
Pra terminar, veja mais esta aula da prof. Mercedes sobre pronomes interrogativos!
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNIFOR CE/2010)
Aponte a opção em que a classificação do termo grifado está INCORRETA:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UDESC SC/2015)
ADÃO EVA
1 UMA SENHORA DE ENGENHO, na Bahia, pelos anos de mil setecentos e tantos, 2 tendo algumas pessoas íntimas à mesa, anunciou a um dos convivas, grande 3 lambareiro, um certo doce particular. Ele quis logo saber o que era; a dona da casa 4 chamou-lhe curioso. Não foi preciso mais; daí a pouco estavam todos discutindo a 5 curiosidade, se era masculina ou feminina, e se a responsabilidade da perda do paraíso 6 devia caber a Eva ou a Adão. As senhoras diziam que a Adão, os homens que a Eva, 7 menos o juiz de fora, que não dizia nada, e Frei Bento, carmelita, que interrogado pela 8 dona da casa, D. Leonor:
9 – Eu, senhora minha, toco viola, respondeu sorrindo; e não mentia, porque era 10 insigne na viola e na harpa, não menos que na teologia.
11 Consultado, o juiz de fora respondeu que não havia matéria para opinião; porque 12 as coisas no paraíso terrestre passaram-se de modo diferente do que está contado no 13 primeiro livro do Pentateuco, que é apócrifo. Espanto geral, riso do carmelita, que 14 conhecia o juiz de fora como um dos mais piedosos sujeitos da cidade, e sabia que era 15 também jovial e inventivo, e até amigo da pulha, uma vez que fosse curial e delicada; 16 nas coisas graves, era gravíssimo.
ASSIS, Machado de. Várias Histórias.
São Paulo: Martin Claret, 3ª ed., 2013, p. 78.
Assinale a alternativa incorreta em relação ao conto Adão e Eva, Machado de Assis, e ao texto.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(FGV /2016)
A tão falada lição
Passam os anos menos depressa do que dizem, quando dizem que o tempo corre. Passam mais depressa do que se pensa, quando se trata de vivê-los. São 64 anos. Por exemplo, entre este e 1950, ano de muitas agitações.
Na política, pela volta de Getúlio, se não para redimir-se da ditadura encerrada cinco anos antes, porque ditadura nenhuma tem redenção, para um governo que, mesmo inconcluído, legou ao Brasil os instrumentos que permitiriam fazer o grande país que não foi feito – Petrobras, BNDE, uma infinidade de outros.
Entre tantas agitações mais, lá estava a Copa do Mundo, a primeira depois da Segunda Guerra Mundial, no maior estádio do mundo, para fazer dos brasileiros os campeões mundiais.
Nos 64 anos seguintes, Getúlio e seu governo desapareceram sob a dureza das versões degradantes e do getulismo mitológico. A Copa e seu final desastroso satisfizeram-se com explicação única e simples: fora do campo, os excessos da autoglorificação antecipada, com louvações e festejos movidos a políticos, artistas, jornalistas, a publicidade comercial; e, no campo, uma (inexistente) falha do goleiro das cores pátrias.
Há 64 anos se repete essa ladainha de 50, como símbolo e como advertência. Quem quiser uma ideia melhor da explicação dada a 50, é fácil. Basta uma olhadela nos jornais e na TV, a gente da TV e outras gentes em visita à “concentração”, a caçada a jogadores, convidados VIP para ver treinos, lá vai a estatueta ao palácio presidencial, os comandantes Felipão e Parreira são claros: “Nós já estamos com uma mão na taça”. Igualzinho. Está nos genes.
Janio de Freitas, Folha de S. Paulo, 03/06/2014. Adaptado.
Acerca dos seguintes pronomes presentes nos dois primeiros parágrafos do texto, a única afirmação correta é:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UFAM/2008)
Assinale a opção em que pouco é pronome adjetivo indefinido:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFAM/2006)
Assinale a alternativa em que pouco é pronome adjetivo indefinido:
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Incorreto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UEM PR/2006)
GILBERTO FREYRE E UMA VISÃO TROPICAL DE CAMÕES
Patrícia da Silva Cardoso
Segundo o escritor Walter Benjamin, quem pretendesse se aproximar do próprio passado soterrado deveria agir como homem que escava. O modo como alguém se vê diante de um fato 5histórico – através da imagem de um arqueólogo – pode ser muito útil para nós, brasileiros, que, de um modo geral, temos sérias dificuldades em lidar com o nosso passado coletivo. Talvez como resultado da apropriação pouco legítima de boa 10parcela de nossas datas históricas por parte de regimes políticos não democráticos, acabamos sempre reagindo de maneira desconfiada – quando não descrente – à idéia de comemoração das chamadas datas nacionais. Soma-se a esse trauma, 15o fato de nosso perfil cultural definir-se em boa parte justamente por uma recusa em atribuir qualquer valor positivo ao nosso passado, justificando-se essa recusa com o argumento de que a formação cultural brasileira deu-se fora e 20abaixo – em termos qualitativos – dos modelos culturais tidos como bem-sucedidos. Acabamos assumindo que nossa inferioridade econômica é fruto desse passado mesquinho, sem glórias verdadeiras, em que degredados e escravos 25uniram-se a contragosto, dando origem a uma sociedade socialmente injusta e ignorante. Tal justificativa converte-se muitas vezes em um agudo sentimento de inferioridade cultural, responsável, por sua vez, pela eleição de outras 30culturas como mais adequadas a um projeto de crescimento econômico e social. Daí que atribuímos ao passado nacional a qualidade de mistificação, mas não deixamos de confiar que temos um grande futuro a nossa espera – o que 35também pode ser a manifestação dessa mistificação contra a qual lutamos.
Essas duas maneiras de recusar nosso passado histórico acabam por nos fazer enxergá-lo como um grande bloco maciço, cujo sentido parece 40inequivocamente desprezível.
(…) Ao contrário do que nossa recusa quer fazer crer, o passado – seja ele coletivo ou individual – jamais pode ser apagado e sua presença no presente é sensível, quer a 45identifiquemos como comemoração, quer a sintamos como fantasmagoria. Portanto, só refletindo sobre as imagens daqueles que fomos é que poderemos definir quem somos e, já que tanto nos encanta pensar no futuro, quem desejamos ser.
Revista Letras, Curitiba, n. 59, p. 123-124, 2003.
Editora UFPR.
Assinale a alternativa em que a partícula como tem função de pronome relativo no texto 1.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(ITA SP/2004)
Assinale a opção em que o uso do pronome relativo NÃO está de acordo com a norma padrão escrita.
(Excertos extraídos e adaptados de Folha de S. Paulo, 1/11/1993.)
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNP RN/1999)
Das orações abaixo, há apenas uma que possui o pronome relativo empregado corretamente. Aponte-a :
Correto
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNCISAL/2016)
Aquilo que não mata só nos faz fortalecer
Vivendo aprendi que é só fazer por merecer
Que passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar
NOGUEIRA, DIOGO. Fé em Deus. Disponível em: <http:// letras.mus.br/diogo-nogueira/1062615/>. Acesso em: 28 out. 2015.
O vocábulo que foi empregado, pelo compositor da canção, como pronome relativo
Correto
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Incorreto
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(FEEVALE RS/2001)
Texto
Não é raro ouvirmos que alguém(ref.1) “subiu lá em cima” ou “saiu lá fora”. Certamente(ref.2), reconhecemos tais formas como viciosas(ref.3), e, muitas vezes, elas se transformam em motivo de riso. No nível culto da língua, são inadmissíveis. Que pensar de alguém(ref.4) que(ref.5) tenha sofrido uma “hemorragia de sangue” ou participado de um “plebiscito popular”? A esse tipo de construção chamamos pleonasmo, palavra grega(ref.6) que significa superabundância.
(Folha de S. Paulo. Pleonasmo: “vício” ou estilo?. Thaís Nicoleti de Camargo).
I. Alguém, ref. 1, é um pronome indefinido adjetivo e certamente, ref. 2, um advérbio.
II. Viciosas, ref. 3, é um adjetivo e que, ref. 5, um pronome interrogativo.
III. Grega, ref. 6, é um adjetivo e alguém, ref. 4, um pronome indefinido substantivo.
Das afirmações acima,
Correto
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Incorreto
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Sobre o(a) autor(a):
Suelen Rocha é jornalista formada na Universidade Federal de Santa Catarina e possui licenciatura plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará.
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