Revise o contexto histórico e aspectos da literatura do período pré-modernista. Revise literatura para o Enem com o Curso Enem Gratuito!
Nesta aula você vai revisar os principais aspectos do pré-modernismo e seu contexto histórico. Trata-se de um momento histórico muito importante no cenário nacional, com mudanças político-econômico-sociais expressivas. Além disso, as artes e a literatura também foram impactadas, representando uma fase de transição para o período que se aproximava: o Modernismo.
Nos fins do século XIX e o início do século XX, coexistiram na Literatura Brasileira diversas correntes literárias. Enquanto predominava o Realismo na prosa, o Parnasianismo e o Simbolismo exerciam suas influências na poesia.
Contudo, a presença dessas três correntes não impediu que se formasse, no campo da literatura, uma nova linha de reflexão sobre a sociedade brasileira. Essa nova tendência ficou conhecida como Pré-Modernismo e é fruto das intensas transformações políticas, econômicas e sociais do período.
Contexto histórico do Pré-Modernismo
Após a fase inicial de consolidação da Primeira República (1889-1930), conhecida como República da Espada (1889-1894) por ser comandada principalmente por militares, tomou posse, em 1894, o primeiro presidente civil do Brasil: Prudente de Moraes.
Visando atender os interesses de suas bases políticas paulistas e mineiras, Prudente de Moraes deu início à política que ficou conhecida por Café com Leite. Essa estratégia política alternava com frequência, no governo federal, um presidente ora paulistano ora mineiro. Foi nesse período da Primeira República, chamado de República Oligárquica ou do Café (1894-1930), que diversas transformações se deram na realidade brasileira, alterando definitivamente a sociedade.
Imigração
A imigração que ocorreu nos fins do século XIX e início do XX alterou profundamente a realidade social e étnica brasileira. Os imigrantes italianos, alemães, poloneses, árabes, japoneses, entre tantos outros, trouxeram para o Brasil hábitos alimentares e modos de se vestir que hoje estão profundamente internalizados na cultura brasileira. Além disso, houve uma mistura étnica que alterou significativamente os traços físicos do povo brasileiro.
Uma consequência da imigração foi o processo de urbanização pelo qual o Brasil passou nesse período. Entre todas as cidades do país, São Paulo foi a que mais cresceu. Isso se deve, entre outros motivos, pelo fato de ela estar localizada estrategicamente entre o porto de Santos e o interior do estado, região economicamente forte devido ao cultivo do café.
É interessante apontar que, embora muitos imigrantes fossem para o campo trabalhar nas lavouras, grande contingente ficava nas cidades, exigindo que obras de infraestrutura fossem realizadas para atender à população que crescia.
Embora a República Oligárquica aparentasse um quadro de desenvolvimento, diversos problemas e conflitos sociais ocorridos nos fins do século XIX ainda se perpetuavam. Esses problemas e conflitos demonstravam a permanência do abismo que separava as elites do povo e a incapacidade de administração do Estado pelos governos civis dessa fase.
Conflitos na Primeira República
No final do século XIX, a Região Sudeste, principalmente no que concerne às cidades da faixa litorânea, havia se tornado o centro de toda a política econômica. Já o Nordeste vivia o declínio da produção açucareira e não conseguia competir em importância política e econômica com o Sudeste. Essa região ficou praticamente esquecida – inclusive em termos de apoio religioso –, até que revoltas populares chamassem a atenção do país para o Nordeste.
Abandonados pelo Estado, o povo do Sertão da Bahia, na região que ficou conhecida como Canudos, reuniu-se para formar uma comunidade em torno do líder religioso Antônio Conselheiro. A comunidade de Canudos foi vista pelas autoridades civis e militares como expressão monarquista.
O governo republicano, para abafar a suposta revolta, enviou o exército a fim de destruir a cidade que se formara com casas de barro. Esse episódio, que ficou conhecido na história do país como Guerra de Canudos (1896-1897), teve um fim trágico. O resultado foi a morte de aproximadamente cinco mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
Entretanto, os problemas sociais do período da República Oligárquica, marcado por numerosos conflitos, não ocorreram apenas em regiões como a de Canudos, mas também no meio urbano. A classe trabalhadora passou a se mobilizar e a exigir seus direitos por meio de greves e passeatas que eram frequentemente reprimidas com violência pela polícia.
No Rio de Janeiro, capital do país na época, a rebelião contra a vacina obrigatória e a Revolta da Chibata foram os dois grandes acontecimentos que caracterizaram a instabilidade política e social da Primeira República.
O que foi o Pré-Modernismo
Todos esses episódios de ordem político-econômico-social que ocorreram no cenário nacional foram determinantes para a criação literária da época. Nesse sentido, a literatura do Pré-Modernismo se diferencia daquela elaborada no Realismo e no Naturalismo. Enquanto essas duas correntes visavam representar os problemas sociais, a literatura pré-modernista traz à tona e discute os problemas sociais e a realidade cultural do Brasil.
Características
No âmbito da linguagem, a produção literária do Pré-Modernismo tem muito do estilo jornalístico. Essa característica fica evidente na linguagem coloquial de Lima Barreto, mas também no formalismo exacerbado e no estilo imponente e rigoroso de Euclides da Cunha. Diante disso, não se pode falar em uma orientação estética predominante.
A fim de distinguir uma linha diretriz na literatura desse período, de modo a promover uma melhor compreensão do cenário nacional, é necessário perceber que ela trabalha predominantemente com a tensão entre polos opostos. Na verdade, esse momento da Literatura Brasileira recebe destaque devido ao tema que aborda: o Brasil, com suas tensões sociais entre ricos e pobres, brasileiros e estrangeiros, campo e cidade, civilização e barbárie.
Os grupos sociais que se destacam no período, em meio a todas essas tensões, fazem com que novos personagens apareçam nos textos literários. Assim, o homem da periferia, o caipira interiorano, o imigrante, o sertanejo, surgem nas obras literárias dessa época, formando um quadro humano inédito para os leitores.
Por que o Pré-modernismo não é uma escola literária?
Por se tratar de um período de transição das escolas literárias anteriores – Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo – para o Modernismo, o Pré-Modernismo não constitui uma escola literária. Trata-se apenas de um período literário sem características definidas, o qual reunia, simultaneamente, as características das escolas literárias anteriores e também as do Modernismo.
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNITAU SP/2019)
“Nordeste, terra de São Sol!
Irmã enchente, vamos dar graças a Nosso Senhor,
que a minha madrasta Seca torrou seus anjinhos
para os comer.
São Tomé passou por aqui?
Passou, sim senhor!
Pajeú! Pajeú!
Vamos lavar Pedra Bonita, meus irmãos,
com o sangue de mil meninos, amém!
D. Sebastião ressuscitou!
S. Tomé passou por aqui?
Passou, sim senhor.
Terra de Deus! Terra de minha bisavó
que dançou uma valsa com D. Pedro II.
São Tomé passou por aqui?
Tranca a porta, gente, Cabeleira aí vem!
Sertão! Pedra Bonita”
Tragam uma virgem para D. Lampião!”
Nordeste. In: Poemas
negros. Jorge de Lima.
Sobre o poema “Nordeste”, assinale a alternativa INCORRETA.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UFPR/2019)
Considere o seguinte trecho do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto:
Por esse intrincado labirinto de ruas e bibocas é que vive uma grande parte da população da cidade, a cuja existência o governo fecha os olhos, embora lhe cobre atrozes impostos, empregados em obras inúteis e suntuárias noutros pontos do Rio de Janeiro. (Clara dos Anjos, p. 38.)
Com base no trecho selecionado e na leitura integral do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, assinale a alternativa correta.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UECE/2018)
Não se zanguem
A cartomancia entrou decididamente na vida nacional.
Os anúncios dos jornais todos os dias proclamam aos quatro ventos as virtudes miríficas das pitonisas. Não tenho absolutamente nenhuma ojeriza pelas adivinhas; acho até que são bastante úteis, pois mantêm e sustentam no nosso espírito essa coisa que é mais necessária à nossa vida que o próprio pão: a ilusão.
Noto, porém, que no arraial dessa gente que lida com o destino, reina a discórdia, tal e qual no campo de Agramante. A política, que sempre foi a inspiradora de azedas polêmicas, deixou um instante de sê-lo e passou a vara à cartomancia. Duas senhoras, ambas ultravidentes, extralúcidas e não sei que mais, aborreceram se e anda uma delas a dizer da outra cobras e lagartos.
Como se pode compreender que duas sacerdotisas do invisível não se entendam e deem ao público esse espetáculo de brigas tão pouco próprio a quem recebeu dos altos poderes celestiais virtudes excepcionais?
A posse de tais virtudes devia dar-lhes uma mansuetude, uma tolerância, um abandono dos interesses terrestres, de forma a impedir que o azedume fosse logo abafado nas suas almas extraordinárias e não rebentasse em disputas quase sangrentas.
Uma cisão, uma cisma nessa velha religião de adivinhar o futuro, é fato por demais grave e pode ter consequências desastrosas. Suponham que F. tenta saber da cartomante X se coisa essencial à sua vida vai dar-se e a cartomante, que é dissidente da ortodoxia, por pirraça diz que não.
O pobre homem aborrece-se, vai para casa de mau humor e é capaz de suicidar-se. O melhor, para o interesse dessa nossa pobre humanidade, sempre necessitada de ilusões, venham de onde vier, é que as nossas cartomantes vivam em paz e se entendam para nos ditar bons horóscopos.
(BARRETO, Lima. Vida urbana: artigos e crônicas. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1961.)
A referenciação textual pode ser definida como a retomada de termos e ideias que garantem a coesão e a progressão de sentido do texto por meio de elementos linguísticos. Um exemplo desse procedimento, ao longo da crônica de Lima Barreto, se dá com o uso do termo “cartomantes”, que é retomado por alguns referentes textuais, estabelecendo diferentes sentidos com estes referentes. Atente ao que se diz a seguir a respeito disso:
I. Ao substituir “cartomantes” pelo termo “pitonisas” (Ref. 05), o autor pretende mostrar que o trabalho da cartomancia tem uma longa tradição histórica.
II. Ao afirmar, no terceiro parágrafo, que não tem “nenhuma ojeriza pelas adivinhas” (Refs. 06-07), o autor recupera cartomantes pelo termo adivinhas, justificando que a prática de adivinhar o futuro cumpre sua função útil e necessária no cotidiano das pessoas, que é a função de iludir.
III. Ao se referir às “cartomantes” pela expressão “dessa gente que lida com o destino” (Refs. 11-12), o autor se apresenta numa relação afetuosa de muita proximidade com as cartomantes.
IV. Ao empregar o referente “duas sacerdotisas do invisível” (Refs. 21-22) para fazer alusão às “duas senhoras” (cartomantes) (Ref. 17), o autor procura salientar, ironicamente, a dimensão religiosa do ofício profético da cartomancia.
Está correto o que se afirma em
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UECE/2018)
Não se zanguem
A cartomancia entrou decididamente na vida nacional.
Os anúncios dos jornais todos os dias proclamam aos quatro ventos as virtudes miríficas das pitonisas. Não tenho absolutamente nenhuma ojeriza pelas adivinhas; acho até que são bastante úteis, pois mantêm e sustentam no nosso espírito essa coisa que é mais necessária à nossa vida que o próprio pão: a ilusão.
Noto, porém, que no arraial dessa gente que lida com o destino, reina a discórdia, tal e qual no campo de Agramante. A política, que sempre foi a inspiradora de azedas polêmicas, deixou um instante de sê-lo e passou a vara à cartomancia. Duas senhoras, ambas ultravidentes, extralúcidas e não sei que mais, aborreceram se e anda uma delas a dizer da outra cobras e lagartos.
Como se pode compreender que duas sacerdotisas do invisível não se entendam e deem ao público esse espetáculo de brigas tão pouco próprio a quem recebeu dos altos poderes celestiais virtudes excepcionais?
A posse de tais virtudes devia dar-lhes uma mansuetude, uma tolerância, um abandono dos interesses terrestres, de forma a impedir que o azedume fosse logo abafado nas suas almas extraordinárias e não rebentasse em disputas quase sangrentas.
Uma cisão, uma cisma nessa velha religião de adivinhar o futuro, é fato por demais grave e pode ter consequências desastrosas. Suponham que F. tenta saber da cartomante X se coisa essencial à sua vida vai dar-se e a cartomante, que é dissidente da ortodoxia, por pirraça diz que não.
O pobre homem aborrece-se, vai para casa de mau humor e é capaz de suicidar-se. O melhor, para o interesse dessa nossa pobre humanidade, sempre necessitada de ilusões, venham de onde vier, é que as nossas cartomantes vivam em paz e se entendam para nos ditar bons horóscopos.
(BARRETO, Lima. Vida urbana: artigos e crônicas. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1961.)
A crônica Não se zanguem serve para mostrar muitas características que podem ser encontradas na literatura de Lima Barreto de forma geral. Assinale a opção que NÃO condiz com essas características.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UFPR/2018)
No romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, o narrador tece considerações generalizantes a respeito da sociedade de sua época, ao mesmo tempo em que narra a vida da protagonista, de sua família e a malandragem de Cassi Jones. A respeito de aspectos da construção de Clara ou de fatos de que ela participa, assinale a alternativa correta.
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UNIPÊ PB/2018)
Vozes da morte
Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!
Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
E a podridão, meu velho! E essa futura
Ultrafatalidade de ossatura,
A que nos acharemos reduzidos!
Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,
Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte inda teremos filhos!
ANJOS, Augusto dos. Vozes da morte.
Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/augusto15.html#morte. Acesso em: Acesso em: 7 out. 2017.
Nesses versos, o sujeito poético
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(IBMEC SP Insper/2017)
De repente, uma variante trágica.
Aproxima-se a seca.
O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o flagelo.
Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará.
[…]
Os sintomas do flagelo despontam-lhe, então, encadeados em série, sucedendo-se inflexíveis, como sinais comemorativos de uma moléstia cíclica, da sezão assombradora da Terra. […] E ao descer das tardes, dia a dia menores e sem crepúsculos, considera, entristecido, nos ares, em bandos, as primeiras aves emigrantes, transvoando a outras climas…
É o prelúdio da desgraça.
Vê-o acentuar, num crescente, até dezembro.
Precautela-se: revista, apreensivo, as malhadas. Percorre os logradouros longos. Procura entre as chapadas que se esterilizam várzeas mais benignas para onde tange os rebanhos. E espera, resignado, o dia 13 daquele mês. Porque, em tal data, usança avoenga lhe faculta sondar o futuro, interrogando a Providência.
É a experiência tradicional de Santa Luzia. No dia 12 ao anoitecer expõe ao relento, em linha, seis pedrinhas de sal, que representam, em ordem sucessiva da esquerda para a direita, os seis meses vindouros, de janeiro a junho. Ao alvorecer de 13 observa-as: se estão intactas, pressagiam a seca; se a primeira apenas se deliu, transmudada em aljôfar límpido, é certa a chuva em janeiro; se a segunda, em fevereiro; se a maioria ou todas, é inevitável o inverno benfazejo.
Esta experiência é belíssima. Em que pese ao estigma supersticioso, tem base positiva, e é aceitável desde que se considere que dela se colhe a maior ou menor dosagem de vapor d’água nos ares, e, dedutivamente, maiores ou menores probabilidades de depressões barométricas, capazes de atrair o afluxo das chuvas.
(Euclides da Cunha. Os Sertões, 1979. Adaptado)
A leitura do texto permite concluir, com correção, que no último parágrafo o autor sustenta
Correto
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(UNIRG TO/2017)
Leia o fragmento do conto Negrinha, de Monteiro Lobato (2008, p. 3):
“Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora, em suma — ‘dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral’, dizia o reverendo. Ótima, a dona Inácia.”
O fragmento apresentado e o desenrolar do conto são evidências de que o narrador
Correto
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Uni-FaceF SP/2017)
Leia o trecho da primeira parte – “A terra” – de Os sertões, de Euclides da Cunha.
A luta pela vida que nas florestas se traduz como uma tendência irreprimível para a luz, desatando-se os arbustos em cipós, elásticos, distensos, fugindo ao afogado das sombras e alteando-se presos mais aos raios do Sol do que aos troncos seculares — ali, de todo oposta, é mais obscura, é mais original, é mais comovedora. O Sol é o inimigo que é forçoso evitar, iludir ou combater. E evitando-o pressente-se de algum modo […] a inumação1 da flora moribunda, enterrando- se os caules pelo solo.
(Os sertões, 2003.)
1 inumação: enterro, sepultamento.
No trecho, o autor
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(PUC RS/2017)
Leia o poema A meu pai morto, de Augusto dos Anjos, e analise as afirmativas.
Podre meu Pai! A Morte o olhar lhe vidra.
Em seus lábios que os meus lábios osculam
Microrganismos fúnebres pululam
Numa fermentação gorda de cidra.
Duras leis as que os homens e a hórrida hidra
A uma só lei biológica vinculam,
E a marcha das moléculas regulam,
Com a invariabilidade da clepsidra!…
Podre meu Pai! E a mão que enchi de beijos
Roída toda de bichos, como os queijos
Sobre a mesa de orgíacos festins!…
Amo meu Pai na atômica desordem
Entre as bocas necrófagas que o mordem
E a terra infecta que lhe cobre os rins!
I. As estrofes que começam por “Podre meu Pai!” reiteram a ideia de que, por trás da Morte, há a presença de bichos e microrganismos cuja função é servir à lei biológica, que conduz todo ser vivo ao seu fim e à dissolução.
II. O poema, por ser um soneto, contrasta com a produção de Augusto dos Anjos, em geral marcada pela presença de versos livres e pela renovação formal.
III. O uso de vocabulário científico, transformado em linguagem poética pelo autor, é percebido na poesia de Augusto dos Anjos.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são
Correto
Parabéns, resposta correta! Siga com o simulado.
Incorreto
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Sobre o(a) autor(a):
Texto produzido pelo Professor João Paulo Prilla para o Curso Enem Gratuito. JP é licenciado em Letras- Português, Inglês e respectivas Literaturas (2010) pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e mestrando em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Ministra aulas de Literatura, Língua Portuguesa e Redação em escolas da Grande Florianópolis desde 2011.
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