Aprenda sobre ortografia e as principais regras dispostas no Novo Acordo Ortográfico. Mande bem em Línguas no Enem e nos vestibulares!
Dentro da grande área gramatical da ortografia encontra-se a explicação sobre o emprego das letras. Isso porque a ortografia é a parte da gramática que estuda e estabelece a grafia correta das palavras. É o que vale na Redação do Enem.
Atualmente no português brasileiro segue-se o que recomenda o Novo Acordo Ortográfico estabelecido em janeiro de 2009.
O que é ortografia
A ortografia é a parte da gramática normativa que ensina a escrever corretamente as palavras da língua portuguesa. Na grande maioria das vezes, o emprego das letras é associado à etimologia (estudo das origens) das palavras.
Contudo, precisamos da ortografia também para escrever bem uma redação ou interpretar um texto. As principais dúvidas relacionadas ao uso de algumas letras referem-se à aplicação do “x”, “ch”, “c”, “ç”, “s”, “z”, “j” e “g” para a formação das palavras.
No site da Academia Brasileira de Letras é possível consultar o VOLP, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, na sua 5ª edição, 2009. Esse arquivo contém 381 mil verbetes, as suas respectivas classificações gramaticais e outras informações conforme descrito no Acordo Ortográfico.
Principais regras da ortografia
Confira os conceitos básicos para você não vacilar na hora de escrever a redação ou de responder as questões de interpretação de textos nas provas do Enem e dos vestibulares. Veja agora com a professora de português Mercedes Bonorino, do canal do Curso Enem Gratuito:
Em seguida, veja algumas regras que vão te ajudar a lembrar a ortografia das palavras.
Uso de x em vez de ch
a) Depois de ditongos, usamos x. Por exemplo: faixa, ameixa.
Exceções: recauchutar (e derivados) e guache.
b) Depois das iniciais “me” e “en”. Por exemplo: mexer, mexerica, enxada.
Exceções: mecha (e derivados), anchova, encher (e derivados), encharcar (derivado de charco)
Quando usar c, ç, s ou z
O c, sem a cedilha, é usado depois de ditongos: foice, coice, meiguice.
Já o ç é usado em duas ocasiões, de acordo com a nossa ortografia:
a) Em palavras de origem árabe, tupi ou africana: paçoca (tupi), miçanga (africana).
b) nos sufixos -ação, -aço, -iço e -iça: acentuação, ricaço, carniça.
Usa-se s nos seguintes casos:
a) Depois de ditongos: pausa, maisena, deusa, coisa
b) No sufixo -ês indicador de origem, procedência: calabrês, chinês, japonês.
c) Nos sufixos -esa e -isa formadores de femininos: calabresa, princesa, sacerdotisa.
d) Nos sufixos – oso e -osa formadores de adjetivos: bondoso, honroso, saborosa, gulosa.
Por sua vez, o z é usado nas situações a seguir:
a) Nos substantivos abstratos derivados de adjetivos: sensatez, frigidez, moleza, certeza
b) Nos sufixos -triz, formadores de femininos: imperatriz, embaixatriz, atriz
c) Nos sufixos formadores de aumentativos e diminutivos: copázio, cartaz, florzinha, paizinho
Exceções: quando a palavra primitiva contém a letra “s”. Por exemplo: casa → casinha, rosa → rosinha.
d) Nos verbos formados pelo sufixo -izar: utilizar, civilizar, utilizar, hospitalizar.
Atenção!
Há palavras que parecem ter o sufixo “izar”, mas não é o caso. Veja os exemplos:
- análise + ar = analisar;
- friso + ar = frisar.
Quando usar j ou g
De acordo com a ortografia, usa-se o j nas seguintes situações:
a) Nas palavras de origem árabe, tupi ou africana: jiboia (tupi), canjica (africana), alfanje (árabe).
b) Nas palavras derivadas de outras que já contêm a letra j. Por exemplo: brejo → brejeiro, varejo → varejista.
c) Na conjugação de verbos terminados em -jar: viajar, velejar, bocejar, pelejar, despejar.
Atenção: apesar de “viajar” e sua conjugação serem com j, o substantivo é com g: “viagem”.
Usa-se g nos casos a seguir:
a) Nos substantivos terminados por – agem, -igem e -ugem: barragem, fuligem, vertigem, ferrugem
Exceções: pajem, lambujem.
b) Nas terminações – ágio, -égio, -ígio, -ógio e úgio: pedágio, egrégio, vestígio, relógio, refúgio.
Videoaula sobre o Acordo Orrográfico
Para entender melhor as regras da ortografia, assista à videoaula abaixo, em que a professora Mercedes faz um resumo sobre as principais dúvidas de escrita, dentro das novas regras do Acordo Ortográfico:
Exercícios sobre ortografia
Por fim, resolva os exercícios abaixo e treine seus conhecimentos em ortografia.
Sumário do Quiz
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(UNISA SP/2013)
Cheguei com 21 anos e já estou há 54 em São Paulo. Desde meus primeiros dias, vivo um problema que existe até hoje e compartilho com todo mundo. Não dirijo. Ando de táxi, ônibus, metrô e caminho muito. Sou pedestre e, como tal, conheço a tragédia das calçadas. Quem caminha torce o pé em buracos, tropeça em desníveis, precisa olhar para baixo o tempo inteiro. Não há calçadas uniformes, planas, planejadas, cuidadas. Cada dono constrói seu trecho segundo sua fantasia. Há gosto, bom gosto e muito mau gosto, breguice, kitsch. A variedade não contribui para uma cidade criativa e original. Ao contrário, é um mix desordenado de excrescência.
Problemas pequenos? Some aos outros, por exemplo, as agruras de quem toma ônibus, de quem toma metrô, de manhã ou à tarde. Tente viajar nos horários de pico. Ah! Aí, sim, se vê por que é uma selva. Algum coordenador de transportes tentou fazer uma viagem num coletivo cheio, em dia de calor, janelas fechadas? Algum já viajou esmagado, prensado, sufocado, o ar faltando aos pulmões?
Sonho com utopias. A São Paulo ideal teria calçadas largas contendo uma ciclovia e árvores. E bueiros que deem vazão às águas das chuvas. E um povo que não varra as folhas para dentro dos bueiros. E que tenha recipientes para se depositar o lixo. A São Paulo ideal teria prédios de no máximo oito andares e praças e jardins e parques. E principalmente projetos e planos diretores que olhassem o futuro, e não o presente imediato e eleitoreiro. E administradores que olhassem com carinho para a cidade.
(Ignácio de Loyola Brandão. O Estado de S.Paulo, 01.07.2012. Adaptado.)
Quanto à grafia das palavras, está correta a alternativa:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UFTM MG/2012)
Leia a tira de Laerte Coutinho.
Assinale a alternativa cujos termos completam, correta e respectivamente, as lacunas.
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UNIFOR CE/2012)
O texto abaixo foi alterado, propositalmente, com erros de ortografia. Identifique no texto o número de erros de ortografia e marque a opção correta.
Pai José deu um salto, entrou em casa, e esperou o senhor, que daí a pouco entrava com o mesmo ar do custume. A casa não era rica naturalmente; nem alegre. Não tinha o menor vestíjio de mulher, velha ou moça, nem passarinhos que cantassem, nem flores, nem cores vivas ou jocundas. Casa sobria e nua. O mais alegre era um cravo, onde o mestre Romão tocava algumas vezes, estudando. Sobre uma cadeira, ao pé, alguns papéis de música; nenhuma dele…
ASSIS, Machado de. Cantiga de esponsais. In: O alienista e outros contos. São Paulo: Editora Moderna, 1997, p. 78.
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UNISA SP/2012)
Escravidão com etiqueta
O impacto de que há escravidão entre nós, na própria cidade de São Paulo e em municípios do interior paulista, pode ser medido pela repercussão do fato na internet e pelo incômodo de consciência que vem causando. Indústrias de confecção, terceirizadas de famosa marca internacional de roupas, foram flagradas violando a legislação trabalhista do País por utilizarem o trabalho clandestino de imigrantes bolivianos e peruanos, em regime análogo ao da escravidão. Há uma persistente anomalia em relações de trabalho de algumas de nossas atividades econômicas. Mas por aí se constata também nossa consciência difusa de iniquidades que persistem tanto tempo depois da Lei Áurea. (…)
O que terminou, em 1888, com a Lei Áurea, foi a escravidão negra, do escravo-coisa e mercadoria, objeto e propriedade de seu senhor, sujeito a castigo físico e comércio. Mas não terminou o trabalho propriamente servil. (…)
A novidade que vem crescendo entre nós é a da sobre-exploração do trabalho na indústria urbana, e mesmo o cativeiro. Não é de agora que a indústria dos países ricos recorre à mão de obra residente nos países pobres para pagar salários baixos por mercadorias que serão vendidas a preços de países ricos. As confecções estão entre as mercadorias que melhor se encaixam nessa lógica econômica. Na verdade, o Brasil está sendo alcançado pelo modelo asiático de relações de trabalho, os trabalhadores trabalhando praticamente pela mera subsistência ou até menos, algo que representa um retrocesso em relação à própria escravidão, em que o escravo era tratado como bem precioso e, portanto, em tese e em termos relativos, até melhor do que as atuais vítimas da escravidão.
(O Estado de S.Paulo, 21.08.11. Adaptado)
A sequência correta da ortografia das palavras, como em – terceirizar, terceirização, terceirizado – repete-se em:
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(FGV /2011)
Leia os textos.
Nossa existência é sempre marcada por mudanças e pela transitoriedade, agora em ritmo ________.
(Planeta, julho de 2010. Adaptado.)
A ________ de ________ (em que pese o impacto positivo de algumas e o negativo de outras) pouco tem a ver com uma mudança estrutural no comportamento dos parlamentares: trata-se de ________ pelo futuro bom desempenho nas eleições.
(IstoÉ, 14.07.2010. Adaptado.)
Considerando a norma-padrão da língua portuguesa, para preencher corretamente as lacunas, devem ser usados os seguintes termos:
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(EsPCEX/2011)
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(EsPCEX/2011)
Assinale a alternativa que melhor completa as lacunas do texto a seguir:
Estar ob__e__ivamente ob__ecado pela beleza dessa mulher tra__ sempre uma sensação de impotência, e__e__ão feita quando, em raras vezes, ela olha para mim e sorri.
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(IBMEC SP Insper/2010)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados a seguir.
- Respondeu, num tom seco e ……….., que era atualmente um especialista em crueldades da existência.
- Após quase oito anos de guerra no Afeganistão, nota-se o ……………………. do grupo radical islâmico Taleban.
- Merecimento e tempo de serviço determinam a …………….de quem atua em órgãos públicos da administração direta.
- A …………..é que o presidente sancione hoje o projeto da reforma eleitoral.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(IFG GO/2016)
Disponível em: <https://html1f.scribdassets.com/2f7yotu4zkuwia1/images/190e88d8933.jpg>. Acesso em: 30 out. 2015.
Quanto ao uso do “G” e “J”, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(IFSC/2016)
Apesar do apoio popular, é bastante difícil que ocorram alterações na forma de punir adolescentes infratores no médio prazo. Isso porque a maioridade penal em 18 anos (estabelecida pelo artigo 228 da Constituição Federal) é considerada um direito fundamental dos adolescentes. Por isso, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil e especialistas argumentam que o artigo se trata de uma cláusula pétrea, que não pode ser alterada.
“É uma cláusula imutável. Para alterar a maioridade penal seria necessário fazer uma nova constituição”, diz Melina Fachin, professora de Direito Constitucional da UFPR.
Ainda que Câmara e Senado tenham interpretações diferentes e aprovem uma das Propostas de Emenda à Constituição (PECs), alterando o artigo 228 da Carta Magna, a decisão se estenderia ao Supremo Tribunal Federal.
Outra alternativa seria mudar pontos do ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], prevendo outras formas e períodos de punição aos menores de 18 anos. MPF e OAB também já se manifestaram contra a hipótese. “O ECA é uma norma infraconstitucional. Então, sua alteração também seria inconstitucional, porque haveria conflito com o que a Constituição disciplina”, observa Melina.
Além do viés constitucional, o doutor em sociologia e coordenador do Núcleo de Estudos de Violência da UFPR, Pedro Bodê, defende o ECA e questiona as intenções de alteração na legislação. “Mais uma vez, o jovem é tornado em bode expiatório da derrocada dos governos e falência das políticas públicas que eles representam. É transformar a vítima em réu”, afirma.
O deputado Fernando Francischini (PEN) discorda e se apega ao clamor público para justificar a redução. “A Constituição é feita para proteger a população. A gente não pode dizer que a Constituição é imutável, se a própria população quer mudá-la.”
Fonte: Câmara dos Deputados e Senado Federal. (Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/90-apoiam-reducao-da-idade-penal-c8e24o0vlosyiway5n00aryvi/ Acesso em: 27 maio de 2015.)
Considerando as palavras adolescentes, derrocada, necessário e professora, é CORRETO afirmar:
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